Links

O ESTADO DA ARTE


Capa do livro JĂșlio Pomar. Depois do Novo Realismo, 2023. Imagem de JĂșlio Pomar, design IlĂ­dio J.B. Vasco. Cortesia de Alexandre Pomar.


Frescos do Cinema Batalha. Projecto do arquitecto Artur Andrade. Ocultados em 1948 e restaurados em 2022. Hall: 6 x 11 metros. Cortesia de Alexandre Pomar.


Frescos do Cinema Batalha. Projecto do arquitecto Artur Andrade. Ocultados em 1948 e restaurados em 2022. Hall: 6 x 11 metros. Imagem cortesia de Alexandre Pomar.


Frescos do Cinema Batalha. Projecto do arquitecto Artur Andrade. Ocultados em 1948 e restaurados em 2022. Bar: 3 x 11 metros. Imagem cortesia de Alexandre Pomar.


JĂșlio Pomar, Maio’68 I, 1968. AcrĂ­lico sobre tela, 97 x 130cm. Colecção Jorge de Brito, Cascais. Imagem cortesia de Alexandre Pomar.


JĂșlio Pomar, Odalisca com Escrava, 1969. AcrĂ­lico sobre tela, 157 x 184cm. Colecção CAM - FCG. Imagem cortesia de Alexandre Pomar.


JĂșlio Pomar, Triplo Auto-retrato II. AcrĂ­lico sobre tela, 116 x 89 cm. Antiga Colecção Manuel Vinhas, Lisboa. Imagem cortesia de Alexandre Pomar.


JĂșlio Pomar, Auto-retrato, 1991. Grafite sobre papel, 14,8 x 21 cm. Colecção Fundação JĂșlio Pomar - Acervo Atelier-Museu JĂșlio Pomar. Cortesia de Alexandre Pomar.


JĂșlio Pomar, Auto-retrato, Sem data [anos 2000]. EsferogrĂĄfica sobre papel, 25,8 x 20,1 cm. Colecção Lourenço Soares, Lisboa. Imagem cortesia de Alexandre Pomar.


JĂșlio Pomar, Cartilha do Marialva, 2005-2012. Pastel e acrĂ­lico sobre tela com objectos, 146 x 230 cm. Colecção Fundação JĂșlio Pomar - Acervo Atelier-Museu JĂșlio Pomar. Imagem cortesia de Alexa


JĂșlio Pomar, Terreiro do Paço, 2007. Pastel e acrĂ­lico sobre tela com objectos, 81 x 60 cm. Colecção Fundação JĂșlio Pomar - Acervo Atelier-Museu JĂșlio Pomar.

Outros artigos:

2025-05-24


JÚLIO POMAR. DEPOIS DO NOVO REALISMO
 

2025-04-23


VÂNIA DOUTEL VAZ: CADA DECISÃO É A PONTA DE UM ICEBERG
 

2025-03-28


PARTE 1: JOTA MOMBAÇA - “O MEU TRABALHO FOI VIRANDO PARA MIM ESSE LUGAR EM QUE EU CONSIGO EXPERIMENTAR OUTRAS FORMAS DE SENTIR”
 

2025-03-27


PARTE 2: JOTA MOMBAÇA - “EU FUJO RUMO A ESSE ESTADO EM QUE A FUGA É QUE ME ACOLHE”
 

2025-02-19


NURTURE GAIA, A 4.ÂȘ EDIÇÃO DA BIENAL DE BANGKOK
 

2025-01-13


LEONOR D’AVANTAGE
 

2024-12-01


O CALÍGRAFO OCIDENTAL. FERNANDO LEMOS E O JAPÃO
 

2024-10-30


CAM E CONTRA-CAM. REABERTURA DO CENTRO DE ARTE MODERNA
 

2024-09-20


O MITO DA CRIAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE A OBRA DE JUDY CHICAGO
 

2024-08-20


REVOLUÇÕES COM MOTIVO
 

2024-07-13


JÚLIA VENTURA, ROSTO E MÃOS
 

2024-05-25


NAEL D’ALMEIDA: “UMA COISA SÓ É GRANDE SE FOR MAIOR DO QUE NÓS”
 

