ROCK GALLERY
Exposições anteriores:
2010-06-18
Joana da Conceição - Australia
2010-04-15
Dani Soter - Do começo ao fim
2010-01-16
Jorge Lopes - very contemporary
2009-11-12
A KILLS B - Dimensão Radial
2009-09-04
João Gonçalves - Do Subterrâneo Opaco
2009-05-13
Ana Leonor - Quando uma cozinha sonha II - Pintura
2009-03-21
Francisco Janes - o concÃlio
2009-01-29
inferno: apareceu em rio tinto
2008-11-15
Tatiana Macedo - Boys need yoga too
2008-09-17
Cristina Robalo
2008-06-11
Tiago Borges - Futurism vs. We Are The World
2008-04-28
Nádia Duvall
2008-03-25
Marta Sicurella - RIF, 2007
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inferno: apareceu em rio tinto
PIZZ BUIN é um colectivo formado em 2005, por Irene Loureiro, Rosa Baptista, Sara Santos e Vanda Madureira, nas Caldas da Rainha. Até ao momento o grupo apresentou propostas que visam abrir a discussão, tomando como objecto-problema vários momentos do foro artÃstico: enquadramento da obra de arte, a sua vivência/sacralização, as referências anteriores ao objecto de arte, a história/actualidade, a situação vernissage, as exposições... Os vários métodos de actuação (manipulação, apropriação, descontextualização, cutup...) vão também influenciar a construção e percursos da proposta, reencontrando também sentido quando apresentados nos lugares de recepção de arte. Exposições recentes: Espaço Avenida (2008), Galeria Arte Contempo (2007), Prémios EDP Novos Artistas (2007), Palácio da Ajuda (2006). Apanhei o comboio que ligava Munchenhausen a Bocksbergforten (...) Depois do almoço Chiara permitiu-se acompanhar-me à minha cabine, nenhum de nós dois era dado a sestas e o seu irmão não viu inconveniente em estarmos os dois sós. Mal se sentou segredou-me sorridente que tinha roubado umas das colheres de prata da sobremesa. Mostrou-ma escondida no seu bolso. Fingi não achar piada mas nem ela nem eu acreditámos na minha tentativa de sermão (...) Passávamos entretanto pela montanha de Viberg (...) A paisagem que discorria pela janela era apenas marcada pela flutuação das linhas que demarcavam o espaço e permitiam distinguir o céu da terra, uma montanha da outra. Nada além de um conhecimento prévio poderia fazer supor que o fundo branco de toda aquela paisagem não seria um plano homogéneo. Chiara tinha acabado por adormecer lentamente encostada ao meu ombro. Não me queria mexer. Não queria fazer com que assim terminasse aquele contacto fÃsico, ou fazer com que fossemos ambos confrontados com o inusitado da situação. Tal acabou por não ser uma questão já que a entrada do Sr. Pitt fez com que a acordasse sem pensar na sua posição. (...) Giovanni jogou a sua carta e pousou o olhar no meu ombro, reparei que algo do rouge de Chiara tinha manchado o meu fato. Hans-Joakim Skollenberg, Samarcanda, Assirio & Alvim John Knowles entrou na sala e os restantes polÃcias afastaram-se cama king size onde o corpo arqueado da jovem franzina jazia no cimo de diversas camadas de roupa ensanguentada. Longe de o impressionar o cenário não era dos mais dantescos. Já tinha visto manchas maiores em locais menos prováveis (...) Como de costume, ficou no laboratório muito depois dos outros se terem ido embora (...) [John] espalhou todos os lençóis e cobertores no chão. Juntos ocupavam a totalidade da sala. Verificou a fronteira das manchas e procurou identificar as pregas que permitiriam juntar o puzzle do jogo de cama e recriar a posição original do cadáver. Quando terminou verificou que tinha sido o sangue pressionado pelo corpo a imprimir o contorno deste nas telas (...) Apagou as luzes e subiu para a cadeira. Os infravermelhos revelavam não só o plasma já entranhado e coagulado no tecido e a gordura humana de um número desconhecido de pessoas mas também uma profusão de salpicos demasiado distribuÃda e numerosa para ter origem em qualquer secreção humana. Steve Botnick, C.S.I. Las Vegas: Os Melhores Casos, Sic Livros (...) Como não conseguia dormir acabei por ir