Links

ARQUITETURA E DESIGN




Capa da AD (volume 92, edição 3) editada por Matias del Campo e Neil Leach (Maio/Junho 2022)


Diagrama GAN © Creative Commons


Screen shot do vídeo dos Combinatorial Studies de Morphosis

Outros artigos:

2024-10-30


ENTRE O BANAL E O SINGULAR : UMA LEITURA DE LOOS, ROSSI E SIZA


2024-09-23


ATELIER RUA: O TRIUNFO DA SIMPLICIDADE QUE INSPIRA UMA GERAÇÃO


2024-08-22


ANA ARAGÃO E GONÇALO M. TAVARES: O EXERCÃCIO REPARADOR DA CIDADE


2024-07-14


SIZA: O SUJEITO ENTRE VERBOS, NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


2024-05-22


EXOUSIA — É POSSÃVEL, É PERMITIDO...MAS NÃO, NÃO PODE


2024-04-13


PÃDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÃDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÃSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERà O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÃGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÃVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÃLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÃRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÃTICAS PÓS-NOSTÃLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA†NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊSâ€. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÃRVORE†(2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÃLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCARâ€: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÃS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÃLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIAâ€


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY†- JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÃRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÃQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÃNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÃVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÃVORA: MODERNIDADE PERMANENTE†EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÃRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTEâ€: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENTâ€: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÃTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUSâ€: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÃRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLIONâ€


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÃTICAâ€: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTUREâ€


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOSâ€


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÃNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÃTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ Hà UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÃLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK†EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÃVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÃTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER†O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÃFICAS



NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE

VÃTOR ALVES


 

 

 

Como Neil Leach observa no seu mais recente livro Architecture in the Age of Artificial Intelligence: An Introduction AI for Architects (2022), há muito que os algoritmos fazem parte do quotidiano de muitos de nós, escolhendo quem são os nossos amigos (Facebook), o que devemos comprar (Amazon), sugerindo até os nossos parceiros sexuais (Tinder). Parece que esta inteligência expandida nos conhece melhor que nós próprios, apelando ao íntimo de cada um. Acontece que nos últimos meses, plataformas que existem há já algum tempo, adquiriram um renovado interesse e atenção muito para lá dos nichos a que estavam confinados. ChatGPT, Midjourney, Stable Diffusion ou DALL-E, não só começaram a aparecer com destaque nos media generalistas [1] como conquistaram alguma atenção e protagonismo nos meios especializados, arquitectura incluída [2]. Subitamente acordou-se para a potência da Inteligência Artificial (AI em inglês), apesar de se ter convivido com ela durante anos.

Mesmo que a designação não seja consensual, adquirindo subtilezas significativas consoante o círculo a que pertencem, a AI conquistou uma centralidade na discussão disciplinar que vai muito para além de uns quantos geeks que se divertem na interacção com bots, com particular atracção na produção de imagens espetaculares e simulação de cenários alternativos. Uma apetência visual explicada não só pelo fascínio que tais imagens produzem ou a facilidade com que são feitas, sem esquecer a cativante verosimilhança com o real e a gratificação imediata que proporcionam, mas também pelo meio privilegiado que utiliza para a sua divulgação. A internet é chão fértil e propício para a produção de conteúdos visuais, muito mais do que textuais, mais aptos a ultrapassarem fronteiras culturais e linguísticas. Ainda que o verdadeiro potencial da AI não se limite somente à organização de pixéis de forma apelativa, tal como demonstra Neil Leach em Architecture in the Age of Artificial Intelligence, talvez seja relevante atentar nas potenciais transformações produtivas destas ferramentas de processamento de imagens.

Como o autor refere, tudo o que os arquitectos actualmente fazem, a AI fará melhor, mais rápido e com maior rigor, sobretudo em termos técnicos e desde que sejam traduzíveis em dados quantitativos. O que parece ser uma coisa positiva principalmente naqueles casos em que pode melhorar, por exemplo, qual a dimensão mais eficiente dos vãos tendo em conta determinada orientação solar através do cálculo de múltiplas variações possíveis. No entanto, quando se considera o mercado neoliberal no qual a maior parte da produção do projecto se insere, é fácil de antever uma drástica mudança na configuração dos meios de produção e das tarefas dos arquitectos. Se estas ferramentas tornam o trabalho mais produtivo, talvez importe interrogar quem serão os benificiários deste “progresso”. Aliás, o próprio Leach interroga-se se 80% dos empregos em arquitectura não estarão em risco devido a esta eficiência [3]. Ignorar a aparente inevitabilidade da utilização alargada da AI na arquitectura e o seu impacto disciplinar – e também no ambiente construído – não parece ser uma hipótese. Mas se as ferramentas de processamento de imagens (tanto os text-to-image como os image-to-image), ou “alucinações” como são muitas vezes designadas as imagens produzidas por inteligência artificial (machine hallucinations), podem ajudar a compreender como funciona a mente humana e os arquitectos pensam através da “arquitectualização” do mundo [4] e de algum modo esclarecer a dúvida de Mark Wigley sobre o que se passa num gabinete de arquitectura [5], será que também apontam para o que se espera dos arquitectos no futuro (próximo)?

