Links

ARQUITETURA E DESIGN




Cartaz indoor. Fotografia: João Rosmaninho [2012.04.25].


Inauguração. Fotografia: João Rosmaninho [2012.03.10].


Exposição. Fotografia: João Rosmaninho [2012.04.25].


Panoramas do Ave. Fotografia: João Rosmaninho [2012.04.25].


Painel final. Fotografia: João Rosmaninho [2012.03.13].


Exposição. Fotografia original: Sérgio Rosado ©Guimarães 2012-INCM.


Livro. Capa: Miguel Chalbert ©Livros Horizonte, 1969.

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS

JOÃO ROSMANINHO


O título deste texto é explicita e livremente retirado de “O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas”, a exposição dedicada a Nuno Portas e organizada por Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura. Comissariada por Nuno Grande e desenhada pelo Studio Andrew Howard, “O Ser Urbano” tem origem e enquadramento na área de “Arte e Arquitectura”, integrando o “Ciclo Escalas e Territórios”, sob a programação de Gabriela Vaz-Pinheiro.
Para além da exposição (a decorrer entre 10 de Março e 20 de Maio na Fábrica ASA, em Covas, Guimarães), o projecto constitui-se por mais três momentos que acompanham e multiplicam a reflexão sobre o autor: o lançamento do catálogo da exposição (25 de Abril); um debate público sobre “O Direito à Cidade: políticas urbanas do Portugal Democrático” (25 de Abril); e o colóquio internacional “Da Cidade ao Urbano: Encontros com o ideário de Nuno Portas” (a decorrer a 18 de Maio na Escola da Arquitectura da Universidade do Minho).

::::

“A cidade como arquitectura” [1]
O Ser Urbano é Nuno Portas (n. 1934). Alentejano, nasceu em Vila Viçosa, estudou em Lisboa e no Porto, tem viajado e trabalhado um pouco por todo o lado. Guimarães, cidade e concelho, é um dos muitos exemplos cuja ligação se prolonga desde a década de 1980. Arquitecto de formação, “intelectual cosmopolita por vocação” [2] e humanista por convicção, partiu da escrita para se aproximar à disciplina antes ainda de se diplomar (em 1959). Tanto através da crítica de cinema, no Diário de Lisboa (1956), quanto pela crítica de arquitectura, na revista Arquitectura (1957), Nuno Portas arranca para uma obra exemplar sem que a tivesse procurado como tal. Ao autor não interessa o fim interessa o meio, “não interessa o objecto interessa o processo.” [3] A ideia de que a cidade deve surgir como corpo aberto à disputa e à investigação (como arquitectura portanto), não sendo exclusiva, tornou-se pertinente ou mesmo fundamental nestes mais de cinquenta anos.

O Ser Urbano é, também, o Ser Moderno, um homem da Renascença que habita os séculos XX e XXI. De carácter clássico mas múltiplo, para além de moderno, Nuno Portas tem sido um homem do modernismo, da sua continuidade mas especialmente da sua revisão e ruptura. Talvez seja esta inquietude a causa e o efeito de uma carreira tão “plural e singular” [4] no seu (e no nosso) tempo. Nuno Portas foi (e é) o Ser Reformista, o político, o Ser Pedagogo, o professor, e o Ser Urbani(s)ta, o arquitecto. Nuno Portas é, afinal, o Ser Difuso, um homem da Contemporaneidade sempre em movimento ou, melhor, sempre em viagem. Como alguém disse sobre ele: está constantemente “a chegar de um lugar e de saída para outro”. Nuno Portas tem casa algures no mundo, na cidade portuguesa. A sua obra e o seu lugar são as suas relações.