2024-04-23


ÁLBUM DE FAMÍLIA – UMA RECORDAÇÃO DE MARIA DA GRAÇA CARMONA E COSTA
 

2024-03-09


CAMINHOS NATURAIS DA ARTIFICIALIZAÇÃO: CUIDAR A MANIPULAÇÃO E ESMIUÇAR HÍPER OBJETOS DA BIO ARTE
 

2024-01-31


CRAGG ERECTUS
 

2023-12-27


MAC/CCB: O MUSEU DAS NOSSAS VIDAS
 

2023-11-25


'PRATICAR AS MÃOS É PRATICAR AS IDEIAS', OU O QUE É ISTO DO DESENHO? (AINDA)
 

2023-10-13


FOMOS AO MUSEU REAL DE BELAS ARTES DE ANTUÉRPIA
 

2023-09-12


VOYEURISMO MUSEOLÓGICO: UMA VISITA AO DEPOT NO MUSEU BOIJMANS VAN BEUNINGEN, EM ROTERDÃO
 

2023-08-10


TEHCHING HSIEH: HOW DO I EXPLAIN LIFE AND CHANGE IT INTO ART?
 

2023-07-10


BIENAL DE FOTOGRAFIA DO PORTO: REABILITAR A EMPATIA COMO UMA TECNOLOGIA DO OUTRO
 

2023-06-03


ARCOLISBOA, UMA FEIRA DE ARTE CONTEMPORÂNEA EM PERSPETIVA
 

2023-05-02


SOBRE A FOTOGRAFIA: POIVERT E SMITH
 

2023-03-24


ARTE CONTEMPORÂNEA E INFÂNCIA
 

2023-02-16


QUAL É O CINEMA QUE MORRE COM GODARD?
 

2023-01-20


TECNOLOGIAS MILLENIALS E PÚBLICO CONTEMPORÂNEO. REFLEXÕES SOBRE A EXPOSIÇÃO 'OCUPAÇÃO XILOGRÁFICA' NO SESC BIRIGUI EM SÃO PAULO
 

2022-12-20


VENEZA E A CELEBRAÇÃO DO AMOR
 

2022-11-17


FALAR DE DESENHO: TÃO DEPRESSA SE COMEÇA, COMO ACABA, COMO VOLTA A COMEÇAR
 

2022-10-07


ARTISTA COMO MEDIADOR. PRÁTICAS HORIZONTAIS NA ARTE E EDUCAÇÃO NO BRASIL
 

2022-08-29


19 DE AGOSTO, DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA
 

2022-07-31


A CULTURA NÃO ESTÁ FORA DA GUERRA, É UM CAMPO DE BATALHA
 

2022-06-30


ARTE DIGITAL E CIRCUITOS ONLINE
 

2022-05-29


MULHERES, VAMPIROS E OUTRAS CRIATURAS QUE REINAM
 

2022-04-29


EGÍDIO ÁLVARO (1937-2020). ‘LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES’
 

2022-03-27


PRATICA ARTÍSTICA TRANSDISCIPLINAR: A INVESTIGAÇÃO NAS ARTES
 

2022-02-26


OS HÁBITOS CULTURAIS
 DAS ORGANIZAÇÕES CULTURAIS PORTUGUESAS
 

2022-01-27


ESPERANÇA SIGNIFICA MAIS DO QUE OPTIMISMO
 

2021-12-26


ESCOLA DE PROCRASTINAÇÃO, UM ESTUDO
 

2021-11-26


ARTE = CAPITAL
 

2021-10-30


MARLENE DUMAS ENTRE IMPRESSIONISTAS, ROMÂNTICOS E SUMÉRIOS
 

2021-09-25


'A QUE SOA O SISTEMA QUANDO LHE DAMOS OUVIDOS'
 

2021-08-16


MULHERES ARTISTAS: O PARADOXO PORTUGUÊS
 

2021-06-29


VIVER NUMA REALIDADE PÓS-HUMANA: CIÊNCIA, ARTE E ‘OUTRAMENTOS’
 

2021-05-24


FRESTAS, UMA TRIENAL PROJETADA EM COLETIVIDADE. ENTREVISTA COM DIANE LINA E BEATRIZ LEMOS
 

2021-04-23


30 ANOS DO KW
 

2021-03-06


A QUESTÃO INDÍGENA NA ARTE. UM CAMINHO A PERCORRER
 

2021-01-30


DUAS EXPOSIÇÕES NO PORTO E MUITOS ARQUIVOS SOBRE A CIDADE
 

2020-12-29


TEORIA DE UM BIG BANG CULTURAL PÓS-CONTEMPORÂNEO - PARTE II
 

2020-11-29


11ÂȘ BIENAL DE BERLIM
 

2020-10-27


CRITICAL ZONES - OBSERVATORIES FOR EARTHLY POLITICS
 

2020-09-29


NICOLE BRENEZ - CINEMA REVISITED
 

2020-08-26


MENSAGENS REVOLUCIONÁRIAS DE UM TEMPO PERDIDO
 

2020-07-16


LIÇÕES DE MARINA ABRAMOVIC
 

2020-06-10


FRAGMENTOS DO PARAÍSO
 

2020-05-11


TEORIA DE UM BIG BANG CULTURAL PÓS-CONTEMPORÂNEO
 

2020-04-24


QUE MUSEUS DEPOIS DA PANDEMIA?
 

