Links


ARTES PERFORMATIVAS


SUUNS € €FELT€

RICARDO ESCARDUÇA

2018-05-23



 

 

Os canadianos Suuns lançaram Felt em 2 de Março passado, o seu quarto álbum original, sucedâneo de Hold / Still, de 2016, Images du Futur, de 2013, e Zeroes QC, de 2010. Antes, e pelo meio, contam-se também o EP de estreia homónimo de 2010 e o projecto colaborativo de 2015 Suuns and Jerusalem In My Heart com o produtor libanês estabelecido em Montreal Radwan Ghazi Moumneh.

Este percurso artístico e musical, notável diga-se por dívida à verdade, leva a banda a pisar sustentavelmente as tábuas de pequenos e médios palcos em ambos os lados do Atlântico, Portugal incluído por diversas vezes. Um tanto esquizofrénicos, estes palcos, tal como a sua música. Um tanto de abrangentes, um tanto de marginais. À frente dos palcos, e atrás da banda, em perseguição, como uns e a outra, um pequeno ou médio séquito.

Curioso, ou melhor ainda, paradoxal, é que os mesmos tempos que endeusam a irrequietude da criatividade – estará ainda por definir, ou corrigir, o termo no contexto actual, dito contemporâneo, pós-moderno, etc. etc., e à luz de algumas (muitas?) bacoradas, “moderninho”? – os empurrem para – dir-se-á não justificações, era o que faltava – explicações sobre as opções artísticas que sustentam Felt. A verdade é que o álbum foi acolhido com aplausos contidos por alguns narizes algo torcidos – mas, também, e que alívio pela clarividência demonstrada de quem não cede ao impulso, muitos aplausos, e só; já lá se vai.

Se a negatividade da obediência à disciplina – o dever fazer – foi substituída pela positividade da liberdade em produzir – o poder fazer –, este modelo organizacional sucessor, que à luz de uma regulamentação mais explícita ou mais implícita (enquanto sociedade do controlo, quase sempre dissimuladamente implícita, dir-se-ia), e cujos braços se estendem às dimensões sociais, económicas, culturais, políticas da comunidade, que anuncia e incentiva a iniciativa mas, na verdade, almeja uma massificação ilimitada da produção que, quando confrontada com o excedente que a mesma cria, antes planeia a obsolescência da descartabilidade com recurso às técnicas do marketing e outras malícias que tais e, nesse ciclo viciante e viciado do “mastiga deita fora”, castra a consciência verdadeiramente crítica e a criatividade subjugadas à necessidade de continuar a produzir, e entrincheira a anunciada libertação da individualidade como farsa para a propagação da homogeneização subserviente do modelo da produção que difunde um, e apenas um certo, excesso de estímulos e informação – veja-se Byung-Chul Han, em A Sociedade do Cansaço, e outros escritos do pensador germano/sul-coreano –, então está criado o contexto para a dispersão e fragmentação da atenção e para a primazia do imediato que é imposto continuar a produzir.

 

 

Aos tais narizes torcidos não apetece, porque dá demasiado trabalho ou, vítimas afinal, já sequer é oferecida, a cultura da contemplação. Essa enquadraria Felt no percurso global de Suuns. Ainda que este percurso seja apenas de um punhado de anos, e extrapolando a questão contemplativa para um contexto macro-histórico muito mais vasto mas ainda assim, porque ilustrativo, tão relevante face à cultura do “mastiga deita fora”, basta lembrar o prefácio de Nicola Abbagnano à sua Storia Della Filosofia – já lá vai imenso tempo, quase meio-século… - e as suas observações de que a consideração histórica é uma fonte de ensinamento e não um erro morto às mãos da descartabilidade.

