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Daniel Jonas
Escritor
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Qual a última boa exposição que viu?
A mais memorável ultimamente terá sido a retrospectiva de Hopper no Grand Palais.
Edward Hopper, Nighthawks, 1942, Friends of American Art Collection © Art Institute of Chicago
Que livro está a ler?
“Confissões de um opiómano inglês” de Thomas de Quincey.
Que música está no topo da sua playlist actual?
“Tomorrow started” dos Talk Talk. A versão ao vivo em Montreux, em 1986, é especialmente estimulante.
Um filme que gostaria de rever…
Nunca me cansaria de ver “Breve encontro” de David Lean. Um melodrama de 1945 baseado numa peça de Noël Coward, Still Life.
O que deve mudar?
Pessoas que acabam frases com preposições.
O que deve ficar na mesma?
A ortografia pré-acordo.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
Bíblia (arte sacra, suponho).
Qual a próxima viagem a fazer?
Se tivesse a certeza de regressar, e a duração não fosse inconveniente, uma viagem galáctica qualquer. Ia no meu vagar e dava tempo para pensar na vida. Menos lunaticamente, tenho Vancouver e Tóquio na cabeça.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Acho que daria um bom cirurgião. Gostava de remexer no interior dos outros. Ou, em alternativa, um piloto de aviação comercial. Não descartava, ainda, uma profissão no âmbito da investigação criminal. Enfim, qualquer coisa que metesse muita pressão, eu que odeio viver em pressão.
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Sou péssimo em amigos de fora e em programas.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
Convidaria Keith Floyd, Larry David, Buñuel e Freud, com a devida multa. Floyd assegurar-nos-ia um repasto memorável, Freud excelentes charutos, Buñuel dry martinis de excepção e Larry David não precisava de trazer nada.
Quais os seus projectos para o futuro?
Tentar não morrer cedo (essa idade já passou) e viver com, pelo menos, moderada qualidade de vida: racional, emocional e física. E, se possível, viver da escrita.