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Sérgio Parreira
Curador independente, crítico de arte
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Qual a última boa exposição que viu?
Presencialmente, antes da COVID-19, foi provavelmente na primeira semana de Março, Roy de Forest na galeria Venus Over Manhattan e no mesmo dia visitei também uma exposição do Roe Ethridge na Gagosian Madison Avenue. Online a última boa exposição que visitei foi o Nam June Paik Viewing Room na James Cohan Gallery.
Que livro está a ler?
Não estou a ler nenhum livro. Estou sem paciência. Ouvi outro dia uma versão completa áudio dramatizada do Romeo e Julieta do William Shakespeare e leio diariamente as newsletters do The Art Newspaper e da ARTnews e muito provavelmente como resultado das notícias do dia leio mais umas quantas coisas, entrevistas e artigos.
Que música está no topo da sua playlist actual?
Blinding Lights dos The Weekend.
Um filme que gostaria de rever…
Dead Poets Society de Peter Weir.
O que deve mudar?
Tanta coisa que tem de mudar na nossa sociedade, mas atualmente, é absolutamente imperativo que os Estados Unidos da América iniciem uma mudança radical no que diz respeito a discriminação racial sistémica no país. Uma mudança que no mínimo vai demorar duas gerações, mas tem de começar “ontem”!
O que deve ficar na mesma?
Tudo aquilo que não nos tira o sono.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
“Tentações de Santo Antão” de Bosch, empatada com “The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living” de Damien Hirst (em 1997 na Royal Academy of Arts).
Qual a próxima viagem a fazer?
“ET Phone Home” LOL Provavelmente Lisboa. Mas “viagem” /visitar, Londres.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Se dinheiro fosse um fator a considerar, talvez professor de disciplinas relacionadas com arte contemporânea / artes visuais (em mais de um local para puder pagar habitação e comida!). Se dinheiro não fosse um fator, simplesmente colecionador de arte e mecenas de artistas à moda antiga!
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Caminhar de uma ponta a outra do Highline, “obrigá-lo/a” a ver umas galerias de arte em Chelsea (goste ou não de arte), atravessar a Brooklyn Bridge a pé, e depois deixava-o/a escolher o tipo de comida para o jantar /restaurante.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
Podem ser cinco? Lars Von Trier, Aristóteles, José Gil, Carrie Mae Weems e David Hockney… Seis na realidade, temos que contar com um tradutor experiente em tradução simultânea de Grego Antigo, Dinamarquês, Português e Inglês.
Quais os seus projetos para o futuro?
Aceitam-se ideias!
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Sérgio Parreira é Mestre em Estudos de Mercados da Arte pela CUNY (City University of New York) e licenciado em Pintura pela FBAUL. Escreve regularmente sobre arte contemporanea e mercados da arte e colabora como curador independente para distintos projetos culturais e galerias de arte. Pode ser seguido em @sergiocparreira