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TAILÂNDIA PREPARA-SE PARA RECEBER PRIMEIRO MUSEU INTERNACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA EM BANGKOK

2025-03-17




O Dib Bangkok, o primeiro grande museu de arte contemporânea internacional da Tailândia, será inaugurado em dezembro no centro de Banguecoque. A instituição, cujo nome se traduz em "estado bruto" ou "natural e autêntico", vai acolher a coleção do empresário Petch Osathanugrah (1960–2023) e ocupar um edifício de 21.500 metros quadrados que serviu como armazém de aço na década de 1980 e foi redesenhado por Kulapat Yantrasast da WHY Architecture, a empresa que supervisiona a grande renovação do Louvre em Paris. O museu de três andares terá um telhado em forma de dente de serra e será composto por onze galerias — uma das quais tem forma de cone e é conhecida como "A Capela" — bem como um pátio central de 4.500 metros quadrados e um jardim de esculturas ao ar livre.

“No Dib Bangkok, vemos a arte como o fruto mais maduro da imaginação humana — algo a ser saboreado, questionado e partilhado”, disse Purat “Chang” Osathanugrah, filho do falecido colecionador. “Mas mais do que isso, estamos a construir o Dib Bangkok para ser um verdadeiro oásis criativo, uma ponte entre a Tailândia, o Sudeste Asiático e o panorama artístico global — onde os círculos artísticos profundos e os simplesmente curiosos se podem reunir. Banguecoque, com toda a sua energia, criatividade e espírito imparável, há muito que precisava de uma âncora para a sua cena de arte contemporânea que correspondesse à sua vibração — um lugar que celebrasse a arte de uma forma tão dinâmica e ousada como a própria cidade.”

Petch Osathanugrah, que até 2022 desempenhou as funções de CEO da empresa de bebidas da sua família, Osotspa, foi uma presença vibrante na cena da arte contemporânea tailandesa, que ajudou a chamar a atenção internacional. A coleção do museu conta com cerca de mil peças, com mais de duas centenas de artistas internacionais representados. A exposição inaugural do Dib Bangkok está a ser supervisionada pela diretora da instituição, Miwako Tezuka, que anteriormente ocupou cargos de curadoria na Japan Society e na Asia Society de Nova Iorque, e pela curadora Ariana Chaivaranon. Com o tema “presença invisível”, irá homenagear a memória de Osathanugrah com obras de artistas como Montien Boonma, Lee Bul, Anselm Kiefer e Alicja Kwade.


Fonte: Artforum