Ora as suas relações são um território, uma rede de afeições e preocupações que produz significado; um significado constituído ao longo dos anos e agora classificado, como uma metodologia. Basta ver os números de “O Ser Urbano” onde convivem quase sessenta anos de actividade e produção desenfreadas (entre 1956 e 2012). Há profissões que vão da crónica de jornal à prática projectual, do planeamento técnico à participação social; há material gráfico de toda a espécie e demais autorias; há depoimentos de amigos, colegas e antigos alunos. Na ASA há ainda o que não tem forma mas tem expressão: a presença e o imaginário do arquitecto são inseparáveis das culturas urbanas contemporâneas portuguesa, europeia, mediterrânica e sul americana.

Nuno Portas e o seu “caminho de múltiplas escolhas” são o tema de um projecto quase épico, publicado sob um compacto catálogo vermelho de seiscentas e quarenta páginas. [5]


“A arquitectura como obra aberta” [6]
A exposição “O Ser Urbano” está localizada numa estrutura industrial parcialmente desactivada até à Capital Europeia e recuperada para o efeito. No primeiro piso desse antigo lugar colectivo de trabalho [7] o espaço acolhe a mostra pacificamente e com a dignidade genuína de algo familiar e produtivo. Trata-se de uma exposição de e sobre trabalho. Parece que é de propósito. Sem um conforto museológico demasiado institucional, o Sector J daquele edifício responde seca e silenciosamente aos dispositivos e respectivos conteúdos distribuídos por uma sala hipóstila de colunas e vigas brancas.

Como “no Vale do Ave e nos outros sítios o que é preciso é malhar”, [8] a exposição é construída sobre uma grelha cartesiana de marmorite em xadrez. Como a malha que Portas reconhece ser essencial para a organização de uma cidade ou de uma região, a exposição é uma cidade que acontece no interior de um vazio fabril com a estrutura à vista. Os elementos urbanos convertem-se em sofisticados móveis e objectos expositivos, de alturas e dimensões diferentes, permitindo a deambulação dos visitantes por um território de tempos intersectados e assuntos sobrepostos. É como se de uma topografia doméstica se tratasse, como se a exposição pudesse também ser examinada como uma grande maqueta, observada de cima e espreitada de flanco. Os volumes que aparecem de uma extrusão do pavimento, tal como o “desenho do chão” [faz] o “projecto urbano”, traçam vários percursos. Como um “desenho por pontos” [9] há princípios e alternativas, há para cada visitante a possibilidade de se sentir “arruador”, há para cada visitante um “caminho de múltiplas escolhas”. [10]

Aparentemente a exposição procura apresentar algo inorganizável e que é uma experiência humana e urbana excessivamente activa (e por vezes eloquente), parcialmente contraditória mas, por isso mesmo, totalmente decisiva. Embora seja estruturada cronologicamente a exposição tem hiatos e sobreposições, hipertexto e palimpsesto, formatos analógicos e digitais. Há sete etapas, todas elas em curso, todas elas escritas no pretérito perfeito mas “retidas” no presente indicativo (excepto a última que permanece incompleta, é escrita em vários tempos e pede várias mãos). Em “O Ser Urbano” parece haver de tudo: temas (sob as tais sete etapas-capítulos); projectos (em desenhos, maquetas, diagramas, memórias descritivas, etc.); textos (em artigos, despachos, antologias, livros, etc.); viagens (em slides); performances e documentários (em vídeo-projecção); entrevistas (em televisão); e panoramas (em fotografia, da autoria de Carlos Lobo, o artista em residência). Entre planos directores e recortes de revista, textos do autor e livros de cabeceira, mandamentos e decretos, cadernos e relatórios, o material produzido por Nuno Portas transforma-se mais facilmente em objecto de discussão que em objecto de exposição. Parece que é de propósito. Expor um material que é, na sua origem, um problema de investigação ideal (essencialmente por se tratar de um enorme problema de arranjo canónico) é, também e acima de tudo, uma hipótese que vale pelo processo. Reconhecendo que o primeiro problema expositivo para Nuno Grande terá sido de conteúdo arrisca-se que o segundo terá sido de forma. Como refere o comissário, Nuno Portas trata-se de um autor que, “sendo arquitecto, tem mais texto que imagem.” [11] A sua acção vem do desígnio e não do desenho, a sua imagética vem da pesquisa e não da superfície. Nuno Portas é um arquitecto não-arquitecto, não por se encontrar fora do campo mas por estar no seu âmago, na sua origem.

