Links

ARQUITETURA E DESIGN




Ana Jotta, Mesa de Luz, 1981. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Marcius Galan, Isolante, 2007. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Paulo Nozolino, Obs.3, 2008-09. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


António Barros, Escravos, 1977. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Bruce Nauman, Amazing Fountain (Portuguese), 1998 e António Barros, Autista, 1985. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Fernando José Pereira, Interior, 2003. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Richard Long, Earth Circle, 2001. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Miguel Palma, Engenho, 1993 e Pedro Tudela, Rastos, 1997-98. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Miguel Palma, Engenho, 1993 e Pedro Tudela, Rastos, 1997-98. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Vista geral da exposição, Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.


Runa Islam, Parallel, 2001. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.

Outros artigos:

2024-10-30


ENTRE O BANAL E O SINGULAR : UMA LEITURA DE LOOS, ROSSI E SIZA


2024-09-23


ATELIER RUA: O TRIUNFO DA SIMPLICIDADE QUE INSPIRA UMA GERAÇÃO


2024-08-22


ANA ARAGÃO E GONÇALO M. TAVARES: O EXERCÍCIO REPARADOR DA CIDADE


2024-07-14


SIZA: O SUJEITO ENTRE VERBOS, NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


2024-05-22


EXOUSIA — É POSSÍVEL, É PERMITIDO...MAS NÃO, NÃO PODE


2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES

CONSTANÇA BABO


 

 
O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões torna-se, até ao dia 17 de setembro do presente ano, o habitat de trinta e três obras de arte contemporânea. Esta magnífica iniciativa é possibilitada por uma triparceria entre a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e a Câmara Municipal de Matosinhos.

 

O recente edifício do Terminal de Cruzeiros foi inaugurado no dia 23 de julho de 2015, mediante uma cerimónia oficial de importância equivalente à do próprio espaço, o "maior projeto de sempre de abertura do porto à cidade" segundo afirmou a APDL à agência Lusa. Localizada em Matosinhos, a infra-estrutura acompanha o cais construído em 2011, ambos determinando o início e o término da atracagem dos cruzeiros, facilitando o fluxo destes e, sobretudo, dos seus passageiros. Acrescente-se que o edifício do terminal acolhe o Parque de Ciência e Tecnologia do Mar da Universidade do Porto e outras unidades de investigação.

 

Da autoria do arquiteto Luís Pedro Silva, constatamos tratar-se de uma construção complexa e singular. Apresenta-se como um espaço amplo, despojado e, como se observa noutros projetos do mesmo arquiteto, parte de uma concepção e geometria contemporâneas que criam uma relação de proximidade e harmonia com o ambiente natural em redor. Neste caso, é particularmente interessante que parte das paredes da estrutura sejam cobertas por uma textura de azulejos brancos em escamas à semelhança dos peixes. Assim, o terminal constitui, para o público, um desafio de o percorrer e contemplar, algo que se intensifica exponencialmente perante a perspetiva da concretização de uma exposição de arte. Os predominantes tons de branco e cinza compõem também uma tela convidativa ao artista que for capaz de lhes responder e aí intervir. Ora, Miguel von Hafe Pérez está, sem dúvida, apto para tal exercício, com uma visão curatorial tão surpreendente e atual quanto as obras de arte mais contemporâneas.

 

É assim que a escolha do comissário a partir da coleção do Museu de Serralves resulta numa seleção de peças assinadas por 26 artistas, nacionais e estrangeiros. Com um espaço temporal entre os anos 60 e a atualidade, procurou criar um diálogo entre obras portuguesas e internacionais, numa tentativa de revisitar peças que não tenham sido expostas nos últimos anos.

 

A iniciar a exposição, ainda antes de entrar no edifício, apresenta-se A casa dos murmúrios (1990), de Pedro Cabrita Reis, que joga com a questão da escala e provoca, como o curador diz, "uma ressonância muito particular". Relacionando-se com o espaço, a estrutura evoca a água, o seu percurso, fluxo e armazenamento, em diálogo com o mar que se anuncia em frente e com o carácter orgânico e industrial do edifício.