Em várias instâncias, e logo condenado por moderníssimos peritos do ruído das playlists e tal (…), da máquina de mastigar e deitar fora, a quem a híper-aceleração de pretensas inovação e criatividade anunciadas que obedecem, na verdade, a uma máquina de produção de excessos obsoletos que rasteja na descoloração homogeneizada da areia atirada para os seus olhos e que neles ricocheta para os dos outros, ou tenta, e que lhes impede a contextualização mais abrangente que – sacana – requer o tempo e a profundidade da historicidade contemplativa, Felt tem sido acusado, entre outros crimes, e classificado como enfadonho, repugnante, desinspirado, previsível, calculado, acomodado, insignificante, repetitivo e desarticulado. E ainda só lá vai um mês e tal desde que viu a luz do dia. Crime maior sentenciado em tais varas, Felt consubstancia o progressivo desvanecimento criativo de Suuns de álbum em álbum, como se desde o momento em que se criaram e formalizaram no primeiro trabalho, a génese, não houvesse outro destino que não o lento e inescapável esmorecer da chama em direcção ao ocaso – novamente Han, que referencia o animal laborans desta contemporaneidade conceptualizado por Arendt, cuja acção maior é nascer, e cujo anónimo, passivo e fatal destino, desprovido de consciência e criatividade, se reduz a produzir até que se apague, metafórica e literalmente.

 

 

É um facto. Os dois primeiros álbuns de Suuns sólida e inequivocamente denunciam a sua mestria em trabalhar contrastes que ziguezagueiam, ainda que em total controlo, por entre os arranjos musicais das frenéticas guitarras, dos sintetizadores espessos, do baixo impulsionante, dos ritmos enérgicos e, sobrepostos e realçando-se, dos vocais suaves e hipnóticos. Hábil na criação de paisagens melódicas profunda e densamente texturadas que se depositam em camadas várias que roçam em equilíbrio meticuloso o limiar entre a turbulência, opacidade e dissonância e a serenidade, vividez e harmonia mas, virtuosos no seu enigmatismo, nunca o ultrapassando, e por esse motivo tão mais estimulantes, o quarteto de Montreal demarcou com Images du Futur e Zeroes QC um território seu, personalizado na intangibilidade do experimentalismo que minuciosamente combina, retorce e confunde o Industrial, o Punk-Rock, o Post-Punk e o Electro-Rock numa excitante atmosfera musical que é tão sombria e austera quão psicadélica e alucinada e quão macia e envolvente.

 

 

Quando confrontados com a adjectivação de Felt como acessível ou convencional face aos registos iniciais cuja lâmina afiada é acusada de estar amolecida, argumentam, e muito acertadamente, que é um exagero de desvirtuação precipitada que não considera o lugar de Felt como parte de um todo que o torna mais significativo do que já merecidamente é na sua singularidade.

É um facto. Felt não cai na armadilha da banalidade massificada e indistinta. Da acessibilidade e convencionalidade onde não cabe o traço da personalidade e individualidade. Ainda mais que Hold / Still, traduz um percurso da banda. Valioso, porque se desafia para lá da familiaridade. Louvável, porque se mantém fiel à sua essência. Distingue-se, porque mais contido, polido e sofisticado, face à aspereza, à agudez e brutalidade que anima os antecessores. Felt é uma evolução sem trajectória ou destino pré-determinados numa constante postura experimental onde a inércia do processo criativo não tem lugar.

 

 

Bastaria um novo álbum de Suuns, mesmo que no prolongamento da esteira da banda, para justificar o merecido destaque. Tão mais relevante e estimulante, seja no plano artístico e musical, seja em conexões com outras dimensões do mundo, é um novo trabalho que denuncia a verdadeira irrequietude criativa dos que recusam a apatia e procuram o desafio da sua inovação e reinvenção.


Felt tracklist

1. Look No Further
2. X-ALT
3. Watch You, Watch Me
4. Baseline
5. After the Fall
6. Control
7. Make It Real
8. Daydream
9. Peace and Love
10. Moonbeams
11. Materials

 




Outros artigos:

2024-11-30


FRANCIS ALYS: RICOCHETES
 

2024-10-21


AO SER NINGUÉM, DUVALL TORNOU-SE TODAS. I AM NO ONE, DE NÁDIA DUVALL, NOS GIARDINI, BIENAL DE VENEZA 2024
 

2024-09-18


JOSÈFA NTJAM : SWELL OF SPÆC(I)ES
 

2024-08-13


A PROPÓSITO DE ZÉNITE
 

2024-06-20


ONDE ESTÁ O PESSOA?
 

