Links

ARQUITETURA E DESIGN




Planta Geral. Escola de Artes Plásticas ©Michel Gonzalez


Espaço de Gestação Artística ©Michel Gonzalez


Corpo e Terra ©Michel Gonzalez


Moldura arquitetónica ©Michel Gonzalez


Estrutura de ritmos ©Michel Gonzalez


Praça central ©Michel Gonzalez


Vulva ©Michel Gonzalez


Aldeia ©Michel Gonzalez


Aldeia ©Michel Gonzalez


Seios na paisagem ©Michel Gonzalez


Abóbada de barro e cristal ©Michel Gonzalez


Atelier ©Michel Gonzalez

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS

MICHEL ZECA GONZALEZ


 

 

 

Aquirir conhecimento arquitetónico em território europeu, e em especial formação em Portugal, dotou-me de respeito pela História da Arquitetura, no sentido específico das seguintes palavras do critico Jonathan Glancey:

 

“[…] es la historia de un gran esfuerzo, una de las formas mediante las cuales hemos intentado ordenar y dar sentido a nuestro mundo, un lugar tan fascinante como desordenado, y a la vez proporcionarnos cobijo. Todos vivimos y trabajamos en edificios y, desde los mas humildes a los más sublimes, todos tienen algo, aunque tan solo sea un pequeño detalle.” [1]

 

Em 2019 decidi regressar a Cuba, meu país natal, para dar início à minha dissertação de mestrado intitulada: “Arquitetura Moderna em Cuba (1947-1965): Ricardo Porro e as Escolas de Belas Artes Cubanas”. Nesta viagem de caracter puramente académico, na qual também (re)descobri parte das minhas origens,  encontrei-me com aquilo que em mim, ter-se-ia perdido, pelo facto de ter sido formado num contexto diferente do meu, onde as matérias a tratar são outras. Nesta história, que é também a minha, sigamos, portanto, o ‘pequeno detalhe’. 

Por um lado, como estudante europeu confrontava-me com uma abordagem de investigação positivista, na qual o sujeito do conhecimento está apartado do objeto de investigação. Por outro lado, paradoxalmente, tal apartamento informava-me de uma proximidade com outras linguagens; outras matérias não apreensíveis racionalmente, ou seja, já intuía esse Outro-eu, de caráter mais popular, menos informado pela História Dominante da Arquitetura. Afinal de contas ser cubano é ser africano, é ser latino, é ser europeu, e para mim foi importante (re)descobrir que no meu país todos “lo mismo tienen de Congo que de Carabalí”. [2] O que me fez consciencializar que sendo filho de mãe cubana e pai angolano, o meu ADN — o meu corpo, o mesmo que viajou — já me informava desse original (re)encontro com a origem. Então esse (re)descobrir passa a um mais simples (des)cobrir. 

 

 

Tratando-se de uma investigação em Arquitetura, o detonador foi, portanto, um objeto arquitetónico; uma vez mais, algo aparentemente fora de me mim, contudo, que de mim tudo sabia. A investigação-viagem aproximou-me cada vez mais de mim; ou seja, das minhas origens, Cuba e Angola, a Africa que conheço. Todos os meus interesses e as mais infantis curiosidades nada mais eram que caminhos que se abriam. E, uma obra em especial do arquiteto Ricardo Porro, o primeiro e derradeiro encontro.

Durante toda a minha infância, passada em Cuba, tive o privilégio de ter por perto a cultura africana e as crenças que derivam da mesma, mas pouco me foi explicado, pouco me foi dito, tudo me foi transmitido como algo que sempre existiu e fazia parte de nós, a família. Encontrei na arquitetura cubana e na sua história uma ferramenta para dar início às minhas (re)descobertas. A abordagem sobre as características arquitetónicas que criam o espaço-lugar que aqui apresento é a extensão do pensamento do seu autor, enquanto a minha experiência no lugar.

 

 

A Escola de Artes Plásticas de La Habana (1965) foi desenhada pelo arquiteto Ricardo Porro (1925-2014), como lugar de ensino para três disciplinas artísticas: Pintura, Escultura e Gravura. Esta obra teve como premissa enaltecer o valor da cultura afro-cubana, pondo em debate assuntos que escapavam aos interesses da burguesia de então, que não tinham voz na arquitetura cubana, até ao seu surgimento. No seu discorrer sobre a obra, o arquiteto privilegia o pensamento e os costumes do ser negro, e procura dar à arquitetura cubana, algo que representasse todos os cubanos: Uma obra inclusiva.

Adotei a seguinte postura da investigação: Viajei para Havana dispondo apenas de informação sobre os aspetos mais elementares da obra, ainda que já tivesse reunido uma grande parte da bibliografia sobre este estudo de caso. Estava determinado a experienciar o espaço de maneira ingénua; tirar a capa do arquiteto que tudo sabe antes da experiência sensível, e que por isso pouco se surpreende. Deste modo, permiti-me ser informado pelo que já trazia comigo, o meu próprio corpo, por aquilo que não foi por mim pensado. Tratou-se de me deixar levar pela arquitetura, permiti-me experienciar esta obra em tensão co-criativa. 

A minha experiência do espaço e registo fotográfico não seguiram a linearidade da investigação teórica realizada até então. No lugar, tudo me aparecia como um excesso; algo benignamente transbordante, que não se permitia conter pela teoria, como se esta obra para ser compreendida demandasse outra postura. Percebi que a arquitetura falava para além dos seus aspetos físicos e soluções técnicas, senti que a obra carregava uma portentosa poética, que nenhum minimalismo formal poderia superar – quando apenas entendido como uma exterioridade sem correspondência com uma interioridade. Esta era uma obra que não falava de ausência e sim da presença exuberante da multiculturalidade. África fez-se ali presente e o meu corpo testemunhava.