 

Também as duas obras, dos anos 90, que ocupam o hall de entrada do terminal, manifestam-se inesperadas e, simultaneamente, bem enquadradas. Do lado esquerdo, um carro, objeto de trânsito e passagens, de Miguel Palma, com o título Engenho (1993) e, à direita, uma grande instalação de Pedro Tudela. Esta última, Rastos (1997-98), foi prontamente imaginada pelo curador para ser instalada nessa parede do edifício. Para tal, propôs ao artista que a repensasse e recriasse, alterando a sua posição horizontal para vertical. Como Tudela explica, a peça tanto engole como projeta, representando, assim, um movimento, um outro trânsito, neste caso, visual e sonoro.

 

No primeiro andar, onde se encontra o corredor de passagem para a doca do porto, há uma clara noção das milhares de pessoas que percorrem este espaço. Deste modo, as obras que aí foram colocadas apelam a todo o indivíduo social, principalmente o europeu. Podendo ser reativadas e suscitando um novo entendimento sobre si mesmas, estas formas não se relacionam somente com o contexto em que foram concebidas. Como Georges Didi-Huberman sublinhou, é possível resgatarmos os objetos do passado para os recebermos com novas interpretações. Ora, nesta exposição revemos e relemos os trabalhos de Bruce Nauman, Ignasi Aballí ou Paulo Nozolino, entre outros. E, perante a atual circunstância política e social que vivemos, como europeus, podemos gritar como Cristina Mateus, em 1997, no vídeo Grito, ou construir uma arte radical, fundamentalmente de cor preta, como anunciou Theodor W. Adorno e Avelino Sá reproduziu em Negro (1992).

 

João Tabarra, Barricadas improvisées, 2001. Serralves 2017, Passagens, Terminal Leixões. Fotografia: Pedro Figueiredo.

 

Como Miguel von Hafe Pérez afirma, a arte pode servir para ver as coisas de uma nova perspetiva. Na obra de Denis Oppenheim, Posto de visionamento (1967), com efeito, encontramos uma estrutura através da qual podemos observar a paisagem exterior, sendo esta uma das obras que, em conjunto com o edifício, nos oferece uma maior experiência física, visual e perceptiva. Nessa mesma medida anuncia-se a obra de Richard Long, Earth Circle (2001), a única disposta no terraço do terminal. Composta por um elemento natural, o granito, aproxima-se do ambiente que a circunda e oferece uma nova óptica sobre a arte e, claro, o azul do céu, da água e da praia de Matosinhos. A paisagem, já por si só magnífica, ganha com este elemento que com ela entra em diálogo, uma nova vida e dinâmica.

 

Sendo Passagens a primeira exposição realizada no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, Fernando Rocha, Vereador da Cultura de Matosinhos, observou que a "arte é uma forma de democratizar este edifício", considerando que o espaço da Cultura não são só as galerias, mas também o nosso território e o que o compõe. O Presidente da APDL Eng.º Brògueira Dias, , considerou a ocasião enriquecedora e identificou o desafio que esta contém, tanto pelo edifício como pelas próprias particularidades de cada obra. Miguel von Hafe Pérez acrescenta ainda que o público é desafiante, sendo, nesta exposição, mais diversificado do que nos usuais contextos expositivos e também, possivelmente, menos habituado a interagir com produções artísticas.

 

Para todos os outros espetadores que procurarem visitar a exposição, esta encontra-se aberta todos os domingos, das 9h30 às 13h00, estando a tentar-se prolongar a sua abertura ao resto desse dia da semana.

 

O Museu de Arte Contemporânea de Serralves comprova, uma vez mais, a sua imensa vontade e determinação em expandir-se e levar a arte a espaços exteriores a si mesmo. Como a Presidente Ana Pinho referiu na inauguração, trata-se da possibilidade de pensar a produção artística para um contexto muito menos formal e institucional. Sendo este um dos grandes objetivos de 2017 e que determina a exposição Passagens, constrói-se uma programação plural, heterogénea e dinâmica. Ora, quando esta ação é realizada por Miguel von Hafe Pérez, antevê-se uma acentuada experiência estética e um resultado de sucesso verdadeiramente brilhante.

 

 

Constança Babo