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COLECCIONADORES NA ARCO LISBOACATARINA FIGUEIREDO CARDOSO2016-06-24 A partir daqui este artigo foca exclusivamente as conversas sobre coleccionismo que decorreram dias 26, 27 e 28 às 16 horas. O moderador das três sessões foi Miguel von Hafe Pérez, curador independente que entre Dezembro de 2009 e Dezembro de 2014 foi director do Centro Galego de Arte Contemporánea e presença habitual na Arco Madrid. A informação sobre as razões que conduziram à organização destes debates foi muito reduzida. Apenas no programa on-line é explicado que «Pela mão de colecionadores portugueses, como Miguel Leal Rios e Armando Cabral, o colecionismo privado de arte contemporânea em Portugal estabelecerá um diálogo com colecionadores internacionais, com os quais partilham a paixão, interesses e dúvidas» [1]. Tais razões podem, naturalmente, ser deduzidas dos títulos de cada debate. No entanto, título e conteúdo nem sempre coincidiram. E sobretudo, a similitude dos conteúdos não justificou as diferentes denominações.
Os oradores nesta primeira sessão foram Miguel Leal Rios, Frédéric de Goldschmidt e Julia Mullié. Miguel Leal Rios é o director da Fundação Leal Rios [2], que criou com o seu irmão Manuel. A coleção é de arte e design (Miguel é designer). A colecção e a fundação são financiadas pelos dois irmãos, certamente sobretudo por Manuel Leal Rios, economista com negócios em vários países lusófonos [3]. Frédéric de Goldschmidt(-Rothschild) vive em Bruxelas, e começou a coleccionar há pouco tempo. Considera natural coleccionar pois a sua é uma família de coleccionadores. Referiu sobretudo uma avó que não identificou, talvez Marie-Anne von Goldschmidt-Rothschild (von Friedländer-Fuld). Comprou um prédio perto da sua casa onde tem guardada a colecção, que abre durante a Art Brussels. Pensa fazê-lo com maior regularidade em breve. Sendo um Goldschmidt-Rothschild, com os seus próprios negócios e recente herdeiro da produtora Madeleine Films do seu pai Gilbert de Goldschmidt, não tem preocupações de dinheiro e as suas fontes de financiamento são óbvias e genericamente conhecidas. A terceira participante foi Julia Mullié, uma estudante de história da arte com 21 anos que começou a coleccionar com 13, e está a construir uma colecção com o namorado, Nick Terra, também estudante de história da arte, que começou a coleccionar com 14 anos. A sua intervenção foi refrescante pois relatou a experiência de uma coleccionadora com poucos meios e uma casa pequena, falou das dificuldades por que passam para adquirirem uma peça, que fica encaixotada ao lado da mesa de jantar por não terem onde a colocar enquanto o casal come sopa durante vários meses para a poder pagar. Sobre a exposição pública da colecção não tinha muito a dizer. Mostra as peças aos amigos que vão a sua casa e manifesta disponibilidade para emprestá-las para exposições. A presença de Julia Mullié foi ainda relevante por ser a única mulher coleccionadora a participar nas três sessões. A outra mulher foi Ana Jotta, no último dia, e na qualidade de artista. Aliás, a presença das mulheres nestas sessões de coleccionadores foi muito reduzida: também no tocante a artistas nomeados ou mostrados, a esmagadora maioria foi homens. A importância das colecções é secundária: cada coleccionador falou dos seus artistas como sendo importantes, ou não os teriam acolhido nas suas colecções. Limitaram-se, aliás, a repetir entrevistas recentes