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“PUSSY RIOT SEX DOLL” EM ANTIGA CAPELA ATACADA

2024-12-12




Um trabalho de Nadya Tolokonnikova, uma das fundadoras do Pussy Riot, foi vandalizado em Linz, Áustria.

As “Pussy Riot Sex Dolls” foram instaladas numa capela desconsagrada que se encontra à entrada do OK Center for Contemporary Art, onde Tolokonnikova apresenta atualmente uma exposição individual. A obra apresenta uma série de bonecas sexuais usadas, compradas em segunda mão online, estilizadas para se parecerem com os membros das Pussy Riot, o coletivo anarquista punk russo.

No sábado – véspera da Festa da Imaculada Conceição – a divisória de vidro que protegia a obra foi partida. A capela de OK Linz guarda ícones da Virgem Maria no teto.

A obra recorda a ação mais famosa das Pussy Riot, “Punk Prayer – Mother of God, Chase Putin Away!”, quando em 2012 cinco membros do grupo cantaram ilegalmente uma música punk nas soleiras da Catedral de Cristo Salvador em Moscovo, protestando contra o presidente russo e a igreja ortodoxa do país.

Este é o segundo caso de iconoclastia contra a arte com temas religiosos na cidade austríaca este ano. Em junho, uma escultura de Esther Strauß representando a Virgem Maria a dar à luz, exposta na Catedral de Santa Maria, foi decapitada. “Crowning”, encomendada pela Diocese de Linz, foi considerada uma “caricatura abominável e blasfema”, numa declaração transmitida por Alexander Tschugguel, um importante católico tradicionalista austríaco. Tschugguel chamou o vândalo de ‘Herói de Linz’.

Tolokonnikova é uma ex-membro da Voina, coleção de arte anarquista, cofundadora da Pussy Riot em 2011. A artista passou um ano na prisão após a ação “Punk Prayer”, permanecendo na Rússia até 2021. A exposição em Linz apresenta o último trabalho que fez no seu país natal, “RAGE (Official Video) Free Navalny, free Pussy Riot, free political prisoners in Russia”, um videoclipe criado dias após a prisão do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny. O trabalho inclui imagens da polícia encerrando a produção.

A polícia registrou um crime cometido por uma pessoa desconhecida.


Fonte: Artreview