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SERRALVES EM 2025 SOB O MOTE 'JANELAS PARA O MUNDO', COM MAURIZIO CATTELAN, FILIPA CÉSAR E ANNE IMHOF2024-12-18A Fundação de Serralves apresentou à Comunicação Social o seu Plano de Atividades para 2025, esta terça-feira, 17 de dezembro, na Biblioteca de Serralves, revelando uma programação construída sob o mote Janelas para o Mundo e marcada por um conjunto robusto de exposições individuais e coletivas. O calendário intenso, que tem o objetivo de promover uma reflexão global e transdisciplinar sobre o mundo contemporâneo, tem previsto exposições de artistas como Avery Singer, Mounira Al Solh, Zanele Muholi, Maurizio Cattelan, Filipa César, Cinthia Marcelle ou Anne Imhof. Entre os destaques está a mostra do italiano Maurizio Cattelan, autor amplamente conhecido pelas suas obras humorísticas e satíricas que desafiam as normas e os sistemas da sociedade. A sua prática artística surge como uma importante ferramenta de reflexão, capaz de transformar o desconforto em crítica e de desafiar o público a questionar diferentes convenções deforma irónica, criativa e inovadora. Esta grande mostra estará patente entre junho de 2025 e janeiro de 2026, na Casa de Serralves e no Parque. Outra figura central será a artista alemã Anne Imhof, vencedora do Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2017, cujas instalações e performances imersivas têm desafiado as fronteiras da arte contemporânea. Abrangendo uma ampla gama de expressões como a performance, a pintura, a instalação, a escultura e o cinema, o trabalho da artista destaca-se por uma habilidade quase oculta para orquestrar e coreografar a atenção do público, ao construir desconcertantes composições visuais que refletem tanto a história da pintura quanto os fetiches da cultura contemporânea. A sua exposição estará patente no Museu de Serralves de outubro de 2025 a abril de 2026. Já no panorama nacional, Filipa César terá a primeira grande antologia dedicada à sua obra. A exposição, que decorrerá entre outubro de 2025 e abril de 2026, celebrará a trajetória singular da artista portuguesa, explorando as suas reflexões sobre memória, identidade e colonialismo. Destacam-se ainda as monográficas dedicadas a Zanele Muholi, artista sul-africana que explora identidades e direitos LGBTQIA+,que terá uma exposição organizada em colaboração com a Tate Modern de Londres e Mounira Al Solh, libanesa cujo trabalho abrange temas de guerra, migração e memória. Também será apresentada a primeira grande exposição individual na Europa desde 2016 de Avery Singer, artista norte-americana conhecida por inovar a pintura através da tecnologia digital. A artista brasileira Cinthia Marcelle apresentará uma obra concebida em colaboração com o estúdio de arquitetura Vão, numa abordagem que questiona as estruturas sociais e políticas contemporâneas. Adicionalmente, a Ala Álvaro Siza receberá uma exposição inédita da Coleção Duerckheim, uma das mais importantes coleções privadas de arte contemporânea da Europa, que Serralves recebeu em depósito em dezembro deste ano. O depósito incluiu a doação de uma obra de Anselm Kiefer "Dat rosa miel apibus (2010-11)". Serralves inaugura também, de forma permanente, a partir desta semana, uma escultura de Cabrita, com o título Ponte, sobre o lago do Parque. A programação inclui ainda uma grande exposição coletiva internacional, Provas Materiais, e uma mostra dedicada ao vencedor do Prémio de Fotografia Novobanco Revelação, que, em 2025, vai premiar um nome internacional?. Na Arquitetura, a Ala Siza, antecipando os 50 anos da morte de Alvar Aalto (1898 – 1976), uma das maiores figuras da história da arquitetura, recebe a exposição monográfica Aalto, que se foca no extenso corpo de obra que desenvolveu com ambas as mulheres que o acompanharam, Aino Aalto (1894 – 1949) e Elissa Aalto (1922 – 1994). A programação da área de Arquitetura será ainda reforçada com a exposição Aires Mateus, que reflete a interseção entre arquitetura e artes visuais. No âmbito das artes performativas, Serralves contará com a presença de Meredith Monk e John Hollenbeck, que apresentarão “Duet Behavior”. A programação inclui ainda nomes como Maria Hassabi, Tristan Perich e Floris Vanhoof, destacando-se o regresso do ciclo habitual O Museu como Performance, agendado para outubro. Em 2025, estarão de volta os grandes eventos que já marcam a agenda cultural de Serralves, como o Serralves em Festa, o Jazz no Parque, o Serralves em Luz, a Festa do Outono e o Bioblitz. Casa do Cinema Manoel de Oliveira Com exposições, retrospetivas e debates, 2025 será um ano de intensa reflexão e celebração do cinema na Casa do Cinema Manoel de Oliveira. O destaque vai para a exposição Manoel de Oliveira e o Cinema Português: 3. Ontem como Hoje (maio a novembro), que fecha o ciclo iniciado em 2023, explorando o período entre 1990 e 2015, uma fase de maturidade e produtividade extraordinárias na carreira do realizador. A exposição, com curadoria de António Preto e João Mário Grilo, será complementada por um ciclo de cinema que abordará a evolução do cinema português contemporâneo e por um colóquio internacional. Luís Miguel Cintra também terá protagonismo com a exposição Pequeno Teatro do Mundo (novembro a maio de 2026), onde a sua trajetória no teatro e no cinema dialoga com a obra de Oliveira. A programação de cinema inclui uma retrospetiva seletiva de Luis García Berlanga (março a abril), homenageando o realizador espanhol conhecido pela crítica satírica ao franquismo e à sociedade espanhola do século XX. Outro momento relevante é o ciclo Re-Camões(junho), que examina representações cinematográficas de Luís de Camões e Os Lusíadas. Outros programas incluem ciclos como Modos de Rever, que reflete sobre as ligações entre cinema e museu, e Um Filme Falado, com curadoria de Anabela Mota Ribeiro, que revisita temas centrais da obra de Oliveira. A programação culmina ainda numa retrospetiva de Filipa César (dezembro a junho de 2026), dedicada ao trabalho da artista portuguesa que cruza cinema, memória e pós-colonialismo, com um foco particular na descolo. Parque O Parque de Serralves apresenta um vasto programa para 2025, com diversas exposições e atividades que exploram a arte, a natureza e a sustentabilidade. As exposições incluem 365 Dias Parque, um trabalho fotográfico sobre a biodiversidade do Parque, e a exposição Cinzento 18%, que explora a ligação entre arte e ciência, usando o conceito fotográfico do cinzento 18% para investigar ecossistemas e histórias. O programa inclui também eventos como a 2.ª edição do Greenfest e o BOIL Climate Festival, ambos focados na sustentabilidade e ação climática. Há ainda um programa educativo com visitas guiadas, oficinas e projetos contínuos sobre a natureza, e iniciativas como "Uma noite no Parque", "Caça ao Ovo", "Despertador" e "Caixa de Ferramentas". Também serão desenvolvidos programas e projetos como o "SOILSCAPE" e "ASCEND" com foco na importância do solo. FONTE: Fundação de Serralves |