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ARÁBIA SAUDITA CONTRIBUIRÁ COM 52,6 MILHÕES DE DÓLARES PARA RENOVAÇÃO DO CENTRO POMPIDOU2024-12-13A Arábia Saudita deverá investir 50 milhões de euros na restauração e expansão de 262 milhões de euros do Centro Pompidou em Paris, de acordo com um pacote de dez acordos acordado numa parceria estabelecida entre o Estado do Golfo e a França. A notícia foi anunciada no início deste mês pela ministra da Cultura francesa, Rachida Dati, e pelo seu homólogo saudita, o príncipe Bader bin Abdullah bin Farhan Al Saud. O Pompidou, que revelou os seus planos de renovação em maio de 2023, continuará a montar exposições fora do local, permanecendo fechado para construção entre 2025 e 2030. Outros nove acordos culturais foram anunciados. Entre eles estava a promessa francesa de ajudar a Arábia Saudita a desenvolver vários projectos museológicos e patrimoniais, incluindo um novo museu de fotografia em Riade que estará ligado a programas da Escola Nacional de Fotografia em Arles. A França afirmou ainda que os seus órgãos culturais apropriados ajudarão a restaurar os locais do património saudita, incluindo os palácios reais, enquanto a sua biblioteca nacional ajudará na digitalização, conservação e promoção das colecções sauditas. O Instituto Nacional Francês de Investigação Arqueológica ajudará a inaugurar projetos arqueológicos na cidade planeada de Qiddiya. O acordo cultural entre a França e a Arábia Saudita surge na sequência de um acordo de 2018 entre o governo francês de Emmanuel Macron e o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman que levou ao estabelecimento de AlUla – uma região desértica do noroeste da Arábia Saudita ao longo da histórica Rota da Seda – como centro cultural e turístico. Deste acordo resultou a formação da agência Afalula, com sede em Paris, que coloca o “know-how francês” ao serviço do desenvolvimento da AlUla. A parceria recentemente anunciada e o acordo de 2018 fazem parte de uma iniciativa mais ampla conhecida como Visão 2030, que Bin Salman lançou em 2016 num esforço para diversificar a economia saudita longe do petróleo e desenvolver um perfil cultural mais progressista para o país, que tem um registo execrável de violações dos direitos humanos. Fonte: Artforum |