2020-03-24


FUCKIN’ GLOBO 2020 NAS ZONAS DE DESCONFORTO
 

2020-02-21


ELECTRIC: UMA EXPOSIÇÃO DE REALIDADE VIRTUAL NO MUSEU DE SERRALVES
 

2020-01-07


SEMANA DE ARTE DE MIAMI VIA ART BASEL MIAMI BEACH: UMA EXPERIÊNCIA MAIS OU MENOS ESTÉTICA
 

2019-11-12


36Âș PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA
 

2019-10-06


PARAÍSO PERDIDO
 

2019-08-22


VIVER E MORRER À LUZ DAS VELAS
 

2019-07-15


NO MODELO NEGRO, O OLHAR DO ARTISTA BRANCO
 

2019-04-16


MICHAEL BIBERSTEIN: A ARTE E A ETERNIDADE!
 

2019-03-14


JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO – O JOGO DO INDIZÍVEL
 

2019-02-08


A IDENTIDADE ENTRE SEXO E PODER
 

2018-12-20


@MIAMIARTWEEK - O FUTURO AGENDADO NO ÉDEN DA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2018-11-17


EDUCAÇÃO SENTIMENTAL. A COLEÇÃO PINTO DA FONSECA
 

2018-10-09


PARTILHAMOS DA CRÍTICA À CENSURA, MAS PARTILHAMOS DA FALTA DE APOIO ÀS ARTES?
 

2018-09-06


O VIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DA BIENAL DE BERLIM
 

2018-07-29


VISÕES DE UMA ESPANHA EXPANDIDA
 

2018-06-24


O OLHO DO FOTÓGRAFO TAMBÉM SOFRE DE CONJUNTIVITE, (UMA CONVERSA EM TORNO DO PROJECTO SPECTRUM)
 

2018-05-22


SP-ARTE/2018 E A DIFÍCIL TAREFA DE ESCOLHER O QUE VER
 

2018-04-12


NO CORAÇÂO DESTA TERRA
 

2018-03-09


ÁLVARO LAPA: NO TEMPO TODO
 

2018-02-08


SFMOMA SAN FRANCISCO MUSEUM OF MODERN ART: NARRATIVA DA CONTEMPORANEIDADE
 

2017-12-20


OS ARQUIVOS DA CARNE: TINO SEHGAL CONSTRUCTED SITUATIONS
 

2017-11-14


DA NATUREZA COLABORATIVA DA DANÇA E DO SEU ENSINO
 

2017-10-14


ARTE PARA TEMPOS INSTÁVEIS
 

2017-09-03


INSTAGRAM: CRIAÇÃO E O DISCURSO VIRTUAL – “TO BE, OR NOT TO BE” – O CASO DE CINDY SHERMAN
 

2017-07-26


CONDO: UM NOVO CONCEITO CONCORRENTE À TRADICIONAL FEIRA DE ARTE?
 

2017-06-30


"LEARNING FROM CAPITALISM"
 

2017-06-06


110.5 UM, 110.5 DOIS, 110.5 MILHÕES DE DÓLARES,
 VENDIDO!
 

2017-05-18


INVISUALIDADE DA PINTURA – PARTE 2: "UMA HISTÓRIA DA VISÃO E DA CEGUEIRA"
 

2017-04-26


INVISUALIDADE DA PINTURA – PARTE 1: «O REAL É SEMPRE AQUILO QUE NÃO ESPERÁVAMOS»
 