2024-05-17


ΛƬSUMOЯI, DE CATARINA MIRANDA
 

2024-03-24


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
 

2024-02-26


A RESISTÊNCIA TEMPORAL, A PRODUÇÃO CORPORAL E AS DINÂMICAS DE LUTA NA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2023-12-15


CAFE ZERO BY SOREN AAGAARD, PERFORMA - BIENAL DE ARTES PERFORMATIVAS
 

2023-11-13


SOBRE O PROTEGER E O SUPLICAR – “OS PROTEGIDOS” DE ELFRIEDE JELINEK
 

2023-10-31


O REGRESSO DE CLÁUDIA DIAS. UM CICLO DE CRIAÇÃO DE 10 ANOS A EMERGIR DA COLEÇÃO DE LIVROS DO SEU PAI
 

2023-09-12


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
 

2023-08-10


CINEMA INSUFLÁVEL: ENTREVISTA A SÉRGIO MARQUES
 

2023-07-10


DEPOIS DE METADE DOS MINUTOS - ENTREVISTA A ÂNGELA ROCHA
 

2023-05-20


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
 

2023-05-03


UMA TERRA QUE TREME E UM MAR QUE GEME
 

2023-03-23


SOBRE A PARTILHA DO PROCESSO CRIATIVO
 

2023-02-22


ALVALADE CINECLUBE: A PROGRAMAÇÃO QUE FALTAVA À CIDADE
 

2023-01-11


'CONTRA O MEDO' EM 2023 - ENTREVISTA COM TEATROMOSCA
 

2022-12-06


SAIR DE CENA – UMA REFLEXÃO SOBRE VINTE ANOS DE TRABALHO
 

2022-11-06


SAMOTRACIAS: ENTREVISTA A CAROLINA SANTOS, LETÍCIA BLANC E ULIMA ORTIZ
 

2022-10-07


ENTREVISTA A EUNICE GONÇALVES DUARTE
 

2022-09-07


PORÉM AINDA. — SOBRE QUASE UM PRAZER DE GONÇALO DUARTE
 

2022-08-01


O FUTURO EM MODO SILENCIOSO. SOBRE HUMANIDADE E TECNOLOGIA EM SILENT RUNNING (1972)
 

2022-06-29


A IMPORTÂNCIA DE SER VELVET GOLDMINE
 

2022-05-31


OS ESQUILOS PARA AS NOZES
 

2022-04-28


À VOLTA DA 'META-PERSONAGEM' DE ORGIA DE PASOLINI. ENTREVISTA A IVANA SEHIC
 

2022-03-31


PAISAGENS TRANSDISCIPLINARES: ENTREVISTA A GRAÇA P. CORRÊA
 

2022-02-27


POÉTICA E POLÍTICA (VÍDEOS DE FRANCIS ALŸS)
 

2022-01-27


ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
 

2021-12-28


KILIG: UMA NARRATIVA INSPIRADA PELO LOST IN TRANSLATION DE ANDRÉ CARVALHO
 

2021-11-25


FESTIVAL EUFÉMIA: MULHERES, TEATRO E IDENTIDADES
 

2021-10-25


ENTREVISTA A GUILHERME GOMES, CO-CRIADOR DO ESPECTÁCULO SILÊNCIO
 

2021-09-19


ALBUQUERQUE MENDES: CORPO DE PERFORMANCE
 

2021-08-08


ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S)
 

2021-07-06


AURORA NEGRA
 

2021-05-26


A CONFUSÃO DE SE SER NÓMADA EM NOMADLAND
 

2021-04-30


LODO
 

2021-03-24


A INSUSTENTÁVEL ORIGINALIDADE DOS GROWLERS
 

2021-02-22


O ESTRANHO CASO DE DEVLIN
 

2021-01-20


O MONSTRO DOS PUSCIFER
 

2020-12-20


LOURENÇO CRESPO
 

2020-11-18


O RETORNO DE UM DYLAN À PARTE
 

2020-10-15


EMA THOMAS
 

2020-09-14


DREAMIN’ WILD
 

2020-08-07


GABRIEL FERRANDINI
 

2020-07-15


UMA LIVRE ASSOCIAÇÃO DO HERE COME THE WARM JETS
 

2020-06-17


O CLASSICISMO DE NORMAN FUCKING ROCKWELL!
 

