Luís Nobre, Por detrás da Aparência, 2010


Tomás Colaço, 2011


Bela Silva, Norte e Sul


Gil Heitor Cortesão, Da série: Viagem de Inverno, 2010


Inez Teixeira, Da série: Folhas de viagem, 2010


Sofia Leitão, S/Título, 2009


Fabrízio Matos, Marabu


Rodrigo Oliveira, Da série "Japanese Prints [ Tatami]", 2007


Sofia Aguiar, Insecto #17, da série "I Like Insects / Insects Like me", 2010


Frederico Ferreira, por amor à camisola, 2010


Pedro Vaz, S/Título, 2011


Rosa Carvalho, Desfiladeiro, 2010

Exposições anteriores:

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A CORTE DO NORTE


Artistas: Bela Silva, Fabrízio Matos, Frederico Ferreira, Gil Heitor Cortesão, Inez Teixeira, Luís Nobre, Pedro Vaz, Rodrigo Oliveira, Rosa Carvalho, Sofia Aguiar, Sofia Leitão, Tomás Colaço

03 Fevereiro > 18 Março


A exposição A Corte do Norte retira o seu título ao livro escrito em 1987 por Agustina Bessa-Luís. O livro trata do trajecto moral de Rosalina de Sousa, senhora do Funchal e que foi baronesa de Madalena do Mar; a novela passa-se entre o Funchal e a Ponta Delgada. O epicentro do livro é uma pequena vila de elegantes casas de veraneio, a Corte do Norte - situada na Ponta Delgada e tratada como ponto cardeal do sentimento insular que se instaura no uso da saudade, como algo que tudo invade e imobiliza. Como uma forma civilizadora e, no entanto, precária. (Agustina Bessa-Luís in A Corte do Norte)

A literatura cria relações com diferentes meios da criatividade contemporânea, nomeadamente as artes plásticas, a música e o cinema.
A exposição A Corte do Norte é como emprestar um livro do qual se gostou muito, mas também é uma directa homenagem à escritora.

A ideia do titulo A Corte do Norte parece fazer crer que a exposição se inspira na leitura da novela (parece estar a contar qualquer coisa), mas na verdade a exposição não transmite qualquer reinterpretação ou vislumbre do romance de Agustina, antes se apresenta muito ambígua à existência do livro – a exposição não representa um ponto cardeal e não tem a preocupação de referir uma identidade geográfica ou temperamento especifico, que permita alguma correspondência com o livro.

Realmente, esta é uma exposição que permanece ambígua na sua precisão, entre o específico e o arbitrário: trabalha com uma referência literária, mas foge dessa referencialidade, libertando os artistas aqui reunidos de produzirem uma reflexão sobre o tema - motivo pelo qual a exposição se apresenta autónoma da novela, não podendo ser associada a uma procura formal ou categoria estética comum, que crie uma analogia, um fim em si, que tenha inspirado a escolha dos artistas presentes.

A Corte do Norte pretende ser uma exposição que, como os bons livros que lemos, nos surpreenda, nos inquiete, nos transmita beleza e felicidade. Sem a imaginação que disserta na arte, seríamos menos conscientes da importância da liberdade para que a vida seja vivida.
É evidente que, o que foi dito apenas serve para explicar uma parte essencial do processo, a partir do qual nasce o sentido da exposição: o encontro de mundos possíveis entre a arte e a literatura.

A exposição apresenta diversos trabalhos de 12 artistas, de diferentes gerações, que partilham a característica de uma intensa e obsessiva prática de trabalho.

victor pinto da Fonseca

A Plataforma Revólver é uma associação privada, independente e não comercial, para a promoção da arte contemporânea.
A Plataforma Revólver construiu um espaço activo para o público de Lisboa, plataforma de novas ideias acerca da arte contemporânea; Produz exposições temporárias, oferecendo a possibilidade aos artistas plásticos para poderem apresentar e discutir os seus trabalhos, colmatando, deste modo, um dos problemas fundamentais com que se debatem os novos criadores: a dificuldade em encontrar um lugar a partir do qual se façam conhecer, expressando-se e, simultâneamente, receber o contacto com o público – vital para que os seus projectos evoluam - submetendo-se ao seu olhar, olhar esse que poderá ser absolutamente crítico ou complacente. Apesar do foco ser a arte que os mais jovens actualmente fazem, o programa da Plataforma Revólver também inclui artistas bem-conhecidos, estabelecidos.

A Plataforma Revólver apoia e estimula a criação de arte contemporânea, em concordancia com o caracter da pratica artistica nos dias de hoje, integrando as exposições varios meios e metodos de produção. A composição das exposições é ditada, por um lado, por um comissariado exterior à direcção do espaço, por outro, pela preocupação com a arte contemporânea e onde a arte assume um papel no desenvolvimento da cultura cívica e do pluralismo.


Dizer que a obra de arte faz parte da cultura é uma coisa um pouco escolar e artificial. A obra de arte faz parte do real e é destino, realização, salvação e vida.
(Sophia de Mello Breyner)



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