Links

ARQUITETURA E DESIGN




Formas únicas de continuidade (1913), Umberto Boccioni


Chur, 1939 (fonte bfu)


Guy Debord, Teoria da Deriva, 1956





Educação Rodoviária em 1930: controlar a deriva


Interlaken, 1953 (fonte bfu)


fonte Visão Zero Suécia


Prioridades no desenho urbano


Probabilidade de morte do peão pela velocidade de impacto do automóvel


Shared Space (www.shared-space.org)


Roads Gone Wild (www.wired.com/wired/archive/12.12/traffic.html)





Arte Pública para reduzir a velocidade dos automóveis, Bristol


Parkour em Viena (www.parkour-vienna.at)


Improv Everywhere: We Cause Scenes (www.improveverywhere.com)


PARK(ing) (www.rebargroup.org/projects/parking)

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



ERRARE HUMANUM EST…

MÁRIO J ALVES


Errare humanum est…
A deriva como acto estético e o desenho urbano


“Acreditei que a rua era capaz de provocar pontos de viragem na minha vida, a rua, com a sua inquietude e troca de olhares, era o meu verdadeiro elemento: lá, como em nenhum outro lugar, eu recebi os ventos da eventualidade.”
Andre Breton, Les pas perdus.


passos perdidos

A errância, a deriva, o flanar, o jogo, fizeram sempre parte do património sociológico e estético do ser humano e da cidade. Estas formas de procurar o encontro fortuito com o “outro” são os fundamentos da cidade democrática. Ao reduzirmos as deslocações sobre o território a um fenómeno meramente utilitário de ligação entre actividades, estamos a perder algo subtil, mas que nos define como sociedade [1].

Da mesma forma que dificilmente encontraremos um cardume de peixes a pensar sobre água e o acto de nadar, não é surpreendente que, apesar da impressionante catedral de conhecimento produzido nas últimas centenas de anos, seja pelo mundo académico, seja pelo científico, pouco ou nada saibamos sobre espaço público e o andar a pé. Apesar de nas últimas décadas se ter escrito muito sobre a importância do espaço público, pouco sabemos sobre as características que lhe conferem as qualidades que dele se desejam. Andar na vertical e a pé, é uma qualidade única de quem inventou as cidades — aliás, em tibetano “humano” é “o animal que anda”. O acto de nos movimentarmos pelos nossos próprios meios, apesar do sedentarismo e do exacerbar do uso das tecnologias em substituição da deslocação física, continua a estar de tal forma entrosado no nosso dia-a-dia, que pouco pensamos no assunto — a não ser quando somos, lentamente ou brutalmente, privados de o fazer.


os jardineiros na poética do espaço

São muitas as disciplinas que quotidianamente modificam, maltratam ou ignoram o espaço público. No ensino da arquitectura, a atenção tem sido dirigida ao objecto que, de melhor ou pior forma, encontra espaços vagos para ser colocado — o que sobra, o espaço entre os edifícios, é o que vai aparecendo depois de termos esgotado todo o nosso cuidado na forma e função do objecto arquitectónico. A engenharia projecta para a eficiência, fluidez e velocidade — ignorando que os espaços entre edifícios são muito mais que canais de circulação. Entre edifícios, passeamos, conversamos, comemos, morremos, fazemos revoluções ou procissões religiosas.




Estes dois conceitos, pela sua enormidade “invisível”, podem e têm a potencialidade de ser as disciplinas de um futuro em que as fronteiras serão cada vez mais frágeis e impossíveis de detectar. É através da fluidez e deriva do andar a pé, na sua pureza a-tecnológica e liberdade irreverente, que se materializa o espaço público — sem caminhantes, ele desaparece. É talvez este carácter insubmisso que confere ao espaço público e ao andar a pé um cunho eminentemente político, em contraponto com a arquitectura e todo o esquema viário que não passam de tentativas de fomentar a ordem, e que aparecem como formas de domesticar o espaço urbano [2]. A sectorização do espaço público — “cada macaco no seu galho”, cada modo de deslocação em espaço próprio, cada função em zona regulamentar — pode ter sido o mais agressivo assalto do racionalismo tecnocrático ao funcionamento da cidade democrática. Da mesma forma que se começou por sectorizar as cabeças e as especialidades, a prática teorizada na Carta de Atenas [3], foi e tem sido até agora um mero espelho da autocracia da academia, das instituições e do estado. Precisamos de repensar a cidade aberta e democrática.