Tudo o que é matéria de análise sobre a obra de Nuno Portas poder-se-á encontrar neste “cabinet de curiosités”. [12] Nesta exposição os volumes são como convolutos, são como as letras do alfabeto [13] de outrora. Há cento e cinco caixas ou secretárias de madeira com as pastas e os ficheiros por ordenar. Imaginemos as nossas gavetas cheias de papelada sobreposta e cuja arrumação vem quando o critério se altera perante a circunstância: só encontramos o que (não) queremos. Parece que é de propósito. Os tampos das caixas são mesas de luz e de trabalho que permitem ler e verificar períodos ou episódios distintos. Sobre cada mesa estão colocados dois estratos transparentes servindo cada qual como suporte e técnica de datação; cada plano ao separar os temas também os aproxima e associa. Como se de uma sala de aula se tratasse, há camadas de ideias e questões que dificilmente terminam em cada plano ou em cada uma das mesas. A duplicação dos estratos permite entender diferentes e autónomos sentidos, essencialmente permite que seja o visitante a decidir. Como se fosse um percurso ou um discurso, também aqui, à escala dos elementos urbanos (ler objectos expositivos), há vários níveis e “caminhos” de leitura.

Contudo a exposição e os seus objectos expositivos permanecem imóveis. Só no seu interior o visitante pode fazer várias leituras, o seu exterior não serve. “O Ser Urbano” tem traseiras e locais inacessíveis, tem becos e margens, quase tem centro e periferia, como as cidades aliás. Parece que é de propósito. O dilema é que na exposição os limites estão fixos: os móveis estão imóveis. Fica a sugestão: talvez tornando os móveis móveis, a exposição se torne numa solução “evolutiva” permitindo outras e novas apropriações. Como no texto final da exposição, investigar e compreender também consiste em “gerir a cidade para hoje, qualquer que seja a sua forma”. [14]

Resta fazer duas notas: uma sobre as actividades paralelas à exposição; e outra sobre a imagem e comunicação do projecto. Em primeiro lugar importa relevar a “abertura” que tanto o debate como o colóquio poderão permitir. Se ao espaço físico expositivo se acrescentar o espaço público “participativo” crê-se que a discussão sobre a cidade à volta do pensamento de Nuno Portas ou o seu contrário (sobre Nuno Portas em torno da cidade) nos possa aproximar da gestão que o próprio sugere. Em segundo lugar importa, igualmente, destacar a identidade gráfica do projecto (na composição do catálogo e design matricial quase neoplástico dos cartazes), assim como o layout expositivo, da autoria do Studio Andrew Howard. [15] Como defenderá Nuno Portas (eventualmente sobre a própria exposição): “desde que se trate de uma lógica de malha, tudo bem.” [16]

A exposição sobre “Nuno Portas é [também] a Cidade Portuguesa” [17] e, por isso, o projecto “O Ser Urbano” permanece incompleto. Permanece incompleto, em Guimarães, até que desça a Lisboa, ao Porto, ou a Vila Viçosa; até que saia em viagem para outra das cidades de Nuno Portas.


A exposição como “a cidade como (a) “arquitectura” como obra aberta”
Há casos em que uma coisa lembra outra: uma exposição que lembra uma cidade que lembra uma arquitectura e que é uma obra aberta. Também aqui há cruzamentos. “O Ser Urbano” é uma viagem à nossa cidade temperamental, contemporânea e anacrónica, moderna e pós-moderna.

