Links

O ESTADO DA ARTE


Art Basel Miami Beach. Fotografia: Sérgio Parreira


Art Basel Miami Beach. Fotografia: Sérgio Parreira


Art Basel Miami Beach. Fotografia: Sérgio Parreira


FAENA Festival, This Is Not America. Miami North Beach. Fotografia: Sérgio Parreira


NADA New Art Collectors Miami. Fotografia: Sérgio Parreira


PINTA Crossing Cultures. Fotografia: Sérgio Parreira


PINTA Crossing Cultures. Fotografia: Sérgio Parreira


PINTA Crossing Cultures. Artistas: Niskanen & Salo. Fotografia: Sérgio Parreira


UNTITLED Miami Beach 2018. Fotografia: Sérgio Parreira


UNTITLED Miami Beach 2018. Fotografia: Sérgio Parreira


UNTITLED Miami Beach 2018. Fotografia: Sérgio Parreira


MOCA. AFRICOBRA, Messages To The People. Fotografia: Sérgio Parreira


MOCA. AFRICOBRA, Messages To The People, inauguração. Fotografia: Sérgio Parreira


MOCA. AFRICOBRA, Messages To The People. Fotografia: Sérgio Parreira


MOCA. AFRICOBRA, Messages To The People. Fotografia: Sérgio Parreira


Pérez Art Museum Miami. Fotografia: Sérgio Parreira


Pérez Art Museum Miami. Christo and Jeanne-Claude Surrounded Islands, Biscayne Bay. Fotografia: Sérgio Parreira


Pérez Art Museum Miami. Christo and Jeanne-Claude Surrounded Islands, Biscayne Bay. Fotografia: Sérgio Parreira


Pérez Art Museum Miami. Ebony G. Patterson . . . while the dew is still on the roses . . . Fotografia: Sérgio Parreira


Pérez Art Museum Miami. Ebony G. Patterson . . . while the dew is still on the roses . . . Fotografia: Sérgio Parreira


The Margulies Collection na The Warehouse. Fotografia: Sérgio Parreira


The Margulies Collection na The Warehouse. Fotografia: Sérgio Parreira

Outros artigos:

2024-12-01


O CALÍGRAFO OCIDENTAL. FERNANDO LEMOS E O JAPÃO
 

2024-10-30


CAM E CONTRA-CAM. REABERTURA DO CENTRO DE ARTE MODERNA
 

2024-09-20


O MITO DA CRIAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE A OBRA DE JUDY CHICAGO
 

2024-08-20


REVOLUÇÕES COM MOTIVO
 

2024-07-13


JÚLIA VENTURA, ROSTO E MÃOS
 

2024-05-25


NAEL D’ALMEIDA: “UMA COISA SÓ É GRANDE SE FOR MAIOR DO QUE NÓS”
 

2024-04-23


ÁLBUM DE FAMÍLIA – UMA RECORDAÇÃO DE MARIA DA GRAÇA CARMONA E COSTA
 

2024-03-09


CAMINHOS NATURAIS DA ARTIFICIALIZAÇÃO: CUIDAR A MANIPULAÇÃO E ESMIUÇAR HÍPER OBJETOS DA BIO ARTE
 

2024-01-31


CRAGG ERECTUS
 

2023-12-27


MAC/CCB: O MUSEU DAS NOSSAS VIDAS
 

2023-11-25


'PRATICAR AS MÃOS É PRATICAR AS IDEIAS', OU O QUE É ISTO DO DESENHO? (AINDA)
 

2023-10-13


FOMOS AO MUSEU REAL DE BELAS ARTES DE ANTUÉRPIA
 

2023-09-12


VOYEURISMO MUSEOLÓGICO: UMA VISITA AO DEPOT NO MUSEU BOIJMANS VAN BEUNINGEN, EM ROTERDÃO
 

2023-08-10


TEHCHING HSIEH: HOW DO I EXPLAIN LIFE AND CHANGE IT INTO ART?
 

