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NOITE ESTRELADA NO MUSEU: OPORTUNIDADE ÚNICA DE VER VAN GOGH FORA DE HORAS2025-01-10 Uma das poucas obras-primas de Van Gogh que não foi incluída na exposição de sucesso “Poets and Lovers” da National Gallery de Londres, dedicada ao pintor pós-impressionista, é “Starry Night” (1889). Em vez disso, o museu está a dar aos visitantes a hipótese de admirar a versão real antes e depois de assistir ao espetáculo, com o anúncio surpresa de um novo horário de funcionamento noturno no próximo fim de semana. A National Gallery estará aberta durante a noite de sexta-feira, 17 de janeiro, mas os noctívagos devem agir rapidamente. Bilhetes para horários entre as 21h e as 23h. nessa noite e às 10h do dia seguinte estão à venda desde esta manhã, e a exposição tem um historial de esgotar rapidamente. A exposição histórica foi organizada para celebrar o 200º aniversário do museu, agrupando destaques da sua própria coleção com mais de 50 empréstimos de prémios de museus holandeses, franceses e americanos que alargam a nossa visão sobre a forma única do artista perceber o mundo. Esta última oferta para ver as obras às primeiras horas da manhã será uma bênção para qualquer amante de arte que já desejou ver os girassóis de Van Gogh ao luar, ou que prefere contemplar o seu “Quarto” (1889), do que ir para o seu. Esta é a segunda vez que o museu permite que o público passeie pelas suas galerias após o anoitecer. A última vez foi há mais de uma década, quando foi testado um evento semelhante para outro desfile de sucesso, “Leonardo da Vinci: Pintor na Corte de Milão”. As obras de “Poetas e Amantes” foram pintadas em grande parte nos últimos anos da vida de Van Gogh, durante os quais passou muito tempo a viver na cidade de Arles, no sul de França. Fez várias pinturas, como “O Semeador”, incluída na exposição, de um trabalhador agrícola a espalhar sementes na luz fria do crepúsculo, o que projeta a paisagem em tons semifantásticos de verde, laranja e roxo. Um dos retratos é de um colega pintor com quem Van Gogh fez amizade, Eugène Boch. O aparecimento de estrelas no fundo confere à pintura uma qualidade onírica. “Atrás da tua cabeça, em vez de pintar a parede comum deste apartamento miserável, pintarei o infinito”, decidiu Van Gogh, numa carta ao seu irmão Theo. “Através desta simples combinação da cabeça brilhante contra este fundo azul rico, obterei um efeito misterioso, como uma estrela nas profundezas de um céu azul.” Enquanto viveu em Arles, Van Gogh alugou quatro quartos num prédio a que chamou “casa amarela”. Encontrando temas no seu meio envolvente, pintou o seu quarto com persianas verdes e quadros emoldurados pendurados na parede numa composição achatada influenciada pelas gravuras japonesas. Antes da tela sofrer descoloração com o tempo, as paredes eram originalmente roxas. “Em tons planos, mas grosseiramente escovados em total impasto, as paredes lilás-claro, o chão num vermelho quebrado e desbotado, as cadeiras e a cama amarelo-cromo, as almofadas e o lençol verde-limão muito claro, a colcha vermelho-sangue, o toucador laranja, o lavatório azul, a janela verde”, disse. “Queria expressar um repouso total com todos estes tons tão diferentes.” De acordo com o diretor da National Gallery, Gabriele Finaldi, que foi recentemente reconhecido com o título de cavaleiro pelos serviços prestados à arte e à cultura na Lista de Honras de Ano Novo do rei, a experiência de visitar o museu de manhã bem cedo permitirá ao público ter uma ideia dos hábitos de alguns dos maiores artistas da Grã-Bretanha. Disse que estariam “a seguir os passos de artistas como Freud, Bacon e Hockney que vieram aqui naquela época para se inspirarem na coleção da Galeria”, disse. O falecido Lucian Freud, que teve uma exposição na National Gallery em 2022, disse uma vez que utilizava o museu “como se fosse um médico”, a quem podia recorrer “para obter ideias e ajuda”. “Van Gogh: Poets and Lovers” está patente na National Gallery, em Londres, até 19 de janeiro de 2025. Fonte: Artnet News |