2019-07-31


R.I.P HAYMAN: DREAMS OF INDIA AND CHINA
 

2019-06-12


O PUNK QUER-SE FEIO - G.G. ALLIN: UMA ABJECÇÃO ANÁRQUICA
 

2019-02-19


COSEY FANNI TUTTI – “TUTTI”
 

2019-01-17


LIGHTS ON MOSCOW – Aorta Songs Part I
 

2018-11-30


LLAMA VIRGEM – “desconseguiste?”
 

2018-10-29


SRSQ – “UNREALITY”
 

2018-09-25


LIARS – “1/1”
 

2018-07-25


LEBANON HANOVER - “LET THEM BE ALIEN”
 

2018-06-24


LOMA – “LOMA”
 

2018-05-23


SUUNS – “FELT”
 

2018-04-22


LOLINA – THE SMOKE
 

2018-03-17


ANNA VON HAUSSWOLFF - DEAD MAGIC
 

2018-01-28


COUCOU CHLOÉ
 

2017-12-22


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”
 

2017-11-12


HAARVÖL | ENTREVISTA
 

2017-10-07


GHOSTPOET – “DARK DAYS + CANAPÉS”
 

2017-09-02


TATRAN – “EYES, “NO SIDES” E O RESTO
 

2017-07-20


SUGESTÕES ADICIONAIS A MEIO DE 2017
 

2017-06-20


TIMBER TIMBRE – A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL
 

2017-05-17


KARRIEM RIGGINS: EXPERIÊNCIAS E IDEIAS SOBRE RITMO E HARMONIAS
 

2017-04-17


PONTIAK – UM PASSO EM FRENTE
 

2017-03-13


TRISTESSE CONTEMPORAINE – SEM ILUSÕES NEM DESILUSÕES
 

2017-02-10


A PROJECTION – OBJECTOS DE HOJE, SÍMBOLOS DE ONTEM
 

2017-01-13


AGORA QUE 2016 TERMINOU
 

2016-12-13


THE PARKINSONS – QUINZE ANOS PUNK
 

2016-11-02


patten – A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO
 

2016-10-03


GONJASUFI – DESCIDA À CAVE REAL E PSICOLÓGICA
 

2016-08-29


AGORA QUE 2016 VAI A MEIO
 

2016-07-27


ODONIS ODONIS – A QUESTÃO TECNOLÓGICA
 

2016-06-27


GAIKA – ENTRE POLÍTICA E MÚSICA
 

2016-05-25


PUBLIC MEMORY – A TRANSFORMAÇÃO PASSO A PASSO
 

2016-04-23


JOHN CALE – O REECONTRO COM O PASSADO EM MAIS UMA FACE DO POLIMORFISMO
 

2016-03-22


SAUL WILLIAMS – A FORÇA E A ARTE DA PALAVRA ALIADA À MÚSICA
 

2016-02-11


BIANCA CASADY & THE C.I.A – SINGULARES EXPERIMENTALISMO E IMAGINÁRIO
 

2015-12-29


AGORA QUE 2015 TERMINOU
 

2015-12-15


LANTERNS ON THE LAKE – SOBRE FORÇA E FRAGILIDADE
 

2015-11-11


BLUE DAISY – UM VÓRTEX DE OBSCURA REALIDADE E HONESTA REVOLTA
 

2015-10-06


MORLY – EM REDOR DE REVOLUÇÕES, REFORMULAÇÕES E REINVENÇÕES
 

2015-09-04


ABRA – PONTO DE EXCLAMAÇÃO, PONTO DE EXCLAMAÇÃO!! PONTO DE INTERROGAÇÃO?...
 

