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Bárbara Fonte
Artista
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Qual a última boa exposição que viu?
Revisito muitas vezes uma exposição com obras de José Barrias, Ana Vieira, António Sena, Ângelo de Sousa, Fernando Calhau, Alberto Carneiro, Jorge Martins, Lourdes Castro, Pedro Proença, Jorge Vieira, Mário Botas, Cruzeiro Seixas, René Bertholo, Michael Biberstein, José Escada, Gaëtan, Ana Jotta, António Palolo, Graça Pereira Coutinho, Joaquim Rodrigo, Nikias Skapinakis, Alvaro Lapa, Sarah Affonso e tantos, tantos, outros! Gosto de adormecer a sentir os lençóis brancos com bordados portugueses!
Que livro está a ler?
Três livros ao mesmo tempo por três diferentes razões. A Verdadeira Imagem de Hans Belting, The Object Stares Back de James Elkins e Speaking of Art de William Furlong.
Que música está no topo da sua playlist actual?
Enquanto trabalho gosto de estar em silêncio mas quando coloco música escolho sempre compositores de música do séc. XX ou XXI, desde peças para piano a óperas. Adoro estar deitada no chão e ouvir algo como Sinfonia Breve nº1 de Álvaro Cassuto. Quando viajo gosto de ligar o rádio e descobrir outro tipo de músicas.
Um filme que gostaria de rever…
Andrei Rublev, um filme russo de 1966 dirigido por Andrei Tarkovsky e escrito por ele e por Andrei Konchalovsky. Um filme que é uma construção poética sobre a vida de Andrei Rublev, um importante pintor de ícones do século XV. As Estações da Cruz, de Dietrich Bruggemann, é outro filme que gostaria de rever. É um filme alemão, de 2014, que conta a história de uma menina que ambiciona ser santa.
O que deve mudar?
O ensino, a história da arte, o feminino e o masculino, o amor, o olhar, o comportamento, o desejo, o sagrado, a gravidade, a idade, o corpo, a memória, as escalas, as prioridades, os sonhos, as ideias, os caminhos, as paisagens, o tempo, eu e os outros...
O que deve ficar na mesma?
Nada, por favor.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
Não uma mas as várias obras de Van Gogh juntamente com as suas cartas. Acreditava, quando era criança, que um dia ele se iria apaixonar por mim... Significavam a vida e a morte.
Qual a próxima viagem a fazer?
Nada definido... Gosto muito de viajar mas de alguma maneira acabo sempre por escolher ficar pelo Minho ou Trás-os-Montes... Para mim o importante é não ir sozinha. Gosto de viajar de carrinha, acampar e descobrir ossos.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Não suporto a ideia de não fazer o que faço.
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Sou uma péssima “guia”, nunca sei onde ir. Saltava para o seu bolso e deixava-o descobrir um recanto qualquer. Adoro estar tranquilamente com alguém a conversar (sem ou com palavras) numa sombra e com uma bonita vista à frente.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
Os meus pais e os meus irmãos.
Quais os seus projetos para o futuro?
Continuar a desenhar.