lar doce lar

Não será por acaso que foi durante os anos 50, quando se assistiu à massificação do uso do automóvel e à consequente apropriação tecnocrática do espaço público, que Guy Debord lançou um convite à deriva. No seu célebre ensaio situacionista, Debord usa a deriva como uma forma de o caminhante revisitar a forma como olha os seus espaços habituais — psicogeografia. Convida a libertar-nos dos nossos percursos rotineiros e a olharmos a cidade de uma forma nova, radical e surpreendente. Com propostas muito práticas de chegar à deriva, Debord apresenta-a como um acto de insubordinação em relação à forma como as nossas cidades começavam a ser desenhadas [4].

O andar a pé e no espaço público poderão conter resposta codificada, mas evidente, ser o líquido amniótico de onde nascerá um novo paradigma. Se, até agora, as disciplinas da arquitectura e engenharia exacerbaram a atenção ao automóvel e ao edificado, podemos começar a delinear a forma como a natureza intrinsecamente fluida do espaço público e do andar a pé pode apontar para uma inversão de valores. Como única forma possível de nos aproximarmos destes novos valores temos naturalmente o jogo da interdisciplinaridade e a participação de todos. Mas ao colocarmos a “vida” em primeiro lugar e infectarmos o nosso trabalho com a participação de cada um, é natural que se estejam a dar os primeiros passos uma metadisciplinaridade, deixando para trás hábitos e formas de aprender que tanto mal fizeram à cidade. Esta metadisciplinaridade implica visões partilhadas de futuro, baseadas em conceitos construídos entre políticos, técnicos e cidadãos.

No entanto, estas duas manifestações culturais, espaço público e andar a pé, foram progressivamente postas em perigo pelo uso exacerbado da máquina — o automóvel. É uma tendência muito recente na história das cidades. Se pensarmos bem, até à popularização do automóvel, era raro ou praticamente impossível um peão estar exposto a impactos acima dos 30 km/h. Este limiar na capacidade de absorção da energia de impacto deixa o ser humano sujeito a uma morte quase certa para velocidades superiores. Durante milhões de anos, o ser humano cruzou o espaço sem receio de perder a vida por impactos desta natureza. Desde a massificação do automóvel nas cidades que, durante a infância, somos, subliminarmente ou não, avisados do perigo iminente em cada esquina. É natural que, anos depois, quando actores adultos dos espaços da cidade, evitemos a rua e recolhamos à segurança doméstica.

Este é, aliás, um fenómeno muito observado e investigado ao longo do século XX: com o aumento da presença e velocidade dos automóveis, diminui a presença e circulação dos peões. Dito de outra forma, com a invasão do automóvel, as ruas deixam de ser aquilo para o qual serviram durante séculos — pontos de encontro. Transformadas em “esgotos de tráfego” as ruas transformam-se em patologias. A velocidade dos automóveis (o perigo, e em menor grau o ruído), é o elemento que mais contribui para esterilizar as ruas, transformando-as em meros corredores de passagem [5].



entre o olhar e o ver

Nos últimos anos, primeiro nas províncias do norte da Holanda e depois no resto da Europa, começaram a experimentar-se sistemas curiosos de desenho urbano, de coexistência entre os carros, peões e bicicletas. No fundo não são mais que um retorno às origens: quanto menos ordenamento e sectorização funcional do tráfego, mais seguro e humano é o espaço público. Optando por uma estratégia de partilha do espaço público, os primeiros projectos da autoria de Hans Monderman rejeitaram a separação entre modos e toda a panóplia de sinalética e regulamentação viária que ainda hoje é normal em projectos com a presença de automóveis e peões. Através do uso de materiais que desconstroem a tradicional separação entre a via, passeios e ciclovias cria-se uma flexibilidade e fluidez em que todos os participantes interagem de olhos nos olhos. A ausência de conflitos é conseguida através de uma negociação baseada no princípio de que a prioridade é sempre do mais vulnerável.

