Links

ARQUITETURA E DESIGN




Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. ©António Jorge Silva


Vista de exposição Em Bruto: Relações Comoventes de Fernanda Fragateiro, Museu CCB. © João Borges da Cunha

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA

JOÃO BORGES DA CUNHA


 

03/08/2023 

 

Valerá a pena uma descrição detalhada, e que ao conteúdo se refira, de cada um dos três recintos em que está organizada a exposição Em Bruto: Relações Comoventes, que Fernanda Fragateiro apresenta no Centro Cultural de Belém, para bem auscultar até que ponto o trabalho da artista tem sido disciplinado a desenhar à volta dele um Spielraum (espaço de manobra) que se aproxima cada vez mais de um círculo de prescrições do que de uma arena de liberdades (artísticas e poéticas). E assim parece ser ao serviço de uma reafirmada disposição crítica que, se começou por visar as fronteiras entre expressões artísticas — no caso, entre escultura e arquitectura, entre matéria e espaço, entre substância e vazio —, está cada vez mais animada pela ideia de alvejar os pontos nevrálgicos no centro de cada uma das disciplinas. Sobretudo depois do trato a que a modernidade as sujeitou, tornando a escultura no território de um formalismo do informe, e a arquitectura no império de uma pax funcionalista.

Na primeira sala, que é na verdade um preâmbulo, estão expostas cinco peças de um conjunto designado Materials Lab. São “caixas” que a artista preparou para um seminário com estudantes de Antropologia nos Harvard Art Museums em 2015, e que pretendem congregar, num único objecto multímodo, diferentes aspectos do trabalho artístico: do arquivo de referências ao órgão de materiais, da colecção de objets trouvés ao laboratório de experiências, do espólio de registos à caixa de ferramentas.

Tratam-se, segundo a autora, de artefactos alternativos às abordagens de índole académica na pesquisa/ aprendizagem em ensino das artes, e fazem uso de um dispositivo didáctico baseado no efeito de inesperado, no qual cada participante é exposto à dádiva de uma revelação e ao desafio do desconhecido, de modo, seguramente, a oferecer respostas livres de um certo “pré-concebido”, mas, ainda assim, alinhadas com o mundo en boîte da autora. Caixas que se abrem e fecham, Materials Lab deu já lugar a uma publicação com igual título, que regista extensamente o processo que lhe dá origem [1]. Num primeiro momento, não foram peças concebidas de raiz para serem expostas, tendo por isso sofrido mutações de aspecto de modo a aproximá-las de quem as vê, e adquirido assim a qualidade de um vasto work in progress que acompanha e alimenta agora o trabalho de Fragateiro. Nas suas próprias palavras, diz a artista trabalhar como uma arqueóloga, desempacotando arquivos, recolhendo materiais desperdiçados, reescrevendo histórias, escavando artefactos que lhe chegam ao acaso e constituem matéria de investigação, de imaginação e de afirmação estética [2]. A ‘auto-exposição’ do artista na sua oficina é uma estação obrigatória no caminho daqueles que fazem travessias incomuns e necessitam de explicar-se. Ou a isso se sentem instados. Os modos de fazê-lo foram-se também tornando consabidos, se não mesmo artisticamente desinteressantes e gastos, sejam eles o documentário cinematográfico, a entrevista-testemunho, o atelier de porta aberta, a monografia em papel brilhante ou o estudo académico. Fernanda Fragateiro ao mostrar Materials Lab engendra aquela mesma ‘auto-exposição’ de modo arguto e com fineza de espírito. Ao vermos transposto para objectos o modus faciendi da artista, ficamos na presença da acção-a-ser-agente, no que é praticamente um efeito de espelhamento daquilo que costuma não ver-se, o artista-em-acção. As caixas de Materials Lab são, desta forma, peças sobre outras peças: meta-peças, portanto. Serão, pois, meta-arte, operação raríssima, a poucos dada percorrer e alcançar, e que recua à sofisticação estética e intelectual de um Marcel Duchamp (com a sua La Boîte-en-valise [1936]). Aqui, ensaiando ainda um dispositivo de auto-didactismo através do qual a artista faz saber como investiga aquilo que a convoca, como apreende aquilo recolhe, como pensa aquilo que a inquieta, e que acaba a perseguir mais do que objectivos críticos, um lavor aturado de crítica, havendo nisto um propósito de legitimação teórica e filosófica que em podendo encarar-se na lógica do encantamento intelectual pelo mundo, parece trair também uma tanta má-consciência por andar a trilhar caminhos alheios. É eloquente que das cinco “caixas” expostas, todas estejam caucionadas por problemáticas extra-artísticas ou supra-estéticas, e venham tuteladas por textos e literatura de referência sobre os temas que tratam, mostrando-se o resultado bastante desigual, desde aquela em que se faz um uso muito batido, e quem sabe até pouco elegante, de rede em gradil de arame (vulgo rede de vedação) para aprisionar o perturbantíssimo livro Domicide: The Global Destruction of Home de J. Douglas Porteous & Sandra E. Smith, de 2001; até àquela, de composição a um tempo muito delicada e muito inquietante, e por isso muito conseguida, e que invoca o por sua vez já muito carismático livro Tell Them I Said No de Martin Herbert, de 2016, colectânea de ensaios sobre artistas que se retiraram do “mundo da arte” por se terem rebelado contra o “sistema da arte”. Este trem de caixas que é Materials Lab foi já assimilado a figuras várias: constelação, arquipélago, mapa, carta de navegação, fragmentos de paisagem, tabuleiro de jogo, padrão textil [3]. Na versão em que agora se mostram no CCB, surge nelas um mimetismo territorial inesperado mas bastante magnético. No modo como se desdobram e vertem sobre o percurso da visita, tornam-se num povoado de pequenas casas-da-cascata wrightianas que interagem com o visitante mais do que o visitante interage com elas, num efeito lúdico retroverso que em tudo enobrece o propósito didáctico que é o delas. E assim, com elas, se aprende uma certa arquitectura.