publicadas no site “Independent Collectors” [4]. Mullié, uma coleccionadora modesta, tem a sua entrevista no site propriamente dito [5]. Leal Rios e Goldschmidt são apresentados no “BMW Art Guide by Independent Collectors”, destinado a coleccionadores que apresentam publicamente as suas colecções. A entrevista de Frédéric de Goldschmidt é de 2015 [6], enquanto a de Miguel Leal Rios foi colocada on-line uns dias antes da Arco Lisboa, em meados de Maio de 2016 [7]. Para além do “Independent Collectors”, a razão da escolha destes coleccionadores terá sido geracional, de uma jovem a um senhor de 60 anos, passando por um homem de meia idade. Pode também ter sido a diversidade de origem dos coleccionadores; nos dois dias seguintes participaram mais três portugueses e um espanhol. A primeira sessão teve um componente que gerou alguma expectativa, as “agentes provocatrices”. No entanto, o modelo não funcionou pois os coleccionadores ou não responderam às perguntas, ou limitaram-se a assentir ou a rejeitar sem mais explicações. Adelaide Duarte, historiadora de arte especializada em colecções e coleccionadores, perguntou sobre o papel dos coleccionadores no mundo da arte, se são as novas instâncias de legitimação. E se os participantes separam o amor à arte do valor da arte. Só Leal Rios respondeu: confirmou que se vê como um legitimador, e que não pensa no valor das obras que adquire. Será natural que Goldschmidt e Mullié tenham ignorado a pergunta: o que é evidendente à escala portuguesa (o peso no mercado de arte contemporânea de coleccionadores como os Leal Rios, António Cachola, e os outros coleccionadores portugueses que participaram nas sessões seguintes) não faz sentido num mercado rico e diversificado como é o franco-belga (a importância de Goldschmidt parece advir dos seus apelidos) ou o holandês, em que o casal Mullié-Terra despertará curiosidade e ternura mas em que são players insignificantes. Já Celina Brás, fundadora e editora da revista digital Contemporânea, fez uma pergunta relevante: se os intervenientes seguem “regras de ouro” éticas quando adquirem as suas obras. Todos responderam que não haviam pensado no assunto. A questão é absolutamente pertinente. Em príncipio não se colocam problemas éticos na aquisição de arte; estão em causa apenas o artista e a obra, e uma moral transcendental [8]. Mas a praxis do artista pode não ser ética, se desrespeita direitos humanos na produção da obra, como recorrer a trabalho escravo ou à pornografia infantil. Podem colocar-se questões ecológicas, se o artista mata animais para produzir a obra, ou se utiliza componentes tóxicos, ou se a própria obra provoca danos ambientais (obras de Land Art na floresta amazónica ou nos glaciares…). E a questão é absolutamente pertinente num aspecto específico dos coleccionadores, o do empréstimo das suas obras. Vão emprestá-las a qualquer museu ou galeria? Por exemplo, de um país que não respeita os direitos humanos? Celina Brás colocou outra quesão importante, esta para a construção da colecção: se aceitam a influência de outro olhar na construção da colecção, subentendido como um curador. Os três responderam que não, embora tenham concordado com Miguel von Hafe que não rejeitam um texto de catálogo ou uma escolha por alguém de fora para a realização de uma exposição, por exemplo. Ou seja, a escolha das peças é apenas deles, a legitimação é dada depois pelos curadores que trabalham com a colecção ou pedem peças para exposições.
