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CINEMATECA ORGANIZA CICLO EM HOMENAGEM A ENNIO MORRICONE

2020-08-12




De 25 de Agosto a 30 de Setembro a Cinemateca Portuguesa organiza o Ciclo In Memoriam Ennio Morricone. É a primeira vez que a Cinemateca dedica um ciclo ao compositor desaparecido aos 91 no princípio de Julho deste ano.

Ennio Morricone era possivelmente o mais popular e mais conhecido dos compositores para cinema que alguma vez existiram, familiar mesmo junto de quem só conhecesse uma ínfima parte da sua filmografia. A extensão do seu trabalho para cinema impressiona: foram mais de quatrocentos os filmes em que colaborou, numa actividade iniciada em 1960. Como impressiona que Morricone tenha tido tempo para, à margem dessa já de si frenética actividade, desenvolver uma carreira autonóma como músico e compositor, pautada por inúmeras colaborações com músicos das mais diversas áreas (da música erudita à música pop, passando pelo jazz) e das mais diversas gerações.

Algumas das partituras de Morricone tornaram-se tão ou mais conhecidas do que os filmes para que foram compostas, sendo certo que nalguns casos é impossível dissociar o filme e a música – caso evidente das suas colaborações com Sergio Leone nalguns dos mais emblemáticos western-spaghetti de sempre. Mas também impressiona, dentro dessa gigantesca filmografia, a variedade: Morricone trabalhou com todo o tipo de cineastas, em todo o tipo de filmes, dos mais populares aos mais marginais, em Itália e para lá das fronteiras do seu país natal, e sobretudo a partir dos anos 70 era regularmente chamado por Hollywood (nomeadamente por Brian de Palma, um dos realizadores com quem Morricone mais gostou de trabalhar, e mais recentemente por Quentin Tarantino, cujo THE HATEFUL EIGHT propiciou ao compositor, finalmente, a conquista de um oscar, em 2016). Uma “integral Morricone” quase seria uma pequena história do cinema dos últimos sessenta anos.

Morricone nunca tinha sido objecto de nenhum programa na Cinemateca e por isso este ciclo com que se evoca a sua memória tenta dar conta da diversidade do seu trabalho como compositor de música para cinema, e onde tanto há lugar para filmes muito conhecidos (ficaram de fora duas das suas mais importantes colaborações com Leone - C’ERA UNA VOLTA... IL WEST e ONCE UPON A TIME IN AMERICA - por razões que se prendem com a sua longa duração no contexto da pandemia e  do tempo necessário à higienização das salas) como para preciosidades a descobrir. Uma amostra significativa do seu talento, do seu ecletismo, e da indelével marca que deixou na história do cinema.


Programação completa: http://www.cinemateca.pt/Programacao.aspx?ciclo=1299






FONTE: Cinemateca Portuguesa