2023-07-10


BIENAL DE FOTOGRAFIA DO PORTO: REABILITAR A EMPATIA COMO UMA TECNOLOGIA DO OUTRO
 

2023-06-03


ARCOLISBOA, UMA FEIRA DE ARTE CONTEMPORÂNEA EM PERSPETIVA
 

2023-05-02


SOBRE A FOTOGRAFIA: POIVERT E SMITH
 

2023-03-24


ARTE CONTEMPORÂNEA E INFÂNCIA
 

2023-02-16


QUAL É O CINEMA QUE MORRE COM GODARD?
 

2023-01-20


TECNOLOGIAS MILLENIALS E PÚBLICO CONTEMPORÂNEO. REFLEXÕES SOBRE A EXPOSIÇÃO 'OCUPAÇÃO XILOGRÁFICA' NO SESC BIRIGUI EM SÃO PAULO
 

2022-12-20


VENEZA E A CELEBRAÇÃO DO AMOR
 

2022-11-17


FALAR DE DESENHO: TÃO DEPRESSA SE COMEÇA, COMO ACABA, COMO VOLTA A COMEÇAR
 

2022-10-07


ARTISTA COMO MEDIADOR. PRÁTICAS HORIZONTAIS NA ARTE E EDUCAÇÃO NO BRASIL
 

2022-08-29


19 DE AGOSTO, DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA
 

2022-07-31


A CULTURA NÃO ESTÁ FORA DA GUERRA, É UM CAMPO DE BATALHA
 

2022-06-30


ARTE DIGITAL E CIRCUITOS ONLINE
 

2022-05-29


MULHERES, VAMPIROS E OUTRAS CRIATURAS QUE REINAM
 

2022-04-29


EGÍDIO ÁLVARO (1937-2020). ‘LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES’
 

2022-03-27


PRATICA ARTÍSTICA TRANSDISCIPLINAR: A INVESTIGAÇÃO NAS ARTES
 

2022-02-26


OS HÁBITOS CULTURAIS… DAS ORGANIZAÇÕES CULTURAIS PORTUGUESAS
 

2022-01-27


ESPERANÇA SIGNIFICA MAIS DO QUE OPTIMISMO
 

2021-12-26


ESCOLA DE PROCRASTINAÇÃO, UM ESTUDO
 

2021-11-26


ARTE = CAPITAL
 

2021-10-30


MARLENE DUMAS ENTRE IMPRESSIONISTAS, ROMÂNTICOS E SUMÉRIOS
 

2021-09-25


'A QUE SOA O SISTEMA QUANDO LHE DAMOS OUVIDOS'
 

2021-08-16


MULHERES ARTISTAS: O PARADOXO PORTUGUÊS
 

2021-06-29


VIVER NUMA REALIDADE PÓS-HUMANA: CIÊNCIA, ARTE E ‘OUTRAMENTOS’
 

2021-05-24


FRESTAS, UMA TRIENAL PROJETADA EM COLETIVIDADE. ENTREVISTA COM DIANE LINA E BEATRIZ LEMOS
 

2021-04-23


30 ANOS DO KW
 

2021-03-06


A QUESTÃO INDÍGENA NA ARTE. UM CAMINHO A PERCORRER
 

2021-01-30


DUAS EXPOSIÇÕES NO PORTO E MUITOS ARQUIVOS SOBRE A CIDADE
 

2020-12-29


TEORIA DE UM BIG BANG CULTURAL PÓS-CONTEMPORÂNEO - PARTE II
 

2020-11-29


11ª BIENAL DE BERLIM
 

2020-10-27


CRITICAL ZONES - OBSERVATORIES FOR EARTHLY POLITICS
 

2020-09-29


NICOLE BRENEZ - CINEMA REVISITED
 

2020-08-26


MENSAGENS REVOLUCIONÁRIAS DE UM TEMPO PERDIDO
 

2020-07-16


LIÇÕES DE MARINA ABRAMOVIC
 

2020-06-10


FRAGMENTOS DO PARAÍSO
 

2020-05-11


TEORIA DE UM BIG BANG CULTURAL PÓS-CONTEMPORÂNEO
 

2020-04-24


QUE MUSEUS DEPOIS DA PANDEMIA?
 

