O seguinte guia de eventos é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando conferências, seminários, cursos ou outras iniciativas. Envie-nos informação (press-release, programa e imagem) dos próximos acontecimentos. Seleccionamos três eventos periodicamente, divulgando-os junto dos nossos leitores.
MARTA MOREIRA DE ALMEIDA
Canção Contemporânea
MUSEU DE SERRALVES - MUSEU DE ARTE CONTEMPORâNEA
Rua D. João de Castro, 210
4150-417 PORTO
26 MAR - 26 MAR 2025
VISITA ORIENTADA: 26 Março, 19:00, no Museu de Serralves
Canção Contemporânea Por Marta Moreira de Almeida, curadora da exposição e diretora-adjunta do Museu de Serralves
Na perspetiva do galerista e colecionador Mário Teixeira da Silva (Porto, 1947—2023, Lisboa), a obra de arte deveria promover a reflexão e a investigação por parte do usufruidor. Analisada nos seus mais diversos aspetos, permitiria a construção de uma visão abrangente sobre as obras e os seus criadores. É nesse contexto que se pode assumir que Mário Teixeira da Silva se revê no processo de criação de muitos artistas representados na sua coleção, nomeadamente no caso paradigmático da obra Contemporary Song [Canção contemporânea] (1984), de Franz Erhard Walther (1939, Fulda, Alemanha), que dá título a esta exposição.
Nesta visita, Marta Moreira de Almeida, curadora da exposição, propõe a exploração de obras selecionadas da exposição para a composição de uma partitura musical.
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Canção Contemporânea. Obras da Coleção Mário Teixeira da Silva na Coleção de Serralves Museu de Serralves 28 NOV 2024 - 1 JUN 2025
Canção Contemporânea é o título da exposição dedicada à primeira apresentação em Serralves da coleção de arte contemporânea criada pelo galerista e colecionador Mário Teixeira da Silva (Porto, 1947—2023, Lisboa), recentemente depositada na Coleção de Serralves.
Iniciada na década de 1970 e pautada pelo seu gosto pessoal, a Coleção reflete com clareza o modo de trabalho rigoroso e orgânico de Mário Teixeira da Silva e vai muito além da simples reunião de um conjunto de obras de arte. Os anos 1970 marcaram igualmente o início da atividade profissional de Mário Teixeira da Silva, oscilando entre o trabalho que desenvolveu como museólogo, contribuindo para a organização de exposições no Centro de Arte Contemporânea do Museu Nacional Soares dos Reis, e o seu próprio projeto galerístico, a que deu o nome Módulo — Centro Difusor de Arte. Apesar do cruzamento óbvio de várias áreas de interesse na arte contemporânea, Mário Teixeira da Silva conseguiu sempre separar o papel de galerista do de colecionador, adquirindo obras que não estariam necessariamente no seu programa para o Módulo.
A seleção de obras da Coleção Mário Teixeira da Silva agora apresentada nas galerias da Ala Álvaro Siza pretende refletir sobre a amplitude da ação desenvolvida ao longo de cinco décadas por Mário Teixeira da Silva. A fotografia foi o meio de expressão privilegiado pelo colecionador. No entanto, o seu âmbito é claramente multidisciplinar, expandindo-se em paralelo com outros meios — incluindo a pintura, a escultura, o desenho e a obra gráfica. Assinale-se também o interesse demonstrado em décadas mais recentes por outras áreas, como a arte tribal africana e a pintura oitocentista e modernista.
A exposição reúne cerca de 210 obras de aproximadamente 116 artistas portugueses e estrangeiros: Canção Contemporânea pode comparar-se a uma partitura musical aberta onde a notação se fixa mediante o olhar do observador.