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OS SINOS SOARAM NA PRAÇA DE SÃO PEDRO POR UM NOVO PAPA2025-05-09 Pouco depois das 18h ontem em Itália, uma coluna de fumo branco subiu do tecto da Capela Sistina, sinalizando a milhões de observadores na Cidade do Vaticano e em todo o mundo que foi escolhido um novo líder da Igreja Católica. À medida que o tão aguardado conclave chegava ao fim, os sinos soaram na Praça de São Pedro e multidões de espectadores saltaram de alegria e rezaram em celebração. "A paz esteja com todos vós", declarou o papa recém-eleito ao subir à varanda do Vaticano na noite de 8 de maio. Mas quem é Robert Prevost, hoje mais conhecido por Papa Leão XIV, o primeiro pontífice norte-americano? Nascido em Chicago em 1955, Prevost tem laços estreitos com o Peru, onde desempenhou as funções de pároco, funcionário diocesano, professor e administrador nas décadas de 1980 e 1990, regressando como Bispo de Chiclayo entre 2015 e 2023. Só podemos presumir que o Papa Francisco, que foi o primeiro papa latino-americano, aprovaria a escolha dos cardeais. Prevost conquistou o favor do seu antecessor, que o nomeou para o cargo de destaque de Prefeito do Dicastério para os Bispos em 2023. Então o que aconteceu exatamente enquanto 133 cardeais do mundo inteiro votavam? Embora o funcionamento interno do conclave papal permaneça envolto em segredo, o desejo de testemunhar e compreender o que acontece no seu interior perdura há gerações, dando origem não só às multidões na Praça de São Pedro, mas também a toda uma tradição de arte, mapas e guias criados para vislumbrar o invisível. Para os artistas e gravadores, este súbito fluxo de turistas representou uma grande oportunidade de negócio. Desde o século XVI que a morte de cada papa era seguida por uma corrida para produzir em massa guias úteis que ofereciam aos visitantes um mapa da Cidade do Vaticano anotado com os nomes dos cardeais votantes e, em alguns casos, gravuras que elucidavam os misteriosos rituais do conclave. Um exemplo notável é a vista do gravador holandês Jan van Vianen da Basílica de São Pedro, sobre a qual está pendurada uma cortina suportada por dois anjos que transportam uma planta do Vaticano. Cenas de ambos os lados e abaixo explicam o processo de eleição de um novo papa. A Praça de São Pedro é o local mais importante para observar os sinais de fumo, mas com intervalos longos entre cada anúncio, a atenção pode naturalmente desviar-se. Felizmente, a área circundante é rica em marcos artísticos e arquitetónicos. A mais importante delas é a própria praça, projetada por Gian Lorenzo Bernini, o conceituado escultor barroco e arquiteto oficial de São Pedro. No interior da basílica encontra-se o seu monumental baldaquino de bronze, um dossel ornamentado sobre o altar-mor. Também não pode faltar na igreja a Pietà de Miguel Ângelo, uma magistral escultura em mármore que representa a Virgem Maria segurando o corpo de Cristo. Esta obra profundamente comovente continua a ser uma das mais poderosas expressões de pesar da arte ocidental. Esta magnífica obra-prima recria um motivo intemporal, mas nenhum artista antes ou depois jamais igualou a pungência estoica alcançada pelo reverenciado mestre renascentista. Para um ponto de vista mais tranquilo, o Castelo de Sant’Angelo. A apenas 10 minutos a pé do Vaticano, este antigo edifício é um dos tesouros arquitetónicos originais de Roma, tendo sido inicialmente encomendado pelo imperador romano Adriano como mausoléu. No século XIV, foi convertida em fortaleza pelos papas, que construíram um corredor que a ligava à Basílica de São Pedro. Isto permitiu que pontífices temerosos se refugiassem em tempos de crise, como o Saque de Roma em 1527. Para quem procura um ambiente mais descontraído, o bar do último piso do Gigi, no 7º andar do hotel Orient Express La Minerva, oferece vistas elevadas, enquanto o Panteão, nas proximidades, oferece um desvio atraente. Datado de 125 d.C., continua a ser um dos feitos mais notáveis ??da engenharia romana. O novo papa fará a sua primeira aparição na Loggia das Bênçãos para entregar a bênção Urbi et Orbi à multidão na Praça de São Pedro. Em 2013, o conclave que elegeu o falecido Papa Francisco demorou cerca de dois dias a chegar a uma decisão após cinco rondas de votação. Foi um dos conclaves mais rápidos da história papal. A eleição que hoje terminou acompanhou este ritmo, tornando-se uma das eleições papais mais rápidas dos tempos modernos. Fonte: Artnet News |