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:: REVELADOS OS VENCEDORES DA 4.ª EDIçãO CONCURSO CAIXA PARA JOVENS ARTISTAS

Artecapital

2025-12-17



 

Acabam de ser divulgados os seis nomes vencedores do 4.º Concurso Caixa para Jovens Artistas 2025.

Blac Dwelle, Diogo Nogueira, Lou Vives, Francisca Valador, Maria Paz Aires e Beatriz Brum são os seis nomes vencedores do concurso destinado a artistas com idades compreendidas entre os 25 e os 32 anos. No âmbito deste concurso, são adquiridas obras deste conjunto de artistas num valor global de 48.000€, que passam a integrar a Coleção de Arte Contemporânea da Caixa Geral de Depósitos.

As candidaturas decorreram durante os meses de junho e julho de 2025, sendo a decisão relativa aos nomes vencedores tomada pela Comissão de Aquisições da Coleção da CGD, composta por Emílio Rui Vilar, Catarina Rosendo, Nuno Faria, António Cachola, e Santiago Macias.

A Culturgest - Fundação Caixa Geral de Depósitos é, desde 2006, responsável pelo estudo, gestão, divulgação e conservação de cerca de 1900 obras de arte da Coleção da Caixa Geral de Depósitos, incluindo pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo, instalação e gravura. Como gestora designada da Coleção da CGD, a Culturgest é também responsável pela elaboração da política de aquisições e pela sua execução criteriosa.

A Coleção da Caixa Geral de Depósitos espelha uma contemporaneidade abrangente e inclusiva. O Concurso Caixa para Jovens Artistas abre portas às gerações mais novas com o objetivo de promover a sua consolidação e qualificação.

Mais informação sobre a Coleção em https://www.culturgest.pt/pt/colecao.

 

Sobre os artistas

 

 

Kutchí II, 2024. Escultura em cimento e argila, 109 x Ø59 cm
 


BLAC DWELLE (1993, Portugal)

Ricardo Piedade aka Blac Dwelle @blac_dwelle Blac Dwelle é de origem cabo-verdiana. Com formação profissional em Design Gráfico pela ETIC – Escola de Tecnologia, Inovação e Criação, tem vindo a desenvolver, desde 2014, uma prática artística focada principalmente em escultura, pintura e desenho. Combinando elementos figurativos e abstratos, a sua linguagem visual revela o seu gosto em explorar cores e formas, padrões e elementos. As suas obras imbuídas de uma relevante, mas subtil, carga simbólica, colhem inspiração em referências das artes e culturas tradicionais africanas, onde tem as suas raízes, mas também de culturas indígenas, civilizações antigas e da arquitetura vernacular. As suas composições em madeira - que partem de um esboço e ganham forma através do exercício da carpintaria e uma engenhosa conexão de elementos díspares - exploram com frequência o motivo da máscara como veículo de expressão e libertação, simbolizando uma “ocultação da verdadeira identidade, a transgressão e quebra de padrões, uma espécie de exaltação do ser humano e do que esconde dentro de si”.

 

 

Mais brincadeiras na relva, que é o que queremos, 2025. Acrílico sobre lona publicitária, 240 x 200 cm
 

DIOGO NOGUEIRA (1999, Porto, Portugal)

Diogo Nogueira vive e trabalha entre Paris e Porto. A sua prática artística desenvolve-se entre pintura, desenho, cerâmica e instalação, explorando temas como celebração, erotismo, adoração e protesto. Num registo simultaneamente poético e político, as suas obras dão corpo a mitologias queer e coletivas, construindo imagens como catalisadores para rituais partilhados, entre o humor e a reinvenção identitária. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e pós-graduado pela ESAD das Caldas da Rainha. Atualmente conclui o diploma em Artes Plásticas na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris. Desde 2018, expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro. Entre as suas exposições individuais mais recentes destacam-se: Para Todos Vocês Com Fantasias, Galeria Municipal de Almada, 2025; encontro inesperado, Galeria Graça Brandão, Lisboa, 2024; e Queremos Tudo, Galeria Presença, Porto, 2024. Em contexto coletivo, apresentou obras no CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Centro de Arte Oliva em São João da Madeira, Bienal de Arte Contemporânea da Maia, Espaço Mira no Porto, Academia de Belas Artes de Buenos Aires e Galeria Nonada, em São Paulo. Em 2024, foi distinguido com o Prémio Portuguese Emerging Art (PEA), e recebeu uma Bolsa Gulbenkian de Formação em Artes no Estrangeiro. A sua obra integra diversas coleções públicas e privadas, incluíndo a Fundação Calouste Gulbenkian, Coleção Municipal do Porto, Coleção Norlinda e José Lima e Fundação Bienal de Arte de Cerveira. Paralelamente, desenvolve projetos de arte-educação e colabora em contextos de residência artística, como no Museu do Côa (2024) e no Fórum da Maia (2023). É também membro do Clube de Desenho e cofundador do projeto independente O Bueiro.

