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Xana
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Qual a última boa exposição que viu?
Sou muito esquecido. Mas tenho boas recordações da coletiva, Silêncios, com instalações de Juan Muñoz, Joseph Kosuth, Mario Merz, Martial Raysse, Bruce Nauman, Kabakov, entre outros e com curadoria de Marin Karmitz. E também no Museu Colecção Berardo, gostei de rever o Pedro Cabrita Reis na retrospetiva de 2011. E perco-me nos processos expositivos do Curso de Artes Visuais da Universidade do Algarve.
Que livro está a ler?
Tenho lido para perceber o que os artistas dizem sobre o ato criativo, e o que mais interessante encontrei, está nos escritos dos poetas: Sophia de Mello Breyner Andresen - Obra Poética ou, numa descoberta já antiga, Poesia, liberdade livre de António Ramos Rosa.
Qual a música que que está no topo da sua playlist atual?
Gosto sempre do Lou Reed no seu “Walk on the Wild Side” e o “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno” pelo Roberto Carlos (risos).
Um filme da última década que gostaria de rever…
Fiquei perturbado com “A estrada”/”The Road” de John Hillcoat, 2009. Mas gostaria era de rever o “Numéro deux” do Jean-Luc Godard, 1975.
O que tem nos bolsos?
O pó do tempo, desde 1959, e o cotão português recolhido a partir de 2009.
Coleciona? O quê?
Nada, ou talvez Tudo.
Se só pudesse viver com uma obra de arte, qual seria?
The Snail and the Blue Nudes, um Matisse de 1953.
Qual a próxima viagem a fazer?
Não gosto de viajar, só se for obrigado (mais risos)… gostaria de voltar a Paris, mas não me interesso muito por lugares, basta-me estar com pessoas … e para isso, já é muito animado viajar entre Lagos e Faro, com passagem por Lisboa.
Se tivesse de criar uma cápsula do tempo o que colocaria lá dentro?
Muitas pessoas, o sol, uma macieira, uma videira, uma serpente… e o mar, incluindo os peixes.
Se recebesse em Lisboa um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Uma viajem no metro, outra a pé pela “Baixa”, um jantar e uma volta numa pista de dança. E diria-lhe que Lisboa é a cabeça solta de um Portugal quebrado… que é essencial descobrir e religar.
A sua última obsessão…
O azul do céu, os círculos, os sinais que apontam para o infinito. E guardo tudo isso, e muito mais, em caixas que uso para construir totens, casas e assembleias.