2017-03-29


ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE FEIRA DE ARTE
 

2017-02-20


SOBRE AS TENDÊNCIAS DA ARTE ACTUAL EM ANGOLA: DA CRIAÇÃO AOS NOVOS CANAIS DE LEGITIMAÇÃO
 

2017-01-07


ARTLAND VERSUS DISNEYLAND
 

2016-12-15


VALORES DA ARTE CONTEMPORÂNEA: UMA CONVERSA COM JOSÉ CARLOS PEREIRA SOBRE A PUBLICAÇÃO DE O VALOR DA ARTE
 

2016-11-05


O VAZIO APOCALÍPTICO
 

2016-09-30


TELEPHONE WITHOUT A WIRE – PARTE 2
 

2016-08-25


TELEPHONE WITHOUT A WIRE – PARTE 1
 

2016-06-24


COLECCIONADORES NA ARCO LISBOA
 

2016-05-17


SONNABEND EM PORTUGAL
 

2016-04-18


COLECCIONADORES AMADORES E PROFISSIONAIS COLECCIONADORES (II)
 

2016-03-15


COLECCIONADORES AMADORES E PROFISSIONAIS COLECCIONADORES (I)
 

2016-02-11


FERNANDO AGUIAR: UM ARQUIVO POÉTICO
 

2016-01-06


JANEIRO 2016: SER COLECCIONADOR É

 

2015-11-28


O FUTURO DOS MUSEUS VISTO DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO
 

2015-10-28


O FUTURO SEGUNDO CANDJA CANDJA
 

2015-09-17


PORQUE É QUE OS BLOCKBUSTERS DE MODA SÃO MAIS POPULARES QUE AS EXPOSIÇÕES DE ARTE, E O QUE É QUE PODEMOS DIZER SOBRE ISSO?
 

2015-08-18


OS DESAFIOS DO EFÉMERO: CONSERVAR A PERFORMANCE ART - PARTE 2
 

2015-07-29


OS DESAFIOS DO EFÉMERO: CONSERVAR A PERFORMANCE ART - PARTE 1
 

2015-06-06


O DESAFINADO RONDÒ ENWEZORIANO. “ALL THE WORLDÂŽS FUTURES” - 56ÂȘ EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE ARTE DE VENEZA
 

2015-05-13


A 56ÂȘ BIENAL DE VENEZA DE OKWUI ENWEZOR É SOMBRIA, TRISTE E FEIA
 

2015-04-08


A TUMULTUOSA FERTILIDADE DO HORIZONTE
 

2015-03-04


OS MUSEUS, A CRISE E COMO SAIR DELA
 

2015-02-09


GUIDO GUIDI: CARLO SCARPA. TÚMULO BRION
 

2015-01-13


IDEIAS CAPITAIS? OLHANDO EM FRENTE PARA A BIENAL DE VENEZA
 

2014-12-02


FUNDAÇÃO LOUIS VUITTON
 

2014-10-21


UM CONTEMPORÂNEO ENTRE-SERRAS
 

2014-09-22


OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS: Quando a arte entra pela vida adentro - Parte II
 

2014-09-03


OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS: Quando a arte entra pela vida adentro – Parte I
 

2014-07-16


ARTISTS' FILM BIENNIAL
 

2014-06-18


PARA UMA INGENUIDADE VOLUNTÁRIA: ERNESTO DE SOUSA E A ARTE POPULAR
 

2014-05-16


AI WEIWEI E A DESTRUIÇÃO DA ARTE
 

2014-04-17


QUAL É A UTILIDADE? MUSEUS ASSUMEM PRÁTICA SOCIAL
 

2014-03-13


A ECONOMIA DOS MUSEUS E DOS PARQUES TEMÁTICOS, NA AMÉRICA E NA “VELHA EUROPA”
 

2014-02-13


É LEGAL? ARTISTA FINALMENTE BATE FOTÓGRAFO
 

2014-01-06


CHOICES
 

2013-09-24


PAIXÃO, FICÇÃO E DINHEIRO SEGUNDO ALAIN BADIOU
 

2013-08-13


VENEZA OU A GEOPOLÍTICA DA ARTE
 

2013-07-10


O BOOM ATUAL DOS NEGÓCIOS DE ARTE NO BRASIL
 

2013-05-06


TRABALHAR EM ARTE
 

2013-03-11


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS: META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (III)
 

2013-02-12


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS: META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (II)
 

2013-01-07


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS. META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (I)
 

2012-11-12


ATENÇÃO: RISCO DE AMNÉSIA
 

2012-10-07


MANIFESTO PARA O DESIGN PORTUGUÊS
 

2012-06-12


MUSEUS, DESAFIOS E CRISE (II)


 

2012-05-16


MUSEUS, DESAFIOS E CRISE (I)
 

2012-02-06


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (III - conclusĂŁo)
 

2012-01-04


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (II)
 

2011-12-07


PARAR E PENSAR...NO MUNDO DA ARTE
 

2011-04-04


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (I)
 

2010-10-29


O BURACO NEGRO
 

2010-04-13


MUSEUS PÚBLICOS, DOMÍNIO PRIVADO?
 