2020-03-24


FUCKIN’ GLOBO 2020 NAS ZONAS DE DESCONFORTO
 

2020-02-21


ELECTRIC: UMA EXPOSIÇÃO DE REALIDADE VIRTUAL NO MUSEU DE SERRALVES
 

2020-01-07


SEMANA DE ARTE DE MIAMI VIA ART BASEL MIAMI BEACH: UMA EXPERIÊNCIA MAIS OU MENOS ESTÉTICA
 

2019-11-12


36º PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA
 

2019-10-06


PARAÍSO PERDIDO
 

2019-08-22


VIVER E MORRER À LUZ DAS VELAS
 

2019-07-15


NO MODELO NEGRO, O OLHAR DO ARTISTA BRANCO
 

2019-04-16


MICHAEL BIBERSTEIN: A ARTE E A ETERNIDADE!
 

2019-03-14


JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO – O JOGO DO INDIZÍVEL
 

2019-02-08


A IDENTIDADE ENTRE SEXO E PODER
 

2018-12-20


@MIAMIARTWEEK - O FUTURO AGENDADO NO ÉDEN DA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2018-11-17


EDUCAÇÃO SENTIMENTAL. A COLEÇÃO PINTO DA FONSECA
 

2018-10-09


PARTILHAMOS DA CRÍTICA À CENSURA, MAS PARTILHAMOS DA FALTA DE APOIO ÀS ARTES?
 

2018-09-06


O VIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DA BIENAL DE BERLIM
 

2018-07-29


VISÕES DE UMA ESPANHA EXPANDIDA
 

2018-06-24


O OLHO DO FOTÓGRAFO TAMBÉM SOFRE DE CONJUNTIVITE, (UMA CONVERSA EM TORNO DO PROJECTO SPECTRUM)
 

2018-05-22


SP-ARTE/2018 E A DIFÍCIL TAREFA DE ESCOLHER O QUE VER
 

2018-04-12


NO CORAÇÂO DESTA TERRA
 

2018-03-09


ÁLVARO LAPA: NO TEMPO TODO
 

2018-02-08


SFMOMA SAN FRANCISCO MUSEUM OF MODERN ART: NARRATIVA DA CONTEMPORANEIDADE
 

2017-12-20


OS ARQUIVOS DA CARNE: TINO SEHGAL CONSTRUCTED SITUATIONS
 

2017-11-14


DA NATUREZA COLABORATIVA DA DANÇA E DO SEU ENSINO
 

2017-10-14


ARTE PARA TEMPOS INSTÁVEIS
 

2017-09-03


INSTAGRAM: CRIAÇÃO E O DISCURSO VIRTUAL – “TO BE, OR NOT TO BE” – O CASO DE CINDY SHERMAN
 

2017-07-26


CONDO: UM NOVO CONCEITO CONCORRENTE À TRADICIONAL FEIRA DE ARTE?
 

2017-06-30


"LEARNING FROM CAPITALISM"
 

2017-06-06


110.5 UM, 110.5 DOIS, 110.5 MILHÕES DE DÓLARES,… VENDIDO!
 

2017-05-18


INVISUALIDADE DA PINTURA – PARTE 2: "UMA HISTÓRIA DA VISÃO E DA CEGUEIRA"
 

2017-04-26


INVISUALIDADE DA PINTURA – PARTE 1: «O REAL É SEMPRE AQUILO QUE NÃO ESPERÁVAMOS»
 

2017-03-29


ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE FEIRA DE ARTE
 

2017-02-20


SOBRE AS TENDÊNCIAS DA ARTE ACTUAL EM ANGOLA: DA CRIAÇÃO AOS NOVOS CANAIS DE LEGITIMAÇÃO
 

2017-01-07


ARTLAND VERSUS DISNEYLAND
 

2016-12-15


VALORES DA ARTE CONTEMPORÂNEA: UMA CONVERSA COM JOSÉ CARLOS PEREIRA SOBRE A PUBLICAÇÃO DE O VALOR DA ARTE
 

2016-11-05


O VAZIO APOCALÍPTICO
 

2016-09-30


TELEPHONE WITHOUT A WIRE – PARTE 2
 

2016-08-25


TELEPHONE WITHOUT A WIRE – PARTE 1
 

2016-06-24


COLECCIONADORES NA ARCO LISBOA
 

2016-05-17


SONNABEND EM PORTUGAL
 

2016-04-18


COLECCIONADORES AMADORES E PROFISSIONAIS COLECCIONADORES (II)
 

