Links

ARQUITETURA E DESIGN




Complexo de Agronomia do Pólo da Mitra da Universidade de Évora (Vítor Figueiredo, 1996). Fotografia: Carlos Machado.

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO

CARLOS MACHADO


[Texto da comunicação realizada no lançamento do livro Vítor Figueiredo: fragmentos de um discurso (Circo de Ideias, 2012), numa mesa-redonda composta por Alexandre Alves Costa, Carlos Machado, Domingos Tavares, Nuno Arenga e Joana Couceiro, que teve lugar na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto a 12 de Dezembro de 2012.]


1.

Conheci Vítor Figueiredo na revista l’Architecture d’Aujourd’hui sobre Portugal (n.º 175, Maio/Junho de 1976), onde foram publicados dois pequenos artigos, de Duarte Cabral de Mello e de Nuno Portas, que lhe eram dedicados sob o título comum “Vítor Figueiredo, La misère du superflu” (“A miséria do supérfluo”), acompanhados dos seguintes projectos: o Conjunto Habitacional de Peniche (1968), o Conjunto Habitacional em Chelas (1973) e o Conjunto Habitacional no Alto do Zambujal (1975).

Eram obras estranhas e fascinantes, sobretudo o Conjunto de Peniche que me fazia lembrar outra descoberta mais ou menos da mesma época: a arquitectura de Giorgio Grassi, que encontrei pela primeira vez num número da mesma revista chamado “Formalismo/Realismo” (Abril de 1977), onde no meio de projectos, bons ou menos bons (não interessa), mas muito vistosos, com maravilhosos desenhos a cores de Aldo Rossi, apareciam três projectos a preto e branco (desenhos e maquetas) que eram, tal como os de Vítor Figueiredo, estranhos, ou perturbadores, pelos menos para mim que lhes dei atenção.

A miséria do supérfluo tinha que ver com o artigo de Duarte Cabral de Mello onde se chamava a atenção para um aspecto particular da arquitectura de habitação plurifamiliar a custos controlados projectada por Vítor Figueiredo: a inclusão de um espaço suplementar ou supérfluo, sem função, destinado a permitir uma utilização aberta – um desafio à invenção, nas palavras do autor do artigo, à invenção de viver –, oferecendo um espaço não conotado funcionalmente, aberto a muitas utilizações possíveis, ou a nenhuma (o que creio que também era uma das possibilidades previstas).

Mas essa ideia da miséria do supérfluo podia ter outra leitura, dado que a arquitectura de Vítor Figueiredo se caracterizava por ser muito depurada, simples (no bom sentido), não recorrendo a efeitos formais, ou supérfluos (como eu achava que acontecia em muitas das arquitecturas de então, tendência que se tem agravado nos últimos anos).

E isso interessava-me porque ia ao encontro de muitas das minhas escolhas, já nessa altura. Vítor Figueiredo e Giorgio Grassi pareciam-me arquitectos radicais, no bom sentido, que iam, ou procuravam ir, à raiz dos problemas, como por exemplo quando Grassi dizia, a propósito do formalismo na arquitectura moderna, que o Pavilhão de Barcelona, a Casa da Cascata, a Casa Schröder ou a Villa Savoye não tinham lugar numa história da habitação humana. Ou quando Vítor Figueiredo considerava o seu melhor projecto uma casa que se recusara a projectar convencendo o cliente a comprar outra, já existente, mais adequada àquilo que ele queria (uma casa suburbana, na Figueira da Foz, com uma quinta, onde podia ter umas vacas e uns bois charoleses de que gostava). Ambos fazendo-me repensar o papel do arquitecto, a partir dos objectivos do projecto.


2.

Mas eu intuía que a miséria do supérfluo, enquanto procura da simplicidade (o que é mais ou menos a mesma coisa), não se confunde com o minimalismo ou o abandono da decoração. Era e é um problema complexo, que não se resolve com atalhos nem com respostas fáceis.

Só mais tarde li uma frase de Aldo Rossi que apontava para o nó górdio, se assim lhe podemos chamar. Rossi dizia, a propósito de Boullée, e cito de cor: “A simplicidade não é a ausência da decoração, o que é uma estupidez, mas a adesão da obra às leis da natureza.

A natureza de que Rossi fala é a saída, proposta por Boullée, para a polémica entre os antigos e os modernos. Para os Iluministas, como ainda, creio eu, para nós, pelo menos para a maior parte, tratava-se de conhecer melhor a natureza humana (desde Rousseau aos libertinos, ao Mozart de Don Giovanni, etc.), mas também a natureza das coisas.

E quando procuramos perceber o que isso quer dizer em arquitectura, não há palavras melhores do que as de Vítor Figueiredo a propósito da Mitra:

(...) o processo de concepção teve uma atitude partilhada
por toda a equipa de deitar fora a ‘mala de truques’
que os arquitectos têm e podem administrar
com mais ou menos capacidade ou ‘superstição’
conforme a natureza da sua ambição...
Desejámos que aquele edifício já existisse...


