Links

ARQUITETURA E DESIGN




Lina Bo Bardi durante a construção do MASP, 1967 © foto Lew Parrella


Vista da construção do MASP na Avenida Paulista (Lina Bo Bardi à direita), 1963 © foto Luiz Hossaka – Arquivo da Biblioteca e Centro de Documentação do MASP


Vista desde o exterior do corpo principal da casa no Morumbi, de Lina Bo e P.M. Bardi, também conhecida como Casa de Vidro © foto Alice Moreno


Vista desde o pátio da Casa de Vidro © foto Alice Moreno


Volume de serviços da Casa de Vidro © foto Alice Moreno


SESC Pompeia © foto Joaquim Paleta


SESC Pompeia © foto Alice Moreno


SESC Pompeia © foto Alice Moreno


Espaços de leitura, SESC Pompeia © foto Alice Moreno


Espaços de leitura, SESC Pompeia © foto Alice Moreno

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?

MARIA REBELO


 

 

“[O conceito de] igualdade de que dispomos hoje não é filosófico, mas político: estaremos nós satisfeitas, depois de termos sido ignoradas durante milhares de anos, por nos inserirmos num mundo projectado por outros? Acharemos nós gratificante participar neste grande desastre humano?”

 

Carla Lonzi, Crachons sur Hegel. Une révolte féministe, 1974/ 2017

 

1.

Lina Bo Bardi nasceu Achillina di Enrico Bo, em Roma, no dia 5 de Dezembro de 1914, aproximadamente cinco meses após o início da Primeira Guerra Mundial. Viveu a sua infância e juventude numa sociedade ultraconservadora, inscrita numa Itália fascista. Quando decidiu que queria ser arquitecta, essa não foi uma escolha pacífica – era uma preferência pouco habitual para uma mulher e a sua família tentou demovê-la. [1] Mas essa tentativa não chegaria para a dissuadir de estudar na Faculdade de Arquitectura, em Roma, nem faria com que os seus pais deixassem de a ajudar, mesmo que apreensivos. Ainda que a larga maioria dos seus colegas fossem homens, a futura arquitecta não parecia sentir-se desconfortável no meio maioritariamente masculino que escolheu frequentar, completando os seus estudos sem grandes dificuldades. [2]

Embora tenha vivido até 1946 em Itália, seriam as experiências profissionais e as obras que construiu enquanto viveu no Brasil que a fariam ser (re)conhecida no mundo da arquitectura. Bo Bardi, que sempre foi discreta em relação à sua obra, “nunca quis em vida publicar um livro sobre o seu trabalho”, conta Marcelo Ferraz, seu colaborador desde 1977. “Costumava dizer: ‘Façam vocês, os pósteros, depois que eu morrer’. Com sua morte, em 1992, nos empenhamos em uma ambiciosa empreitada para trazer sua obra a público – nacional e internacionalmente”. [3] Tornando-se assim uma referência, aquilo a que se poderia chamar uma estrela [4], ainda que a maior parte desse reconhecimento tenha precisamente chegado apenas de forma póstuma. Ao ponto, inclusive, de ser reconhecida pela Bienal de Arquitectura de Veneza deste ano com um “Leão de Ouro Especial”, inserido no mote “How will we live together?” [“Como vamos nós viver em conjunto?”] – tema da edição de 2021. 

Enquanto mulher no mundo da arquitectura, Lina Bo Bardi quebrou preconceitos, navegando numa profissão que era (e continua a ser) dominada maioritariamente por homens. Porém, isso não impede que ao olharmos para o seu projeto-de-arquitetura identifiquemos contradições existentes nos seus projectos e nas suas obras. Em nosso entender, são precisamente essas incoerências que tornam tão interessante uma leitura do seu percurso, capaz de revelar de que forma os seus projectos espelham a evolução de uma posição intelectual e política.

2.