2016-03-15


COLECCIONADORES AMADORES E PROFISSIONAIS COLECCIONADORES (I)
 

2016-02-11


FERNANDO AGUIAR: UM ARQUIVO POÉTICO
 

2016-01-06


JANEIRO 2016: SER COLECCIONADOR É…
 

2015-11-28


O FUTURO DOS MUSEUS VISTO DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO
 

2015-10-28


O FUTURO SEGUNDO CANDJA CANDJA
 

2015-09-17


PORQUE É QUE OS BLOCKBUSTERS DE MODA SÃO MAIS POPULARES QUE AS EXPOSIÇÕES DE ARTE, E O QUE É QUE PODEMOS DIZER SOBRE ISSO?
 

2015-08-18


OS DESAFIOS DO EFÉMERO: CONSERVAR A PERFORMANCE ART - PARTE 2
 

2015-07-29


OS DESAFIOS DO EFÉMERO: CONSERVAR A PERFORMANCE ART - PARTE 1
 

2015-06-06


O DESAFINADO RONDÒ ENWEZORIANO. “ALL THE WORLD´S FUTURES” - 56ª EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE ARTE DE VENEZA
 

2015-05-13


A 56ª BIENAL DE VENEZA DE OKWUI ENWEZOR É SOMBRIA, TRISTE E FEIA
 

2015-04-08


A TUMULTUOSA FERTILIDADE DO HORIZONTE
 

2015-03-04


OS MUSEUS, A CRISE E COMO SAIR DELA
 

2015-02-09


GUIDO GUIDI: CARLO SCARPA. TÚMULO BRION
 

2015-01-13


IDEIAS CAPITAIS? OLHANDO EM FRENTE PARA A BIENAL DE VENEZA
 

2014-12-02


FUNDAÇÃO LOUIS VUITTON
 

2014-10-21


UM CONTEMPORÂNEO ENTRE-SERRAS
 

2014-09-22


OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS: Quando a arte entra pela vida adentro - Parte II
 

2014-09-03


OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS: Quando a arte entra pela vida adentro – Parte I
 

2014-07-16


ARTISTS' FILM BIENNIAL
 

2014-06-18


PARA UMA INGENUIDADE VOLUNTÁRIA: ERNESTO DE SOUSA E A ARTE POPULAR
 

2014-05-16


AI WEIWEI E A DESTRUIÇÃO DA ARTE
 

2014-04-17


QUAL É A UTILIDADE? MUSEUS ASSUMEM PRÁTICA SOCIAL
 

2014-03-13


A ECONOMIA DOS MUSEUS E DOS PARQUES TEMÁTICOS, NA AMÉRICA E NA “VELHA EUROPA”
 

2014-02-13


É LEGAL? ARTISTA FINALMENTE BATE FOTÓGRAFO
 

2014-01-06


CHOICES
 

2013-09-24


PAIXÃO, FICÇÃO E DINHEIRO SEGUNDO ALAIN BADIOU
 

2013-08-13


VENEZA OU A GEOPOLÍTICA DA ARTE
 

2013-07-10


O BOOM ATUAL DOS NEGÓCIOS DE ARTE NO BRASIL
 

2013-05-06


TRABALHAR EM ARTE
 

2013-03-11


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS: META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (III)
 

2013-02-12


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS: META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (II)
 

2013-01-07


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS. META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (I)
 

2012-11-12


ATENÇÃO: RISCO DE AMNÉSIA
 

2012-10-07


MANIFESTO PARA O DESIGN PORTUGUÊS
 

2012-06-12


MUSEUS, DESAFIOS E CRISE (II)


 

2012-05-16


MUSEUS, DESAFIOS E CRISE (I)
 

2012-02-06


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (III - conclusão)
 

2012-01-04


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (II)
 

2011-12-07


PARAR E PENSAR...NO MUNDO DA ARTE
 

2011-04-04


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (I)
 

2010-10-29


O BURACO NEGRO
 

2010-04-13


MUSEUS PÚBLICOS, DOMÍNIO PRIVADO?
 