2010-03-11


MUSEUS – UMA ESTRATÉGIA, ENFIM
 

2009-11-11


UMA NOVA MINISTRA
 

2009-04-17


A SÍNDROME DOS COCHES
 

2009-02-17


O FOLHETIM DE VENEZA
 

2008-11-25


VANITAS
 

2008-09-15


GOSTO E OSTENTAÇÃO
 

2008-08-05


CRÍTICO EXCELENTÍSSIMO II – O DISCURSO NO PODER
 

2008-06-30


CRÍTICO EXCELENTÍSSIMO I
 

2008-05-21


ARTE DO ESTADO?
 

2008-04-17


A GULBENKIAN, “EM REMODELAÇÃO”
 

2008-03-24


O QUE FAZ CORRER SERRALVES?
 

2008-02-20


UM MINISTRO, ÓBICES E POSSIBILIDADES
 

2008-01-21


DEZ PONTOS SOBRE O MUSEU BERARDO
 

2007-12-17


O NEGÓCIO DO HERMITAGE
 

2007-11-15


ICONOLOGIA OFICIAL
 

2007-10-15


O CASO MNAA OU O SERVILISMO EXEMPLAR
 

JÚLIO POMAR. DEPOIS DO NOVO REALISMO

LEONOR VEIGA

2025-05-24




Alexandre Pomar, Júlio Pomar. Depois do Novo Realismo, Lisboa: Guerra & Paz, 2023, 310 pp.

 

Esta monografia sobre o pintor Júlio Pomar (1926-2018) revela um artista completo, que usa todos os meios plásticos e contextuais ao seu dispor, e resistente a categorizações simples. Alexandre Pomar aborda a obra de Júlio Pomar ao longo de oito décadas, cruzando-a com os escritos do e sobre o artista (entre os quais alguns da sua autoria), desde os tempos de estudante até ao final da vida. O livro mostra como Pomar escapa às classificações que vários autores, nomeadamente José-Augusto França, lhe atribuíam (p. 93), sobretudo a relação com o neo-realismo, movimento que teve origem na literatura, que em França se estendeu às artes plásticas. O próprio Júlio Pomar designava-o de “Novo Realismo”, como explicitado no título do livro: em 1953, quando José-Augusto França iniciou um panorama geral da arte portuguesa, Pomar afirmou que “O conteúdo [de uma obra] é a síntese dialéctica entre o tema e a experiência pessoal e vivida do artista” (p. 22). Este posicionamento distancia-o da vertente neo-realista militante – “uma arte do povo, pelo povo e para o povo” – e revela o seu difícil enquadramento dentro dos discursos doutrinários. Pomar, pelo contrário, advoga uma “pesquisa pessoal e vívida” na procura de uma linguagem própria (p. 22).

O livro começa com a “Apresentação” do programa (p. 11-14) – um manifesto de intenções a cumprir ao longo da investigação. Nesta parte, o autor afirma que “O neo-realismo não é o que dele se disse” (p. 11). Explicará mais tarde que este movimento começou em Portugal em 1945, o qual, apesar de abraçado pelo Partido Comunista, era de filiação americana – inspirada nos murais mexicanos resultantes do New Deal que se seguiu à crise de 1929 – e não francesa, mais tardia, a partir de 1948. Esta particularidade resultou do tempo em que o Portugal metropolitano e neutral, durante o conflito mundial, fora submerso de propaganda cultural por parte dos americanos (p. 145). Alexandre Pomar afirma que “Quase tudo aconteceu na obra de Pomar depois do neo-realismo” (p. 11), que durou apenas uma década (1945-1955). A sua intenção maior é libertar o legado de Júlio Pomar das “habituais sínteses historiográficas” (p. 23), dedicando-lhe os primeiros cinco capítulos do livro. Nestes, cruza elementos biográficos com escritos, caracteriza o panorama nacional político e artístico, recupera informação ignorada para proceder a outras correcções históricas, e mostra a importância de outras cidades, sobretudo o Porto (e Évora) para a afirmação de uma geração de artistas portugueses, sempre divididos ideologicamente. É neste contexto que Júlio Pomar se situa nos interstícios dos grupos, algo que é mostrado através da sua amizade com Fernando Lanhas, que recorda como “o mais generoso dos meus camaradas de ofício e na real prática deste com quem mais aprendi. Ele católico de confissão, eu todo marxista para os íntimos” (p. 125). 