Na segunda sala, que é uma passagem para a seguinte, estão expostos sobre uma bancada-escaparate, e para consulta do visitante, vinte e três volumes bibliográficos. Entre alguns livros e catálogos sobre obras de Fragateiro, encontram-se títulos mais ou menos canónicos, mais ou menos marginais, que de alguma forma nutriram o trabalho reflexivo da artista, e que são ali dados a serem vistos, tocados e folheados como prova material de que as ideias têm uma existência a anteriori da laboração artística. E que acabam por tornar-se matéria de intervenção estética. Diz Fragateiro: «Ideas are materials. Ideas are like bricks. In art, practical questions are conceptual questions» [4]. Neste brevíssimo ‘centro de documentação’, que com as suas paredes cor de malva não mal se assemelha a um scriptorium de estudos humaniora, a exposição Em Bruto: Relações Comoventes arrisca um tom equívoco. Se bem se aceita a honestidade, e a generosidade, de oferecer ao visitante uma amostra da paisagem conceptual sobre a qual o trabalho da artista está recortado, dando a quem passa a oportunidade de nela imergir e posicionar-se; já se entende mal que isso seja feito a expensas de uma celebração do artefacto livro, veículo de um rematado paternalismo intelectual que traz na boca o ditame ‘vamos ler?’, e que o mais certo é degenerar num intelectualismo larvar que, por sua vez, enche a boca com uma citação espirituosa ou a petite boutade. Agravante deste desconforto é que nesta ‘cripta pedagógica’, onde nem tudo se equivale, o conteúdo dos tomos depositados é inexplicavelmente desequilibrado. Nem tudo ali será combustível para uma crítica prestável, da mesma forma que nem tudo pode ser ingrediente para massa moldável. Como pode conviver o livro quase escolar Privacy and Publicity: Modern Architecture as Mass Media de Beatriz Colomina, com o desassombrado e o ainda hoje quase secreto e muito fecundo Diamonds angainst Stones de Lina Bo Bardi; como colocar em coabitação um número de Casabella [o 349], a mais livre e libertadora das revistas de arquitectura do séc. XX, com o texto fundador — e absolutamente esterilizado — da ortodoxia em arquitectura moderna que é Vers une Architecture de Le Corbusier; como compaginar o fascinantíssimo folio de Amereida com o emprateleiramento de um Kursbuch numa bisonha peça de parede; são questões dificilmente solúveis através de um contacto de circunstância. Portanto, se se tratava de esclarecer e de ilustrar, este exercício de pedagogia voluntarista precipita-se sobre um alinhamento de leituras deslassado que o melhor que pode dizer-se é que são ao gosto da artista. De assinalar que a maior parte delas — no que há galhardia irrecusável —, versa a disciplina arquitectura.