2010-03-11


MUSEUS – UMA ESTRATÉGIA, ENFIM
 

2009-11-11


UMA NOVA MINISTRA
 

2009-04-17


A SÍNDROME DOS COCHES
 

2009-02-17


O FOLHETIM DE VENEZA
 

2008-11-25


VANITAS
 

2008-09-15


GOSTO E OSTENTAÇÃO
 

2008-08-05


CRÍTICO EXCELENTÍSSIMO II – O DISCURSO NO PODER
 

2008-06-30


CRÍTICO EXCELENTÍSSIMO I
 

2008-05-21


ARTE DO ESTADO?
 

2008-04-17


A GULBENKIAN, “EM REMODELAÇÃO”
 

2008-03-24


O QUE FAZ CORRER SERRALVES?
 

2008-02-20


UM MINISTRO, ÓBICES E POSSIBILIDADES
 

2008-01-21


DEZ PONTOS SOBRE O MUSEU BERARDO
 

2007-12-17


O NEGÓCIO DO HERMITAGE
 

2007-11-15


ICONOLOGIA OFICIAL
 

2007-10-15


O CASO MNAA OU O SERVILISMO EXEMPLAR
 

@MIAMIARTWEEK - O FUTURO AGENDADO NO ÉDEN DA ARTE CONTEMPORÂNEA

SÉRGIO PARREIRA

2018-12-20




 

Em Dezembro de 2001, a Art Basel tinha tudo programado para inaugurar pela primeira vez em Miami, mas como consequência dos trágicos eventos em Nova Iorque a 11 de Setembro do mesmo ano viu-se forçada a adiar por um ano aquela que é hoje a maior feira de arte a acontecer nos Estados Unidos. Dezassete anos passados, é quase impossível, e seria extremamente exaustivo, enunciar todos os números que descrevem hoje esta semana, mas apenas para se ter uma breve ideia, a acontecer simultaneamente apenas em 2018 com a Art Basel Miami Beach, houve pelo menos mais 17 feiras de arte (que eu tenha conhecimento): Art Miami, CONTEXT Art Show, Aqua Art Miami, Design Miami, Scope Art Fair, Untitled Art Fair, PULSE Art Show, NADA, Red Dot Miami, Spectrum Art Fair, SuperFine! Miami Beach, FREE!, PINTA Crossing Cultures, Urban Art Fair, Faena Festival, Satelite Art Show, e Art Africa Miami. Paralelamente às denominadas feiras, há ainda que destacar os Museus locais que antes da abertura oficial da Art Basel, inauguram as suas melhores exposições do ano: Pérez Art Museum Miami, ICA Institute of Contemporary Art Miami, MOCA Museum of Contemporary Art North Miami, The Bass Miami Beach, Frost Art Museum - Florida International University, NSU Art Museum Fort Lauderdale, Museum of Art and Design, Wolfsonian – Florida International University. Há ainda paragens obrigatórias a adicionar a todas estas, como são as coleções privadas Rubell Family Collection, The Margulies Collection at the Warehouse, a De La Cruz Collection, e ainda o The Moore Building que tem estado anualmente a apresentar um projeto corealizado pela Gagosian e a Jeffrey Deitch Gallery.

 

The Moore Building: Larry Gagosian and Jeffrey Deitch, Pop Minimalism Minimalism Pop.

 

Apesar de pessoalmente conseguir identificar inúmeros pontos negativos no que respeita à eficácia desta quantidade um pouco inflacionada de eventos que acontecem num curto período de 7 dias, o saldo que no final se transporta desta equação terá necessariamente que ser positivo, por inúmeras e indiscutíveis razões.

