Vista de exposição "Geração 2015" | Imagem: Débora Cabral


"Geração 2015", Laila Hotait Salas y Nadia Hotait - La noche entre Alí y yo, 2015 | Imagem: Débora Cabral


Vista de exposição "Geração 2015" | Imagem: Débora Cabral


Vista de exposição "Geração 2015" | Imagem: Débora Cabral


"Geração 2015" 18.11.2015 | Imagem: Débora Cabral


"Geração 2015", Karlos Martinez B. - Textile from exile | Imagem: Débora Cabral


"Geração 2015", Karlos Gil | Imagem: Débora Cabral


"Geração 2015", Daniel Jacoby - Jagata | Imagem: Débora Cabral


"Geração 2015", Fermín Jiménez Landa - Acampada libre, 2015 | Imagem: Débora Cabral

Exposições anteriores:

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DA TERRA À LUA, A PÉ




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A SHOW TO MORE VOICES | MOSTRA ESPANHA 2017




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GERAÇÃO 2015




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GERAÇÃO 2015


Proyectos de arte Fundación Montemadrid


Elena Aitzkoa, Cristina Garrido, Karlos Gil, Laila y Nadia Hotait, Daniel Jacoby, Fermín Jiménez Landa, Karlos Martinez B., Lucía Simón, Pep Vidal e Oriol Vilanova

Curadoria Ignacio Cabrero

 

Como vem sendo habitual a Plataforma Revólver apresenta a proposta de arte contemporânea no contexto da programação da Mostra Espanha em Portugal. Gerações é uma competição que premeia e apresenta a criação contemporânea de Espanha desde o ano 2000. A exposição Geração 2015 é formada por obras inéditas e produzidas para a ocasião dos dez jovens artistas selecionados por um júri de reconhecido prestígio. A exposição foi primeiro apresentada na La Casa Encendida em Madrid.
Victor Pinto da Fonseca

 


Viajar, deambular… perder o norte

- Ignacio Cabrero

 

Caminhar sem rumo, perder-se e deixar que a sorte ou as ruas da cidade te guiem. Ser como o flâneur descrito por Walter Benjamin nas suas Passagens, essse homem para quem andar pelas ruas sem direção fixa ou necessidade é a actividade mais genuina da vida, uma actividade que converte o espaço público da rua no que para o burguês é o espaço privado. Fazer do espaço público um labirinto em que deambulamos como pensavam os situacionistas. La dérive e o détournement propostos pelo pensador Gui Debord, que aponta para uma nova ideia de viagem através de esse espaço labirintico de desorientação, com um duplo sentido: a desorientação que se persegue conscientemente, mas também a noção do labirinto como estrutura de organização mental e método de criação. Vagabundos e erros, trajectos e caminhos sem saída.


O passeio como manipulação artística como inspiração literária-filosófica não é nada de novo. No campo da filosofia, autores como Rousseau com os seus Sonhos de um passeante solitario, e Henry Thoreau com Caminhar; ou, desde a literatura do século XIX, as reflexões sobre deambular pelas ruas da cidade pela mão de, por exemplo, Poe com O homen da multidão, ou a aparição desse flâneur anteriormente mencionado, associado à modernidade. Depois Kafka com O passeio repentino ou esse escritor passeante, Robert Walser, com O Passeio.


Os surrealistas , os dadaístas e especialmente os situacionistas experimentaram com o passeio diferentes percursos por periferias e lugares. Tema também presente nos anos sessenta e setenta, com as peregrinações pelos nâo lugares na América profunda levadas a cabo por Richard Long ou Robert Smithson – Hotel Palenque, Os monumentos de Passaic.
A ação de viajar supõe uma experiencia de procura, de encontro inclusivamente perdido. Num sentido amplo, a viagem realiza-se não só caminhando pela cidade, mas também pelo corredor de nossa casa. É o viajante interior, que refere Pessoa na sua Viagem.


Caminhar para não se cair, porque quiçá, o facto de caminhar é, em si mesmo, “uma queda controlada” – como menciona Manuela Moscoso no seu texto sobre Jiménez Landa aludindo ao ditado inglês Walking is controlled falling. Caminhar para desafiar a gravidade e evitar a queda, com o objectivo de encontrar um caminho mais adiante. Trajectos, ações e viagens que sempre estiveram presentes na história da arte como parte do processo existencial do criador. Nesta edição de Gerações, a ideia de viajar, deambular, passear e perder-se, para voltar ou não a encontrar-se, parece algo comum entre os artistas e, de alguma maneira, conecta os projectos seleccionados.

Assim, na sua trajectória e maneira de abordar os projectos, os artistas estão em contínuo movimento..