Há catorze anos certos, por uma ocasião de calendário que agora não recordo, foi-me oferecida pelo meu avô paterno a edição Livros Horizonte de 1969 de “A Cidade como Arquitectura”. Ao abrir o livro, na primeira página, vem a dedicatória: “Este livro já tem alguns anos / no entanto vê se aproveitas alguma coisa / do Avô / 05-98”. Li-o entusiasmado nesse Verão após terminar o primeiro ano da licenciatura em arquitectura. Não percebi metade, para ser optimista. Embora o primeiro contacto com a escrita de Nuno Portas tenha sido difícil e desarmante, o regresso ao livro foi acontecendo de modo insistente, durante a Escola e depois dela (algumas das vezes voltando apenas àquele índice tão claro e estruturante).

Em Março passado, aquando da inauguração de “O Ser Urbano”, lembrei-me de novo de “A Cidade como Arquitectura”. Desta vez lembrei-me da capa da autoria de Miguel Chalbert. Lembrei-me que, talvez, os elementos que fazem a cidade são afinal os mesmos que fazem uma exposição. Parece que é de propósito.


::::

João Rosmaninho D. S.
(Lisboa, 1979) Arquitecto pela Universidade do Minho (2002). Estudou no IUAV de Veneza (2001-2002) e concluiu o mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa (2009). É docente na Escola de Arquitectura da U.M. (desde 2002) onde colaborou no Centro de Estudos (2009-2010). Desenvolve investigação de doutoramento sobre as relações contemporâneas portuguesas entre Cinema e Cidade.

::::

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

::::


NOTAS

[1] Cf. Portas, Nuno, “A Cidade como Arquitectura”, Lisboa/São Paulo, Livros Horizonte, 1969. O título deste livro é também utilizado para dar nome à segunda hipótese-etapa das sete que organizam a exposição. Ver: “A Cidade como Arquitectura [1962-1974]”.

[2] Serra, João, “As Cidades de Nuno Portas” in O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas, p.45.

[3] Expressão recorrente de Nuno Portas, lembrada durante uma visita guiada à exposição (23 de Março, 2012).

[4] Ver Ferrão, João, “Nuno Portas, arquitecto singular, povoador plural” in O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas, pp.81-85.

[5] Cf. Grande, Nuno (org.), “O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas / The Urban Being: on the Trails of Nuno Portas”, Guimarães 2012: Capital Europeia da Cultura, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Abril 2012.

[6] Grande, Nuno (org.), “A Cidade como Obra Aberta” in O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas, pp.460-537. Trata-se, novamente, de um título reutilizado e que dá nome à quinta hipótese-etapa das sete que organizam a exposição. Ver: “A Cidade como Obra Aberta [1985-2008]”.

[7] Na verdade trata-se, ainda hoje, de um importante conjunto urbano de escala social e física para a cidade de Guimarães e para a região do Vale do Ave.

[8] Expressão utilizada por Nuno Portas durante uma visita guiada à exposição (23 de Março, 2012).

[9] Vaz-Pinheiro, Gabriela, “Nuno Portas, sentidos de um olhar no programa de arte e arquitectura” in O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas, p.51.

[10] Portas, Nuno, “A Cidade para Hoje – Um caminho de múltiplas escolhas” in O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas, p.602.

[11] Expressão utilizada por Nuno Grande em entrevista (13 de Fevereiro, 2012).

[12] Grande, Nuno, “O Ser Urbano” in O Ser Urbano: nos Caminhos de Nuno Portas, p.43.

[13] Walter Benjamin ter-se-á confrontado com este objecto de sistematização enquanto definia os convolutos do seu derradeiro projecto incompleto: os “Livros das Passagens”.

[14] Portas, Nuno, “A Cidade para Hoje” in Op. Cit., p.607.

[15] Responsável, entre outros trabalhos, pelas belíssimas capas tipográficas dos romances publicados pela AHAB Edições.

[16] Expressão utilizada por Nuno Portas durante uma visita guiada à exposição (23 de Março, 2012).

[17] Grande, Nuno, “Nuno Portas é a Cidade Portuguesa” [entrevista de Sérgio C. Andrade] in jornal Público – suplemento Ípsilon (9 de Março, 2012), p.28.