Em termos de mercado, o que inicialmente foi projetado e visionado pela Art Basel, acabou por se confirmar. Naturalmente que adaptações e gestão de danos colaterais a este crescimento foram sendo feitas ao longo do percurso, assim como se foi ajustando o grau de investimento e nível de compromisso por parte das entidades governamentais locais. Neste momento, é seguro dizer que o Governo do estado de Miami, está em modo cruzeiro no que respeita a ratificação de qualquer investimento que possa beneficiar e ajudar ao crescimento da Art Basel Miami Beach em particular, e de todos os restantes eventos satélite. O que num estágio inicial se apresentou como um projeto pontual no antigo Centro de Congressos de Miami Beach e que por alguns anos foi sendo denominado como Art Basel Miami Beach, tem hoje uma nova designação com hashtag oficial de Miami Art Week @miamiartweek. A primeira semana de dezembro em Miami deixou de ser um exclusivo da Art Basel com um foco estritamente comercial para se transformar numa paragem obrigatória para qualquer apreciador de arte contemporânea. A razão para esta constatação é na verdade bastante simples: tudo o que provavelmente se destaca e está a produzir/criar no âmbito do contexto contemporâneo a nível mundial, com foco nas Américas, estará de certa maneira, categoricamente representado num dos eventos a acontecer durante estes dias neste Estado Norte Americano.

Passou-se o ponto de não retorno, e para os mais céticos (nos quais eu me incluía), já não há nada que se possa argumentar. Miami é indiscutivelmente, e muito seguramente no decorrer dos próximos dez anos, o local para visitar e estar representado no que respeita ao mercado de arte contemporânea nos Estados Unidos.

O que acabo de referir, faz com que se despolete uma maratona de agentes, desde artistas, produtores, organizadores, promotores, entre muitos outros, à conquista de um lugar neste ambicionado espaço comercial em crescimento. Começa também a ser cada vez mais significativo e relevante, por esta mesma razão, entender onde não estar, assim como apreender com mais clareza os objetivos dessa presença ou representação.

 

Art Basel Miami Conventions Center.

 

Num período de quase duas décadas em Miami, a Art Basel comunicou a sua relevância, demonstrou localmente porque é insubstituível enquanto gerador de dinâmicas neste mercado, retirando legitimamente os benefícios dessa excelência. Enquanto muitos dos eventos se apressam a crescer numa tentativa de acomodar a inflacionada procura, a Art Basel tem-se focado na otimização dos recursos, na consolidação das parcerias, assim como no reposicionamento do projeto em Miami. Como exemplo disto, colocou em standby algumas iniciativas que até 2017 tinham sido amplamente populares, como é o caso do Public Sector no Collins Park, numa estratégia de preservação da qualidade e da sua intocável exclusividade. Este ano, o centro de congressos onde a Art Basel se tem vindo a apresentar desde que debutou em Miami, reabriu na sua totalidade após atravessar um período de uma renovação absolutamente extraordinária, feita em muito à medida da Art Basel que assinou recentemente um contrato de exclusividade para a exploração deste espaço com o Governo de Miami. Em 2019 irá reabrir um parque público adjacente ao centro de congressos e muito provavelmente o regresso do Public Sector.

Há igualmente outras feiras que já são instituições com privilégios (não equiparados à Art Basel, mas de semelhante importância), como é o caso da Art Miami composta por Art Miami, CONTEXT Art Fair, e Aqua, cujos locais de apresentação têm também contratos assinados de exploração para o decorrer da próxima década. A Untitled, SCOPE, e a PULSE, são excelentes exemplos de conquista do seu local neste mercado, explorando as três, em locais distintos de Miami Beach, privilegiadas localizações no areal de South e North Beach.

 

PULSE Art Show

 

Aqua Art Miami

 

Independentemente dos projetos conceptuais e programáticos destas feiras que acabo de referir, todas elas podem ser consideradas uma aposta segura. A par delas temos ainda projetos como é o caso da PINTA - Crossing Cultures que estabeleceu uma parceria com a MANA Wynwood, ou a NADA - New Art Dealers que tem mudado pontualmente de local ao longo dos anos. Ambos os projetos são igualmente sólidos e no caso da PINTA de elevadíssima qualidade.

MANA Wynwood encontra-se precisamente num bairro (Wynwood) que nos últimos dois anos tem sofrido uma evolução absolutamente excecional. Um bairro que até muito recentemente se caracterizava pela criatividade artística associada exclusivamente à Street Art, hoje é seguramente o bairro mais trendy (na moda) de Miami, onde o investimento é estimulado através de um programa governamental local Wynwood Business Improvement District. Durante a Miami Art Week, Wynwood assemelhava-se a um recinto de um Festival de Verão num ambiente urbano com delimitações impostas por artérias de circulação que são muitas vezes parcialmente interditas ao trânsito por largos períodos diários. MANA Wynwood apresenta precisamente um dos maiores espaços multifacetados para realização de eventos culturais disponíveis em Miami.

