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Adelaide Duarte
Investigadora e Historiadora de arte
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Qual a ultima boa exposição que viu?
Gaëtan, com a curadoria de Rui Sanches e de Alberto Caetano, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa. Não foi a última exposição que vi, mas foi a última exposição muito boa que vi. Absolutamente imperdível, os curadores foram exímios na montagem e no percurso que nos oferecem.
Que livro está a ler?
Vários: “O fim” de Karl Ove Knausgård; “O ano da morte de Ricardo Reis” de José Saramago, “Flâneuse”, Lauren Elkin...
Que música está no topo da sua playlist actual?
São mais compositores, do que músicas específicas: Meredith Monk, John Coltrane, Brad Mehldau.
Um filme que gostaria de rever…
In the Mood for Love, Wong Kar-Wai
O que deve mudar?
As políticas culturais: seria fundamental que o Ministério da Cultura criasse uma política cultural forte e articulada. Preocupa-me imenso que, por exemplo, o setor dos museus sobreviva sem condições financeiras mínimas, sem orçamentos dignos que permita às suas equipas trabalhar com qualidade, com autonomia, e com meios capazes de programar e de enriquecer e complementar as coleções e o património que têm à sua guarda e que constitui a memória coletiva do nosso país.
O que deve ficar na mesma?
O entusiasmo para mudar e para contribuir para essa mudança.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
Novembre, 1958, de Maria Helena Vieira da Silva, da Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva.
Qual a próxima viagem a fazer?
Por acaso vai ser Leuven, Bélgica, mas por razões profissionais.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Ser editora.
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
O que ele quisesse e eu pudesse.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
Convidaria 4 amigos; ou então, especulando, convidaria 4 colecionadores: Gertrude Stein, Dominique de Menil, Panza di Biumo, Ernest Beyeler.
Quais os seus projetos para o futuro?
Continuar a fazer investigação em colecionismo, mercado da arte e arte contemporânea, áreas difíceis, mas absolutamente estimulantes.