A partir do capítulo 6, o livro distribui-se por temas: os frescos da Batalha, recentemente recuperados, os retratos, as exposições dentro e fora do país, a obra gráfica, o Brasil, a sua ligação à literatura (inter)nacional e a sua relação com os seus pares. O autor adicionou dois Anexos, um, com textos de Júlio Pomar e outro, de correspondência com artistas, como Paula Rego e Mário Dionísio – crítico de arte e artista que sempre identificou a singularidade de Pomar no panorama nacional.

Sem pretensões nem exageros, o livro mostra como Júlio Pomar foi um artista de matriz internacional, embora toda a obra se encontre coleccionada em Portugal (p. 162 e 179). É provável que da ausência de obras no estrangeiro – sobretudo em Paris, onde viveu entre 1963 e 1974 e expôs várias vezes, e no Brasil, através de participações na Bienal de São Paulo e de viagens nos anos 1980 – resulte alguma descontinuidade discursiva sobre Júlio Pomar. O autor refere “um longo hiato [..] sem se ver o seu trabalho em continuidade” (p. 171), a sua despreocupação em se internacionalizar de forma mais constante (p. 179), algo que associa ao facto de que lhe “Interessava mais a pintura a fazer do que expô-la” (p. 197).

O capítulo 1, Pomar, 1942-1968, é o mais biográfico. A sua leitura transmite três ideias principais: 1) Júlio Pomar é dotado de um traço que não deixa ninguém indiferente, o que leva Mário Dionísio, em 1945, a perguntar: será “O princípio de um grande pintor?” (p. 25); 2) Júlio Pomar é um teórico que em jovem vive a arte de uma forma política. A partir de 1943, escreve para jornais e revistas (entre eles, O Comércio do Porto e Vértice) sobre a actividade artística dos seus pares, publicando pensamentos acerca de “uma arte útil e enérgica” de intervenção social (p. 28). Em 1953, “sem haver razão conhecida” (p. 42-43), esta actividade é abandonada. Subentende-se alguma necessidade de se proteger, dado que a esperança no fim do regime depois do conflito mundial – período em que Portugal viveu um certo cosmopolitismo – ter terminado e os artistas se terem refugiado “em soluções formais que começa[m] a sobrepor-se ao vigor do conteúdo” (p. 43); e 3) Júlio Pomar é uma pessoa que encontra inspiração na vida. Do ponto de vista do pensamento é alguém ideologicamente voltado para a vanguarda militante e de intervenção social (p. 20), enquanto que do ponto de vista referencial se centra na “informação sobre a criação contemporânea [...] de origem norte-americana e também latino-americana” (p. 20). Desta combinação surgirá um artista desenvolto, apreciado internacionalmente e em Portugal a partir de 1960.

O segundo capítulo, Os Anos 40 na Arte Portuguesa, apresenta uma reflexão cuidada sobre a permanência discursiva no panorama nacional em torno “da geração que publicamente se afirmou nos anos 40” (p. 55). Segundo o autor, existiam duas tendências em simultâneo: uma, independente e marginal (p. 56-63) e outra, de gosto oficial (p. 53-56), que fez doutrina depois da exposição na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1982. Esta apresentou a década de 1940 como tendo começado com a Exposição do Mundo Português e terminado com a “exposição de Janeiro de 1952 na Casa Jalco”, de matriz surrealista. Alexandre Pomar considera que esta interpretação retira vigor ao panorama português, que continha também as “Exposições Independentes”, fora do binómio Salões de Propaganda Nacional (SPN-SNI) e da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA), e onde, pela primeira vez, se afirmaram tendências, como o abstraccionismo (p. 62). Revela ainda o caso da exposição de 1942, “num quarto alugado como atelier, à Rua das Flores”, onde Pomar vende um quadro (p. 59). Esta exposição e a sua contribuição são vitais para a arte que virá a definir a década de 1940 e por isso dedica-lhe o capítulo 4, Rua das Flores, 1942.

O capítulo 3, Realismos entre as Américas e Paris, coincidindo com a fase mais produtiva da escrita de Pomar, dedica-se sobretudo às suas reflexões teóricas e à relação com a cena internacional. Aqui conhecemos um Júlio Pomar erudito, que comenta a arte dos artistas mais reputados da época, como Picasso, Moore ou Matisse (p. 76-82). O interesse de Júlio Pomar pelo modernismo mundial revela-se sempre crítico e informado.

