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:: THE BREAKING POINT DE VERA MANTERO E JONATHAN ULIEL SALDANHA VENCE FUSO 2025

Artecapital

2025-09-02



 

 

"The Breaking Point" de Vera Mantero e Jonathan Uliel Saldanha ganha Prémio Aquisição Fundação EDP / MAAT no FUSO 2025.
Laís Andrade recebeu Menção Honrosa pela Fundação EDP/MAAT e o Prémio Incentivo Duplacena - escolha do público com "My Ray of Sunshine".

 

Vera Mantero e Jonathan Uliel Saldanha receberam o Prémio Aquisição Fundação EDP/MAAT pelo vídeo "The Breaking Point", numa cerimónia que decorreu no Museu da Marioneta, em Lisboa, e que marcou o fim da 17.ª edição do FUSO - Festival Internacional de Videoarte de Lisboa.

Foi esta a escolha de João Pinharanda, diretor do MAAT, para quem a obra expõe, num ritmo que se vai tornando cada vez mais acelerado, obsessivo, a relação sem exterior entre duas criaturas encerradas num espaço - este também sem exterior - como se estivessem presos numa sala de ensaios clínicos e comportamentais e fossemos nós os observadores das suas ações. Vestindo máscaras que anulam as suas identidades e caricaturam a imagem genérica do ser humano (assumida, claro, no masculino) as personagens do vídeo realizam uma série de gestos, ações e interações repetidas que, pelo modo progressivamente mais excessivo com que se apresentam, os vão conduzindo (e a nós com eles) a um estado de desordem e caos. Esse "estado último" não anula, mas possivelmente dá sentido, a interrogação sobre o grau de (auto-)destruição dos valores e comportamentos da (quase-)humanidade que ambos parecem ali representar., afirma.

Já Laís Andrade recebeu dois prémios pela sua obra "My Ray of Sunshine", nomeadamente

o Prémio Incentivo DUPLACENA, que resulta da votação do público e uma Menção Honrosa atribuída pela direção do MAAT, que justifica assim esta distinção: "O vídeo expõe com grande sensibilidade (a nível da construção narrativa/montagem visual-sonora), um tema de forte conteúdo histórico e psicológico. O delicado desenvolvimento da obra não esconde a complexa e rica relação emocional e física existente entre "mãe e filha" que é encenada de modo a envolver-nos, sem retórica mas também concessões, na extrema violência (colectiva e individual) resultante do tráfico esclavagista."

 

FUSO - festival internacional de videoarte de Lisboa


Na 17.ª edição do FUSO - Festival Internacional de Videoarte de Lisboa o público pôde assistir gratuitamente a dezenas de obras de videoarte, em espaços emblemáticos, como os jardins do Museu Nacional de Arte Contemporânea, Palácio Sinel de Cordes, Palácio Galveias, a Praça do Carvão do MAAT e o claustro do Museu da Marioneta.

O Festival, que começou a 26 de agosto, recebeu 208 candidaturas de artistas portugueses ou residentes em Portugal através de uma open call, das quais 13 obras foram selecionadas pelo diretor artístico do festival, Jean-François Chougnet.

Entre as obras seleccionadas encontravam-se trabalhos de Alexandre Lyra Leite, Carla Cruz, Eva Pelúcia, Inês Carneiro e Sara Neves (Coletivo Nicho), Inês Ventura, Jonathan Uliel Saldanha e Vera Mantero, Laís Andrade, LealVeileby (António Leal e Jesper Veileby), Nuno Veiga, Sama (Eduardo Felipe Dutra), Sara Massa, Stephanie Monica e Welket Bungué.

 

 

 

 

The Breaking Point, de Jonathan Uliel Saldanha, Vera Mantero

Numa existência fechada em si própria, duas criaturas genéricas, semelhantes à fisiologia humana, exploram ciclicamente laboratórios de atividades, em busca de chegar a um qualquer entendimento.

 

 

 

My Ray of Sunshine, de Laís Andrade

Mãe e filha, separadas pelo oceano, usam ondas sonoras para comunicar. My Ray of Sunshine (2024) mergulha na memória do tráfico transatlântico de pessoas escravizadas através do conceito de tempo espiralar. A obra imagina as mensagens de voz que uma mãe escravizada poderia ter enviado à sua filha. Um retrato do afeto como ato de resistência à violência da colonização.

 

 

 




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