[ES]

 

Viajar, deambular... perder el norte

- Ignacio Cabrero

 

Caminar sin rumbo, perderse y dejar que el azar o las calles de la ciudad te guíen. Ser como el flâneur descrito por Walter Benjamin en sus Pasajes, ese hombre para el que callejear es la actividad más genuina de la vida; una actividad que convierte el espacio público de la calle en lo que para el burgués es el espacio privado. Hacer del espacio público un laberinto en el que deambular, como planteaban los situacionistas. La dérive y el détournement propuestos por el pensador Guy Debord, que apuntan a una nueva idea de viaje a través de ese espacio desorientado del laberinto, en un sentido doble: la desorientación que se persigue conscientemente, pero también la noción de laberinto como estructura de organización mental y método de creación. Vagabundeos y errores, trayectos y caminos sin salida.

 

El paseo como manifestación artística o como inspiración literario-filosófica no es nada nuevo. En el campo de la filosofía, autores como Rousseau con sus Ensoñaciones de un paseante solitario, o Henry Thoreau con Caminar; o, desde la literatura del XIX, las reflexiones sobre el deambular por las calles de la ciudad de la mano de, por ejemplo, Poe con El hombre de la multitud, o la aparición de ese flâneur que antes mencionaba, asociado a la modernidad. Después Kafka con El paseo repentino o ese escritor paseante, Robert Walser, con El paseo.

 

Los surrealistas, los dadaístas y especialmente los situacionistas experimentaron con el paseo recorridos diferentes por periferias y lugares. Tema también presente en los años sesenta y setenta, con las peregrinaciones por los no lugares de la América profunda llevadas a cabo por Richard Long o Robert Smithson —Hotel Palenque, Los monumentos de Passaic. La acción de viajar supone una experiencia de búsqueda, de encuentro o incluso de pérdida. En un sentido amplio, el viaje se realiza no solo caminando por la ciudad, sino también por el pasillo de nuestra casa.

 

 

Es el viaje interior, al que apuntaba Pessoa con estas palabras: "para viajar basta con existir. Voy de día a día, como de estación en estación, en el tren de mi cuerpo, o de mi destino, asomado a las calles y a las plazas, a los gestos y a los rostros, siempre iguales y siempre diferentes como, al final, lo son todos los paisajes". Caminar para no caerse, porque, quizá, el hecho de caminar es, en sí mismo, "una caída controlada" —como menciona Manuela Moscoso en su texto sobre Jiménez Landa en este volumen aludiendo al dicho inglés Walking is controlled falling—. Caminar para sortear la gravedad y evitar la caída, con el objetivo de lograr un recorrido hacia delante. Recorridos, acciones y viajes que siempre han estado presentes en la historia del arte como parte del proceso existencial del creador. En esta edición de Generaciones, la idea del viajar, deambular, pasear y perderse, para volver o no a encontrarse, parece algo común entre los artistas y, de alguna forma, conecta los proyectos presentados.

 

Así, en su trayectoria y manera de abordar los proyectos, los artistas están en continuo movimiento. Como los recorridos cotidianos que Elena Aitzkoa (Apodaca, Álava, 1984) realiza como manera de inspirarse, perdiéndose por la ciudad y dejando que el azar intervenga en su trabajo. Aprovechó un viajé a Madrid desde la ciudad donde vive, Bilbao, para, recorriendo juntos el espacio expositivo, hablarme de su proyecto, Objetos nómadas. Objetos que concentran el resultado de recorridos y la experiencia derivada de acciones vitales, pasadas y futuras.

 

En el encuentro con Cristina Garrido (Madrid, 1986) antes de su viaje a Brasil para participar en la Trienal de Artes, me hablaba de su proyecto, #JWIITMTESDSA? (Just what it is that makes today's exhibitions so different, so appealing?), como un recorrido formal y digital por los últimos años del arte contemporáneo. Navegando a través de las redes digitales, la artista ha transitado por numerosas imágenes de exposiciones en páginas especializadas y ha clasificado aquellos elementos formales que se repiten, ya sean en las propias obras o en la manera de presentarlas en el espacio.

 

Unos días más tarde, Karlos Gil (Toledo, 1984), antes de viajar a Londres como artista en residencia, me hablaba de ese "peldaño inclinado" (Slant Step, en inglés), objeto artesanal sin aparente importancia ni aplicación alguna que, encontrado al azar en 1965 en una tienda de artículos de segunda mano, termina convirtiéndose en un objeto artístico. Sustraído incluso por Richard Serra para ser mostrado en Nueva York, y devuelto posteriormente, inicia así unperegrinar de costa a costa y entre los distintos centros artísticos de Norteamérica. El artista nos trae del pasado este objeto y nos lo presenta en su proyecto -––––––¬ ̆ (Slant Step).

