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MANIFESTANTES CLIMÁTICOS DESFIGURAM TÚMULO DE CHARLES DARWIN2025-01-14 Dois manifestantes climáticos do grupo de campanha Just Stop Oil grafitaram o slogan “1.5 Is Dead” em cor de laranja no túmulo de Charles Darwin na Abadia de Westminster, em Londres. Darwin foi um naturalista muito influente, mais conhecido pela sua teoria da evolução, que descreveu no seu livro de 1859, “A Origem das Espécies”. A ação de protesto, ocorreu poucos dias depois de ter sido amplamente divulgado que já ultrapassámos os 1,5 graus Celsius de aquecimento que tinham sido declarados "seguros" pelos líderes mundiais que assinaram o Acordo de Paris. As duas ativistas do Just Stop Oil — as reformadas Alyson Lee, de 66 anos, e Di Bligh, de 77 anos — pulverizaram giz na campa. “Milhões estão a ser deslocados, a Califórnia está em chamas e perdemos três quartos de toda a vida selvagem desde a década de 1970”, proclamaram logo após a ação. “O Darwin estaria a dar voltas no túmulo se soubesse que estamos no meio da sexta extinção em massa.” “Darwin disse uma vez: ‘Não é o mais forte da espécie, nem o mais inteligente que sobrevive. É aquele que é mais adaptável à mudança, que vive dentro dos meios disponíveis e trabalha cooperativamente contra ameaças comuns”, disse Bligh num comunicado de imprensa, explicando a importância de apontar ao túmulo do cientista. O ano passado foi o mais quente desde que os humanos modernos evoluíram”, acrescentou ela. “Se não trabalharmos em conjunto para controlar as empresas e os multimilionários que nos levam para além das nossas possibilidades, a humanidade não será capaz de se adaptar ao que está para vir.” A Abadia de Westminster confirmou que os ativistas climáticos pulverizaram giz laranja na lápide de Darwin. “Os conservadores da Abadia estão a tomar medidas imediatas para limpar o memorial e não prevêem que haja danos permanentes”, disse um porta-voz por e-mail. A polícia metropolitana foi chamada ao local e tratou do incidente, acrescentou. A Abadia mantém-se aberta para visitação e culto. O Just Stop Oil tem um historial de manifestações em locais culturais e museus, o que levou um consórcio de diretores de museus do Reino Unido a emitir uma carta aberta no ano passado, implorando ao grupo ativista que parasse de atacar a sua arte e os seus objetos. Em Setembro, dois activistas atiraram sopa para cima de duas pinturas de Girassóis de Vincent van Gogh, expostas na National Gallery, em Londres, um acto que ecoou um protesto semelhante dois anos antes. As autoras da ação de 2022, Phoebe Plummer, de 23 anos, e Anna Holland, de 22, receberam pesadas penas de prisão pelo Tribunal da Coroa de Southwark, no início do mesmo dia. Fonte: Artnet News |