José Josué, S/ Título, 2006, madeira e cola, 200 x 230 cm


Nelson Crespo, PPH012B (Looking away), 2006, acrílico s/tela, 48 x 34 cm


Vítor Reis, S/Título, papel, medidas variáveis


Paulo Tuna, S/Título, 2006, aço e corda, medidas variáveis


Paulo Tuna, S/Título, 2006, aço e corda, medidas variáveis


Nelson Crespo, Passaporte Português (Triptíco), 2002, Serigrafia, xilogravura e óleo s/papel, 200 x 90 cm


Vítor Reis, Waiting for a sign, 2006, esferovite, medidas variáveis


José Josué, S/Título, 2006, gesso, 190 x 70 x 40 cm

Exposições anteriores:

2022-11-09


(tempo) destempo




2022-09-22


UM ENORME PASSADO PELA FRENTE




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TENHO DE CONTINUAR, NÃO POSSO CONTINUAR, VOU CONTINUAR




2022-04-05


SYNCHRONICITY | UMA EXPOSIÇÃO DE PARTILHA




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2021-09-20


comunidade




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DA TERRA À LUA, A PÉ




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GERAÇÃO 2015




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Devido à chuva a revolução foi adiada




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OLHEI PARA O CÉU E NADA VI


José Josué
Nelson Crespo
Paulo Tuna
Vítor Reis

Comissariado: Valter Vinagre

24 de Junho -
31 de Julho de 2006


Olhei para o céu e nada vi

Como base de orientação aos autores, foi-lhes solicitado que a partir de uma, ou mais, visitas ao espaço da Plataforma Revólver, desenvolvessem os seus trabalhos de forma a que as peças a apresentar traduzissem o binómio espaço/memória, ou que, por este conceito, fossem condicionadas. É pois em torno de esta ideia que José Josué, Nelson Crespo, Paulo Tuna e Vítor Reis desenvolveram os seus projectos.
José Josué parte da ideia de que toda “a matéria de sobra†se transforma em pó. É com este, que caindo e acumulando-se, a realidade se transforma através da improvisação que opera na matéria até que a estrutura daí resultante seja condicionada/apertada pelo espaço físico.
Nelson Crespo, que tem centrado o corpo do seu trabalho nas questões da identidade, da imigração e da viagem, vem, através deste conjunto de retratos manipulados, propor-nos uma reflexão antecipada sobre as alterações na sociedade que a introdução do sistema de identificação, através do scan da íris, vai produzir na classificação bio métrica proposta e utilizada pela ICAO “International Civil Aviation Organisationâ€.
Paulo Tuna desenvolveu um trabalho de proximidade com o espaço, onde ecoa silêncio e penumbra e com o qual estabeleceu uma relação de intimidade, um diálogo ensurdecedor, onde a memória do aço, moldado a fogo, amestra o espaço físico com uma certa ternura/doçura/carinho próprio do trabalho de um Hefestos do século XXI.
Vítor Reis inscreve-se no mundo da arte através do simulacro das arcas da memória, quer sejam mármore, quer sejam chão revestido. O material é suporte de mensagem profunda e apresenta um registo que traduz a certeza das nossas vivências e crenças, memórias e coisas. A fragilidade do material indestrutível, mas ligeiro que se molda aos movimento do espectador, revela na sua peça tanto um auto-desprendimento, como uma reflexão sobre o desejo de inscrição no mundo.
Estes autores, alheios a quaisquer dirigismos, ou longe dos oportunismos modistas, estão talvez ainda à procura de um corpus coeso, ou confirmam esse mesmo trabalho de procura característico dos artistas, contudo têm atrás de si um autêntico labor de pesquisa demonstrado pela produção contínua e paciente.

Valter Vinagre
Lisboa e Caldas da Rainha, Junho 2006


José Josué nasceu em Lisboa, em 1977. Vive e trabalha em Lisboa. Licenciatura em Artes Plásticas pela ESAD (Caldas da Rainha). Exposições Colectivas: Natureza Morta (Galeria 7, Coimbra, 2006); VER 05 (CAT, Tavira, 2005) e S.I.S. Festival Sonda (Caldas da Rainha, 2004).