 

Las hermanas Nadia Hotait (Madrid, 1982) y Laila Hotait Salas(Madrid, 1980) me comentaban, en la terraza de un café de Lavapiés,su intención de viajar a Beirut para recrear un acontecimiento pasado y así permitir al espectador de hoy deambular por unos hechos que parecerían congelados en el tiempo. El resultado es su proyecto de videoinstalación a modo de tríptico La noche entre Alí y yo.

 

También Daniel Jacoby (Lima, 1985) necesitaba viajar hacia el norte de Japón en busca de un personaje, experimentar la aventura de la deriva, jugar a perderse para encontrar aquello que deseaba mostrarnos: Jagata: Part I.

 

En mi encuentro con Fermín Jiménez Landa (Pamplona, 1979) para hablar sobre cómo exponer su móvil de tiendas de campaña, Acampada libre, y sobre cómo alimentar a los caracoles que allí habitarían, el artista estaba de paso hacia Francia, donde, según me comentó, se encontraría con su pareja. El azar nos hizo descubrir que, días previos, viajando también personalmente por ese país, me había encontrado con ella, sin conocerla.

 

Viajé expresamente a San Sebastián para encontrarme con Karlos Martínez B. (Bilbao, 1982), quien me habló de su proyecto, Textiles from exile, mientras paseábamos por la ciudad vieja. Volvimos a encontrarnos para recorrer las salas expositivas meses más tarde, después de su estancia en Austria, donde había terminado de hilar la manera de exponer esas piezas diseñadas en el pasado, pero tejidas en el presente.

 

Lucía Simón (Santander, 1987) había viajado a Madrid desde la ciudad alemana donde vive, Brunswick, y logramos encontrarnos para recorrer la idea de su proyecto sobre los números primos, Sin títulolibretos, y tratar "sobre la belleza de los problemas no resueltos" —frase que da título al texto de Andreas Bee sobre el proyecto de la artista recogido en este catálogo.

 

No sin cierta inquietud, Pep Vidal (Barcelona, 1980) me expresó que quizá no podría asistir a la inauguración de Generación 2015 porque estaría de viaje "a la caza" del polo norte magnético o, más bien, de sus huellas. A través del proyecto Following the (Magnetic) North Pole, el artista pretende perseguir el norte, o quizá perderlo. Más tarde, al encontrarnos de nuevo en su estudio, descubrí con gran asombro la "inmensidad" de sus dibujos, llenos de incertidumbre, frente a ese hombre diminuto en busca de la certitud del norte.

 

En la conversación virtual que mantuve con Oriol Vilanova (Manresa, Barcelona, 1980) me habló de sus recorridos por los mercados de pulgas de diversas ciudades europeas, entre ellas Bruselas, donde vive actualmente. Explorador del pasado, el artista va en busca de objetos que le ayuden a recorrer y mostrar una historia diferente, como en su proyecto Sin perder casi nada.

 

Es evidente que la idea del viaje sigue muy ligada a los artistas actuales, que de alguna manera no dejan de moverse, ya sea de manera física o conceptual. Prácticas de la deriva y del perderse a través del paseo o del viaje, en busca de mitos, hechos, lugares, infinitos...

 

El tema del viaje "a través del tiempo" es objeto de indagación por parte de numerosos artistas como una mirada hacia atrás, como un recorrido interior a través del tiempo y la memoria. La noche entre Alí y yo, de Nadia y Laila Hotait, es un doble viaje, el físico y el de la memoria, a partir de un acontecimiento que ellas no presenciaron, pero que, por motivos familiares y personales, sienten la necesidad de recrear.

 

Al parecer, el padre de las artistas pertenecía a un grupo comunista libanés, antes de tener que abandonar el país. Un día, tomando un café, les contó su versión de por qué su mejor amigo de la infancia, Ali Cheaib, líder de la operación del asalto al Banco de América en Beirut, había fallecido en su particular intento por cambiar el mundo: "Ali era un poeta, sabía robar corazones pero no supo robar un banco". Este hecho y la particular forma de contarlo por parte de su padre quedó grabado en la mente de las artistas y fue imaginado y revisitado repetidas veces por ambas de diversas formas. Así nació la idea de realizar este proyecto en forma de videoinstalación, la primera colaboración total entre las hermanas Hotait.

