Links

ARQUITETURA E DESIGN




Francisco e Manuel Aires Mateus. Fotografia: Francesca Gramegna.


Zaha Hadid. Fotografia: Francesca Gramegna.


Zaha Hadid. Fotografia: Francesca Gramegna.


Peter Zumthor. Fotografia: Stefano Tornieri.


Toyo Ito. Fotografia: Laura Fregona.


Toyo Ito. Fotografia: Laura Fregona.


Urban-Think Tank, com Justin McGuirk e Iwan Baan. Fotografia: Stefano Tornieri.


Urban-Think Tank, com Justin McGuirk e Iwan Baan. Fotografia: Laura Fregona.


Urban-Think Tank, com Justin McGuirk e Iwan Baan. Fotografia: Laura Fregona.

Outros artigos:

2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?

STEFANO TORNIERI E PEDRO CAMPOS COSTA


A 13.ª Bienal de Arquitectura de Veneza terminou há apenas dois meses e ainda antes de se saber qual era o tema da próxima já existia um frenesim à volta do nome proposto. A nomeação de Rem Koolhaas para a 14ª Bienal foi recebida com exagerado entusiasmo, numa clara ansiedade de dar sentido a uma Bienal que procura ser central na discussão dos problemas mundiais e das suas vertiginosas mudanças.

De facto, qual o sentido de uma Bienal quando a resposta da maioria dos arquitectos ao repto do Common Ground proposto por David Chipperfield na 13.ª Bienal foi uma exposição de projetos e de personalidades? Infelizmente, estes projectos e personalidades simplificaram, banalizaram o debate, numa desactualizada visão heróica da autonomia disciplinar.

A proposta de Chipperfield pressuponha o contrário: um caminho das ideias colectivas e das ambições partilhadas, tentando afirmar a existência de um terreno comum, de uma cultura arquitectónica comum onde se retém um envolvimento da sociedade e de participação. Apesar da grande maioria perseguir uma auto-celebração, também surgiu uma segunda direcção que respondeu de forma muito clara ao desafio e que demonstrou que acredita na cooperação, na partilha e na colaboração multidisciplinar e social.


Visão disciplinar

Muitos dos arquitectos interpretaram o terreno comum concentrando-se na autonomia disciplinar fechada, num solipsismo criativo com produção de formas úteis apenas para confirmar a sua própria poética.

Grafton Architects mostraram-se devedores dos espaços nus de Paulo Mendes da Rocha, propondo uma relação de longa distância entre maquetes em diferentes escalas sobre questões comuns da arquitectura, o vazio, a estrutura, a linguagem mínima. Nas paredes estavam vários esquiços relativos aos projectos expostos, que ilustravam a ideia e a capacidade de síntese formal da mão do arquitecto.

Uma grande escultura de ferro assinada por Francisco e Manuel Aires Mateus, localizada ao lado do arsenal de Sansovino, tentou falar com a história local através de uma geometria contemporânea. As experiências com metais alcançaram picos com Anish Kapoor e Richard Serra, mas este trabalho comunicou mais com os temas desenvolvidos pelos arquitectos Aires Mateus nas suas casas (ver casa em Monsaraz) e, em geral, com toda a sua carreira artística construída principalmente sobre o tema dos contrastes como sólido-vazio, abstracto-real, compacto-fragmentado.

Peter Eisenman expressou sua ideia de um terreno comum com outros professores e estudantes da prestigiada Universidade de Yale, trabalhando em fantásticas e imaginativas camadas sobrepostas (collage city), oferecendo jogos complexos entre novas visões arquitectónicas e a tavola de Campo Marzio de Piranesi. Numa recente entrevista à revista Mark (n.º 41), o arquitecto americano especificou que a sua participação apenas serviu para se mostrar – “just to show myself”.

Uma série de maquetes penduradas mostraram o profundo vínculo teórico que liga Zaha Hadid com os pioneiros da pesquisa estrutural, como Felix Candela ou Otto Frei Heinz Isler. A flor de aço, construída entre as colunas do Arsenal, fragmenta a percepção do espaço e é de grande impacto expressivo, mas permanecem apenas como uma reafirmação da carreira artística da arquitecta iraniana.

