ARTES PERFORMATIVAS
ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
HELENA FALCÃO CARNEIRO
2022-01-27
Nancy Stark Smith dança com Steve Paxton. Fonte: researchgate.
A small dance [pequena dança] é talvez um dos momentos de pesquisa em que formalmente Steve Paxton mais se aproxima da questão da quietude. O exercício da small dance [pequena dança] consiste, essencialmente, na permanência de um corpo em pé. Aqui, a questão da quietude não tem que ver necessariamente com um corpo parado. O próprio Paxton o diz quando escreve: “estar quieto não é, na verdade, [estar] imóvel” [1]. O corpo parado está a observar o movimento necessário à verticalidade, a mobilidade imprescindível para evitar a queda. Paxton esclarece:
Equilibrar-se nas duas pernas mostra ao corpo do bailarino o seu constante movimento com a gravidade. Observar os ajustes que o corpo produz para não cair aquieta. É uma meditação. É assistir aos reflexos em acção, sabendo que estes são subtis e seguros- não apenas medidas de emergência. [2]
Mais ainda do que observar a impossibilidade da quietude, o corpo parado percebe o campo em que as forças trabalham para que ele se mantenha de pé, num exercício de equilíbrio permanente, numa postura de auxílio, um corpo cooperante:
Pomos-te em contacto com o esforço fundamental de apoio que constantemente se mantém no teu corpo, e do qual não tens, habitualmente, necessidade de estar consciente. É um movimento estático que serve de fundo - tu percebes o que quero dizer - e que tu poluis com as tuas diversas actividades, mas que está constantemente presente para te suster/apoiar.” [3]
Neste exercício existe, possivelmente, um silêncio intermitente que clarifica a percepção daquilo que é visto e daquilo que ultrapassa a visão - os dados subtis dos sentidos. Paxton escreve: “Enquanto estou em silêncio, distingo experiências ou modos de experiência e sou capaz de percepcionar o não-visível e o visível. O que acontece antes age sobre aquilo que acontece depois.” [4] Paxton prossegue, referindo a passagem de corpo emissor a corpo receptor. Como se abandonássemos o vício de emissão reactiva - falar, mexer, dar opinião - na tentativa de desocultar as vontades submersas no corpo atento.
Conferência de Steve Paxton na Culturgest, a propósito da exposição “Esboços de Técnicas Interiores”. Stills de vídeo no canal Youtube da Culturgest, 2019.
Portanto, o “silêncio” do corpo, a “imobilidade”, é aquilo que prepara o movimento ou acção - “o que acontece antes age sobre aquilo que acontece depois”. A small dance parece dedicar-se ao que acontece nesse espaço generativo, estudando os confins da percepção sensorial, sensitiva, e arriscando-se a uma profunda escuta submersa na “ausência” de decisão voluntária de movimento. Como escreve o teórico André Lepecki,
(…) no intervalo entre o âmago da subjectividade e a superfície do corpo, existe não mais do que a revelação de um infinito, ilocalizável espaço para a micro-exploração do potencial múltiplo de subjectividades “não sentidas” e de “realidades corporais” escondidas. A pequena dança acontece nesse não-lugar; o bailarino deve aí explorar o ilocalizável, entre a subjectividade e a imagem do corpo. [5]
Existe, pois, um deslocamento da ontologia da dança. Deixando de recriar o motivo cinético, é inaugurado um novo capítulo na história do movimento que, em parte, se funda nas descobertas reveladas pela quietude. Inicia-se a viagem pelo infinitesimal, mesmo no espaço entre o interior do corpo e a sua superfície. Como um estudo de escala, que partisse do mais subtil para fortalecer a vontade de movimento além da superfície corporal. Lepecki fala do “ilocalizável” entre a subjectividade e a imagem do corpo.
Nancy Stark Smith, solo “Raku”, 1996. Still de vídeo no canal Youtube de whitefiredancer.
O estudo da quietude desmascara os véus entrelaçados entre o sujeito e a imagem de si próprio. Entre a imagem que se cria de movimento - eu vejo-me a escrever este texto ou a levantar o braço direito- e as percepções não-visíveis escondidas por detrás dessa visualidade da obsessiva auto-análise. Na postura vertical quieta, é difícil visualizar, desenhar os contornos do movimento porque, de facto, se se imaginar o corpo visto de fora, “pouca” coisa acontece. Estando ausente a imediatez da imagem que o cérebro desenha a partir de uma visão “exterior” do corpo próprio, abre-se uma janela perceptiva que desloca a atenção para aquilo que se passa no corpo, mas “não é visto”. Paxton diz que “o cérebro se torna mais flexível e solidário com um mundo que ele cessa de dominar.” [6]
Steve Paxton dança “small dance”. Still no canal Youtube de Ruben Dario Luna.
Na selecção feita por Romain Bigé, autor muito dedicado ao estudo do trabalho de Steve Paxton, lemos a um dado momento aquilo que Paxton desejava que a revista Contact Quarterly [7] alcançasse:
Assim, parece-me que um dos resultados naturais desta revista seria chegar a um silêncio profundo da imagem e do verbo. A página branca significando o nosso acordo comum em como, apesar de todo o trabalho dos nossos cérebros, somos sempre confrontados com um mistério, e que nenhum símbolo será jamais o melhor símbolo. [8]
Helena Falcão Carneiro
Nasceu no Porto em 1995, vive em Lisboa, é licenciada em Estudos Gerais com Minor em Expressão Plástica pela Universidade de Lisboa e mestre em Comunicação e Artes pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem vindo a participar em projectos nas áreas artísticas e das ciências sociais.
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Notas
[1] Tradução livre, a partir do inglês.
[2] Tradução livre, a partir do inglês.
[3] Tradução livre, a partir do francês.
[4] Tradução livre, a partir do francês.
[5] Tradução livre, a partir do inglês.
[6] Tradução livre, a partir do francês.
[7] A revista Contact Quarterly foi fundada em 1975, por Nancy Stark Smith e Lisa Nelson. Stark Smith morreu no dia 1 de maio de 2020. Nelson escreveu uma nota breve, endereçada a Nancy. Talvez valha a pena citar as belas palavras com que se despede: O teu voo final no 1.º de Maio, no meio de uma estranha quietude planetária, com o teu amado companheiro Mike do teu lado, precisamente no mesmo momento em que os lilases floriam na tua pequena cidade, é o toque final de uma singular dança de encantar pela Terra. Com amor, obrigada, como sempre, a tua “isto e aquilo”, lisa (Tradução livre, a partir do inglês).
[8] Tradução livre, a partir do francês.
:::
Bibliografia
Steve Paxton- Sélection de textes publiés dans Contact Quartely, trad. Romain Bigé, L’œil et la main, Paris : 2016
André Lepecki, Singularities- Dance in the age of performance, Routledge, NI : 2016
Vários autores, Steve Paxton: Drafting Interior Techniques, ed. Romain Bigé, Culturgest, Lisboa: 2019
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