 

Nadia Hotait es artista multidisciplinar y su hermana, Laila Hotait Salas, cineasta. En esta pieza vienen a confirmar cómo ambas, aunpartiendo en la mayoría de sus obras de hechos pasados, desembocan en lo que viene a ser una performance de los acontecimientos y de la actuación de sus protagonistas, una pieza estructurada en base a dos líneas de tiempo, presente y pasado, pero sin distinguirlas, habitando simultáneamente en la frontera entreambas.

 

El proyecto, rodado entre Beirut y el sur del Líbano, es un viaje al pasado a través de una técnica que asemeja un tableau vivant, pero que va convirtiéndose, poco a poco, en una extraña e íntegra coreografía. Recrea uno de los acontecimientos clave de la historia contemporánea del Líbano y del mundo árabe: el asalto al Banco de América. En Beirut, el 18 de octubre de 1973, cuatro hombres armados del Movimiento Socialista Revolucionario libanés toman treinta y nueve rehenes en la sucursal del Banco de América y reclaman diez millones de dólares para apoyar el movimiento guerrillero palestino y la guerra árabe contra Israel. Después de veintiséis horas de asedio, la policía se abre camino a tiros en el banco, matando a dos rehenes y a dos de los asaltantes, cuyos cadáveres tiran por la ventana.

 

La noche entre Ali y yo, proyecto presentado como videoinstalación en forma de tríptico, está protagonizado por unos personajes que, aunque vivos en la escena, parecen desposeídos de realidad. Al llegar la noche, surge una extraña fraternidad entre los rehenes y los asaltantes, y todos juntos comienzan a bailar "dabke", la danza de Oriente Medio por antonomasia, que habitualmente se baila de la mano, pero que estos personajes, aislados y a la vez juntos, bailan ensimismados. De forma alegórica, las imágenes recrean instantes de lo ocurrido durante las largas horas que duró el secuestro, acompañadas por tres relatos referidos en off: una versión oficial desde el pasado por parte de uno de los asaltantes, la narración hecha por la hermana de uno de los asaltantes muertos y una versión imaginada por quienes que nunca estuvieron allí: las artistas.

 

En 2015 se cumplen cuarenta años del estallido de la guerra civil libanesa. El secuestro tuvo lugar dos años antes, pero muchos lo consideran un augurio de la tragedia que estaba por llegar, incluso, el último acto romántico antes de la barbarie. Así, los temas que plantea el asedio son los mismos que atañen hoy a la región, con la única diferencia del paso del tiempo. Las artistas proponen revisitar esta experiencia traumática para poner en evidencia la interacción temporal entre un grupo de personas encerradas y las trágicas consecuencias que tuvo este hecho en la vida diaria libanesa, pues consideran que las vidas de individuos anónimos son catalizadores y elementos principales a partir de los que se conforma la historia oficial.

 

Perderse en lugares desconocidos como medio de inspiración, para encontrarse de manera casual con acontecimientos inesperados o realizar descubrimientos como el encuentro que nos cuenta Breton con la Tour Saint-Jacques una noche en París. Es otra manera de viajar y descubrir imágenes o rastros del pasado.

 

El método de Oriol Vilanova consiste en la recolección y documentación de objetos e imágenes del pasado, muchos encontrados al azar en sus paseos habituales por los mercados de las pulgas en distintas ciudades. El artista viene presentando sus proyectos como un archivo o enciclopedia de documentos visuales, a modo de gabinete de curiosidades. Interesado por los mecanismos políticos de construcción de la historia oficial, ha abordado, a través de sus instalaciones, performances o libros de artista, temas como el éxito y el triunfo, el museo como espacio expositivo en desuso, los iconos del pasado o la reescritura de la historia.

 

Sin perder casi nada es una colección de sobres cerrados almacenados en expositores de postales. En todos los sobres aparecela inscripción "Sobre sorpresa. Postales de España. Magníficas vistas en color y bromuro de toda la Península. 1 Peseta". Muchos de estossobres se editaron y comercializaron durante el boom turístico de los años sesenta, cuando el turismo era un elemento fundamental en el programa modernizador del franquismo. Spain is differentse convirtió en un destacado símbolo de la cultura del ocio entre los europeos. Monocultivo del sol y envío masivo de postales que repetían clichés, perpetuando una imagen oficial.

 

Oriol Vilanova desconoce qué imágenes hay en el interior de esos sobres, pues ha optado por no abrir ninguno y así mantener la incógnita y un cierto misterio. Quizá sean imágenes brillantes, vistas excepcionales; o tal vez, por al contrario, solo postales mediocres sin ningún interés. Dicho desconocimiento amplía el horizonte de posibilidades; las imágenes ocultas escapan a su definición,alcanzando el estatus de representaciones de la excepción. No abrirlos sobres se convierte, así, en una escapatoria a la repetición del cliché. Esas imágenes desconocidas siempre serán mejores.