bater à porta de casa do meu pai. Recebeu-me surpreso e sentámo-nos no sofá. Falou-me de alguns livros (...) e sugeriu-me ir ao jardim zoológico. Custou-me a conduzir já que a sonolência do ópio era potenciada pelo ronronar do carro. (...) O tigre roçava o vidro e estava a 15 centÃmetros da minha cara. Tentei estabelecer algum tipo de contacto visual mas os movimentos do tigre que o faziam ali passar eram constantes e recorrentes, pouco motivados pela nossa presença. O pai afastou-se para ver alguns dos quadrúpedes da sua infância e fiquei ali a olhar para as manchas dos três animais deitados ao sol. Das informações frequentemente expostas nestes sÃtios ficámos a saber sempre as mesmas duas ou três parvoÃces: os cornos dos rinocerontes são feitos de pêlos, os macacos são quase iguais a nós e os tigres nunca têm as manchas iguais. Nessa especificidade felina seria eventualmente possÃvel um Ching Tigrês se conseguÃssemos pôr uns 70 e tal tigres no mesmo espaço. Um qualquer sultão terá provavelmente feito algo assim. Prometi-me a mim mesmo organizar tal infra-estrutura caso o meu futuro financeiro o permitisse. Teria uma sala gigante com setenta tigres, um chinês teria previamente atribuÃdo um trigrama a cada um. Uma ou duas vezes por dia bradaria as minha inquietudes aos céus e lançaria algo assim impactante como um pavão vivo aos tigres e os primeiros a devorá-lo revelariam as maquinâncias do meu destino. Flavio Chini, O Sermão de Sta Apolónia aos Leões, Ed. Antipáticas O pequeno livro que Ramón tinha deixado esquecido dentro do saco da ginástica era sobre Numerologia. Laura ficou intrigada. Normalmente tinha pouco tempo para misticismos e coisas do género, não condizia com o seu perfil de mulher a braços com a contemporaneidade recorrer a estes métodos de garota incerta. Mas a curiosidade foi mais forte e uns minutos depois Laura tinha uma folha cheia de rabiscos na sua mesa da cozinha. O seu número de nascimento era o dois: A dualidade e a feminilidade, se o um é o deus bom o dois é o combate entre o bem e o mal, a vagina que se adapta à recepção do pénis. Estava certo, afinal não tinha ela bisbilhotado as coisas do seu novo amante? Investigou o número de Ramón e descobriu o 7, considerado um dos números mais sagrados e mágicos da tradição Judaico-Cristã, não tinha deus descansado no sétimo dia? (...) Ramon despiu o casaco que usava para andar de mota e pegou nela ao colo. “Tu és um sete, eu sou um dois†disse-lhe Laura, atirou-a para cima da cama reparando no seu livro aberto no balcão corrido da cozinha. Federica Montseny, Há uma luz que nunca se apaga, Pergaminho Luhuna Carvalho, Janeiro de 2009 A ROCK Gallery localiza-se no edifÃcio TransBoavista, especificamente na Rua da Boavista 84, em Lisboa. Apresenta-se como uma galeria com o intuito de promover exposições de artistas -emergentes- com uma visão actual da arte contemporânea, e um percurso construido no séc. XXI. É uma galeria inquietante e de emoção. A ROCK Gallery preconiza o ideal de actuar como uma interacção de novas ideias, de forma a criar o perfeito contexto para artistas, crÃticos e coleccionadores. Horário: Terça a Sábado, das 14:00 à s 19:30H Rua da Boavista 84, 2º and - sala 5 / 1200-068 Lisboa - Portugal Tel: +351 213 433 259 Tm: +351 96 110 65 90 Email: vpf.rockgallery@gmail.com Rock Gallery presents itself as a gallery with the intention of promoting exhibitions of young artists with a current vision of the contemporary art, and a distance set up as the XXI century. It extols the ideal of acting like an interaction of new ideas of form to create the perfect context for artists, critics and collectors. Rock Gallery came out of the need to give a change to young artists show their works, on the other side like it is consequence of the strategy that begun with the opening in 2005 of the expositive spaces VPFCream Art and Platform Revolver in the same building
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