A casa que Lina desenhou para si e para o seu marido, Pietro Maria Bardi, no Morumbi, em São Paulo, tornou-se a sua primeira obra construída enquanto arquitecta, entre os anos de 1951 e 1952. [5] Esta casa, celebrizada como “Casa de Vidro”, foi idealizada de modo a permitir a vida que Bo Bardi e o seu marido pretendiam construir em São Paulo: procurando uma casa que pudesse servir como ponto de encontro entre os mais variados intervenientes do mundo da arte e das culturas brasileira e internacional. Nas várias publicações sobre a obra da arquitecta podemos observar, tanto desde o exterior como do interior, diversas fotografias dos espaços de estar da casa, com as suas enormes janelas e o luminoso chão azul em pastilha de vidro. Espaços interiores esses que se encontravam recheados de objectos preciosos – incontáveis esculturas, quadros nas paredes, objectos de artesanato, jarras, candeeiros, móveis antigos e cadeiras de diferentes feitios, algumas das quais desenhadas pela própria arquitecta. 

No entanto, estes espaços amplos – sem divisórias e delimitados por janelas – contrastam com uma outra parte da casa, que raramente é representada através de fotografias em monografias e sites de arquitectura. Para conseguir manter a casa a funcionar, limpa, arrumada e sempre pronta a acolher tanto os seus proprietários – uma mulher e um homem com vidas profissionais e sociais preenchidas – como as/os respectivas/os convidadas/os, a Casa de Vidro não poderia apenas ser uma casa de vidro. Um segundo volume, “escondido”, articula-se com o resto da casa através da cozinha, encerrando em si os quartos para as/os empregadas/os, um quarto de banho, uma pequena sala e uma lavandaria. 

Este corpo invisível, onde se assegura o trabalho reproductivo, distancia-se do resto da casa não só através do pátio resultante da sua forma em U, como da sua própria linguagem arquitectónica. Enquanto que o corpo principal da casa, transparente, evoca a linguagem de uma arquitectura assumidamente moderna – sobre pilotis, com largos panos de vidro e amplas superfícies sem divisórias – esse outro corpo de serviços, muito mais opaco – densamente compartimentado e de vãos pequenos – aproxima-se mais, por sua vez, de uma certa imagem da “arquitectura popular”. 

Assim, embora a Casa de Vidro desafie “o gosto arquitectural dominante das vizinhanças abastadas de São Paulo”, [6] a mesma não consegue desprender-se de uma predisposição tipológica característica da burguesia brasileira, que estabelece uma divisão tradicional de classe, género e raça, e que persiste até aos nossos dias. Ainda hoje são as mulheres de classes socioeconómicas mais baixas, sobretudo racializadas, que como verdadeiros “espectros” chegam desde as periferias para cozinhar, cuidar dos filhos e limpar as casas dos mais ricos; mas também os seus escritórios e lugares de lazer, que ficam nos centros das cidades –lugares onde se acumula o poder e se pratica activamente a exclusão das mesmas pessoas que garantem a sua manutenção. Como escreve Vergès, as “mulheres negras e mestiças podem circular pela cidade branca, mas como uma presença apagada” [7]. Um fenómeno que não se limita ao Brasil, mas que se reproduz em todos os nós de centralidade de um sistema onde a acumulação de capital provoca e inscreve no espaço essa mesma divisão do trabalho. 

 

3.

A senhora acha mais importante para um arquitecto: fazer uma revolução na arquitectura ou através da política?

São duas coisas completamente diferentes, mas que dependem uma da outra. A gente pode fazer uma revolução arquitetónica e ao mesmo tempo uma revolução política, ou vice-versa. Mas uma revolução política não é feita por uma pessoa só, e sim por um país inteiro, por um povo inteiro. Portanto, não existe essa escolha. Uma revolução isolada não tem significado nenhum. Você não pode fazer casas populares, ou casas coletivas, quando não existe um esquema sociopolítico e econômico atrás de tudo isso.”

 

Lina Bo Bardi, “Uma aula de arquitectura”, 1990

 

