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Pedro Alves
Ator, encenador e codiretor artístico do teatromosca
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Qual a última boa exposição que viu?
"Cidade à volta da Cidade", de Tristany Mundu, artista multidisciplinar nascido e criado em Algueirão-Mem Martins, no CAM, em Lisboa.
Que livro está a ler?
"Árabes - Uma História de 3000 Anos de Povos, Tribos e Impérios", de Tim Mackintosh-Smith, um eminente arabista, escritor e conferencista inglês que vive no Iémen há várias décadas.
Que música está no topo da sua playlist actual?
"Solsbury Hill", uma canção do Peter Gabriel, que faz parte da banda sonora do espetáculo que estou a apresentar no Cacém.
Um filme que gostaria de rever…
O díptico "Smoking/No Smoking", do Alain Resnais.
O que deve mudar?
O que, até agora, permaneceu na mesma.
O que deve ficar na mesma?
O que esteve sempre em mudança.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
O filme "The Warriors", realizado pelo Walter Hill, e o livro homónimo do Sol Yurick, que li, praticamente, na mesma altura em que vi o filme.
Qual a próxima viagem a fazer?
Como estou à espera do nascimento de mais um filho e prestes a mudar de casa, será difícil pensar noutras viagens. Mas estou há demasiado tempo a sonhar com uma longa viagem ao Japão. Se calhar, é pegar na família toda e "sayonara".
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Viver em Marte.
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Comer, beber, meter a conversa em dia.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
O filósofo italiano Giambattista Vico, o psicanalista Sigmund Freud, o sociólogo Zygmunt Bauman e o pensador Diego Armando Maradona.
Quais os seus projetos para o futuro?
Neste momento, a estreia em Portugal do espetáculo "Catita", no dia 12 de junho, no AMAS – Auditório Municipal António Silva, no Cacém, depois da estreia mundial em França no mês passado. A seguir, voltar a ser pai e mudar de casa. Depois, a organização do festival MUSCARIUM, no teatromosca, um projeto novo na companhia em coprodução com um jovem coletivo francês Les Bâtards Dorés, a estrear em 2026, com banda sonora original do The Legendary Tigerman, viajar, conceber o novo ciclo programático do teatromosca para 2027-2030, voltar a encenar textos da austríaca Elfriede Jelinek, dar uma grande festa de casamento nas Minas da Panasqueira, com todos os amigos e família, fazer um doutoramento, ir viver para Marte...
© Catarina Lobo