As “alucinações” produzidas pela AI funcionam recorrendo às Neural Networks (NN). De uma maneira simplista, estas redes operam numa base probabilística que determinam uma relação entre os dados que são fornecidos e o resultado correcto – por exemplo, estabelecer a correspondência entre a imagem de um gato e a palavra “gato” – com base numa aprendizagem prévia. [6] O DeepDream, ainda de modo simplista, funciona no sentido inverso: fornecendo a palavra “gato” produz-se uma imagem que se parece com um gato tendo por base aquilo que o dispositivo aprendeu como sendo “gato”. [7] As imagens que mais têm atraído a atenção mediática são as “alucinações” produzidas pelas Generative Adversarial Networks (GANs) e que articulam os dois procedimentos anteriores, com resultados mais fidedignos e com maior resolução. Ainda correndo o risco de um excesso de simplificação, poder-se-ia resumir o procedimento das GAN como a disputa entre duas NN diferentes: um gerador de imagens – o “artista” – e um discriminador – o “crítico” – que avalia essas mesmas imagens tendo como referência os exemplos no qual foi treinado [8]. Neste confronto – que em rigor é um processo dialético em que cada uma das NN está constantemente a aprender e evoluir em conjunto com a outra –, o gerador tenta “enganar” o discriminador ao produzir imagens tão convincentes que este não as consiga distinguir das “verdadeiras” e no qual resulta a imagem final. Apesar da brevidade desta descrição e inevitável incompletude, importa, ainda assim, destacar apenas alguns aspectos do funcionamento destas tecnologias.

Um deles tem que ver com a aprendizagem das plataformas. Tanto as NN como o DeepDream e as GANs, estabelecem os seus resultados a partir de um conjunto de dados previamente fornecidos. O que significa que a “resposta” a qualquer solicitação está de algum modo contida nas informações existentes sendo posteriormente inferido ou deduzido, mesmo que esse resultado aparente ser em tudo diferente. O que por sua vez sugere que essas “respostas” são de algum modo reformulações do existente e não uma efectiva alternativa ao que já se conhece. Este parece ser o resultado, pelo menos para já e apenas para dar um exemplo, do projecto Deep Himmelblau [9], que oferece “novas” imagens a partir do remix de obras dos Coop Himmelb(l)au. Mas também, e talvez de uma forma mais problemática, no modo como perpetua algumas parcialidades e estereótipos como refere Melissa Heikkilä [10]. Segundo a autora, plataformas como Stable Diffusion, ao recolherem da internet as imagens que têm como referência, acabam por reproduzir o mesmo padrão, preservando olhares altamente deformados da realidade [11]. Ou seja, o “crítico” GANiano não tem qualquer capacidade de juízo, qualquer capacidade de agência, não é um crítico em sentido pleno – e o mesmo talvez se possa dizer do “artista” –, mas apenas uma “figura” que avalia somente a habilidade ilusória da imagem. Seguindo esta linha de raciocínio talvez importe perguntar se mais do que oferecer alternativas, não estarão estas plataformas a impossibilitar um futuro outro?

A questão da aprendizagem também é pertinente em plataformas que são treinadas em sistemas fechados (que diferem dos abertos que recolhem a sua informação da internet), não tanto pela ausência de parcialidade, mas por causa dela. Desenvolvendo uma espécie de apofenia artificial, vêem apenas aquilo em que foram treinadas para ver. Por exemplo, se foram treinadas a ver flores, quaisquer que sejam os dados de entrada (a imagem de um molho de chaves ou um carregador de telemóvel), embora reagindo a eles, o resultado será sempre o mesmo: flores [12]. Nestes casos, o interesse advém pelo modo como forçam o resultado final apontando, numa mesma direcção, uma infinidade hipóteses. Esta é uma das opções escolhidas por Morphosis: a exploração de múltiplas combinações possíveis tendo como ponto de partida um estudo inicial [13]. Apesar dos limites do jogo probabilístico, não deixa de surpreender a sedutora capacidade que reside no cálculo de previsibilidades. 