Na terceira sala, que as características físicas da galeria do Museu CCB divide em duas secções, está montada a instalação de nome Estaleiro, que resultou do convite e residência na Fundación Cerezales Antonino y Cinia de Léon, em Espanha, e que constitui o cerne da exposição propriamente dita (curadoria de Alfredo Puente). Trata-se de um conjunto de peças aparentemente independentes, mas unidas por uma afinidade material e formal leonina, ao ponto de poderem ser descritas através de uma redução aos respectivos componentes elementares, por sinal de índole estrutural: cavaletes, vigas, prumos e lintéis, em barrotes de madeira e varões metálicos. Este léxico arquitectónico não é, apesar de tudo, aquilo que recorta a linguagem estética nesta sala. Por força de uma combinatória desafiante, sucede que aquela afinidade entre objectos é sobrepujada pela verdadeira matéria artística com que Fragateiro trabalha: o ‘espaço’. Cada peça constrói o seu. Cada peça cria, recria e desmonta o seu. Mais: cada peça experimenta o seu. Dentro deste filão experimental, é lícito dizer-se que algumas surgem como versões de outras, ligando-as uma linha de variações temáticas que forja uma orquestração sumptuosa, a qual solicita disponibilidade de fruição estética exigentíssima, e que só às ‘grandes obras’ merece ser dedicada. Neste Estaleiro, o jogo de escalas, orientações, direcções, pendentes, consolas, balanços e gabaritos resulta mostrar-se tão feérico que aquilo que para os desatentos não passará de um mostruário de testes repetidos sobre o mesmidade é, na verdade, um parque heteróclito de cappricci bem congeminados e torneados. De resto, no âmbito das muitas críticas que este Estaleiro lança ao universo da arquitectura e da construção, está o aspecto de alta marcenaria e alta serralharia que as peças exibem como acabamento, peças de uma precisão hipnótica, asseverando qualquer coisa do género: ‘no melhor estaleiro cai a má arquitectura’. Daqui, e com igual primor crítico, sucedem-se as figuras espaciais ao arrepio do zelo que é uso colocar-se no artefacto ‘estaleiro’, com a sua lógica reticulada e pragmática que, não há volta a dar-lhe, partilha com a ideia de ‘projecto’. E assim, esta grande instalação de Fragateiro é também um ‘labirinto’ de nexos rompidos e de funcionalidades parodiadas (não conseguindo, por vezes, desviar-se do pecadilho do gag, como, de forma muito escusada, no caso da peça com a inscrição «E. 1027 Maison en bord de mer, Eileen Gray and Jean Bodavici, 1929»). Ou será ainda um amplo gabinete (hangar?) de curiosidades, que o são não por exuberância da forma ou estranheza de origem, mas, sobretudo, pelo requintado ensaio crítico em que se transformam. Exemplos seguramente maiores: – a peça com a inscrição «Vers une Architecture, Le Corbusier, 1923» que — e medimos as palavras —, é uma das mais penetrantes invectivas que já se fizeram à arquitectura moderna, racionalista, funcionalista, patriarcal, e por isso antológica e obrigatória; a peça sem título adossada e suspensa sobre uma das paredes da galeria (e que é a única nesta situação [v. última imagem]) varre com um sopro irresistível, e muito enigmático, toda a retórica conceptualista, purista e minimalista que fez o prestígio da escultura e da arquitectura tardo-modernistas. Convirá também não sair de Estaleiro sem dar conta da emocionantíssima aporia estética que a instalação encerra: é que ela não é um ‘estaleiro’, é a representação de um estaleiro; porém, não pode fruir-se sem a existência real de um estaleiro.

Didáctica, pedagogia, ensaio: são estes os termos da equação em torno da qual está montada a exposição Em Bruto: Relações Comoventes. Sem desdém para com a bondade da curadoria, poderá saltar-se directamente para o terceiro. Todavia, o espaço não o permite.

 

 


João Borges da Cunha
Doutorado em Estudos de Cultura, Universidade Católica Portuguesa. Arquitecto, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Professor no Departamento de Arquitectura da ECATI [Escola de Comunicação], Universidade Lusófona. Investigador nos centros ARQ.Id e CECC. Publicou ensaio, teatro e ficção.

 


:::

 


Notas


[1] FRAGATEIRO, Fernanda (2022) MATERIALS LAB, Beam Editions, UK [https://files.cargocollective.com/c1661672/Material-LAb.pdf]

[2] From archives to discarded materials, I work like an archeologist, rewriting stories, transforming artifacts into sculptures. I will unpack a range of materials from a variety of sources, some of which come to me purely by accident that become a fertile ground for research, imagination, and aesthetic intervention (FRAGATEIRO, Fernanda 2022: p.8; in: https://files.cargocollective.com/c1661672/Material-LAb.pdf, acc. 19/ 07/ 2023, 17:29])

[3] «The first time I saw the open boxes of Materials Lab, the archipelago of images, headlines, and materials exposed to light by Fernanda Fragateiro as poetics of her field of research, I had an intense ‘sensation of landscape’ – a visual narrative in the context of a somewhat geographical (and biographical) information system. A horizon that takes shape at knee height. My perspective was elevated above the apparatus – a set of 29 halfopen plywood boxes – which extended in a lower plane throughout the space in an asymmetrical yet connected arrangement. Lina Bo Bardi, Le Corbusier, Eileen Grey, and James Joyce; Casabella or Life; pre Columbian art and Bauhaus; Valparaiso and New York: disconnections in apparent connection. Such viewpoint facilitated a first approach to her work through outlined floor maps – the boxes and their contents – that had a resonance with all kinds of lineages and familiar ‘grids’ – between Google Earth’s satellite-image, the archive, and the hypertext. Defining that disseminated ‘geography’ before closely analyzing each box and the relationship of them all – and their materials – with each other would have been premature» (in « A navigation with Fernanda Fragateiro» de Alfredo Puente apud FRAGATEIRO, Fernanda 2022: p.206.

[4] FRAGATEIRO, Fernanda 2022: p.8; in: https://files.cargocollective.com/c1661672/Material-LAb.pdf, acc. 19/ 07/ 2023, 17:29]