O capítulo 4, Rua das Flores, 1942, é dos mais significativos para a proposta apresentada – um Júlio Pomar para além do novo realismo. Apresenta um acontecimento sui generis: uma exposição em que participaram cinco artistas e que “atraiu as figuras que frequentavam A Brasileira” (p. 87) e onde o jovem Júlio Pomar, um dos artistas, fez sensação (p. 88). A efemeridade do evento sugere uma atitude próxima das vanguardas internacionais de espírito dadaísta, continuada nas exposições independentes, também ignoradas pela história de arte moderna portuguesa.

O capítulo 5, Geração de 45, traça o percurso de Pomar e dos seus colegas. O autor mostra como “A cidade do Porto é a base dos acontecimentos,” mas a história, escrita a partir de Lisboa, refuta-lhe esse lugar (p. 93). A centralidade na Invicta prende-se com a organização das Exposições Independentes pelo Grupo de Estudantes de Belas-Artes do Porto (GEBA) (a que se lhes juntam estudantes de Lisboa, entre os quais Júlio Pomar), e com a Exposição de Primavera a partir de 1946 (p. 101). Évora surge também como central para o panorama da arte moderna portuguesa, já que, por iniciativa da Academia Nacional de Belas-Artes, ali se deslocavam anualmente os finalistas das Belas-Artes de Lisboa e do Porto (p. 97). Com este capítulo, o livro muda de tom e passa a dedicar-se a aspectos mais precisos da actividade e do legado de Júlio Pomar.

O capítulo 6, Cinema Batalha, A Aventura dos Frescos, narra a história dos frescos do Cinema Batalha, da sua autoria, recuperados em 2022. Esta encomenda mostra como nos anos 1940 o vigor da modernidade se fazia sentir no Porto e como o jovem artista de Lisboa, ainda bastante politizado, foi perseguido, demitido do seu emprego e preso (p. 103). Isto, apesar de o teor da obra ser decorativo e não político (p. 35). 

O capítulo 7, XVI Desenhos, Retratos, fala da primeira exposição individual no Porto em Setembro de 1947 onde expõe desenhos feitos na prisão do Forte de Caxias. No catálogo, o prefácio de Mário Dionísio sugere independência ideológica de Pomar em relação ao neo-realismo (p. 112). O capítulo 8, As EGAP – um Grande Comício sem Palavras, transporta-nos para a importância da resistência “que a Sociedade Nacional de Belas-Artes acolheu de 1946 a 1956” (p. 114). Considera Alexandre Pomar que a memória histórica das EGAP seja vista como uma “luta pela afirmação do Movimento Moderno” e propõe a necessidade de se estudar o lugar da fotografia nestas exposições em futuros projectos académicos (p. 117). O capítulo 9, Trocas, Mercado, Colecções, 1945-1950, aborda as trocas de trabalhos entre Pomar e Fernando Lanhas, Victor Palla, Mário Dionísio e João Abel Manta até aos anos 1990. Estas relações permitiram completar o restauro dos painéis da Batalha, encontrar registos desconhecidos do mercado de arte (p. 123) e finalizar as fases iniciais da actividade de Júlio Pomar.

No capítulo 10, Marcha, 1952. Rever o Neo-Realismo, Alexandre Pomar propõe que a pintura Marcha (1952), nunca exibida, seja utilizada para rever o pensamento do artista. Propositadamente mantida em segredo até aparecer no Catálogo Raisonné de 2004, Marcha revela um conteúdo político claro. E pode restabelecer a intenção inicial do artista em desenvolver uma arte de realismo social interventivo, projecto que abandona por completo em 1955. No capítulo 11, Vanguardas Realistas, Alexandre Pomar faz a síntese da história das tendências mundiais e das suas manifestações em Portugal com vista à valorização da arte moderna.

O capítulo 12, Tapeçarias de Portalegre, “...Criar Conforto e Encanto”, revela um modernismo aplicado no panorama português a partir de 1946. Agora, seguindo o modelo francês, a modernidade discursiva aliava-se à tradição. Este vigor permitiu a muitos artistas viverem através de encomendas de obras vistas como decorativas, mas onde se cruzavam tendências abstractas de Mondrian e de De Stijl com o realismo da arte mural mexicana (p. 151). E embora as tapeçarias de Portalegre mais conhecidas de Júlio Pomar sejam já da década de 1990, o artista participa no concurso das tapeçarias do salão nobre da Gulbenkian em 1967 (p. 153).