Peter Zumthor passou directamente para os meios de comunicação. Wim Wenders realizou um documentário sobre ele, desenvolvendo a investigação que já começou dois anos antes do potencial do vídeo em relação à percepção do espaço. Desta vez, o título do documentário é: One day in the life of an architect. O sujeito já não é uma obra mas sim o próprio Peter Zumthor. O documentário resulta numa mistificação pura da vida quotidiana, numa exaltação do eremita isolado de tudo.


Arquitectura como plataforma

O Leão de Ouro para a melhor participação nacional foi atribuído a Toyo Ito e à sua proposta de apelo social fortemente marcada pela relação com uma situação de tragédia. Após o tsunami de 2011, a situação de terrain vague provocou a discussão em torno da capacidade “auto regenerativa” do homem. A reutilização de resíduos foi algo para além da reutilização de espaços abandonados e tornou-se a resposta à dúvida sobre se a arquitectura pode ser feita num não-lugar. A colaboração entre arquitectos e habitantes foi verdadeiramente um terreno comum. Uma colaboração e uma função social clara para a arquitectura, num sítio onde depois do tsunami era preciso reconstruir não só casas mas lugares públicos e uma identidade perdida. O trabalho de Ito fez-se de gente e construiu-se como uma plataforma, uma verdadeira plataforma construtiva. Os resíduos foram os materiais para uma composição em que o domínio da forma e da linguagem perderam sentido.

O testemunho de Ito ensinou-nos que a ambição e o objectivo da pesquisa arquitectónica deve redireccionar os seus esforços no sentido de voltar a dar significado ao fazer arquitectura. Questionando, ao mesmo tempo, os fantasmas da última década sobre a redefinição da profissão de arquitecto. Acreditando no projecto como participação e como oportunidade de diálogo com as pessoas. Afastando-se das torres de marfim do conceito de arquitecto como figura autónoma. Trabalhar com os restos de uma catástrofe não é apenas uma operação física. É também ideológica. É uma ideia para o futuro da arquitectura em que o material para o projecto é tudo o que o lugar tem para oferecer.

O evento colateral da participação mexicana foi um bom exemplo para o tema da reabilitação urbana. Neste caso, não ficou apenas pela intenção, desenvolvendo-se num lugar da cidade de Veneza. Através de um acordo entre o México e o Município de Veneza, a igreja de San Lorenzo acolherá o Pavilhão nacional Mexicano na Bienal de arte e arquitectura para os próximos nove anos. Em troca, o México assumirá o restauro da antiga igreja que se encontra num perigoso estado de abandono desde 1920, numa remodelação que devolverá o monumento à cidade. Miquel Adrià, o curador do pavilhão do México, previu para os projectos seleccionados um túnel formado de painéis coloridos em frente à entrada da igreja, incluindo simultaneamente uma visita à obra como parte da exposição. A operação teve um alto impacto material. A experiência da obra, ao entrar-se num espaço activo, em transformação, torna-se assim um símbolo da participação colectiva na transformação da cidade.

O projecto expositivo do pavilhão Torre David: Gran Horizonte, concebido pelo colectivo Urban-Think Tank, em colaboração com Justin McGuirk e Iwan Baan, ganhou um Leão de Ouro. O projecto retratou o fenómeno da Torre David, um moderno edifício de vidro e betão localizado no centro de Caracas que acabou por não ver concluída a sua construção devido à crise económica. Desde 2007, a Torre, parcialmente inacabada, foi sendo ocupada por 650 famílias desabrigadas. Colectivamente, estas famílias criaram a maior comunidade organizada à escala global, com casas para idosos e deficientes, e administraram um verdadeiro sistema de vigilância organizado pelas pessoas que lá vivem para a segurança do edifício. Dos 45 andares da Torre David, mais de 28 são ocupados por cidadãos que criaram lojas e actividades. O Leão de Ouro para o melhor projeto da Bienal foi assim para um projeto fracassado, para um sonho da modernidade que permaneceu inacabado, para um espaço que regressou à vida graças a um acto quase heróico. Um acto em que aqueles que não têm nada recuperam um edifício abandonado pela sociedade para reinventar uma função, um novo uso.

Este projectos refrescam a Bienal e os prémios que receberam demonstraram essa evidência, essa ansiedade de outra perspectiva, de uma outra formulação para além do umbigo do arquitecto.