2015-08-05


BILAL – A BANDEIRA EMPUNHADA POR QUEM SABE QUEM É
 

2015-07-05


ANNABEL (LEE) – NA PRESENÇA SUPERIOR DA PROFUNDIDADE E DA EXCELÊNCIA
 

2015-06-03


ZIMOWA – A SURPREENDENTE ORIGEM DO FUTURO
 

2015-05-04


FRANCESCA BELMONTE – A EMERGÊNCIA DE UMA ALMA VELHA JOVEM
 

2015-04-06


CHOCOLAT – A RELEVANTE EXTRAVAGÂNCIA DO VERDADEIRO ROCK
 

2015-03-03


DELHIA DE FRANCE, PENTATONES E O LIRISMO NA ERA ELECTRÓNICA
 

2015-02-02


TĀLĀ – VOLTA AO MUNDO EM DOIS EP’S
 

2014-12-30


SILK RHODES - Viagem no Tempo
 

2014-12-02


ARCA – O SURREALISMO FUTURISTA
 

2014-10-30


MONEY – É TEMPO DE PARAR
 

2014-09-30


MOTHXR – O PRAZER DA SIMPLICIDADE
 

2014-08-21


CARLA BOZULICH E NÓS, SOZINHOS NUMA SALA SOTURNA
 

2014-07-14


SHAMIR: MULTI-CAMADA AOS 19
 

2014-06-18


COURTNEY BARNETT
 

2014-05-19


KENDRA MORRIS
 

2014-04-15


!VON CALHAU!
 

2014-03-18


VANCE JOY
 

2014-02-17


FKA Twigs
 

2014-01-15


SKY FERREIRA – MORE THAN MY IMAGE
 

2013-09-24


ENTRE O MAL E A INOCÊNCIA: RUTH WHITE E AS SUAS FLOWERS OF EVIL
 

2013-07-05


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)
 

2013-06-03


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 1)
 

2013-04-03


BERNARDO DEVLIN: SEGREDO EXÓTICO
 

2013-02-05


TOD DOCKSTADER: O HOMEM QUE VIA O SOM
 

2012-11-27


TROPA MACACA: O SOM DO MISTÉRIO
 

2012-10-19


RECOLLECTION GRM: DAS MÁQUINAS E DOS HOMENS
 

2012-09-10


BRANCHES: DOS AFECTOS E DAS MEMÓRIAS
 

2012-07-19


DEVON FOLKLORE TAPES (II): SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM DAVID CHATTON BARKER
 

2012-06-11


DEVON FOLKLORE TAPES - PESQUISAS DE CAMPO, FANTASMAS FOLCLÓRICOS E LANÇAMENTOS EM CASSETE
 

2012-04-11


FC JUDD: AMADOR DA ELETRÓNICA
 

2012-02-06


SPETTRO FAMILY: OCULTISMO PSICADÉLICO ITALIANO
 

2011-11-25


ONEOHTRIX POINT NEVER: DA IMPLOSÃO DOS FANTASMAS
 

2011-10-06


O SOM E O SENTIDO – PÁGINAS DA MEMÓRIA DO RADIOPHONIC WORKSHOP
 

2011-09-01


ZOMBY. PARA LÁ DO DUBSTEP
 

2011-07-08


ASTROBOY: SONHOS ANALÓGICOS MADE IN PORTUGAL
 

2011-06-02


DELIA DERBYSHIRE: O SOM E A MATEMÁTICA
 

2011-05-06


DAPHNE ORAM: PIONEIRA ELECTRÓNICA E INVENTORA DO FUTURO
 

2011-03-29


TERREIRO DAS BRUXAS: ELECTRÓNICA FANTASMAGÓRICA, WITCH HOUSE E MATER SUSPIRIA VISION
 

2010-09-04


ARTE E INOVAÇÃO: A ELECTRODIVA PAMELA Z
 

2010-06-28


YOKO PLASTIC ONO BAND – BETWEEN MY HEAD AND THE SKY: MÚLTIPLA FANTASIA EM MÚLTIPLOS ESTILOS