 

La sencillez formal con la que, en su corta trayectoria, Lucía Simón ha venido presentado sus proyectos está en relación inversa con la profundidad y la precisión conceptual con la que aborda los temas que elige. La naturaleza, la ciencia o, en este caso, la música se encuentran entre los diversos campos de interés que incorpora a suspiezas, en las cuales la manera de formalizar las ideas, cercana a una estética oriental, denota una gran madurez y seguridad.

 

Sin título-libretos es un conjunto de 42 cuadernos cuya forma imita el libreto utilizado para escribir obras musicales. En su interior, en cambio, en vez de pentagramas, encontramos series numéricas. En total, son siete series de los múltiplos de los siete primeros números primos (1, 2, 3, 5, 7, 11, 13). La secuencia de múltiplos de 2 está escrita en dos libretos; la de 3, en tres; la de 5, en cinco, y así sucesivamente. En el primer libreto existen espacios vacíos que se corresponden con los números primos que contiene la serie.

 

El objetivo de la praxis artística de Lucía Simón es analizar la transcripción de unas disciplinas en otras. Con el trabajo de Kandinski, Klee, Cage o Cunningham como ejemplos de este tipo de práctica, la artista se pregunta en qué momento comienzan los pensamientos a formalizarse en palabras. Si se define el lenguaje como un sistema con fin comunicativo, entonces también se puedepensar, además de en palabras, en movimientos, formas, ruidos...notas musicales.

 

Según explica la propia artista, "muchos pensamientos no sabemosidentificarlos como tales, por no ser capaces de reconocerlos de acuerdo con nuestros sistemas. Los diferentes lenguajes ayudan a expresarse y, sin embargo, también limitan cuando no se alcanza a categorizar lo que está fuera del registro".

 

Sin título-libretos evoca la fascinación que puede llegar a emanar de los problemas no resueltos, aquellos que uno carga, pendiente de resolverlos o, al menos, de comprenderlos. Si este trabajo es un homenaje al enigma de los números primos, también se formula como invitación a realizar un viaje: el que implica el ejercicio de interiorización, automatización y sincronización inherente al aprendizaje de un lenguaje, como cualquiera de los hasta ahora conocidos.

 

Karlos Gil también viene reflexionando desde hace algún tiempo sobre la significación lingüística, el uso no comunicativo del lenguaje y su relación con el objeto artístico. A través de diferentes medios,como el vídeo, lecturas, material de archivo, tipografías, infografías, neones reciclados u objetos encontrados —o no—, el artista examina y transforma su significado como artefacto de producción de conocimiento a través del viaje en el tiempo y la memoria.

 

El proyecto que el artista aquí presenta, –––––––¬ ̆, nutriéndose de la llamada ingeniería inversa —basada en obtener información a partir de un producto u objeto con el fin de determinar de qué está hecho, qué lo hace funcionar y cómo fue fabricado—, estudia la génesis del signo (referencia) a través de la relación con su referente utilizando como paradigma el Slant Step, nombre de uno de los objetos más celebres en los años sesenta entre los principales artistas conceptuales debido al desconocimiento de su verdadera utilidad. Comprado en 1965 por William Wiley en una tienda de regalos en California, dicho objeto pasó por las manos de artistas como Bruce Nauman o Richard Serra, realizando un constante viaje de costa a costa por Estados Unidos. Se trataba de una especie de taburete de madera cuya superficie superior, inclinada en un ángulo de 45 grados y recubierta con un linóleo de suelo de color verde, lo convertía en una suerte de peldaño extrañamente inclinado.

 

En palabras del propio artista: "Mediante diferentes giros ergonómicos entre el objeto y el signo, –––––––¬ ̆ profundiza en el origen del ready-made, su proceso de articulación contextual y su mediación final como obra. El proyecto se sumerge en nuestra capacidad de interpretar los objetos desde un prisma no lineal, en el cual el desconocimiento, la edición, el détournement y la reinserción de ideas establecen una cierta contingencia interpretativa entre el espectador, el propio objeto y la realidad. El resultado son cuatro esculturas inéditas que enfatizan el fragmento como algo significante y la utilidad como concepto construido".

 

Cristina Garrido cuestiona las metamorfosis de valor —tanto comercial como utilitario— de ciertos espacios y objetos. Se detiene a observar estas transformaciones perceptivas dentro y fuera del mundo del arte, utilizando procesos como la intervención, la reinterpretación o la colección de determinados documentos. Todo ello en el contexto de su interés por el papel del arte en la economía y los sistemas de adjudicación de valores.