Esta segunda sessão foi composta por depoimentos de Armando Cabral e Carlos Rosón Gasalla. Carlos Rosón é um arquitecto galego, de Pontevedra, onde instalou uma fundação com a sua colecção, a Fundación Rosón Arte Contemporáneo (RAC) [9], que em 2009 recebeu o prémio da Arco para a melhor colecção institucional [10]. Até 1997 comprava arte espanhola, mas a partir dessa altura passou a dedicar-se sobretudo a arte internacional. Criou a fundação em 2007 para poder participar no processo criativo dos artistas: a fundação encomenda obras, projectos específicos para o seu espaço ou para serem nele apresentadas pela primeira vez, a artistas de todas as origens, com o constrangimento de deverem estar relacionadas com o lugar onde a fundação se situa, a Galiza. A fundação foi ainda uma forma de proteger a colecção dos filhos: Rosón contou que um dos dois filhos, então com 12 anos, quis saber o valor da colecção para não ser enganado quando um dia a quisesse vender. Armando Cabral integrou a comissão de honra da Arco Lisboa na qualidade de director da McKinsey Lisboa, e não na de coleccionador, ao contrário de outros coleccionadores, como Joe Berardo, Miguel Leal Rios, António Albertino, António Cachola, Armando Martins, José Carlos Santana Pinto, Paulo Pimenta, e José Correia de Lima (catálogo da Arco Lisboa, p. 16) [11]. Apenas homens, mais uma vez. Presentemente, Cabral é o director da consultora McKinsey em Angola. Cabral informou que começou a coleccionar há sete anos, que vive a compra de obras de arte como uma obsessão, e contou como a sua vida (a casa, as viagens) é condicionada pela colecção. Contou alguns episódios relacionados com a aquisição de obras. À crítica dirigida aos coleccionadores de que nas suas mãos a obra desaparece para o mundo, responde com a disponibilidade para emprestar as peças para exposições. No entanto, não lhe agrada mostrar a colecção; irrita-o mostrar arte a ignorantes. Por isso não está disposto a criar uma fundação com as restrições que tal estatuto impõe, como o acesso livre ao espaço expositivo. O futuro da colecção não o preocupa, só não quer deixá-la como um peso aos filhos. O seu depoimento foi o vívido retrato de um coleccionador apaixonado. O debate prosseguiu em torno do empréstimo das peças. A galerista Cristina Guerra perguntou se algum dos coleccionadores cobrava uma contrapartida em dinheiro (fee) pelo empréstimo das obras. Ambos negaram fazê-lo e criticaram a prática. Cabral referiu os cuidados e preocupações com o empréstimo das peças, os problemas decorrentes de transporte, acondicionamento, montagem e desmontagem e condições de exposição. Guerra reagiu com a exigência de seguros, como se a mera contratação de um seguro impedisse o mau manuseamento das obras, ou uma indemnização equivalesse à obra destruída. A questão estava desenquadrada, mas ilustra a tensão entre o coleccionador e o galerista, o amador e o comerciante.
A última sessão de coleccionadores foi dedicada a Pedro Torcato Álvares Ribeiro, que se apresentou sob o seu pseudónimo de colecionador, Peter Meeker. Ribeiro/Meeker disse umas verdades óbvias sobre o cuidado a dedicar às obras da colecção: cuidar é uma responsabilidade, é cuidar da memória, preservar a memória para as gerações futuras. E passou a mostrar peças da colecção, composta sobretudo por artistas portugueses da geração que começou a produzir nos anos 1980, com alguns artistas polacos devido a circunstâncias da vida do colecionador: Pedro Torcato Álvares Ribeiro é um alto quadro do banco Millenium BCP, responsável pela operação do banco na Polónia entre 2000 e 2003, e é desde 2007 presidente da direcção da Fundação Cupertino de Miranda em representação do mesmo Millennium BCP [12]. A colecção de Meeker/Ribeiro foi, pois, o objecto exclusivo desta última sessão sobre coleccionadores na Arco Lisboa. O coleccionador exibiu várias imagens de obras, e passou a palavra a Ana Jotta, que participou na sessão na qualidade de artista e comentou obras suas que integram a colecção Meeker/Ribeiro. Ana Jotta não perdeu a oportunidade para criticar o sistema da arte, sobretudo as feiras, que não lhe interessam por não ser coleccionadora nem galerista. O que acentuou a incongruência da sua participação num conjunto de eventos anunciados como um diálogo de coleccionadores portugueses com