Links

NOTÍCIAS


ARQUIVO:

 


FESTIVAL FUSO ANUNCIA 17 OBRAS SELECCIONADAS DO OPEN CALL QUE ESTARÃO A CONCURSO NA 12ª EDIÇÃO 

2020-08-11




No ano em que foram submetidas 176 obras através de Open Call, o FUSO - Anual de Videoarte Internacional de Lisboa, vai exibir 17 obras de artistas portugueses ou artistas estrangeiros a residir em Portugal, seleccionadas por Jean-François Chougnet, diretor artístico do Festival.

"Mais do que nunca, o Open Call do FUSO 2020 revela - no difícil contexto da pandemia - a diversidade das práticas da videoarte feita em Portugal e/ou por artistas portugueses. 176 projetos foram submetidos, o que é mais um sinal da vitalidade da cena contemporânea portuguesa, projetos propostos por jovens artistas, mesmo muito jovens artistas (muitos projetos foram apresentados por artistas nascidos na década de 1990). Voltamos a selecionar um conjunto de obras que surpreendem pela persistência e diversidade de olhares. Este conjunto de filmes mostra, de facto, caminhos insólitos e provocadores, e desafia as nossas perceções sobre a videoarte. O programa de 17 obras favoreceu imagens nómadas e poéticas. As três sessões virtuais têm a ambição de sugerir uma reflexão sobre o estado das imagens hoje, tentando "compor" uma estrutura do tempo.", afirma Jean-François Chougnet.

A 12ª edição do FUSO realiza-se exclusivamente online e os vídeos da open call vão ser apresentados em três sessões distintas, nos dias 27, 28 e 29 de agosto. O público poderá votar no seu video favorito no final de cada sessão no site do festival.

As obras seleccionadas
A abrir o festival, no dia 27 de agosto, vão ser apresentados os trabalhos: We are all on the same bus, do fotógrafo e realizador português Nuno Serrão; Extraction: The Raft of the Medusa (for interdependence), uma meditação sobre o redesenho maciço da humanidade no planeta e um panfleto distópico no antropoceno da realizadora Salomé Lamas; Honey I’m home - said the Ghost, uma canção de amor virtual realizada por Miguel Tavares; Welket Bungle apresenta Metalheart, uma obra que já reflete as fronteiras do confinamento; Shall We Dance, de Paulo Arraiano; e Blood moon, uma vídeo-performance a partir de filmagens nunca utilizadas de António Olaio.

Na segunda sessão desta open call, no dia 28 de agosto, vão ser apresentados cinco trabalhos: Letters to Nowhere, um poema visual que conta uma história pessoal da sua autora, Kopal Joshy, uma artista indiana a viver em Lisboa; I Have a Dream, uma obra acerca dos sonhos ainda por concretizar e acerca da tirania e futilidade que impede que eles se realizem de Júlio F. R. Costa; já Patrícia Andrade partiu de várias fotografias que foram tiradas em diferentes rodagens de cinema para criar Notas soltas de uma fotógrafa de cena; Próxima Paragem, de Florence Weyne Robert, reúne histórias dos moradores de um bairro de Lisboa, à beira do Tejo; e u$aar v3.0, de sandra araújo, joga com a lógica dos algoritmos das redes sociais e a distorção dos acontecimentos políticos e sociais.

No dia 29 de agosto, a última sessão da open call, o público pode ver os vídeos: O Pecado de João Palolo, da realizadora Rita Azevedo Gomes; Ramerrame, uma construção visual e sonora a partir da repetição dos gestos diários e das nuances das ações rotineiras de Inês Alves; Hello Tomorrow, um vídeo realizado entre o Verão de 2018 e o Verão de 2020 a partir da casa do artista Nuno Cera, situada no centro histórico de Lisboa; My father has a gun, um video que conta a história do pai da artista e escritora Ana Mendes, enquanto soldado na guerra colonial portuguesa em Guiné-Bissau; e por fim, o artista Cinza Nunes regressa ao FUSO com jfbjnkldçn, uma notícia apresentada em Lorem Ipsum traduzida em língua gestual inexistente pelo artista; e por fim, Renata Ferraz e Flávio Almeida apresentam Corpos P̶a̶l̶i̶m̶p̶s̶é̶s̶t̶i̶c̶o̶s̶ Mnemónicos, um vídeo concebido logo após a separação do casal de artistas em março de 2020, quando decidiram fazer o luto através de um gesto criativo.

Os videos seleccionados para a Open Call podem ser vistos live streaming a partir do site e página de Facebook do Festival Fuso e ficam disponíveis no site para votação durante 24h.

Aos vídeos da open call vão ser atribuídos dois prémios: Prémio Aquisição Fundação EDP_MAAT, para a melhor obra eleita pelo júri presidido por Margarida Chantre (Fundação EDP/MAAT) e composto por Susana de Sousa Dias, Isabel Nogueira, Irit Batsry e Yuri Firmeza, no valor de 2.500€; e Prémio Incentivo Restart, atribuído pelo público, de apoio a um projeto através de cedência de recursos e meios técnicos no valor de 1.500€. Os vencedores vão ser conhecidos no dia 30 de agosto.

O FUSO 2020 procura refletir como as práticas artísticas atuais tratam a diversidade global e os percalços enfrentados, quando a concentração de pensamentos diversos nem sempre é recebida de forma pacífica, levando à intolerância, ao racismo, à violência e à exclusão. É objetivo do Festival FUSO contribuir de forma significativa para a dinâmica da arte contemporânea nacional. Tendo em conta o atual cenário de pandemia o festival em 2020 vai realizar-se gratuitamente e exclusivamente online.


O FUSO - Anual de Vídeoarte International de Lisboa está inserido no programa Lisboa na Rua, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC.







FONTE: FUSO