 

Para el proyecto #JWIITMTESDSA? (Just what it is that makes today's exhibitions so different, so appealing?) [¿Pero qué es lo que hace que las exposiciones de hoy en día sean tan diferentes, tan atractivas?], la artista ha identificado y estudiado evidentes tendencias formales en la presentación del arte contemporáneo internacional, validado tanto por el mercado como por la crítica, en los últimos tres años. Según ella misma explica: "Bajo este nuevo canon expositivo, muchas de las exposiciones presentan patrones que se repiten una y otra vez, respondiendo a un cierto estilo de arte internacional. Este se valida y legitima, expandiéndose y mutando a gran velocidad en espacios de todo el mundo, gracias a Internet, así como a la proliferación de ferias y bienales. Estos factores provocanque los estilos tiendan a unificarse y queden obsoletos rápidamente".

 

El título del proyecto parte del que Richard Hamilton dio a su famoso collage de 1956, Just what is it that makes today's homes so different, so appealing? [¿Pero qué es lo que hace que los hogares de hoy en día sean tan diferentes, tan atractivos?], creado para la exposición This Is Tomorrow en la Whitechapel Gallery de Londres. A su vez, el propio Hamilton había tomado el título prestado de un anuncio publicitario. A través de un nuevo proceso de apropiación yreemplazando la palabra homes por exhibitions, Cristina Garridoelabora esta irónica pregunta para, a partir de ella, investigar el fenómeno del arte global.

 

A modo de viaje, navegando a través de Internet y recorriendo vistas de exposiciones en páginas de revistas digitales de arte contemporáneo como Contemporary Art Daily o This Is Tomorrow, sitios web de galerías o páginas en redes sociales, la artista ha ido identificando una serie de elementos formales que se repiten tanto en las obras como en la manera de instalarlas en el espacio expositivo, y los ha ido clasificando en distintas categorías. El resultado son más de 2500 imágenes divididas en veinte grupos formales, entre ellos:"círculos y esferas", "elementos apoyados en el suelo y en la pared", "stands con elementos colgando", "plantas", "monitores de tubo catódico cuadrados", "banderas verticales", "retículas", "botellas", "telas colgando directamente de la pared", "alfombras", "monolitos", "rocas", "estructuras de madera vista", "esculturas con ruedas", "cajas de cartón"...

 

"¿Existe una verdadera democratización en el uso de las tecnologías digitales? ¿Quiénes controlan estos aparatos de legitimación y hasta dónde puede llegar su influencia? ¿Qué papel juegan los distintos agentes del sistema del arte a la hora de tomar decisiones?" Estas son las cuestiones que se formula la artista y, con la intención de darles respuesta, así como a la pregunta implícita en el título delproyecto, ha realizado también un cuestionario a diversos agentes culturales del panorama nacional e internacional (artistas, comisarios, críticos, galeristas y coleccionistas), involucrados de una forma u otra en este proceso. La instalación que aquí se presenta, además de mostrar parte de su investigación, combina diferentes elementos de las categorías antes aludidas, con la intención de crear una suerte de instalación "perfectamente" contemporánea.

 

Elena Aitzkoa se define como una escultora que trabaja "con telas, un cuchillo en la mano y un verso en la boca". Sin embargo, su práctica se extiende a los terrenos de la pintura, el dibujo, la escritura, la realización de acciones, películas, blogs, performances... A través de cualquiera de sus técnicas, la artista transmite sus pensamientos vitales y resalta la importancia de lo aparentemente banal, intentando captar la diversidad de sensaciones y jugando a desenmascarar lo cotidiano y cubrirlo con una pátina de sensibilidad y misterio.

 

Este proyecto se puede entender como el resultado de un cúmulo de acciones que recogen la historia de una vida. A través de recorridos cotidianos, la artista va encontrando objetos que transforma al dotarlos del espacio que les es necesario. Telas, material que destaca en toda la trayectoria de la artista, aparecen en Objetos nómadasde manera notoria en sus diferentes posibilidades. Escayola, por su cualidad fijadora, es utilizada tanto para crear volúmenes a través de moldes, como para empapar telas y escayolar. Pigmentos de color en la escayola transforman las telas viejas en objetos-escultura que se inscriben en la historia del arte.

 

El trabajo de Elena Aitzkoa es, en sus propias palabras, "hacer visible, concentrando el momento, la experiencia que fluye en nosotros". A través de esta serie de esculturas-hatillo crea una instalación intensa en la que tiempo y espacio se pliegan entre sí para tomar cuerpo en una suerte de bultos diseminados por el suelo entre los que nos invita a pasear como si de un jardín de piedras se tratara.

