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Délio Jasse, Eustáquio Neves, Francisco Vidal, Kiluanji Kia Henda, Mauro Pinto e Mónica Miranda
Curadoria de André Cunha e Carlos Alcobia
O malabarista é uma síntese do conceito de território. É alguém que administra três objectos num território para apenas dois.
Cildo Meireles
Caminhando sucessivamente entre margem e centro, esse malabarista é um indivíduo em permanente transgressão. Opta por habitar territórios em disputa, criando movimentos nascidos no dissenso, e ensaiando essa transgressão. Nas suas mãos os elementos não repousam, mantendo-se em constante movimento e permanentemente reequacionando as relações que estabelecem entre si. “Além margem(s)” pretende evidenciar a importância da transgressão na síntese do conceito de território. Sintetizar esse conceito é, antes de mais, questionar uma só perspectiva, quando efectuada a partir de um centro, e forçando-a a outros deslocamentos que emanem também das margens. Os trabalhos aqui reunidos trazem-nos outros olhares, outras perspectivas, outros caminhos. Um trânsito construído por objectos, que enquanto circulam por entre as mãos do malabarista nos permitem alcançar outro entendimento sobre o conceito de território.
Da adversidade vivemos!
Hélio Oiticica
Em Além Margem(s) abordam-se também estratégias de resistência. Ser-se contra, visceralmente contra, mesmo quando nos confrontamos com a necessidade de se viver junto em regimes de precariedade. Resistência inerente a algo que ensaiando um movimento de fora para dentro força um confronto. Resistência a partir da qual o artista se torna o malabarista de Cildo Meireles, e num espaço onde cabem dois elementos ele procura sucessivamente introduzir um terceiro, um quarto, um quinto…
Délio Jasse, Eustáquio Neves, Francisco Vidal, Kiluanji Kia Henda, Mauro Pinto e Mónica Miranda, são os artistas convidados a criar e transformar este projecto expositivo, que conta ainda com concepção e curadoria de Carlos Alcobia e André Cunha, e produção de Paula Nascimento e Andreia Páscoa.
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Fundada em 2006, a Plataforma Revólver é uma inovadora estrutura de arte contemporânea localizada em Lisboa. Promove um programa de exposições e de residências artísticas internacionais, participando ativamente na promoção e no diálogo internacional da arte. A Plataforma Revólver funciona genuinamente para benefício público, operando um espaço independente e não lucrativo, de entrada livre. Visitas por marcação. Aberta de terça a sábado das 14:00 às 19:00.