Nelson Crespo nasceu em Singen (Alemanha), em 1975. Vive e trabalha em Londres. Master of Arts (Printmaking), na Camberwell College of Arts (University of the Arts, Londres, U.K.), Licenciatura em Artes Plásticas pela ESAD (Caldas da Rainha) e Residência Artistica no Centre for Contemporary Graphic Art and Tyler Graphic Archive Collection (Fukushima, Japão, 2006). Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (Pós-graduação no estrangeiro) e actualmente da Fundação Oriente (Bolsa de Investigação). Exposições Colectivas (selecção): AC11 - Sans Papier (Arte Contempo, Lisboa, 2006); Works on Paper (Flux Factory, Nova Iorque, 2006); 50 de Gravura Portuguesa - Uma plataforma para o Futuro (Casa das Artes, Tavira, 2006); Paper Politics East (5+5 Gallery, Brooklyn, 2006); Bloomberg New Contemporaries 2005 (The Barbican, Londres; Spike Island, Bristol e Cornerhouse, Manchester, em 2005); I.D.E.A. London (The Institute of Contemporary Art, Londres, 2005); Paper Politics West, (The Phinney Centre of Arts, Seattle, 2005); Antecip’Arte 2004 (Estufa Fria, Lisboa, 2004) e 100 Views of Tokyo & London (Tokyo Station Gallery, Tokyo, 2004)


Paulo Tuna nasceu em Vila Real, em 1976. Vive e trabalha nas Caldas da Rainha. Licenciatura em Artes Plásticas pela ESAD (Caldas da Rainha). Actulamente desempenha funções docentes no mesmo instituto. Exposições Colectivas (selecção): Arma Posta (Galeria Trem, Faro, 2005); Projecto Tapada do Tanque (Centro Cultural de Idanha-a-Nova, 2005); CITY DESK - Concurso Nacional de Escultura (Centro Cultural de Cascais, 2004); Galeria bom preço†(Caldas da Rainha, 2004); Caminhos (Palácio Galeria, Tavira, 2003) e Caldas Late Nyght (Caldas da Rainha, 1998 e 1999).


Vítor Reis nasceu em Lisboa, em 1974. Vive e trabalha nas Caldas da Rainha. Licenciatura em Artes Plásticas pela ESAD (Caldas da Rainha). Exposições Individuais: Escultura/Istalação (Museu António Duarte, Caldas da Rainha, 2003) e 30 dias, 30 exposições (Galeria dos 30 dias, ...., 2000). Exposições Colectivas (selecção): Natureza Morta (Galeria 7, Coimbra, 2006; Iniciativa X (Artecontempo, Lisboa, 2006); Arma Posta 2005 (GaleriaTrem, Faro Capital da Cultura, 2005); Tapada do Tanque (Idanha-a-Nova, 2005); 3andar do chiado (Lisboa, 2005); Prémio de Escultura City Desk (Centro Cultural de Cascais, 2004); Galeria Bom Preço (Caldas da Rainha, 2004); Exposição de Escultura (Museu José Malhoa, Caldas da Rainha, 2004) e Caminhos (Palácio da Galeria, Tavira, 2004)



A Plataforma Revólver, núcleo da Contemporaneidade, tem como objectivo primordial funcionar enquanto instrumento de difusão, oferecendo possibilidades aos artistas plásticos de poderem dar a conhecer o seu trabalho, colmatando, deste modo, um dos problemas fundamentais com que se debatem os novos criadores: a dificuldade em encontrar um lugar a partir do qual se façam conhecer, expressando-se e, simultâneamente, receber o contacto com o público – vital para que os seus projectos evoluam - submetendo-se ao seu olhar, olhar esse que poderá ser absolutamente crítico ou complacente.

Neste sentido, a Plataforma Revólver apoia e estimula a criação de arte contemporânea, fornecendo um ambiente no qual os artistas podem expôr trabalho inconvencional e trocar ideias com os seus pares. Com este intuito, são produzidas exposições não comerciais e temporárias, cuja composição é ditada, por um lado, por um comissariado exterior à direcção do espaço, por outro, pelo enfôque que dão ao papel da arte no desenvolvimento da cultura cívica e do pluralismo.




Cheguei de pernas cansadas
à plataforma vertiginosa...
Aqui tens o inocente revólver
para a eternidade.


Al Berto in O Anjo Mudo



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