O SESC Pompeia, complexo de edifícios também conhecido como Fábrica da Pompeia, em São Paulo, é um dos maiores projectos concebidos por Lina Bo Bardi – idealizado no ano de 1977, mas completado apenas em 1986. Sobre o seu desenho, o de uma antiga fábrica cuja estrutura foi mantida e convertida em “centro de lazer”, Bo Bardi declarou que as suas intenções partiram sobretudo “do desejo de construir uma outra realidade.” [8] Neste projecto, escreve Olivia de Oliveira, a arquitecta “preserva a imagem da fábrica para logo subvertê-la: aqui o trabalho torna-se aliado do prazer e não mais o seu oposto. Retira do trabalho aquele carácter desagradável, repressivo, violento e penoso, para relacioná-lo à sensibilidade, à liberdade, à imaginação e à libido.” [9] Existe, assim, uma “correspondência com o pensamento situacionista, onde o jogo era entendido como representação concreta da luta por uma vida à medida do desejo, onde o elemento de competição, ligado a todas as outras manifestações de tensão entre os indivíduos, seria abolido.” [10]  Esta ideia partiu da vontade de construir algo para a colectividade – tendo Lina Bo Bardi, inclusive, dedicado o seu projecto da Pompeia “aos jovens, às crianças, à terceira idade: todos juntos.” [11] O novo centro pretendia dessa forma possibilitar a convivência e a organização, “como fórmula infalível de produção cultural (sem a necessidade do uso do termo).” [12] Para além das salas para actividades recreativas, do auditório, da cantina, o conjunto de edifícios tinha como objectivo incentivar o desporto recreativo, “com uma piscina em forma de praia para as crianças pequenas ou para os que não sabem nadar” e com campos de desporto “com alturas mínimas abaixo das exigidas pelas federações de esporte e, portanto, inadequadas à competição. A ideia era reforçar e fomentar a recreação, o esporte ‘leve’. Assim, programa e projecto se fundiriam, indissociáveis, amalgamados.” [13]

Bo Bardi entendia a arquitectura como um serviço colectivo. Daí nunca ter revelado particular interesse na construção de casas privadas, para ricos. O seu projecto-de-arquitectura servia-lhe sobretudo para pensar essa vida e esses modos de fazer todas/os juntas/os. O SESC Pompeia é precisamente reconhecido como fruto da colaboração de um conjunto de pessoas, que trabalharam juntas para a sua construção – desde a arquitecta, que a coordenou, até ao operário que executou o detalhe da porta, afinou o desenho dos vãos de janela e esculpiu a sinalética que indica a cantina. Essa colectividade espelha os usos esperados para o edifício. E embora seja certo que um projecto sozinho não possa fazer a revolução, o SESC Pompeia aponta-nos certamente um caminho possível para imaginar uma vida colectiva, escapando aos caminhos de disputa e concorrência que o neoliberalismo nos obriga a percorrer. [14] Afinal, como defende Lina Bo Bardi, uma revolução política não é feita por uma pessoa só. E a este propósito, parece-nos ainda importante recuperar um dos aforismos que Luigi Snozzi escreveu: “com a arquitectura não se faz a revolução, mas a revolução não basta para fazer arquitectura. O ser humano precisa das duas.” [15] 

 

4.

Em jeito de conclusão, valerá a pena sublinhar que o objectivo deste texto não passa, obviamente, por desvalorizar a opressão e diminuição – tanto a nível material como subjectivo – a que historicamente têm sido sujeitas as mulheres: uma ‘comunidade’ que, embora socialmente diversa, convém ao capitalismo neoliberal unificar; nomeadamente, no campo da arquitectura. No entanto, acreditamos que a incorporação e o aparecimento de algumas mulheres em cargos importantes do sistema económico dominante da nossa época (seja nas direcções de bancos corruptos, de governos imperialistas, nas unidades militares, ou, no caso da arquitectura, no star system), não traz em si uma ruptura significativa no sistema vigente, capaz de despoletar a liberação de todas as outras mulheres – aquelas que são pobres, racializadas, relegadas às margens da bolha de privilégios.

Como demonstra a Casa de Vidro, que a arquitectura seja pensada por uma mulher não é garantia de projecto feminista. Pelo contrário, para que projectos-de-arquitectura feministas possam existir, é essencial pensar e agir resolutamente contra a postura individualista do estrelato, questionando as lógicas autorais que escreveram e pautam a história da disciplina para, no sentido contrário, procurar estratégias que não se deixem enquadrar, dominar e cooptar pelo capitalismo neoliberal dominante –  tais como as que guiaram Lina Bo Bardi no projecto para Pompeia.

