Links

ARQUITETURA E DESIGN




Debate com Manuel Vicente, João Afonso e Ana Vaz Milheiro (Agosto, 2011). Fotografia: Carolina Polyviou.


Cartaz com o programa “Manuel Vicente, Trama e Emoção”. Imagem: ©itemzero.


Exposição “Manuel Vicente, Trama e Emoção”, Museu do Oriente, Lisboa. Fotografia: João Afonso.


Exposição “Manuel Vicente, Trama e Emoção”, Museu do Oriente, Lisboa. Fotografia: João Afonso.


Exposição “Manuel Vicente, Trama e Emoção”, Museu do Oriente, Lisboa. Fotografia: João Afonso.


Exposição “Manuel Vicente, Trama e Emoção”, Colégio das Artes, Coimbra. Fotografia: João Afonso.


Exposição “Manuel Vicente, Trama e Emoção”, Colégio das Artes, Coimbra. Fotografia: João Afonso.


Film still de “Learning from Macau #2”, filme realizado por José Maçãs de Carvalho.


Capa do livro Manuel Vicente, Trama e Emoção / Plot and Emotion. Caleidoscópio: 2011. Imagem: ©itemzero


Colagem, Concurso de Ideias de Arquitectura para a Expo’98 (© FAUP/CDUA/Fundo MV).

Outros artigos:

2024-10-30


ENTRE O BANAL E O SINGULAR : UMA LEITURA DE LOOS, ROSSI E SIZA


2024-09-23


ATELIER RUA: O TRIUNFO DA SIMPLICIDADE QUE INSPIRA UMA GERAÇÃO


2024-08-22


ANA ARAGÃO E GONÇALO M. TAVARES: O EXERCÍCIO REPARADOR DA CIDADE


2024-07-14


SIZA: O SUJEITO ENTRE VERBOS, NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


2024-05-22


EXOUSIA — É POSSÍVEL, É PERMITIDO...MAS NÃO, NÃO PODE


2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS

MANUEL GRAÇA DIAS


Manuel Vicente é um arquitecto sem "caução". Não a pede a ninguém, nem historicamente nem contemporaneamente.

Para si, cada arquitecto deveria aprender do real verdadeiro (o qual englobaria tanto a história como a contemporaneidade), a apreensão que o levasse a imaginar sozinho. O que não tem nada de solitário: sozinho, como único. O método é sozinho, mas nasce agarrado à absoluta vontade de depois o compartir, discutir, comparar, ler, ver, curiosamente informar, informando.

Desenhos ajustados mas evitando o modismo. Trilhando caminhos inusuais; não pisando clichés, mas amarrando o rabo de um irrequieto ou lúbrico macaco à proposição de possibilidades confortáveis de vida, a partir de um encontro com soluções diferentes ou aparentemente banais; soluções que deixam de o ser (banais), por se re-situarem numa nova organização que frusta o que julgamos saber quando olhamos sem curiosidade o banal. O desejo emotivo de forma, de alegria ou de enfeite (tributo de generosidade, drama atrevido oferecido ao olhar), é domado à vontade programática que é amplamente sentida, questionada, criticada, debatida; até se tornar ideologia.

***

"Manuel Vicente, Trama e Emoção" corresponde a um conjunto de acções a propósito da obra de Manuel Vicente, conjunto comissariado por João Afonso, englobando várias mostras, publicações, colóquios, mesas redondas, debates; a Exposição, o lado mais visível, foi inaugurada em Lisboa (Museu do Oriente, Junho a Agosto de 2011), de onde seguiu para Coimbra (Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, Setembro a Outubro, 2011), estando ainda prevista a sua passagem pelo Porto (Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Novembro a Dezembro, 2011) e Guimarães (Escola de Arquitectura da Universidade do Minho, Janeiro a Fevereiro, 2012).

Saliente-se o inteligente percurso itinerante, rentabilizando um esforço inicial, sendo que, ao contrário de outros eventos mais circunstanciais, aqui, a programação surge na origem do projecto mesmo e não como resultado de coincidências posteriores. Inteligente, ainda, a aposta no trilho académico, como modo de tornar a exposição verdadeiramente didáctica e eficaz. (Se o Museu do Oriente não está ainda arreigado nos hábitos lisboetas, e se o calendário inaugural se poderia prever desastroso, não permitindo uma afluência mais numerosa, saúde-se, contudo, o segundo momento da Exposição, durante os meses mais académicos do primeiro semestre).

A Exposição resulta de um trabalho (apoiado pela Direcção-Geral das Artes) de sistemática identificação e classificação de grande parte do espólio dos ateliers de Macau e de Lisboa de Manuel Vicente (MV), que o mesmo depositou à guarda da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, já há alguns anos.

São armários metálicos cheios de originais ou reprolares referentes a inteiros projectos, suas variadas fases e hesitações; são caixas e pastas e cópias dobradas e costas de A4 desenhadas, e esquissos suportando colagens, fotocópias gastas riscadas a tinta branca, o pincel da correctora a par da tesoura, a letra expressiva escrevendo em volta.

Alguns destes papéis verdadeiros estão presentes na Exposição; não muitos, dado o embaraço da escolha; eles que precisariam de figurar em excesso para se começar a impor!

A Exposição (a sua crítica), aliás, deveria passar por aqui. A obra de MV é por tão demais difícil, pessoal, diferente – do coleccionismo mainstream, das suas higiénicas preferências –, é tudo tão fora, tão alheio ao que os ajuizados pensam saber, tão desalinhado dos enjoados despachos distanciadores do pouco generoso minimalismo de serviço, tão afastado do "que está a dar", que, quanto a mim, a atenção à sua obra só se poderá atingir através do excesso que sublinhe e imponha a diferença.

Contra a violência do "nada", que uma suposta elegância muda imita e compõe hoje no discurso (da elite) dominante, ter-se-á que contrapor, violentamente, sem concessões, um coerente e cheio discurso outro que prove, à exaustão, muitas outras possibilidades da Arquitectura, que insista, e seja redundante e redondo e reflexivo.

Nesse discurso oposto deve constar o discurso de Manuel Vicente: o discurso falado, o discurso desenhado, o discurso construído; tudo partes de um mesmo discurso: o ideológico.

Vive-se hoje um momento de abstracção ideológica, escondida e disfarçada dentro dos contornos da abstracção geométrica.

O que é abstracção ideológica?

São opções, tão profundamente políticas como quaisquer outras, montadas por dentro da diluição de um dizer que fosse inteligível e concreto (porque concretamente apoiado na realidade), e tivesse como verdadeiro objectivo "mudar o mundo"; discurso confundido muitas deliberadas vezes com "escolhas artísticas" e contrapondo apenas o vazio aos gestos humanos que, quer queiram ou não, os registos fotográficos hão-de, inevitavelmente, habitar, sujar e ocupar os espaços dados, sem lifestyle ou glamour.

Creio pois que o enorme passo que João Afonso deu, arrumando e classificando grande parte do legado, expondo depois um pequeno bocado, sem especial obsessão cronológica, misturando materiais (esquissos, folhas de projectos, colagens, fotos, cópias e originais, do autor ou de antigos colaboradores) e saltando – propositadamente? (privilégios de comissário) –, alguns trabalhos também marcantes, foi, ao expor depois tudo debaixo de "pratos" em plástico vermelho (que expeditamente nos remetem para o animado e impuro ambiente dos mercados no sul da China), um óptimo contributo para o início da compreensão deste arquitecto cuja obra ainda é muito pouco conhecida ou estudada em Portugal.

A Exposição contém, então, ainda que eu a ache pouco excessiva (e, por aí, pouco ilustradora dos excessos de MV) factores diferentes para agradar a diferentes públicos.

Os "Arquitectos" olharão a amostragem de desenhos e possibilidades de desenho, o modo de encurvar as curvas que o jeito de MV faz entrelaçar; os sinais que os cobrem depois de cor ao longo dos diferentes programas ou fachadas; as imagens fotografadas planas presentes. Os "Arquitectos" (aqueles que não se acomodam especialmente ao saber feito ou a um qualquer fetiche, de culto de personalidade ou de insegurança compreensiva) lerão cada alegria que as folhas de papel determinam como unidades únicas do exercício empenhado de projectar; cada tentativa ou erro, como a ilustração própria da generosa vontade de experimentar outra e outra hipótese, outra e outra inconformada e insatisfeita preocupação.

Já os "Artistas" procurarão nos filmes de José Maçãs de Carvalho [1] o estilismo rigoroso e violento que caucionará o olhar contemporâneo sobre a estranheza percebida. Sairão parcialmente acontentados pelo suplemento "reconhecível" de vazio (no verdadeiro sentido da palavra: o filme sobre o Fai Chi Kei consiste num longo plano fixo de doze minutos (?) sobre os terrenos tornados vazios depois da violenta demolição perpetrada, ouvindo em off MV, desenhando com a voz a emocionada descrição do espaço antigo); sairão parcialmente descansados do "excesso".

Finalmente, os "Estudantes" demorar-se-ão, principalmente, nas maquetas, conseguindo ler o espaço em algumas, o espaço para lá da forma. Os estudantes irão aderir ao corpo de maquetas que enche a sala, porque elas falam a sua linguagem. São feitas por outros estudantes a quem foi pedido a compreensão dos espaços que representavam [2]. Assim, as maquetas estão próximas entre si, não só pelo branco do cartão-espuma e pela escala, mas sobretudo pelo amor que se lhes desprende: foram afectivamente compostas, percebidas, montadas; não são maquetas-objectos-artísticos distantes para encherem de oco kitsch qualquer galeria branca. São maquetas para se imaginarem com pessoas dentro.

O catálogo/livro [3], "a primeira publicação inteiramente dedicada à obra de Manuel Vicente", surge-nos mais complexo. Misturado, em termos de suportes (com uma capa que constitui, por si, um certo "erro de casting"), com a informação técnica por vezes pouco rigorosa (ainda que de sistematização difícil, em arquitecto tão pouco preocupado em se biografar), perdida a oportunidade de estancar alguns erros que se acumulam (quanto à hipótese de co-autorias e colaborações, datas, fases de conclusão, etc.) desde, pelo menos, Manuel Vicente: Caressing Trivia, de Eric Lye (2007).

A boa parte, porém, respeita aos óptimos (e originais) textos de enquadramento [4], à divulgação de projectos completamente desconhecidos, como os magníficos projectos nunca construídos: o CODA [5] de 1962, ou a Junta de Freguesia da Parede (1973-1974). Ou à divulgação de projectos menos conhecidos, como o avassalador processo preconizado/premiado para/pela Expo'98, e que consistia numa económica e originalíssima operação de recomposição arquitectónica a partir de navios fundeados ao largo do recinto, primeiramente encarados como unidades de suporte às várias necessidades da Exposição; depois, numa segunda fase, já eles cascos partidos virados, re-introduzindo readymades de espaço e descontexto na praia dos Olivais (se o pós-Expo não tivesse querido ser, apenas, mais um parque imobiliário sufocado de carros). Também algumas belas páginas, como as que reproduzem, a toda a mancha, colagens, desenhos, fotografias ou fotogramas dos filmes presentes na Exposição.

Este livro já é bastante mas é ainda pouco, para celebrar o único arquitecto verdadeiramente Pop que temos, o único pós-moderno que já o era, ao mesmo tempo que o pós-modernismo chegava.

No túnel do ciclo expositivo que abriu, João Afonso procura, porém, a possibilidade de um outro documento de enorme relevância: uma compilação dos principais escritos e entrevistas pensados por MV; compilação que consubstanciará, numa única publicação, o já extenso e provocatório conjunto de textos de carácter reflexivo com que este autor tem contribuído para algum derrube da chata normativa disciplinar.

***

A maior parte dos arquitectos rouba dos arquitectos mais carismáticos, a forma. Por cansaço, preguiça, ignorância, embrutecimento ou sincera admiração, alguns julgam admirar a forma; mas a forma resultado, que não a forma modo.

A forma modo é o modo como se chegou à forma resultado. Talvez não o modo, mas o raciocínio: o conjunto sintético de quereres e caminhos resultantes das queixas, dos pedidos, dos desejos. E o problema sai encaminhado (a sua solução); e são esses caminhos – ao tornarem-se possíveis, no decorrer do trabalho –, que contornam a outra forma (a forma forma), justificando-a.

Ao ler e compreender, de Manuel Vicente, nestes vários discursos misturados que a Exposição nos trouxe, o modo próprio de acertar os vários caminhos, encontrar-se-á a verdadeira única coisa que deveríamos poder roubar a um muito bom arquitecto.


::::

Manuel Graça Dias
(Lisboa, 1953) Manuel Graça Dias, arquitecto (Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, 1977), iniciou a profissão em Macau, como colaborador do arquitecto Manuel Vicente (1978-1981). Vive e trabalha em Lisboa onde criou o atelier CONTEMPORÂNEA com Egas José Vieira (1990). Professor Auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (doutorado em 2009) e Professor Convidado do Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa, é autor de numerosos textos de crítica e divulgação de arquitectura. Dirige o Jornal Arquitectos (2009/2012), órgão da Ordem dos Arquitectos (cuja direcção também assumiu em 2000/2004). Em 1999, MGD+EJV receberam o Prémio AICA/MC (Arquitectura) pelo conjunto da sua obra. [www.contemporanea.com.pt]

::::


NOTAS


[ ] "Learning from Macau #1" e "Fai Chi Kei" (1981-2011), a partir da ideia original de Jorge Figueira e José Maçãs de Carvalho.

[2] Em grande parte elaboradas por alunos do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, no âmbito do laboratório ¬– "Manuel Vicente: 15 obras na Rota do Oriente" – coordenado (2009/2010) por Ana Vaz Milheiro.

[3] João Afonso (ed.), Manuel Vicente, Trama e Emoção / Plot and Emotion. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2011.

[4] João Afonso, Ana Vaz Milheiro, Jorge Figueira.

[5] CODA: Concurso para a Obtenção do Diploma de Arquitecto.