coleccionadores estrangeiros. Miguel von Hafe puxou a questão da exposição da colecção: durante o mês de Maio foi anunciado o protocolo entre a Câmara Municipal do Porto e a Associação Vivercidade (presidida por Pedro Torcato Álvares Ribeiro) para a instituição de um centro de arte contemporânea no Palacete Ramos Pinto e no Parque de São Roque da Lameira. De acordo com a imprensa, o edifício foi avaliado em pouco mais de um milhão de euros, e a sua renda anual deveria ser de cerca de 42.500€ anuais; sendo apenas de 2.000€, o apoio da Câmara Municipal do Porto ao novo museu é de cerca de 40.500€ anuais. A Vivercidade compromete-se a recuperar o edifício e o parque, e a, durante 15 anos, manter em funcionamento um museu de arte contemporânea, com exposições permanentes e temporárias, e o acesso ao parque [13]. O coleccionador sublinhou que a gestão do espaço cultural será da sua exclusiva responsabilidade, e manifestou preocupação com as suas relações com a Fundação de Serralves. Com efeito, parte da sua colecção está depositada no Museu de Serralves, identificada como “Colecção Peter Meeker”. E o coleccionador insistiu na vontade de manter boas relações com a Fundação de Serralves, incluindo a organização de programas coordenados das duas instituições. E realçou que o seu novo museu será dedicado à arte portuguesa contemporânea. O que nos conduz ao paradoxo que perpassou todas as intervenções. Miguel von Hafe debateu com cada um dos intervenientes o estatuto nacional ou internacional da sua colecção. Disseram todos a mesma coisa: a sua colecção é internacional, não faz sentido distinguir arte nacional e arte internacional. Viajam imenso, acompanhando o programa das feiras, participando em conversas como as presentes, seguem os seus artistas por todo o lado, emprestam as peças da sua colecção a museus e galerias de todo o mundo. No entanto, as suas colecções são formadas por artistas que lhes estão próximos. Podem ser artistas internacionais (eufemismo para estrangeiros num mundo que se quer global como o da arte) mas vivem ou estudaram em Bruxelas e Amsterdão, são ibéricos ou das ex-colónias respectivas, estão nos países onde os colecionadores viveram por razões profissionais. Por isso a maioria dos artistas presentes nas colecções de Miguel Leal Rios, Armando Cabral e Pedro Torcato Álvares Ribeiro são portugueses, os de Carlos Rosón são espanhóis ou latino-americanos e criam obras tendo a Galiza como referente. As colecções com mais artistas internacionais são as de Frédéric de Goldschmidt e de Julia Mullié, a julgar pelos nomes. Mas vivendo um entre Bruxelas e Paris e a outra em Amsterdão, não será de admirar que muitos dos artistas estrangeiros estejam na verdade radicados ou de outra forma ligados aos países em causa. Ademais, Ribeiro/Meeker foi muito claro: a arte é internacional, a sua colecção também, mas o importante é poder mostrar arte portuguesa aos estrangeiros. Secundava, aliás, o antes afirmado por Miguel von Hafe: uma das coisas que os estrangeiros comentam é não conseguirem ver as obras dos artistas portugueses dos últimos 30 ou 40 anos. O acervo do Museu do Chiado não é de arte contemporânea, o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian e Serralves só mostram artistas estrangeiros e exposições temporárias. Ou seja, parece que a justificação do museu de Ribeiro/Meeker está na colmatação de uma falha da oferta turístico-cultural… Talvez ficasse melhor a estes colecionadores portugueses assumirem que a sua aposta, o seu interesse, são os artistas portugueses, em vez de proclamarem um internacionalismo para o qual, pura e simplesmente, não têm dinheiro. Com efeito, as peças de artistas estrangeiros nas três colecções portuguesas apresentadas na Arco aparecem como recordações dos percursos das vidas dos coleccionadores, como é próprio das colecções. No entanto, os núcleos importantes das mesmas são os dos artistas portugueses. O internacionalismo apregoado parece destinar-se a dar nota da existência de nomes com circulação internacional nas colecções, pois os artistas portugueses tendem para a invisibilidade fora de portas. Ora, estes colecionadores poderiam fazer alguma coisa para contrariar a situação, assumindo que as suas são colecções consistentes de artistas portugueses e promovendo-as como tal nos fora onde têm voz.