O capítulo 13, dedicado à Obra Gráfica/Estampas. Itinerário, Inventário, constitui um resumo das temáticas que sempre acompanharam Júlio Pomar: o Povo, a Festa, Eros, Animais Sábios e Ficções, que vão sofrendo mudanças ao longo das décadas. A estas Alexandre Pomar acrescenta o Retrato (p. 155). Para o autor, os temas sobrepõem-se às escolhas técnicas que passam pela gravura em linóleo, a xilogravura, a têmpera, o fresco, entre outros media, que Pomar usou durante a sua longa carreira. O capítulo está dividido em duas fases: 1951-1963, a fase portuguesa, e 1974-2000, a fase global. O ano de 1960 aparece como charneira, quer técnica, quer pessoal: técnica, porque a gravura começa a ser executada neste ano, e pessoal, porque a partir de 1960 Júlio Pomar passa a gozar de uma reputação em Portugal que lhe permitirá viver do seu trabalho artístico (p. 162).

Anos Pop, o capítulo 14, aborda uma fase pouco explorada da actividade de Júlio Pomar, quer pelo próprio, quer pela crítica. Esta é, no entanto, uma fase bem demarcada de actividade entre 1967 e 1976. Resultantes da sua estadia em Paris, nela trabalha temas como os Beatles e o Catch, a luta livre francesa (p. 166-9).

A partir dos anos 1980, Júlio Pomar interessa-se, e muito, pelo Brasil. Esta história é relatada no capítulo 15, Do Brasil – Goiás e Xingu, Brasília, 1986-90 a 2004. O artista torna-se etnógrafo e no seu trabalho entram temáticas de cariz antropológico, como as observações dos Índios que desenha de memória (p. 173). O artista afirma que se deixou fascinar por aquele país, não pelas semelhanças com Portugal, mas pela intensidade das invenções locais, “marca de vitalidade” cultural (p. 175). Estas deslocações e estes contactos originaram longos ciclos de produção que durariam até 2004.

No capítulo 16, Retratos, Anos 70 e 80 (e 2000), o autor mostra como, a par dos temas que Júlio Pomar trabalha a vida toda, o (Auto)Retrato tem um lugar primordial na sua vasta obra. Há o ciclo Pop dos anos 1970 (p. 183-186), o retrato literário dos anos 1980, onde se contam alguns dos seus quadros mais conhecidos (p. 186-187), e os retratos de personalidades e amigos que o viriam a ocupar a partir de 2000, quando começa a desacelerar o seu ritmo de vida (p. 188). 

Os últimos dois capítulos, 17 e 18, referem-se sobretudo ao conteúdo da obra de Júlio Pomar. Aqui, Alexandre Pomar realça a relação do artista com a literatura e as várias fases que daí resultaram. Uma delas, a de Pintura de História, está abordada no capítulo 18. Podemos entender que Pomar sempre cruzou os temas de eleição – o Povo, a Festa, Eros, Animais Sábios e Ficções – com a literatura e daqui resultam várias possibilidades, umas mais abundantes, como Ulisses, fundador de Lisboa, e outras mais breves, como macacos e porcos antropomórficos (p. 212).

Este livro, excepcional no contexto português, é de louvar pela proposta de reler e de resgatar da meta-narrativa dominante a obra de um artista singular. A forma como está escrito, próximo da narrativa linear, faz com que seja de interesse para um público mais vasto e não especializado. No entanto, constitui um importante instrumento para o público especializado, podendo ser apenas o primeiro de muitas obras monográficas que urge fazer em Portugal. O formato, entre o registo académico e o registo literário, é actual e transversal, permitindo a todos os que querem conhecer mais do universo artístico português de antes e depois do 25 de abril do ponto de vista de um artista único, que penetrou todos os contextos, e sempre se manteve igual a si próprio – mesmo quando isso não lhe convinha.

 

 

Leonor Veiga
Investigadora convidada no Centre for Arts in Society da Universidade de Leiden (LUCAS), é historiadora de arte e curadora residente em Montpellier, França. Investigadora integrada no Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes (CIEBA), foi investigadora e docente na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2020–2023). Obteve o seu doutoramento na Universidade de Leiden (2018) com a dissertação The Third Avant-garde: Contemporary Art from Southeast Asia Recalling Tradition, actualmente em processo de edição.