Como expresa la propia artista: "La superficie de la tierra plagada de bultos invisibles tras nuestro paso: objetos cotidianos, objetos de desecho, telas, escayola, pigmentos de color... masas concentradas que desocupan el espacio circundante, dejándolo listo para una experiencia renovada. La acción, por encima del resultado, es la técnica misma de la escultura: plegar, desplegar, anudar, coser, envolver, romper y rescatar una y otra vez lo desechado, hasta que algo nuevo crece entre todo lo caído".

 

Debido a la complejidad del mundo que nos rodea, es difícil encontrar verdades absolutas. Pero hay cosas que lo son o parecen serlo. Una de ellas es que la brújula siempre señala al norte. Y es cierto que señala al norte, pero el norte no está siempre en el mismo lugar. El polo norte magnético, que es el que señala la brújula —distinto alpolo norte geográfico—, va moviéndose constantemente y en los dos últimos siglos se ha desplazado más de 1400 km. ¿Por qué? ¿Donde está ahora? Este hecho insólito y no demasiado conocido es el punto de partida del proyecto de Pep Vidal Following the (Magnetic) North Pole.

 

El artista tiene un gran interés en los cambios infinitesimales que rigen los sistemas, pudiendo entender por sistema, según sus propiaspalabras, "un libro que de repente cae de una estantería, o dos personas hablando, o en general cualquier espacio donde puedan interactuar elementos". Esos cambios "infinitamente pequeños"afectan a todos los sistemas, incluida la posición del polo norte magnético.

 

Y tal como su título indica, el proyecto culmina con un viaje en busca del polo norte magnético. Una búsqueda en medio del vacío entre la certitud y la inmensidad de lo variable. Un lugar actualmente situado a unos 1600 km del polo norte geográfico, en la parte septentrional de Canadá, en el territorio de Nunavut, hacia donde el artista se dirige o quizá ahora ya esté aproximándose, o alejándose... Todo para dejar constancia de que algo que se suponía estático, quieto, es constantemente variable debido a los cambios infinitesimales; para aproximarse a la experiencia y la percepción de que lo que pensamos como un lugar con ubicación fija está abocado a una inmensidad de infinitos polos nortes.

 

Extraño pensar en "perder el norte" como expresión del extravío, cuando sabemos de antemano que el norte está ya y siempre perdidodebido a las fuerzas de la naturaleza.También lo aparentemente incuestionable pero que, en realidad, está abierto a la interpretación centra la atención de Daniel Jacoby. El artista expone sus ideas de una manera poética y sensorial, en proyectos donde parece querer mostrar que la evidencia, contra lo que solemos pensar, está sujeta a lo subjetivo. A través deaproximaciones a la realidad que pueden parecer fábulas o juegos, nos propone descifrar algo, al tiempo que nos esconde alguna pista.

 

El proyecto Jagata: Part I surge de su fascinación por un lejano personaje dotado de una insólita habilidad adivinatoria. Como si se tratase de un personaje de un mito al que descubrir, el artista se dirige hacia él en un viaje de búsqueda, aventura, deriva de una serie de cosas inesperadas que vinieron a conectarse en un recorrido por la región de Hokkaidō, en Japón. Idas y venidas tratando de descifrar algo.

 

A la fascinación por dicho personaje, se une la atracción que Daniel Jacoby siente por lo informe: esas cosas que, por carecer de una forma reconocible o asociable a algo conocido, quedan abiertas a una mayor cantidad de interpretaciones, lo cual las hace precisamente aptas para la práctica adivinatoria —pensemos, por ejemplo, en la lectura de los posos del café.

 

Después de dos años siguiendo una pista por medio de contactos que hizo en su estancia como artista en residencia en Tokio, Daniel Jacoby regresa a Japón para continuar su recorrido y finalmente presentarnos en su proyecto fragmentos de esa deriva, de ese juego de búsqueda, un juego comprometido con el proceso del viaje como desciframiento.

 

Además de plantear un juego basado en el diálogo de contrarios donde aprovecha cualquier imprevisto, el principal motor de actuación de Fermín Jiménez Landa consiste en dar respuesta a su interés por una aproximación seudocientífica a determinados aspectos de la realidad y un uso de la autocrítica como investigación y relación con las situaciones habituales.

 

Desdibujando las prácticas y procesos usuales del quehacer artístico, Fermín Jiménez Landa incorpora el humor y la ironía como dispositivos de exploración de nuestro entorno cotidiano. La práctica del ensayo y el error es habitual en todos sus proyectos, que afronta como una cierta insurrección de la realidad a través de instalaciones, vídeos, dibujos, fotografías, esculturas, etc.

