Links

ARQUITETURA E DESIGN




Terra © Trienal de Arquitetura de Lisboa


Triennale 2022 Map PT © Barbara Says


Estádio Regional 13 Junho Sto. António do Príncipe – São Tomé e Príncipe 2013 _0017 © Francisco Nogueira


Fuerteventura, Ilhas Canárias, 2018 © Francisco Nogueira


Untitled – serie Open Space Office – Portugal, 2011 © Tito Mouraz


Visionaries – Selgas Cano, Second Home Hollywood offices, 2019, Los Angeles, California © Iwan Baan


Multiplicity - Illustration Patrick Latimer Cityscapes Magazine N6 © Cityscapes


T2022 – Cycles – Storage in Santiago, 2020, Chile © Pedro Ignacio Alonso Foto_ Joaquim Mora_03


T2022 – Retroactive © Loreta Castro


Tour t2022, MADRID, Fundacion Giner de los Ríos__exterior 03 © DR


Tour T2022_BERLIN, Floating University architekture © Victoria Tomaschko raumlaborberlin Kopie

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY

MADALENA FOLGADO, CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


11/07/2022 

 

O tema Terra da Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2022, proposto pela dupla de arquitetos Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, implica-nos enquanto observadores a fazer zoom in e zoom out, de modo a refletir sobre a sua abertura polissémica. Em entrevista à ARTECAPITAL, os curadores dão-nos a conhecer os desafios desta sua proposta, assim como as novidades no âmbito das edições anteriores da Trienal. Desde já, um indicador positivo: A multiplicidade de abordagens ao tema revela a desejada sintonia à escala global. A sexta edição do evento decorrerá de 29 de Setembro a 5 de Dezembro. 

 

Por Madalena Folgado

 

>>>

 

 

MF: Comecemos por determo-nos na polissemia rica da palavra Terra, tema da Trienal de Arquitetura de Lisboa 2022 (Terra, TAL 2022), o que nos implica em pensar um conjunto de sentidos e ações, apenas possível através da língua portuguesa. Atendendo ao vosso percurso, que passa e passou, por exemplo, por lecionar em contextos culturalmente tão distantes do nosso país – e língua – como Hong Kong, Canadá ou Chile e Argentina, pergunto-vos se estarão também na génese da escolha deste tema – e palavra – as possibilidades da sua tradução pelo desenho –, e por conseguinte, as possibilidades abertas pela tradução da sua polissemia enquanto projeto, tendo presente ainda que traduzir, do latim, traducere e translatio, significa respetivamente, ‘levar adiante’ e ‘transferência’?

CVDB: A palavra Terra é uma palavra muito rica da língua portuguesa e também por isso decidimos que não haveria a necessidade de a traduzir. Terra procura também incluir essa diversidade de sentidos e significados. É uma palavra que também tem a capacidade de ser apropriada em múltiplas línguas. É sobretudo essa sua qualidade, essa sua generosidade e abrangência que também nos inspirou e motivou na escolha deste tema. O projecto, a intervenção arquitectónica através do desenho celebra também essa pluralidade e universalidade da presença e condição humana (e não só) no planeta, nos lugares e nas matérias da construção desses lugares a que chamamos também terra, a nossa terra.

MF: Citando-vos, a partir do dossier de imprensa, o que pode significar, e/ou que imagem nos podem oferecer, para um melhor entendimento da proposta de fazer evoluir o “[…] actual modelo de sistema fragmentado e linear, caracterizado pelo uso excessivo de recursos, para um modelo de sistema circular e holístico, motivado por um maior e mais profundo equilíbrio entre comunidades, recursos e processos”?

CVDB: O sistema linear em que vimos vivendo até hoje, tal como o nome indica, não faz ainda uma optimização que inclua a reutilização de recursos do Planeta. É importante e necessário que no futuro haja um melhor (re)aproveitamento dos recursos existentes, tendo em atenção no modo como se extraem esses recursos, dando tempo por exemplo às florestas para recuperarem. É também necessário repensar como os materiais utilizados entram num ciclo de reutilização/reciclagem que permite que o mesmo material ganhe vários ciclos de vidas e seja aproveitado para vários fins. Hoje em dia o recurso às altas tecnologias permite um aproveitamento mais criterioso e com menos desperdícios da matéria-prima, e ainda um controle do que podemos e necessitamos de libertar de CO2 para a atmosfera. Os sistemas circulares não se focam apenas nos recursos, mas em tudo que é necessário desde a recolha da matéria-prima em bruto, a sua transformação, ao transporte e à aplicação, bem como em todo os seus respectivos contextos socio-económicos. Esta Trienal foca neste tema em especial, porque os resíduos da construção civil estão entre os maiores poluidores do mundo. Esta Trienal dedica uma exposição a esta problemática sobre o tema dos materiais com o nome Ciclos.

As matérias-primas hoje em dias criam grandes assimetrias e iniquidades sociais e no modo como as comunidades se organizam e vivem no Planeta. Esta Trienal procura olhar para as múltiplas perspectivas e formas de vida de algumas destas comunidades com a exposição Multiplicidade. O objectivo dessa exposição é dar a conhecer estas perspectivas e condições, assimilar os mecanismos de aprendizagem que usam modelos de atividades humanas para explorar problemas de um mundo real e diversificado. Procuramos deste modo que esta exposição possibilite uma crescente consciencialização das percepções dessas situações e da agilidade das ações propositivas e comunitárias/humanitárias que lhes procuram dar respostas e construir alternativas para uma maior equidade e justiça social. Estes exemplos podem ajudar a questionar o modo como habitamos e construímos lugares neste planeta cada vez mais globalizado, em que a informação é cada vez mais virtual. 