Wynwood, só por si, apresenta-se hoje como uma “marca” exclusiva, com website próprio, hashtags, contas no Instagram, Twitter, e outras redes socias. À semelhança de Wynwood, há várias zonas hoje em Miami, que estranhamente ou estrategicamente, se ostentam publicamente como uma espécie de entidade interativa, que apesar de fazer parte de um Governo mais abrangente, publicitam-se como entidades autónomas de decisão, com regras e leis especificas de desenvolvimento numa estratégia de progresso estudado. O Design District que é particularmente icónico em Miami e caracterizado pelo comércio de luxo; desde moda, design, a arte, instituiu acerca de quinze anos esta lógica de zoneamento estratégico ao criar uma associação de empresários que hoje domina e gere esta área. É no Design District que se encontra o ICA Institut of Contemporary Art of Miami, De La Cruz Collection, ou o The Moore Building, que ao estarem inseridos neste projeto zonal com marca independente são associados a uma oferta muito específica, exclusiva, que compete em diversas categorias com outras zonas de Miami.

Aparte das estruturas provisórias ou dos projetos inseridos nestes zoneamentos em “construção” (under construction) e permanente evolução, os Museus estão de certa forma a oferecer tudo aquilo que os eventos com um caráter eminentemente comercial e temporário não conseguem, mesmo por esse não ser o seu principal objetivo. Como exemplo disto é o caso do Pérez Art Museum Miami com pelo menos duas extraordinárias exposições, Christo and Jeanne-Claude: Surrounded Islands, Biscayne Bay, Greater Miami, Florida, 1980–83 | Uma exposição Documental, e ainda Ebony G. Patterson “. . . while the dew is still on the roses . . .”.  O ICA Institute of Contemporary Art Miami, apresenta uma retrospetiva da Judy ChicagoA Reckoning” e ainda Larry BellTime Machines”. No MOCA Museum of Contemporary Art North Miami (que fica consideravelmente fora do circuito de tudo o resto) com uma extraordinária exposição sobre o coletivo AFRICOBRA com o título “Messages To The People”. Por fim, o The Bass em Miami Beach apresenta algumas exposições com um caráter e abordagem talvez mais “popular”, como é o caso dos The Haas Brothers: Ferngully, ainda Paola Pivi; Art With A View ou Odalis Valdivieso; Walgreens Windows.

 

 

Judy Chicago no ICA - Institute of Contemporary Art Miami.

 

Larry Bell, Time Machines, no ICA - Institute of Contemporary Art Miami.

 

Muito mais haveria a referir, mas há que essencialmente deter do atual momento em Miami que é indiscutivelmente aqui que a circunstância expositiva contemporânea acontece durante o mês de Dezembro a nível mundial. No que respeita aos Estados Unidos, e apesar de cada momento e cidade deste mercado ter caraterísticas muito especificas, Miami irá sempre pautar e beneficiar de uma série de circunstâncias adicionais com as quais as outras capitais no continente nunca poderão competir; as extraordinárias condições meteorológicas associadas às magnificências de um paraíso tropical como são as praias infindáveis e vegetação exótica. A completar os fatores naturais, não podemos descartar o que será talvez o mais óbvio, a predisposição local dos seus íncolas permanentes ou mesmo provisórios à estimulação e exaltação do luxo, categoria na qual a arte se insere cada vez mais se considerarmos os valores a que se comercializa; apesar da oferta em Miami ser bastante democrática a este nível.

Em suma, o futuro do mercado da arte contemporânea em Miami não só está garantido como está assegurado, e agendado! Resta saber se os agentes decisores locais serão capazes de gerir e impor limites à desfiguração da aposta inicial, preservando a qualidade dos conteúdos, nunca esquecendo ou obliterando, localmente, da categoria de objetos de luxo, as diferenças basilares que separam a arte de tudo o resto, apesar de partilharem um poderoso filtro e decisivo denominador: a exclusividade imensamente determinada pelo preço.

 

 

Sérgio Parreira 
@artloverdiscourse