 

La instalación que aquí presenta, Acampada libre, es un reto de equilibrio y constituye un organismo vivo, dinámico, en varios sentidos. Consiste en una escultura móvil —que nos recuerda lejanamente a las hechas por Calder— formada por tiendas de campaña que sirven al mismo tiempo de vivero flotante para caracoles; se exhiben así con una continua capa de baba de caracol, como la que se usa para mantener la piel joven.

 

El artista parte de dos elementos ordinarios, mundanos: por un lado, la tienda de campaña, como artefacto que refugia en ciertas situaciones, que protege, como la piel del cuerpo, y que es ligero,permitiendo el viaje, la aventura y la movilidad; por otra, un animal común, que también se mueve con "la casa a cuestas", el pequeño y lento caracol, el cual, al circular por la tela, crea con su baba una segunda piel, cuyo aspecto contrasta con lo espectacular de la presentación de las tiendas de campaña colgando de una estructura móvil.

 

Ante la pieza, nuestro pensamiento puede viajar libremente y llegar, por ejemplo, a los nexos entre lo móvil, el viaje, la rebeldía, el paso del tiempo, lo artificial y lo natural, la relación con el campo... También podemos conectar con ideas como la juventud, lasvacaciones, la naturaleza... O remitirnos a los festivales de música, a determinadas protestas, o incluso acabar en la imagen de plazas ocupadas.

 

El interés por la historia y el diseño ha llevado a Karlos Martínez B. a desarrollar diferentes viajes al pasado y la memoria, buscando aquello que considera perdido para rescatarlo del olvido y traerlo hasta el presente, mostrándolo a través de instalaciones, esculturas, o incluso ensayos, como el que está realizando actualmente en torno a obras de arte perdidas, modificadas o destruidas de los siglos XX y XXI.

 

Aunque se entiende por "exilio" el estado de encontrarse lejos del lugar natural y puede definirse como la expatriación, voluntaria o forzada de un individuo, en el título de la pieza, Textile from exile,el término se emplea para referirse a la situación similar padecida por dos grupos de mujeres distanciadas en el tiempo, pero "hiladas" en este proyecto por ese exilio común. El artista recoge, por un lado, el papel periférico que tuvieron las mujeres que participaron en la Bauhaus desde sus inicios en la Alemania de los años veinte y, por otro, el lugar secundario que hoy ocupan grupos de mujeres artesanas en diferentes lugares del mundo.

 

El propio Karlos Martínez B. comenta que, al citar a la Bauhaus, "inmediatamente surgen nombres como el de Gropius, Van der Rohe o Klee, todos ellos masculinos, mientras caen en el olvido otros como Gunta Stölzl, Lilly Reich, Eileen Gray o Anni Albers, mujeres que también trabajaron en la vanguardia y por la modernidad, proyectando edificios, revolucionando el medio con nuevos materiales como el metal o el plástico, y buscando nuevas fuentes de inspiración". Eileen Gray, por ejemplo, visitó el norte de África para aprender el arte del tejido de la mano de las artesanas marroquíes. Actualmente, estas mujeres artesanas recogen la tradición textil y se unen en cooperativas, localizadas en las grandes extensiones áridas del sur o en las zonas montañosas del Atlas y del Rif en Marruecos, intentando reforzar su autonomía y capacidad creativa.

 

En este proyecto se presenta una serie de ejercicios escultóricos compuestos de varias piezas de alfombras realizadas a mano por estas artesanas y basadas en modelos gráficos de juegos geométricos y cromáticos, como aquellos bajo cuya influencia se desarrolló el catálogo del taller textil de la Bauhaus. También el soporte para mostrar estas piezas está inspirado en los ideales de la arquitectura y el mobiliario modernos. Según palabras del propio artista, "en la pieza se enfrentan conceptos como rigidez y suavidad, masculinidad y feminidad, industrialización y artesanía".

 

Perderse entre la inmensidad de los acontecimientos cotidianos, o entre los recuerdos del pasado o los proyectos de futuro. Buscarse caminando, viajando, deambulando por la calle. Ser nómada en lapropia ciudad como experiencia reveladora, pues el artista actual ya ha estado en todas partes y, después de muchos viajes, continúa buscando ese vacío, esa ausencia de la que habla Estrella de Diego en sus Travesías por la incertidumbre: "Salir de viaje es, en el fondo, un recurso frecuente para llenar los vacíos, una estratagema que se sabe de partida abocada al fracaso". Un fracaso que seduce a los artistas como móvil para continuar buscando, viajando... para seguir perdiendo el norte.

 

 


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