(O que é exactamente o contrário do que acontece com a Casa da Música do Porto, por exemplo.)

Esta ideia de uma obra que pré-existe ao seu autor é extraordinária, radical, no sentido que lhe atribuí antes. Corresponde ao mais alto grau de exigência que um arquitecto pode formular em relação ao seu trabalho (Vítor Figueiredo tinha consciência disto, sabia muito bem o que estava a dizer, e quais as suas consequências...).

Esta é também uma excelente definição do anonimato da obra, do anonimato das grandes obras de arquitectura: somos todos nós que as fizemos, não nós enquanto arquitectos, mas nós enquanto homens e mulheres que interrogamos o mundo. E os arquitectos, ao projectarem e construírem, dão-lhes forma, revelam-nas, materializam-nas para nós, e nós reconhecemo-nos nelas. Isto é muito claro, por exemplo, nas grandes obras da Antiguidade, no Panteão, no Coliseu ou na Basílica de Massêncio em Roma, ou na arquitectura grega, nos maravilhosos templos de Paestum, por exemplo, que visitei recentemente (admito que na Acrópole de Atenas tudo isto seja ainda mais claro, mas não conheço de lá ter estado).


3.

Visitei algumas obras de Vítor Figueiredo, não todas. Destaco três: o Conjunto Habitacional em St.º Estevão, os balneários da Associação Desportiva de Oeiras e o Pólo da Mitra. São abstractas e familiares. Aparentemente banais mas simultaneamente perturbadoras. Convocam outras arquitecturas como parte do seu sentido.

Em St.º Estevão, as casas são iguais às do Ribatejo, depuradas e realistas, abstractas e reconhecíveis. São casas que repetem aquilo que existe e, no entanto, apontam para a possibilidade de uma transformação do território e do modo como o habitamos. São casas, usando as palavras do autor, “para um homem que não é apenas um ser situado mas ainda e mais que tudo, um ser em projecto, um ser empenhado.” Mostram como a vontade de ter uma vida melhor não implica uma forma nova, mas uma melhor utilização das formas de sempre.

Nos balneários em Oeiras, a obra é reduzida ao quase nada (é uma obra conceptual, como se diz agora, próxima da casa da Figueira da Foz para o amigo que gostava de vacas) e, ao mesmo tempo, uma obra realista, que diz que um muro é arquitectura e muitas vezes basta, não é preciso mais nada (e aqui podemos ler novamente um dos significados possíveis da miséria do supérfluo).

É na Mitra que se entende melhor, em toda a sua extensão, o que significa uma arquitectura que precede o autor (aquela que nós queríamos, como ele diz, que já existisse), uma arquitectura cujo projecto se reduz a um processo de desvelamento, a mostrar ou a fazer aparecer aquilo que já existe, que nos devolve o que já sabíamos sem o sabermos assim, mas que reconhecemos como apropriado, como justo e como evidente.

São três obras no limite da não invenção, anónimas, “como se um arquitecto não tivesse passado por ali”, como diz Vítor Figueiredo a propósito de Oeiras. Fomos todos nós que as construímos, o Vítor Figueiredo fez com que elas aparecessem, e nós reconhecemo-nos nelas (são monumentos, no sentido mais nobre do termo, transportam a nossa memória para o futuro).


4.

Há no entanto um tema, ou um problema, como lhe quiserem chamar, no qual não nos encontramos. Vítor Figueiredo faz a crítica, naquele texto belíssimo para o Concurso para a Obtenção do Diploma de Arquitecto, a um certo modo de entender a arquitectura, diz ele, a partir de “necessidades objectivamente mensuráveis”, o que o conduziu a uma recusa do que chama a “idealidade cínica do racionalismo”. Penso que se referia sobretudo ao funcionalismo, tantas vezes mal apresentado como um equivalente ou uma versão moderna do racionalismo (é o funcionalismo que está na origem do chamado estilo internacional, firmemente recusado no mesmo texto).

Convoco, para terminar, como meu advogado na defesa de uma razão não dogmática e aberta ao passado e ao futuro, à realidade e à transformação, as palavras de Álvaro Siza a propósito de Luis Barragán:

Nenhuma inovação abandona a antiquíssima razão.

Não há inovação.
Há um reencontro da inocência,
uma conquista do estado de Graça,
para que não se perca a Memória.


Álvaro Siza
(“Prólogo”, Luis Barragán)


::::

[o autor escreve de acordo com a antiga ortografia]

::::

Carlos Machado
(Porto, 1956) Arquitecto. Licenciado em Arquitectura pela ESBAP em 1987. Doutorado em Arquitectura pela FAUP em 2006. Foi um dos organizadores do Ciclo de Conferências Discursos de Arquitectura realizado na ESBAP em 1990. Docente na FAUP desde 1988. Investigador no Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da FAUP.