Ao retirar toda e qualquer marcação no pavimento e sinalização de trânsito, Monderman conseguiu que os motoristas começassem a sentir-se como actores sociais da praça ou cruzamento, e a comportar-se como peões. Retirando-se passadeiras e dando-do prioridade aos peões, o espaço torna-se num ballet de interacção com o corpo e o olhar, onde todos os modos convivem e as funções de estadia, deslocação e jogo se misturam. Desenhando o espaço com prioridade para as pessoas e não para os carros, podemos desburocratizá-lo e reduzir a velocidade para níveis onde é novamente possível a deriva e a socialização [6]. Podemos celebrar finalmente a importância da atenção e da descoberta de Guy Debord — ou como disse um dos projectistas, quanto mais perigoso for um espaço, mais seguro ele é. È o desenho para a incerteza e o intrigante que nos predispõe a retomar a conversa com quem cruzamos. A troca de olhares de que falava Breton.


a arte de engendrar o aleatório e imaginar cidade

É neste imperativo de voltarmos a comunicar com o “outro” como um elemento fundamental para o funcionamento democrático da cidade. Por diversas razões as últimas décadas erodiram progressivamente a relação entre desconhecidos no espaço público. A consequência é o afastamento, consciente ou não, das disciplinas que interevêm na rua de conceitos morais, politicos e referencia ao bem-estar colectivo.

Através de um renovado convite à deriva como acto estético e à apropriação assertiva do espaço, que surge agora uma arte pública sem pedestal, mas combinada com o desenho urbano, o edificado, a paisagem e as pessoas. Recusando a tradicional separação entre o observador e o objecto — a arte pública mais interessante que se pratica hoje é efémera, participativa e espontânea. Segundo Exupery, para construir um navio teremos que primeiro instalar na cabeça dos homens o desejo pelo mar infinito. Para voltarmos a ter ruas onde apeteça conversar, teremos que descobrir “estórias” que nos levem a desejar cidades [7].

Um dos temas da arte de rua já é, e terá que ser cada vez mais, como desconstruir e subverter os espaços sociais que, ao longo dos anos, foram tomados de assalto pela fúria normativa e regulamentar de quem quer mandar ou tem medo do descontrolo. A transgreção de fronteiras e obstaculos do parkour, o fazer cenas e desaparecer na cidade, a apropriação criativa de um espaço de parquímetro, a cartografia das emoções de quem atravessa uma rua, o desenhar a deriva na paisagem com um gps no bolso, são apenas alguns exemplos de como a arte poderá contribuir para a psicogeografia colectiva ou de cada um.

E mais uma vez poderão ser a arte e a filosofia a ajudar-nos a descobrir um novo caminho.

Mário Alves
mariojalves@gmail.com
Engenheiro, Mestrado em Transportes e Mobilidade pelo Imperial College de Londres.

[1] Sobre a beleza espiritual do andar, Henry D. Thoreau, Walking, Boston: Applewood Books, 1987.

[2] Introdução de Manuel Delgado ao livro de Hélène Fretigné, Uma Praça Adiada: Estudo de Fluxos Pedonais na Praça do Duque de Saldanha, Assírio & Alvim Editores, 2006.

[3] Ler por exemplo o ensaio seminal do Christopher Alexander A City is not a Tree, Architectural Forum, Vol 122, No 1, April 1965, Vol 122, No 2, May 1965
http://www.patternlanguage.com/archives/alexander1.htm

[4] Guy-Ernest Debord, Theory of the Dérive, Les Lèvres Nues, 9, 1956.
http://library.nothingness.org/articles/all/all/display/314

[5] Appleyard, D. Livable Streets: Protected Neighborhoods, Berkeley,. CA: University of California Press, 1981.

[6] Engwicht, D. Mental Speed Bumps, Envirobook, 2005.

[7] Daniel Sauter Freedom to Walk – Walk to Freedom: Reflections on Walking, Democracy and the Redistribution of Time and Public Space Comunicação apresentada em 2003, na conferencia Walk21 em Portland, Oregon.