Um outro aspecto que também importa destacar e que é transversal ao funcionamento destas plataformas é a centralidade da escolha. Uma das características da AI é a capacidade que tem de analisar uma imensa quantidade de dados, executar uma quantidade de cálculos sem limite e apresenta-los em segundos. Rapidamente disponibiliza diferentes opções, que se renovam a cada novo click. No entanto, como refere Mario Carpo, só as tarefas mensuráveis por dados quantitativos é que podem ser optimizadas e, mesmos estas, provavelmente dependem de mais do que um parâmetro que por sua vez pode adquirir uma importância relativa [14]. Neste contexto, e pelo menos no momento actual, o que parece ser determinante não é tanto a capacidade da execução da tarefa em si, mas a definição da prioridade dos parâmetros aos quais a AI obedece. E claro, qual o resultado final que se aceita. Em ambos os casos, o ônus ainda recai no manipulador humano.

Neste cenário de prevalência das tecnologias da AI aplicadas à arquitectura, serão as ferramentas da curadoria, edição e da crítica os instrumentos necessários deste arquitecto-outro, onde a selecção pertinente, escolha justificada e o olhar crítico são mais úteis do que a capacidade do seminal gesto? Será que aquilo que se espera desse arquitecto artificialmente inteligente é o domínio e prioridade desses instrumentos habitualmente afastados do centro disciplinar – pelo menos quando se considera a perspectiva mais tradicionalista da arquitectura onde impera a prática do desenho o olhar pessoal e único sobre a realidade a intervir, desenvolvendo uma arquitectura de autor? E que consequências terá esta reorganização de prioridades? Certamente que é razoável argumentar que às soluções apresentadas pelas plataformas de AI, mesmo com aparente sentido formal, falta uma compreensão do conteúdo. No entanto, a sua sofisticação é cada vez maior, cada vez mais atenta a subtis particularidades que, ainda que definida por modelos probabilísticos, nunca tinham sido produzidas (será que faz sentido falar de criatividade e inovação aqui?). Mesmo que a máquina não constitua uma alteridade, não é difícil imagina-la como um outro, com todos os problemas que daí poderão advir. Mas talvez seja esta uma questão pertinente: de que é que estamos à espera que aconteça: que a máquina seja realmente inteligente ou não? E o que acontecerá se essa expectativa tiver uma correspondência efectiva ao que se deseja?

 

>>>

 

Notas:

[1] Oscar Holland, “An architect asked AI do design skyscrapers of the future. This is what it proposed”, in CNN (Setembro, 2022). 

[2] Filipe Alves, Luca Martinucci, Pedro Bandeira, “Capriccio on repeat: A imagem na era da Inteligência Artificial”, in Jornal Arquitectos #263 (Fevereiro, 2023), pp. 72-84.

[3] Neil Leach, “AI is putting our jobs as architects unquestionably at risk”, in Dezeen (Fevereiro, 2023). 

[4] “The concept of ‘architecturalisation’ is introduced here to describe how architects have a tendency not only to translate elements of nature into architectural forms, but also to translate abstract philosophical concepts into architectural forms, often leading to a profound misunderstanding of those concepts.” Neil Leach, “Machine Hallucinations: Architecture and Artificial Intelligence”, in AD, volume 92, edição 3 (Maio/Junho 2022), pp. 66-71.

[5] “Não há uma explicação sã, razoável, credível para o que acontece num gabinete de arquitectura, mas o gabinete é certamente ele próprio obra da inteligência arquitectónica. [...] mas passam-se os séculos e continuamos sem saber que coisa é essa que estamos sempre a fazer.” Mark Wigley [entrevista por Joaquim Moreno], “Bem-vindos ao vácuo”, in Jornal Arquitectos #239 (Abril/Maio/Junho 2010), p. 34.

[6] Neil Leach, Architecture in the Age of Artificial Intelligence: An Introduction AI for Architects, Londres: Bloomsbury, 2022, pp. 21-23.

[7] Idem, pp. 25-26. É de sublinhar de que a imagem produzida não é um gato específico, real, que existe ou que existiu, mas um resultado destilado das imagens designadas como “gato” durante o processo de aprendizagem do programa, e que nem sempre se parece com um gato.

[8] Idem, pp. 26-27. Os termos “artista” e “crítico” fazem parte do vocabulário usado pelos cientistas para descrever as funções de gerador e discriminador.

[9] Projeto Deep Himmelblau.

[10] Melissa Heikkilä, “These new tools let you see for yourself how biased AI image models are”, in MIT Technology Review (Março, 2023).

[11] Melissa Heikkilä, “The viral AI avatar app Lensa undressed me—without my consent”, in MIT Technology Review (Dezembro, 2022).

[12] "Learning how to see".

[13] "GANs Based Interpretation of Morphosis Combinatorial Studies"

[14] Mario Carpo, “A short but believable history of the digital turn in architecture”, in e-flux (Março, 2022)

 

:::

 

Vítor Alves

Arquitecto, investigador (CEAA), docente (ISMAT) e coordenador redactorial do Jornal Arquitectos.