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A PLATAFORMA REVÓLVER apresenta o Ciclo de Reenactments - Performance Arte Portuguesa, uma curadoria de Isabel Costa.
Livestreaming no Facebook da Plataforma Revólver
Em 1982, Manuel Barbosa apresentava pela primeira vez no Festival Intervention 2, Festival International de la Jeune Performance, na Fondaction Boris Vian, em Paris, a performance TROUMT. A mesma performance será apresentada na Plataforma Revólver no dia 17 de Novembro e transmitida em livestreaming através do canal de Facebook da Plataforma Revólver. Na Artecapital poderá ler uma entrevista ao artista e diversos documentos relacionados com a apresentação desta performance, como o cartaz do festival e os desenhos preparatórios do artista.
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Manoel Barbosa (1953)
Vive e trabalha entre Lisboa e Nova Iorque. Nos anos setenta foi um dos introdutores em Portugal da performance arte, instalação e vídeo arte. Tem participado em diversas conferências e comunicações sobre artes performativas, nomeadamente no Pallazo dei Diamanti, Ferrara; Universitat de Barcelona; Faculdade de belas artes, Lisboa; 5ème Symposium International d’Art performance, Lyon; Universidade de São Paulo; ACARTE/Fundação C.Gulbenkian, Lisboa; Faculdade de Belas Artes, Porto; Art i Acció-Entre la Performance i l’Objecte 1949-1979, Barcelona. Co-organizou o I e II Festival Internacional de Arte Viva, Almada. Organizou Esquiss’Arte-Mostra Internacional do Esquisso/ Projecto para Performance, Instalação, Arte Vídeo. Concebeu e Dirigiu Perform’Arte-I Encontro Nacional de Performance. Criou e apresentou performances nomeadamente em: Centre Georges Pompidou, Paris; ICA- Institut of Comtemporary Arts, London; XII Biennale de Paris; 5ème Symposium International d’Art performance. Lyon; ACARTE/Fundação C.Gulbenkian, Lisboa; FIAC’80, Grand Palais, Paris; AVE – International Audiovisueel Experimenteel Festival, Arnhem; Galerie Diagonale, Paris; Festival Internazionale di Performance Instalazionni, Arte Vídeo, Ferrara; I, II, III Festival Internacional de Arte Viva, Almada; Galerie Diagonale, Paris; Galeria Espaço Lusitani, Porto; Musée d’Art Moderne de Strasbourg; Premier Festival International de la Performance de Paris; etc.
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Um pouco por toda a parte, a performance arte tem tido um ressurgimento, ganhando uma centralidade semelhante à do seu aparecimento, nos anos 60 e 70. Em Portugal, este ressurgimento não é excepção. Apenas é excepção a consciência da história da performance portuguesa, que como disse Ernesto de Sousa “é uma história sem história“.
De Outubro a Janeiro a Plataforma Revólver vai apresentar um ciclo de performance arte organizado em torno da história da performance em Portugal. Três artistas serão convidados a reencenar performances apresentadas nas décadas de 70 e 80.
Este ciclo, inicialmente pensado para ser apresentado presencialmente, ganha agora novos contornos com a apresentação de performances online (as performances serão filmadas e posteriormente partilhadas com o espectador), permitindo a visualização da performance de forma síncrona ou assíncrona. Além da apresentação das performances, será também desenvolvido um arquivo digital sobre a história de cada performance.
Este projecto associa-se à revista ArteCapital na tentativa de colecionar as memórias das performances esquecidas realizadas em Portugal nas décadas de 70 e 80. Este processo de recolha será feito com o objectivo de dar acesso aos espectadores que seguirem este ciclo, aos vestígios e memórias das performances que serão reencenadas.
Este projecto atua numa dupla perspectiva: em primeiro lugar é um processo de transmissão entre artistas e em segundo, é um processo de transmissão entre espectadores, permitindo assim o envolvimento de toda a comunidade na construção desta história.
Isabel Costa
É atriz e encenadora. Trabalha em teatro, cinema e na área de produção de exposições e curadoria. É diplomada em teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo completado a sua formação na Universidade de Warwick (Inglaterra) e na UNIRIO (Brasil). Colabora com o grupo de teatro Os Possessos desde 2014. Na área de produção de exposições trabalhou no Paço Imperial (Brasil) e na Galeria Luis Serpa Projectos (Lisboa). Em 2016 termina o mestrado Erasmus Mundus Crossways in Cultural Narratives, tendo-se dedicado ao tema da performance arte. Em 2017 inicia a apresentação de projectos a solo, com a performance “Estufa-Fria-A Caminho de uma Nova Esfera de Relações” na Bienal de Jovens Criadores, e a primeira edição do Projeto Manifesta, um projecto produzido por Os Possessos. Em 2019 apresenta o espectáculo “Maratona de Manifestos” e a performance “Salão Para o Século XXI.”
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