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ARTE LISBOA














 

CICLO DE DEBATES - 20, 21 E 22 NOV 08

2008-11-08




Em parceria com a ARTECAPITAL, a ARTE LISBOA volta a apresentar um ciclo de debates, aberto ao público, onde participam coleccionadores, críticos de arte, curadores, galeristas, directores de instituições e de feiras de arte. Os temas seleccionados para a edição de 2008 pretendem reflectir sobre o coleccionismo de fotografia no mercado ibérico, a mundialização das feiras de arte, as novas formas de investimento em arte e as virtudes e limites do pós-colonialismo na arte contemporânea.



PROGRAMA

Dia 20 (Quinta-Feira), 19h
VISÕES SOBRE O COLECCIONISMO DE FOTOGRAFIA NO MERCADO IBÉRICO

Moderadora: Filipa Valladares(Fundación Foto Colectania)

Convidados: Bruno Santos (Fotógrafo e Professor), Mário Teixeira da Silva (Coleccionador e Galerista), Margarida Medeiros (Crítica e Professora Universitária) e Norberto Doctor (Galerista, Madrid)


O mercado de fotografia teve um enorme crescimento nas últimas duas décadas. Tendo sido um meio pouco procurado pelos coleccionadores, assistiu-se gradualmente a uma procura crescente, que deu origem a valores de mercado que hoje podem ascender acima de um milhões de dólares. Importa assim perceber em que medida o mercado ibérico reflecte, na sua escala, este interesse pelo meio fotográfico e de que forma os galeristas e coleccionadores acompanharam esta evolução através da consolidação da oferta, da constituição de colecções (tanto institucionais como privadas), e do desenvolvimento de um mercado emergente de livros de fotografia.



Dia 21 (Sexta-feira), 17h
A ACTUALIDADE MUNDIAL DAS FEIRAS DE ARTE

Moderadora: Sílvia Guerra (Crítica de Arte - artecapital.net)

Convidados: Jennifer Flay (Directora artística da FIAC, Paris), Magda Danysz (Fundadora da SHOW OFF, Paris), Matthew Slotover (Director da FRIEZE Art Fair, Londres) e Paco Barragán (Director artístico da CIRCA Puerto Rico)


De Paris a Porto Rico, a arte contemporânea tem as suas feiras. Além dos habituais stands de galerias nacionais e estrangeiras, estes lugares de reunião para coleccionadores e para o público de arte começam a ter um programa cultural intenso e diversificado, apesar do cepticismo inicial de críticos e comissários. Terá a Europa adoptado a ideia de que a arte é um bem de consumo? É o modelo de feira europeu que é exportado internacionalmente? A arte vende-se mais e melhor porque satisfaz uma necessidade generalizada? São estas algumas das questões que gostaríamos de debater com alguns dos seus agentes provocadores.

Apoio: British Council e Institut Franco-Portugais



Dia 22 (Sábado), 17h
INVESTIMENTO EM ARTE

Moderadora: Teresa Cotrim (Jornalista)

Convidados: Carlos Fime (Fundo Art Invest, Banif), Luís Trindade (P4.Live Auctions) e Miguel Cabral Moncada (Cabral Moncada Leilões)


A arte passou a ser vista como uma forma de investimento e as valorizações têm sido avultadas principalmente no que respeita à arte contemporânea. Alguns autores atingem verdadeiros recordes em leilões o que conduz a que muitos investidores olhem para este mercado como refúgio para as suas poupanças. Mas para investir neste activo é preciso ter “arteâ€. É um mercado com muitas especificidades, que implica frequentar leilões, conhecer bem os artistas, as tendências e receber aconselhamento de especialistas. Outra forma de aplicar dinheiro é através de um fundo especializado em arte como o Art Invest, criado pelo Banif - Banco de Investimento, em Janeiro de 2004. Nesta mesa redonda, os convidados vão abordar a expansão de formas de investimento em obras de arte e debater a emergência e consolidação de novos mercados no panorama da arte contemporânea.



Dia 22 (Sábado), 19h
VIRTUDES E LIMITES DO PÓS-COLONIALISMO NA ARTE CONTEMPORÂNEA

Moderador: José António Fernandes Dias (Professor Universitário)

Convidados: Alexandre Pomar (Crítico de Arte), Francisco Vidal (Artista Plástico), Jane Fisher (Professora Universitária), Jorge Barreto Xavier (Director Geral das Artes) e Jorge Dias (MUVART, Moçambique).


O pós-colonialismo tem vindo a construir-se como um dos eixos fundamentais em torno do qual se têm forjado discursos teóricos e práticas artísticas na contemporaneidade. Nas artes visuais, é indiscutível o papel que desempenhou, por exemplo, no desvelar de agendas ideológicas e na redescoberta e valorização de artistas não ocidentais. Assiste-se no entanto, hoje em dia, a uma certa cristalização do conceito, rapidamente apropriado pelo discurso politicamente correcto, e a uma consagração institucional que podem constituir entraves à independência da criatividade artítica e ao próprio potencial crítico desta tradição intelectual. A presente mesa redonda terá como objectivo proceder a uma reflexão e uma avaliação crítica do pós-colonialismo na arte contemporânea.

Organização: Direcção-Geral das Artes