MF: Terra TAL 2022 conta com quatro linhas curatoriais: “Visionárias”, “Multiplicidade”, “Ciclos” e “Retroactivar”, abertas ao pensamento e práticas dos quatro cantos do mundo. Com o advento da Pandemia, estaremos mais abertos a criar lugares; a agir coletivamente – arquitetos e não-arquitetos –, pressupondo também que alguns de nós estejamos mais sintonizados? – Tenho presente o sentido de “tuning”[1], sobre o qual Timothy Morton, o filósofo do Antropoceno nos fala, e pedir-vos-ia que discorressem a partir da perceção geral que têm neste momento, em que já terminou o tempo de receção de propostas, nomeadamente, para o Prémio Concurso Universidades.  

CVDB: As quatro exposições e os seus temas foram pensadas em conjunto e de forma profundamente interlaçada. O objectivo da Terra TAL 2022 foi sempre possibilitar que houvesse uma grande complementaridade entre as exposições. A diversidade dos temas e dos curadores foi também sempre um dado fundamental à partida, para que a TAL 2022 possa proporcionar oportunidades para se estabelecer um entendimento do pensamento e da prática de arquitectura mais diverso e inclusivo no modo como o sentido de emergência que atravessamos é abordado nos vários cantos do planeta Terra.

A diversidade de abordagens e propostas de lugares muito variados que foram apresentadas tanto para os projectos independentes e para o Prémio universidades, é já por si um sinal muito claro do que nos parece ser a pertinência dos temas desta Trienal. Sobretudo o que nos motiva é precisamente esse sentido de sintonia que sentimos que atravessa essa grande diversidade de propostas no modo como abordam a possibilidade de se contruir colectivamente lugares com os quais nos identificamos.

MF: Diferentemente de outras edições da Trienal, e pela primeira vez, o Prémio Concurso Universidades dirige-se ao mundo inteiro, assim como os trabalhos académicos distinguidos serão integrados nas exposições centrais. Podem-nos falar sobre um pouco sobre a importância da investigação, enquanto algo indissociável de uma prática de projeto, inclusive, após o momento académico, i.e., como ferramenta de ação; enquanto ‘tecnologia relacional’? 

CVDB: Uma das primeiras motivações desta Trienal é dar voz a essa multiplicidade de abordagens a estes temas. Pareceu-nos também lógico, uma vez que temos dado aulas em vários sítios, que era absolutamente necessário dar voz a um número o mais alargado possível de universidades espalhadas por todo o mundo, cujo trabalho académico e de investigação aborda estes temas de forma muito diversa. Um dos objectivos desta trienal foi sempre o envolver futuras gerações de arquitectos e não só, uma vez que estes temas são extremamente pertinentes para um futuro mais ecológico do planeta Terra, com maior sentido de justiça social. Tínhamos também a expectativa de que muitos centros de investigação trabalham de forma transdisciplinar e isso pareceu-nos ser um dado também muito importante para aprender sobre , perspectivar e explorar outras formas de pensamento e práticas arquitectónicas.

MF: No início do ano corrente, encontrei-me com um texto de Ana Leonor Madeira Rodrigues, com perto de 30 anos, que ensaiava a ideia de ‘arquitetura enquanto cicatriz’. Por essa ocasião, senti algo de intemporal nas suas palavras, que desde já cito:


"Primeiro faz-se uma ferida na terra e depois remata-se para cicatrizar. Esse remate, a cicatriz, é a Arquitectura. […] A cicatrização pode ser por acaso ou por tratamento. Chama-se ao primeiro abandono e ao segundo restauro. […]

As arquitecturas são cicatrizes-tratamento (restauro) ou cicatrizes-tatuagem (obras em terreno virgem com intenção artística) ou ainda transplantações.

A Arquitectura é uma ferida sobre a superfície da Terra." [2]

 

Enquanto curadores de (ou da) Terra, poderiam comentar a atualidade destas palavras, pensando, por exemplo, a quarta linha curatorial da Trienal, “Retroactivar”?

CVDB: Interessante o rebuscar deste texto. Podemos entender algumas aproximações embora temos que perceber que a Terra descrita e talvez entendida pela Ana Leonor Madeira Rodrigues era ainda uma Terra talvez antes do Antropoceno. Embora os adjetivos/substantivos linguísticos possam funcionar: remate, a cicatriz/ transformação, os instrumentos arquitetónicos serão outros. A Terra do Retroactivar é toda construída por pessoas e nem sempre tem uma boa génese. Os instrumentos arquitetónicos que se propõem não criam cicatrizes, procuram sim definir abordagens e processos de início de uma transformação, que polariza o local da infraestrutura, o quarteirão, o Bairro, o lugar. A necessidade do envolvimento das comunidades locais e a aposta na infraestrutura comum é fundamental para a construção desses novos lugares para estas comunidades.

A Arquitectura é sobretudo uma impressão que introduz um processo de transformação na superfície da Terra. Uma das questões que esta Trienal Terra 2022 procura partilhar é como essa diversidade de impressões/cicatrizes pode ser cerzida com uma consciência mais abrangente, transdisciplinar e pluralista da pegada ecológica inerente ao trabalho da arquitectura na superfície da Terra.

 

 

 

 

Madalena Folgado

É mestre em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design; e do Laboratório de Investigação em Design e Artes, entre outras coisas.  

 

:::

 

Notas:

[1] Timothy Morton, Being Ecological, Sl., Pelican Books, 2018, pp. 103-188.

[2] Ana Leonor Madeira Rodrigues, “A Ilha”, in Ana Leonor Madeira Rodrigues, Ensaios nas Margens do Futuro, Lisboa, Editorial Estampa, 2007, p. 40, 41.