Desmantelar esse sistema mediático não passa, portanto, por alargar o espectro das personagens que participam nesse circo, mas antes por ser capaz de fugir do mesmo, para inventar outros caminhos possíveis. Toldado pelo idealismo, um certo “feminismo” liberal tende a reivindicar: “Queremos mais arquitectas a ganhar o Pritzker”. Ao que nós respondemos: que se acabe de uma vez por todas com o Pritzker e com as bienais, com todos esses prémios e feiras de vaidades que servem sobretudo para minar o espírito de colectividade e alimentar o mito da meritocracia, impedindo-nos de ver com lucidez, para lá das contradições, os verdadeiros antagonismos que caracterizam o processo de produção da arquitectura. Pois só a partir da superação desses antagonismos se poderá começar a pensar uma vida em conjunto. E só então, ser arquitecta poderá significar algo diferente de ser arquitecto.

 

Maria Rebelo
Nasceu no Porto (1991), reside em Ermesinde. Tornou-se arquitecta na FAUP e trabalha enquanto tal num atelier local. 

 

:::

 

Este artigo foi originalmente publicado no Jornal Punkto, dia 28 de Julho de 2021.  

 

Notas

[1] Zeuler Lima, Lina Bo Bardi, New Haven/ Londres, Yale University Press, 2013, p. 11.
[2] Ibid., p.15. 
[3] Marcelo Ferraz, "O último briquedo do professor Bardi – Instituto de Lina e Pietro Bardi completa 30 anos sem ter rumo", Minha cidade, Maio 2020, in http://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/20.238/7754 (versão digital, consuldado dia 15 de Janeiro de 2021).
[4] A expressão star architect é relativamente recente, não sendo utilizada quando Lina Bo Bardi começou a sua carreira (embora o estádio avançado desse sistema estivesse já bem estabelecido aquando da sua morte). No entanto, é fundamental enquadrar esse sistema de validação e 'culto' dos arquitectos numa história muito mais ampla de divisão do trabalho intelectual e manual – isto é, no processo histórico que consolidou a figura demiúrgica do/a arquitecto/a, cuja criatividade do disegno casaria na perfeição com o individualismo burguês, através da figura do profissional liberal. Personagem que concentra em si o capital simbólico do sucesso do projecto e da obra. A este propósito, cf. "Quel parti voulons-nous construire? Destituer les Architectes", Lundi Matin, 17 de Maio 2021, in https://lundi.am/Quel-parti-voulons-nous-construire (versão digital, consultada no dia 20 de Maio de 2021).
[5] Zeuler Lima, op.cit., p.55.
[6] Ibid p. 62.
[7] Françoise Vergès, "Política do abandono e desobediência radical", Punkto, 27 Fevereiro 2020, in https://www.revistapunkto.com/2020/02/politica-do-abandono-e-desobediencia.html (versão digital, consultada dia 15 de Janeiro de 2021). 
[8] Lina Bo Bardi "O projecto arquitectónico. Em Cidadela da Liberdade", Lina por escrito, São Paulo, Cosac Naify, 2009, pp. 147-154.
[9] Olivia de Oliveira, "Repasses – A depredação material e espiritual da obra de Lina Bo Bardi", Arquitextos, Janeiro 2006, in https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.068/387 (versão digital, consultada dia 15 de Janeiro de 2021).
[10] Ibid.
[11] Lina Bo Bardi "O projecto arquitectónico. Em Cidadela da Liberdade", op cit, pp. 147-154-
[12] Marcelo Ferraz, "Numa velha fábrica de tambores. Sesc Pompeia comemora 25 anos", Minha cidade, Abril 2008 in https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/08.093/1897 (versão digital, consultada dia 15 de Janeiro de 2021).
[13] Ibid.
[14] Cf. Frédéric Lordon, "Garantia económica geral e produção cultural", Punkto, 30 Junho 2021, in https://www.revistapunkto.com/2021/06/garantia-economica-geral-e-producao.html (versão digital, consultada dia 30 de Junho de 2021).
[15] Cf. Fábio Merlini & Luigi Snozzi, "Sobre o projecto: espectáculo, tempo e ideologia", Punkto, 05 Janeiro 2021, in https://www.revistapunkto.com/2021/01/sobre-o-projecto-espectaculo-tempo-e.html (versão digital, consultada dia 06 de Junho de 2021).