 

Drummer #2, 2024. Colagem e litografia em papel, 65 x 49 x 5 cm

 

LOU VIVES (1999, Portugal/Espanha)

O trabalho de Lou Vives é uma tentativa de relembrar — um processo que descreve como “reconhecer que minha vida foi vivida por muitas pessoas”. Através do ritmo e da improvisação, a sua prática torna-se uma investigação comovente sobre a transitoriedade, alimentando a nostalgia e explorando o poder da poética queer na recuperação do efêmero.
Lou Vives trabalha com linguagem, performance e desenho. Atualmente reside em Amsterdão, Países Baixos. Formou-se no departamento de Imagem em Movimento da Gerrit Rietveld Academie, com a performance Best Song Ever (2022). A sua prática é profundamente influenciada por temas como memória, cultura pop e autoria coletiva. Ao abraçar o ensaio como um espaço de transição, Vives transforma experiências pessoais e fragmentos da cultura contemporânea em explorações poéticas sobre identidade e tempo.
Desde que se formou, Vives tem apresentado seu trabalho em uma ampla variedade de instituições e contextos, incluindo Arti et Amicitiae, Perdu e Garage Noord (Amsterdão); La Casa Encendida e Matadero (Madrid); Fundació Miró (Barcelona); ICA London (Londres); e Galeria Zé dos Bois e Kunsthalle Lissabon (Lisboa). Fora de sua prática em artes visuais, também integra, junto de Ingeborg Kraft Fermin, a dupla de performance e organização Content y Contenido, e ocasionalmente publica na plataforma dos Países Baixos de crítica de arte Tangents.

 

Relâmpago, 2025. Alcatifa, inox, gesso, bronze, 15,5 x 31 x 2 cm

 

FRANCISCA VALADOR (1993, Lisboa, Portugal)

Francisca Valador vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2011–15). Exposições coletivas: Deu Lugar, Associação Goela, Lisboa (2017); Sermão (com Eduardo Fonseca e Silva), Casa-Animal (Musa Paradisíaca), BoCA – Biennial of Contemporary Arts, Lisboa (2017); Alguns Desenhos, Rua Atriz Virgínia, Lisboa (2017); Casa Ocupada, Rua Dom Carlos Mascarenhas 22, Lisboa (2016); Forwards + Bacwards, Rua Dom Carlos Mascarenhas 22, Lisboa (2016); Exposição Finalistas Pintura 14‘15, Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa (2016); Corda Bamba, Ateneu Comercial de Lisboa (2016). Residências: CEAC, Vila Nova da Barquinha (2017).

 

Mátria (I), 2021. Acrílico sobre papel, 204 x 270 cm
 

MARIA PAZ AIRES (1998, Porto, Portugal)

Maria Paz Aires é escultora e artista visual. Licenciou-se em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e desenvolveu o seu percurso artístico entre Lisboa e Porto. Entre 2021 e 2023, manteve o seu atelier na Associação Zé dos Bois (ZDB), onde também colaborou ativamente.
Desde o final de 2020, tem apresentado o seu trabalho em diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se mostras na APO=Aposentadoria (2021), Livraria Zé dos Bois (2022), Espaço Mira (2022), Galeria de Tapeçarias de Portalegre (2023) e Bienal da Maia (2023). Em setembro de 2023, realizou a sua primeira exposição institucional num dueto com Joan Jonas, na Galeria Municipal do Porto, sob curadoria de Filipa Ramos.
Em 2024, ao iniciar o Mestrado no Institut Art Gender Nature, HGK, em Basel, expandiu a sua prática artística para novos territórios, participando em exposições coletivas no Atelier Mondial (Basel), Monitor Rome (Roma) e Galeria Zé dos Bois (Lisboa). Recentemente, foi selecionada para integrar a Coleção Municipal do Porto e a Coleção da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa. 
Em abril de 2025, participou na exposição Meia Sombra no Museu do Caramulo, resultante de uma residência em colaboração com a Culturgest. Sob o nome coletivo Xeno-fera, juntamente com Joana da Conceição, co-criou a instalação Serrana, um trabalho coletivo desenvolvido com artesãos, estudantes e instituições locais, refletindo as energias e tradições da região da Serra do Caramulo.

 

Percecionar o invisível #16, 2023. Técnica mista sobre papel, 29,7 x 21 cm
 

BEATRIZ BRUM (1993, São Miguel, Portugal)

Beatriz Brum é uma artista visual que desenvolve a sua pesquisa em torno da luz, através de processos e experiências que questionam a sua materialidade, limites e formas. É licenciada em Artes Plásticas pela ESAD —Caldas da Rainha, onde também concluiu os mestrados em Gestão Cultural (2017) e Artes Plásticas (2019). Em 2015 venceu o prémio Jovens Criadores do Walk&Talk—Festival de Artes, onde apresentou a exposição individual «Reflexos». Em 2020 venceu o prémio de pintura António Dacosta da Secretaria Regional da Educação e Cultura, Governo dos Açores.  Tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e tem participado regularmente em festivais, mostras e projetos coletivos. Nos últimos anos abriu o seu Atelier Brum a outros artistas e projectos, através de ações públicas. Brum é representada pela Galeria Fonseca Macedo, Ponta Delgada. Beatriz Brum parte da luz. Explora a sua materialidade, intensidade e limite. A cor é a sua grande aliada nesse processo de mapeamento e desenho de espaços e lugares, e que se desenvolve espontaneamente a partir das suas intuições, experiências e resultados. Os projetos da Beatriz vão-se definindo através de referências próprias que sintetizam o lugar—físico, interior e espiritual, que vão do corpo à paisagem, do micro ao cósmico. 

 

 

FONTE: Culturgest - Fundação Caixa Geral de Depósitos
 




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