Os três debates foram palco de coleccionadores a falarem das suas colecções, ou seja, a falarem de si mesmos. A experiência de coleccionar, o cuidado com as obras, e a partilha das obras pela sua apresentação pública foram temas decantados pelos seis coleccionadores. A voz dissonante, a certo momento, foi a de Armando Cabral, ao assumir não gostar de mostrar a sua colecção, depois de num momento inicial ter falado com aparente entusiasmo no empréstimo das suas obras. As conversas de coleccionadores são tendencialmente monótonas: a razão da escolha da colecção, o amor e a relação com as peças, as dificuldades na sua obtenção (económicas e a rivalidade com outros coleccionadores são os tropos), a vivência com as peças, a relação da família com a colecção, o destino da colecção após a morte do coleccionador. Diferem o tipo de colecção a que se dedicam e o dinheiro que podem gastar na sua aquisição e manutenção. Quanto à distribuição dos coleccionadores pelas sessões, Rosón deveria ter estado na primeira pois a sua colecção tem acesso público, trocando com Julia Mullié cuja colecção só pontualmente é mostrada, tal como a de Armando Cabral. A última sessão não se enquadrou de todo no propósito anunciado de diálogo entre coleccionadores portugueses e estrangeiros, pois todos os participantes são portugueses, Ana Jotta não é coleccionadora, e Pedro Torcato Álvares Ribeiro o que fez foi apresentar o seu futuro museu; deveria ter tido uma apresentação como a do MAAT-Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia da Fundação EDP, que decorreu no Domingo. A Arco Lisboa, ao menos no que toca a coleccionadores, não conseguiu ultrapassar o provincianismo que decorre de ser um anexo da Arco Madrid. Os coleccionadores portugueses de arte contemporânea são poucos e os mais famosos estavam em Lisboa tal como estão todos os anos em Madrid; António Cachola havia sido premiado nessa qualidade, em Fevereiro, na Arco principal. Miguel von Hafe e Carlos Rosón são também presenças habituais em Madrid. Dos coleccionadores e galeristas relevantes só faltaram Arlete Alves da Silva e Rui de Brito; são conhecidos e antigos os problemas entre a Arco e a Galeria 111, que é excluída da representação portuguesa desde, talvez, 2007. Por isso, face ao reduzido universo dos coleccionadores portugueses de arte contemporânea “clássica” (a pintura, a escultura, alguma fotografia, o vídeo, etc.), que apelam ao poder económico, talvez valesse a pena explorar colecções de arte contemporânea em outros suportes ou meios (o desenho, a cerâmica, o vidro, os livros de artista, os materiais impressos, os têxteis) menos valorizados, ou debater questões relacionadas com a preservação das colecções por particulares. Como a interessante questão colocada a Armando Cabral sobre os seus vídeos que correm o risco de ficar invisíveis devido à obsolescência tecnológica dos suportes; o fatalismo de Cabral face a essa inevitabilidade, e outras afirmações menos politicamente correctas nas suas intervenções, fizeram dele o orador mais estimulante. A avaliação geral destes debates não é positiva. As três sessões foram mal definidas, os temas são monótonos tal como as perguntas e intervenções do moderador; vê-se bem que Miguel von Hafe, como o próprio não se cansou de repetir, não é coleccionador. A importância dada a um coleccionador isolado deveria ter sido assumida, ao invés de mascarada por uma não questão: a pessoa que não cuida da sua colecção, que por omissão ou acção a destrói, não é um coleccionador. A sessão deveria ter sido simplesmente dedicada à apresentação do novo museu de arte contemporânea portuguesa no Porto. No fundo, estes debates farão sentido? Os coleccionadores gostam de falar de si mas as suas histórias são idênticas. Só interessa conhecer os seus segredos, ou seja, como adquirem as obras, quais são e onde as guardam. O resto é irrelevante.
Notas [1] http://www.ifema.es/arcolisboapr_01/Actividades/index.htm
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