Ao estabelecer as bases para dar início à investigação do estudo de caso, inicia-se um diálogo interior entre a minha experiência espacial e a descoberta teórica, onde as minhas questões começam a ter resposta, descobri que como mencionei anteriormente, neste lugar trabalham-se os valores da herança afro-cubana: Da Terra, o tijolo material-terra, transforma-se em pele negra, assumindo-se a sua cor natural, sem artifícios. Do mesmo modo, Ricardo Porro reverte o artificial preexistente campo de golf burguês, transformando a topografia suave do terreno no andar sensual da mulher cubana, exaltando-a.

 Diferentemente do que sucede na Arquitetura Moderna – capítulo incontornável das História Dominante da Arquitetura – não existe um embasamento, antes, uma continuidade entre os dois corpos; ou seja, nada interfere entre a Terra e corpo arquitetónico. O espaço que desta relação resulta é orgânico, fazendo com que a sua fluidez faça ali renascer uma aldeia-cidade africana, proporcionando inúmeros contactos entre as pessoas. Neste projeto, todos os caminhos conduzem a uma praça central, marcada por uma escultura que utiliza como metáfora, precisamente, a vulva. Por sua vez, os atelieres com abobadas de barro assemelham-se ao peito da mulher, dando ao mesmo tempo no seu interior abrigo ao desenvolvimento da vida do artista, também ele em gestação, prestes a nascer para o mundo.

 Porquê todo este Erotismo? Ao contrário do que acontecia na arquitetura, a música e a poesia popular cubana dos anos 40 e 50, não careciam de autores afro-cubanos, estes tanto nas suas músicas como na sua poesia utilizavam o erotismo constantemente. Na rumba a dança entre o homem e a mulher encena a sedução e a conquista entre ambos; é uma dança totalmente lasciva. Ricardo Porro como arquiteto entendeu que na sua obra também poderia tratar estes assuntos, tornados matérias-primas da sua arquitetura.  

 

The implication of Eros in primitive religions is much greater than the male-female relationship. It is also the way of planting the earth, which is transcribed as a coitus between man and the earth: a whole profund meaning emerged from the crucible of this notion of Eros. This is the sense I wanted to give to the School of Plastic Arts.” [3]

 

Trabalhar como matéria a terra e a própria paisagem em si, completa o ciclo de uma arquitetura que surge do seu próprio solo, o solo cubano. Esta demora no pensar a relação com a Terra, lembrando que este é um projeto de 1965, não manifestará, de um modo geral, uma postura contemporânea, atendendo à emergente preocupação com o reconfigurar da nossa relação com a Terra?

 O percorrer da obra – os seus caminhos e espaços de permanência – é em si mesmo a (re)descoberta dos ritmos afro-cubanos. Confirmei com o meu corpo, que a obra é formada por sucessivas sequências; cadências que se sentem na pele, espaços sonoros, de variadíssimas evocações, por vezes turbulentos como o toque/som do tambor, capazes de despertar no nosso interior um estado performativo, numa descoberta constante. Este é um espaço que cheio de metáforas e significados, capaz de transformar qualquer (pre)conceito.

Como muitos cubanos sai do meu país para ter acesso, adquirir ferramentas, e conhecimento que de alguma forma poderiam exceder os limites impostos no mesmo. Estudar arquitetura era um deles, a viagem – de ida e volta – tornou-se deste modo um primeiro construir: Construir um território triangular imaginário Cuba, Angola, Portugal – desenhado pela minha singularidade, até então, inexistente, como se fosse possível fazer do meu ADN um material de construção. Consciente, contudo, que o meu próprio ADN é, por seu turno, uma construção dos meus ancestrais. É neste ponto, que a minha singularidade se encontra com muitas outras singularidades, passadas e futuras. É neste ponto também que a minha história se encontra com a História da Arquitetura. A possibilidade de inscrevermos a nossa singularidade detona a palavra Dominante. Esta consciência e liberdade encontrei-a através da arquitetura, (des)cobrindo-me até chegar a um destino comum: África Mãe, de onde vêm tantos materiais de construção poética que me interessam e que ainda não conhecemos.

 

Michel Zeca Gonzalez

Nasceu em Cienfuegos, Cuba, em 1995, e tem raízes em Angola. Mestre em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa (2013-2019). Entre 2014-2018 colaborou com o coletivo de artistas e arquitetos Os Espacialistas, onde participou em diversos projetos e exposições, desenvolvendo um especial interesse por explorar os limites da profissão. Desde 2016 colabora na revista arqa (Arquitetura e Arte), como fotografo. Em 2018, cofundou DEL MEDIO atelier, sedeado em Lisboa, atelier criativo multidisciplinar, que estabelece a sua atividade entre Cuba, Portugal e Angola. 

 

::: 

 

Notas

[1] Jonathan Glancy, História de la Arquitectura, Barcelona, Blume, 2001, p. 7. 
[2] Expressão popular  utilizada em  Cuba para aludir ao fato de que todos temos traços da raça negra, pois tanto os congoleses quanto os carabalí são negros. Os congoleses correspondem a um grupo étnico originário do antigo reino do Congo, que, juntamente com Angola, introduziram em Cuba as fundações dos complexos religiosos de "Palo Monte", também chamados de "Palo Congo”. A etnia carabalí pertence à Costa de Calabar, no sul da Nigéria, de onde partiram milhares de escravos no final do século XVIII e primeira metade do século XIX.
[3] Ricardo Porro, Ricardo Porro Architekt. Paris, Verlag Ritter Klagenfurt; L`institut Français dÀrchitecture, 1994, p. 59.