Winds of change

A Bienal, ao premiar e distinguir a importância da arquitectura socialmente útil, não reconhecida pela autoria mas pela qualidade social e urbana que é capaz de gerar, acabou por contradizer a total isenção de crítica ao star-system. Como se procurasse um consenso generalizado totalmente desnecessário. Mesmo que a Bienal de Veneza tenha concorrentes mundiais e talvez já não seja a principal exposição de arquitectura no mundo, é ainda um centro de debate internacional e como tal deve exibir e seleccionar com coragem e frontalidade os projectos que estimulem esse debate. Esta timidez cria um equívoco ou um acto falhado como se existisse uma dislexia entre aquilo parece que se queria e aquilo que efectivamente foi.

Em torno destas questões, alguns críticos influentes têm mostrado a necessidade de uma mudança radical. Como Michael Rojkind que, em vez de common ground, propõe um ground zero: “First, I would choose a curator based on the proposal involved – and not the name. I do not think everything should be common. We live in a world with constant polemics and no stability. So the discussion should be about how to embrace instability rather than about what we have in common. It’s too pacifying.” (Mark, n.º 41)

Winy Maas, dos MVRDV, critica a falta de visão do futuro da Bienal: “I think the Biennale is somehow too small. I would push the pavilions outside – extend the show to the city, in the gardens, on the water. I miss the involvement of people, and if I compare it with Documenta, I miss that speed, of which i cannot get enough. In the current edition, I find too many observations on the future. I see too much repetition, which doesn’t inspire me much.” (Mark, n.º 41)

Estamos à espera então de uma Bienal que represente e investigue esta crise através de um debate aberto alimentado por iniciativas mais radicais e mais críticas. Como foi recentemente sugerido por Pedro Gadanho, novo curador no MoMA: “A curadoria é a nova crítica”. Se pensarmos nas Bienais de Arte de Veneza dos anos 1960 e 70, não é uma ideia inovadora. No entanto, hoje é uma postura mais necessária que nunca. Ao contrário de um terreno comum estático e autónomo, o contexto em que os arquitectos são chamados a projectar não é estático. O contexto está em constante mudança, vibra. Como sugerido por Hans Hollein em 1996, o arquitecto, como um sismógrafo, deve agir criticamente.

Nas palavras do colectivo Urban-Think Tank: "Nós viemos de séculos em que os arquitectos e urbanistas viviam num clima em que foram colocados num pedestal, enquanto o projecto, socialmente orientado, foi considerado uma reflexão tardia. Com o tempo, essa tendência perdeu a sua importância. Hoje, o mundo exige algo mais complexo para arquitectos e designers, e esperamos que o nosso trabalho, tanto na prática como na investigação, possa fazer parte desta mudança de paradigma." (Ghirlandaio, www.ilghirlandaio.com)


A Bienal de Veneza não pode ser um vazio total de ideias onde não se pergunta ou se especula sobre a maior transformação económica social e política mundial depois da segunda guerra mundial. Recordando o título de um tema de Bill Callahan (Smog), “Dress sexy at my funeral", um funeral não o deixa de ser com vestidos de alta costura por muito sexy que sejam. Um funeral é um mero enterro, uma despedida, um último adeus. Está na hora de deixar ir o morto em paz. Que se faça a cremação e respectivos rituais de despedida. Que venha daí o próximo evento. Que a próxima Bienal de Arquitectura seja, no mínimo, uma proposta de casamento com uma festa à moda antiga: back to basics.


::::

[os autores escrevem de acordo com a antiga ortografia]

::::

Stefano Tornieri
(Arzignano, 1985) Arquitecto pela Università IUAV di Venezia em 2009 e estudante Erasmus na ETSAB de Barcelona. Em 2010, participou na missão arqueológica italiana a Hierapolis di Frigia, na Turquia. É assistente convidado no IUAV de Veneza desde 2010. Actualmente, é doutorando em composição arquitectónica na Università IUAV di Venezia sob orientação de Carlo Magnani e Jorge Figueira.

Pedro Campos Costa
(Lisboa, 1972) Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em 1997. Sócio fundador de Campos Costa arquitectos desde Novembro de 2007. Vencedor de vários prémios, nos quais se destaca o 40 under 40 europe's emerging young architects and designers (2012). Membro da Redacção da equipa Editorial do Jornal Arquitectos (2012-2014). Lecciona no Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa.