|
INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU
PAULA MORAIS
Este artigo baseia-se na minha investiga莽茫o doutoral e estabelece como princ铆pio geral o facto que o ambiente urbano deve, n茫o s贸 respeitar os direitos humanos e a liberdade fundamental do indiv铆duo mas tamb茅m permitir a sua integra莽茫o na sociedade. Uma das poss铆veis respostas reside no valor do espa莽o p煤blico e o seu papel na constru莽茫o da identidade urbana. O caso de estudo escolhido, Macau, 茅 altamente relevante dado o facto de ser um espa莽o onde duas civiliza莽玫es radicalmente differentes coexistiram durante um largo per铆odo na hist贸ria. Macao 茅 uma cidade cosmopolita e Euro-Asi谩tica (Jonathan Porter 1996).
Interfaces Urbanos: o caso de Macau
Ao romper do s茅culo XXI o mundo encontra-se num estado de desassossego. Devido ao aumento da mobilidade, media莽茫o electr贸nica e ao fen贸meno de migra莽茫o em massa, as cidades enfrentam uma condi莽茫o intercultural e lutam de forma a gerir as complexidades deste per铆odo explosivo de encontros e rela莽玫es. A narrativa do fen贸mendo de migra莽茫o em massa n茫o 茅 um elemento novo na hist贸ria do homem. Durante centenas de anos os seres humanos viajaram pelo mundo descobrindo novos lugares, 脿 procura de riqueza e oportunidades de poder, explorando e ligando culturas. At茅 ao s茅culo XIII a 脕sia permaneceu como um lugar desconhecido que existia essencialmente na imagina莽茫o ocidental nutrida por viajantes singulares. Foi apenas em 1500, sob a era dos descobrimentos, que a Europa estabeleceu um forte rela莽茫o com a 脕sia (rede comercial) iniciando um processo que poderia ser caracterizado como o nascer da globaliza莽茫o. Contudo as identidades destes viajantes permaneciam insol煤veis: o ambiente Europeu, no seu contexto e dimens茫o f铆sica, viajou quase intacto at茅 脿 脕sia o que gerou reac莽玫es diferentes na natureza destes encontros.
Actualmente a modernidade e a globaliza莽茫o t锚m sido acompanhadas de uma nova fluidez de capital, cultura e indiv铆duos. Por consequ锚ncia as esferas p煤blicas das di谩sporas anteriormente criadas por estes encontros intermitentes j谩 nao s茫o 煤nicas (Appadurai 1996). Esta fluidez, por sua vez, produziu novas formas no uso cultural do espa莽o e nos espa莽os de cultura. Neste momento o mundo est谩 a tornar-se progressivamente plural e um dos problemas nas rela莽玫es globais de hoje s茫o as diferen莽as fundamentais nas percep莽玫es e comportamentos: as tens玫es entre culturas, religi玫es, sistemas pol铆ticos e porder econ贸mico, reflectem o conflito mundial existente.
Hoje, as cidades observam uma interac莽茫o constante entre uma dimens茫o f铆sica relativamente est谩vel e uma dimens茫o social cada vez mais inst谩vel. Devido a esta interac莽茫o a identidade urbana 茅 cada vez mais complexa de definir dado que flui entre linguagens de 鈥榩erten莽a鈥 de ordem global, nacional e local. As cidades tornam-se cada vez mais espa莽os de transi莽茫o onde os espa莽os encaram um afastamento progressivo dos grupos sociais (Amin and Thrift 2002). Devido a esta nova complexidade o 鈥渟entido de perten莽a鈥 p煤blico tornou-se indefinido dado que a 鈥渋dentidade humana presup玫e a identidade do lugar鈥 (Schulz 1980) e hoje em dia enfrentam-se v谩rias identidades e significados. Uma 鈥渢eoria de ruptura鈥 foi sugerida por Appadurai (1996), esta teoria refere-se 脿 鈥渕igra莽茫o e aos media como os elementos principais e inter-relaccionados e explora o seu efeito conjunto no exerc铆cio da imagina莽茫o como um elemento constitutivo da subjectividade moderna鈥. Logo, perante este incr铆vel aumento de diversidade 茅 essencial compreender e integrar estas rela莽玫es complexas entre espa莽o, tempo e comportamento humano.
A cidade cosmopolita promete uma pol铆tica baseada na differen莽a e na diversidade de express茫o cultural e identifica莽茫o (Sandercock 1998; Dear and Flusty 1999; Amin and Thrift 2002:135). A heterogeneidade 茅 em si um valor p煤blico. A impressionante mudan莽a de escala e de par芒metros do mundo de hoje levaram ao estudo de novas culturas e civiliza莽玫es: 鈥渙 mundo da 鈥榮upermodernidade鈥 n茫o corresponde aquele em que acreditamos viver, porque vivemos num mundo para o qual ainda n茫o aprendemos a observar. Temos que reaprender a pensar sobre o espa莽o鈥 (Aug茅 1995).
Di谩logo e entendimento s茫o objectivos cruciais no apreensivo mundo contempor芒neo e as cidades t锚m tido um papel neste conflito global criando condi莽玫es que permitiram a comunica莽茫o (negocia莽茫o) entre civiliza莽玫es por longos per铆odos na hist贸ria. A 鈥淐idade em Nome de Deus na China鈥 foi um dos poucos pontos de contacto constantes entre a China e a Europa durante 450 anos e tem sido um espa莽o de transi莽茫o, um interface urbano. Macao tem sido um 鈥榬ela莽玫es p煤blicas鈥 (mediador) na hist贸ria das rela莽玫es entre o Ocidente e o Oriente. De facto a comunica莽茫o e o di谩logo poder茫o ser poss铆veis quando 鈥渄ermos a mesma aprova莽茫o 脿s mesmas qualidades morais na China e em Inglaterra鈥, ou resumindo, 鈥渜uando a nossa simpatia varia sem uma varia莽茫o na nossa estima鈥 (Deleuze 1991).
Refor莽ando a import芒ncia do papel da identidade no modo como as pessoas se adaptam aos espa莽os urbanos, este artigo apresenta Macau como um espa莽o ideal para analisar as reac莽玫es entre duas civiliza莽玫es distintas, as suas tradi莽玫es e express玫es culturais na forma urbana. Explica brevemente como as diferentes tradi莽玫es (Chinesas e Portuguesas) se estruturaram e expressaram na forma urbana, em especial nos espa莽os p煤blicos (ruas e pra莽as). Este estudo explora a abordagem relacional entre o espa莽o (p煤blico) e a identidade. Resumindo a identidade 茅 apresentada como uma combina莽茫o das pr谩cticas espaciais e sociais e a cultura como uma possibilidade estrat茅gica na reconstru莽茫o do significado dos espa莽os urbanos (Zukin 1995).
Os valores de liberdade, toler芒ncia e pluralismo s茫o provavelmente um dos maiores legados culturais dos Portugueses em Macau, ainda hoje presentes. Macau, na leitura de Marc Aug茅 (1996) 茅 um 鈥榚spa莽o antropol贸gico鈥 porque possui tr锚s caracter铆sticas em comum: 鈥渆les querem ser 鈥 as pessoas querem que eles sejam 鈥 espa莽os de identidade, de rela莽玫es e de hist贸ria鈥.
Identidade Urbana de Macau:
A hist贸ria e o car谩cter de uma cidade podem ser tra莽adas pelos seus espa莽os p煤blicos. O espa莽o p煤blico e a vida p煤blica t锚m sido express玫es s贸lidas de cultura local e t锚m tido um papel central na vida das cidades. S茫o tamb茅m fortes indicadores da qualidade urbana de uma cidade.
O espa莽o p煤blico 茅 o espa莽o de representa莽茫o onde o p煤blico se torna vis铆vel sendo o espa莽o de contacto di谩rio e de 鈥渃olis玫es di谩rias鈥 (Castells 2004), s茫o as ruas e as pra莽as. Existem dois tipos principais de espa莽os p煤blicos exteriores que coexistem em Macau: as pra莽as (que se formaram em frente das Igrejas e edif铆cios p煤blicos), as ruas e as 鈥渞uas sem sa铆da鈥 (s茫o passagens abertas normalmente com edif铆cios de dois andares e s茫o usadas como extens茫o das casas, do espa莽o privado) (Korenaga et all 2004). De certa forma estes espa莽os p煤blicos, as ruas 鈥淐hinesas鈥 e as pra莽as 鈥淧ortuguesas鈥, afirmam uma perfeita combina莽茫o de usos comercial (consumo) e pol铆tico (simb贸lica).
Hoje em dia as pra莽as principais e as suas art茅rias, em especial o Largo do Leal Senado, definem os espa莽os centrais para express茫o do poder central, comercial e cerimonial de ambas as culturas. Ainda se encontram v谩rios tipos de espa莽o p煤blico tradicional como exemplos positivos no Macau contempor芒neo: pra莽as, ruas e 鈥榬uas sem sa铆da鈥 (ver imagens de exemplos em anexo).
Ao longo do tempo a morfologia urbana de Macau foi radicalmente transformada, a linha de costa foi dramaticamente alterada por aterros cont铆nuos e os seus espa莽os p煤blicos, ruas sempres cheias de vida e com um excelente equil铆brio humano tem que se adaptar 脿 nova escala urbana (ver mapa em anexo). Actualmente Macau 茅 dominada pela perda de qualidade urbana, identidade social, sentido de comunidade, espa莽o p煤blico, coer锚ncia e clareza. Os espa莽os p煤blicos de Macau, com a excep莽茫o dos casos protegidos pelo regulamento da UNESCO, s茫o esp茅cies em vias de extin莽茫o. Est茫o lentamente e sucessivamente a ser substituidos por todo o tipo de constru莽茫o, habita莽茫o, mercados fechados, edif铆cios p煤blicos, casinos e hot茅is. A sua fun莽茫o de actor social est谩 a ser transformada. Macau sofre de uma total falta de privacidade no espa莽o privado devido 脿 densidade geral da habita莽茫o logo o espa莽o exterior p煤blico serve como espa莽o de 鈥渄escompress茫o鈥, a privacidade encontra-se essencialmente nos espa莽os p煤blicos.
Macau 茅 um territ贸rio que n茫o 茅 mais 鈥渧ivido鈥 mas sim 鈥渇igurado鈥 e 鈥渃onsumido鈥. Resumindo o ambiente original da cidade tem sido alterado atrav茅s de initerrupta e n茫o planificada transforma莽茫o urbana e luta por manter a sua identidade.
Macau sofreu de 鈥渄upla personalidade鈥 desde as suas origens. Em 1887, Zhang Zhi-dong, governador-geral de Guandong e Guanxi refere: 鈥渂oas e m谩s pessoas de Guandong mudaram para Macau em grande quantidade. Mercadores do distrito de Nanhai, Panyu, Xiangshan, e Shunde, dezenas de milhares, v茫o e vem entre Macau e a prov铆ncia. Frequentemente estabelecem subsist锚ncia e neg贸cios em ambos os s铆tios, sem controlo fronteiri莽o, o que causa uma excessiva anarquia entre as pessoas. O seu traf茅go infind谩vel 茅 igual 脿 tecelagem de um fio鈥. Um artigo recente na CNN definiu o Macau contempor芒neo como: 鈥渙 enclave Chin锚s de Macau 茅 conhecido pelo jogo, traf茅go de sexo e gangsters Chineses, com intrigas e neg贸cios obscuros, uma grande parte da sua paisagem鈥 (Chinoy, CNN.com 2006). A percep莽茫o da coexist锚ncia de uma identidade 鈥渇ormal鈥 e uma identidade 鈥渋nformal activa鈥 ainda perdura actualmente. Macau continua a dialogar entre o informal e o formal, o legal e o ilegal, entre o v铆cio e a virtude, o local e o global, entre o Oriente e o Ocidente. Preserva o seu car谩cter dualista e amb铆guo que sempre atraiu indiv铆duos de todas as partes do mundo.
A identidade de Macau est谩 a perder-se no espa莽o f铆sico que est谩 a tornar-se cada vez menos humano. Contudo n茫o se pode preservar uma identidade mantendo o ambiente constru铆do 鈥渆st谩tico鈥 porque os ritmos di谩rios e modos de vida das pessoas alteram-se e a cidade adaptar-se-谩 instintivamente a essas mundan莽as. Preservar o centro hist贸rico como um intoc谩vel 鈥渕useu ao ar livre鈥 (t铆tulo da revista Focus em Macau 2001) ter谩 repercurss玫es s茅rias na vida dos habitantes de Macau: a cidade tornar-se-谩 cada vez mais um espa莽o para visita de turistas e menos um espa莽o para viver. A identidade de Macau perder-se-谩 inevitavelmente caso n茫o sejam desenvolvidas pol铆ticas urbanas em direc莽茫o a uma urbaniza莽茫o sustent谩vel e de valoriza莽茫o n茫o apenas do patrim贸nio constru铆do mas tamb茅m do patrim贸nio natural, social e cultural. Em geral as pessoas tendem a observar, valorizar e a contemplar as coisas s贸 quando estas desaparecem (Bauman 2004).
A paisagem de poder econ贸mico Asi谩tica est谩 a assegurar uma 鈥渃reatividade destructiva鈥 (Zukin 1991) onde se observa claramente uma deteriora莽茫o na escala humana e no 鈥渟entido de lugar鈥 (sense of place) . Macau 茅 um espa莽o onde uma nova 鈥渋nd煤stria cultural鈥 est谩 a surgir e como Sharon Zukin alerta: 鈥渁 democracia implica a integra莽茫o de novas representa莽玫es visuais desde que se evite a 鈥淒isneyitis鈥 (ver exemplos em anexo). A rela莽茫o entre as antigas e as novas identidades e o papel do espa莽o f铆sico nos processos de transforma莽茫o urbana est茫o a ser questionados actualmente devido ao recente estatuto de patrim贸nio mundial da humanidade atribuido ao centro hist贸rico pela UNESCO.
Mais uma vez Macau adquire o papel de 鈥渞ela莽玫es p煤blicas鈥 (Morais 2006)e de plataforma em rela莽茫o ao mercado econ贸mico Europeu e Mundial. Numa visita recente a Portugal o Chefe-executivo da MSAR Edmund Ho exclamou que: 鈥渋r谩 real莽ar o papel de Macau como uma plataforma de coopera莽茫o entre a China e os PALOPs鈥. A vis茫o do governo de Macau em rela莽茫o 脿 conserva莽茫o do tecido urbano refere-se essencialmente ao centro hist贸rico e 茅 uma tentativa de manter o significado cultural (identidade cultural e evolu莽茫o hist贸rica). Os actuais projectos de desenvolvimento para Macau levantam novas quest玫es: como 茅 que a cidade tradicional ir谩 adaptar-se a este crescimento urbano? Qual 茅 o impacto destas novas formas espaciais na identidade urbana?
Talvez o futuro de Macau se encontre em estabelecer uma rela莽茫o coerente entre o seu eterno car谩cter dualista, entre o passado e presente. Uma coer锚ncia obtida por meio de um verdadeiro 鈥渟entido de perten莽a鈥欌 constru铆do a um n铆vel local e global, atrav茅s dos seus espa莽os p煤blicos, ambiente constru铆do e habitantes, e que integre ao mesmo tempo inova莽茫o e preserva莽茫o hist贸rica. Como diria Fernando Pessoa: 鈥淨uero aquele outrora! Eu era feliz? N茫o sei: Fui-o outrora agora.鈥
Desafio para este 鈥渉oje global鈥?
A cidade moderna tem sido apresentada por uma s茅rie de autores como um espa莽o de 鈥渙pen flow鈥, interac莽茫o humana e 鈥減roximate reflexivity鈥 em que 鈥渃ada encontro urbano 茅 um teatro de promessas num jogo de poder鈥 (Amin and Thrift 2002). H谩 uma forte inclina莽茫o em compreender as cidades como espacialmente 鈥渁bertas鈥 e 鈥渃ross-cut鈥 por variados tipos de mobilidade, de 鈥渇luxos鈥 a indiv铆duos, de mercadorias a informa莽茫o (Appadurai 1996; M.P. Smith 2001; Urry 2000; Allen, Massey and Pryke 1999, Massey, Allen and Pile 1999, Amin and Thrift 2002). O espa莽o que uma vez teve um papel determinante no imagin谩rio social das cidades tornou-se uma 鈥渧ari谩vel dependente dos processos sociais鈥 (Amin and Thrift 2002). Anthony Gidden鈥檚 (1991) observou:
鈥(鈥) the more tradition loses its hold, and the more daily life is reconstituted in terms of the dialectical interplay of the local and the global, more individuals are forced to negotiate lifestyle choices among a diversity of choices, (鈥) reflexive organized life-planning, (鈥) becomes a central feature of the structuring of self-identity鈥
Resumindo a globaliza莽茫o originou novas espacialidades que se tornaram cr铆ticas na forma莽茫o do lugar. As formas urbanas resultam da liga莽茫o de culturas e as quest玫es interculturais permitem uma no莽茫o das cidades como objectos em constante transforma莽茫o. O desafio para este 鈥渉oje global鈥 ser谩 鈥渟e tal heterogeneidade 茅 consistente com um m铆nimo de conven莽玫es de normas e valor, que n茫o requerem uma ades茫o estrita ao contrato social liberal do moderno Ocidente鈥 e ser谩 respondido pelas negocia莽玫es entre os mundos imaginados deste 鈥渆spa莽o de fluxos鈥 (Appandurai 1996). A investiga莽茫o, a n铆vel acad茅mico e na pr谩tica profissional, precisa concentrar-se no estudo destas鈥濃榬ela莽玫es da diferen莽a鈥, entre civiliza莽玫es e ao pormenor da escala dos utilizadores: o p煤blico. 脡 deveras cr铆tico proporcionar uma melhor compreens茫o sobre o comportamento humano e como estruturas morfol贸gicas e socio-culturais convergem em contextos urbanos. Este tipo de estudos ter谩 como objectivo informar a pr谩ctica do desenho urbano e pol铆ticas relacionadas com a produ莽茫o de espa莽os (p煤blicos) em ambientes urbanos cosmopolitas.
A China est谩 a emergir como um dos pa铆ses l铆deres do s茅culo XXI e em face a esta realidade progressiva da globaliza莽茫o os profissionais da paisagem urbana tem que estar preparados para responder a futuros desafios. Um dos principais interesses do urban designer (desenhador urbano) 茅 na cidade, como se forma, como se move e transforma, e especialmente na cidade que contribui para a qualidade das vidas que suporta, n茫o apenas como um cen谩rio, mas como geradora de uma particular sociedade urbana e cultura. Compreender a rela莽茫o entre espa莽o, identidade e mudan莽a requere um modelo de pensamento mais complexo no contexto global actual. Representar identidade nos dias de hoje implica gerir 鈥渟ignificados鈥 e 鈥減ontos de vista鈥, logo uma identidade clara 茅 crucial ao lado de um 鈥渟entido de perten莽a鈥 que flui simultaneamente entre o local e global, entre a liberdade e a norma, entre o presente e a hist贸ria. Respeitando a diversidade das culturas e tradi莽玫es de cada indiv铆duo as cidades tem a responsabilidade de criar condi莽玫es que permitam uma maior uni茫o entre as pessoas de forma a partilhar um futuro baseado em valores comuns.
Paula Morais, Arquitecta
Doutoranda pela Bartlett School of Planning, University College London
Co-Coordenadora do China Planning Research Group (CPRG), Bartlett School of Planning, UCL
Membro da Direc莽茫o dos Arquitectos Sem Fronteiras Portugal
Bibliografia:
- Amin A. and Thrift N.: Cities, Reimagining the Urban (2002)
- Appandurai, Arjun.: Modernity at Large, Cultural dimensions of Globalization (1996)
- Aug茅, Marc : Non-Places, Introduction to an anthropology of supermodernity (1995)
- Bauman, Zygmunt: Identity (2004)
- Castells, Manuel: The Power of Identity, Volume II (1997)
- Deleuze and Guattari: a thousand plateaus (chapter 1440)
- Giddens, Anthony: Modernity and Self-Identity (1991)
- Korenaga M. , Yagi K., Kamimura E., Matsuda T.: Historical Open Public Spaces in Macao (2004)
- Morais, Paula: Space as 鈥淧ublic Relations鈥? Urban Morphology and Ethnic Identity in Macao, Volume 194, IASTE Working Paper Series, University of California Berkeley, 2006.
- Macao, China (CNN), article By Mike Chinoy, CNN Senior Asia Correspondent (2006)
- Norberg-Schulz, Chistian: Genius Loci: Towards a phenomenology of architecture (1980)
- Porter, J.: Macao the Imaginary City, Culture to Society, 1557 to the Present (1996)
- Zukin, Sharon: The Culture of Cities (1995)