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CIAJG INAUGURA NOVO CICLO DE EXPOSIÇÕES INTITULADO 'FICCIONAR O MUSEU' 

2021-09-26




No próximo dia 2 de outubro, às 15h00, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) inaugura um conjunto de cinco novas exposições que têm como fio condutor a dimensão política e ética da imaginação. Estas mostras juntam-se a outras exposições em continuidade e integram este novo ciclo que faz parte do programa artístico “Nas margens da ficção”, iniciado em abril deste ano.

“Ficcionar o museu” é o mote do presente ciclo de exposições do CIAJG, o qual encontra um contexto próprio na articulação com o trabalho e as coleções de José de Guimarães. Compostas por objetos provenientes de diferentes tradições, culturas e geografias, as coleções do CIAJG dão substrato crítico e discursivo a um programa que investiga a “ficção”. Segundo Marta Mestre, curadora geral do CIAJG, “As novas exposições são um convite a refletir sobre os usos e potências políticas da imaginação. Trata-se de pensar a ficção não como oposição ao real, mas como uma estratégia realista tendo em vista uma reescrita do museu. No contexto de um mundo atravessado por diferentes tipos de crise, onde os objetos disputam representações e significados, importa entender as estratégias artísticas a partir do museu”.

As novas exposições e diálogos com as coleções de José de Guimarães ocupam todo o espaço do CIAJG. Priscila Fernandes (Escola de Lazer), Virgínia Mota (Diário Atmosférico) e Ana Vaz (Amazing Fantasy), José de Guimarães (Devir-Desenho-Objeto) e Pedro Henriques (Meio Olho, Cara Longa) convidam, através das suas exposições, a refletir sobre o gasto improdutivo e a imaginação enquanto estratégias de inversão da moral económica e política dominante nas nossas sociedades. A exposição Complexo Colosso, iniciada em abril de 2021 tem um segundo momento de ativação com os artistas Diego Vites, Carme Nogueira, a dupla Iratxe Jaio e Klaas van Gorkum e o coletivo Pizz Buin.

Recordamos que as coleções do CIAJG - arte africana, arte pré-colombiana e arte arqueológica chinesa – compõem um acervo fruto da sensibilidade do artista José de Guimarães ao património popular, sagrado e arqueológico de diversas partes do mundo. No total, são 1128 objetos adquiridos pelo artista na Europa, dos anos 80 em diante, e confiados em comodato ao CIAJG, que assume como missão a investigação das suas coleções.

A inauguração das novas exposições tem entrada gratuita às 15h do próximo dia 2 de outubro e será seguida, às 16h, da apresentação da peça sonora “Hrönir ou Krönir”, pelo coletivo Pizz Buin, permanecendo o CIAJG de portas abertas para visita até às 21h deste dia. Na véspera da inauguração, haverá lugar para uma visita especial com os artistas e com a curadora geral do CIAJG, reservada ao público que adquirir bilhete para o concerto de La Dame Blanche, do ciclo Terra. Este programa inaugural estende-se aos domingos seguintes, 3 e 10 de outubro, às 11h00, com uma visita orientada com Mariana Oliveira, organizada pela Educação e Mediação Cultural d’A Oficina, e uma visita-conversa com Marta Mestre que irá mergulhar pelas novas exposições e coleções do CIAJG. Ambas as visitas têm lotação limitada e um custo de 2 euros, carecendo de inscrição prévia.


Fonte: CIAJG