Links


ARTES PERFORMATIVAS


JOSÈFA NTJAM : SWELL OF SPÆC(I)ES

CATARINA REAL

2024-09-18



 

 

No contexto da programação Eventos Colaterais - 60ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza - é-nos dado a experienciar swell of spæc(i)es de Josèfa Ntjam.

well of spæc(i)es divide-se entre dois edifícios distintos. Por um lado, a Academia de Belas Artes de Veneza, por outro, o Instituto de Ciência Marinha. No primeiro, visitamos a obra propriamente dita, uma instalação que nos suga directamente para uma dimensão paralela. O segundo funciona como espaço satélite dessa instalação, onde temos acesso não apenas a uma quota parte da investigação realizada para swell of spæc(i)es – para a qual contribuiu o diálogo e cruzamento com cientistas deste mesmo instituto – como podemos ainda, fazendo uso de uma personalizada ferramenta de inteligência artificial alimentada apenas por referentes do projecto de Josèfa – de imagens de plâncton captadas pelo Instituto de Ciência Marinha a representações escultóricas detidas em colecções ocidentais de entidades divinas e espíritos aquáticos tais como Nommo e Mami Wata, presentes nas culturas africanas e caribenhas – personalizar as nossas figuras híbridas, mitológicas, sinuosas, aquáticas ou banhistas conforme as acoplações.

 

Josèfa Ntjam, swell of spæc(i)es, 2024. Vista da instalação na Accademia di Belle Arti di Venezia. Evento Colateral da 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia 2024. Comissariada por LAS Art Foundation. Cortesia da artista; LAS Art Foundation. © ADAGP, Paris, 2024. Foto: Andrea Rossetti

 

Este espaço, paralelo à dimensão paralela de swell of spæc(i)es, é de um didatismo de várias frentes e por isso, toma para a si a coragem de desmontar a clausura em que, por vezes, determinadas estéticas se defendem: torna palpável o incompreensível; torna o artificial desta inteligência, tangível; troca a magia por miúdos. Diz ao que vem. Para além de que, note-se, é de uma grande maturidade e generosidade partilhar e possibilitar a experiência das ferramentas de construção conceptual, técnica e formal que acompanham esta investigação.

Em retrospectiva – uma vez que visitei primeiro o Instituto de Ciência Marinha – posso dizer que a partir do momento em que se vê a cauda deste projecto, se entende que o programa que está em causa, a raiz de investigação artística que opera em swell of spæc(i)es, se rege por uma interconectividade empática que não é apenas implícita na ficção/fricção criada, que não é apenas representação de híbridos, mas que é implícita também à forma de criação dessa mesma ficção, à sua política. Na minha leitura, a mesma última palavra do poema de Mawena Yehouessi que Josèfa recupera para o curto documento impresso que acompanha e apresenta a sua exposição: jamming.

 

LAS Art Foundation | UNA / UNLESS Pavilhão Temporário na Accademia di Belle Arti, Veneza, 2024. Comissariado por LAS Art Foundation. © 2024 UNA / UNLESS. Foto: Andrea Rossetti / Héctor Chico

 

Um grande triângulo azul ocupa o átrio da Academia de Belas Artes de Veneza, uma superfície que aparenta ser plástica, sólida, reluzente. À entrada encaramos o vértice, ou melhor, a aresta. Acima desta mancha inesperada de azul, entre as duas linhas de janelas das salas de aula, uma bandeira. Free Palestine. Apesar de a intervenção ter sido feita pelos alunos – fui confirmar na documentação oficial da Bienal – parece também este posicionamento imiscuir-se na exposição.

Atravessando o átrio, contornando o que parecia triângulo e é afinal prisma triangular seccionado, o que parecia ser sólido e é afinal fluído: conseguirmos entrar dentro do azul. Naturalmente que Bruce Lee consta das referências de Josèfa para swell of spæc(i)es, referenciadas no material textual auxiliar, apesar do mérito da construção deste espaço de exposição ser partilhado com o estúdio de arquitectura UNA/UNLESS. Todo a zona que este prisma abarcou, tomou-a de azul e, do átrio tomou as suas características. Ainda lá está o poço, o elemento que nos faz entrar no espaço ficcionado do azul onde a instalação começa a começar e que ainda nos mantém em contacto com a realidade que habitamos. Atrás de uma grande cortina por onde continuamos a entrar não há outros elementos que nos mantenham … por cá.

 

Josèfa Ntjam, swell of spæc(i)es, 2024. Vista da instalação na Accademia di Belle Arti di Venezia. Evento Colateral da 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia 2024. Comissariada por LAS Art Foundation. Cortesia da artista; LAS Art Foundation. © ADAGP, Paris, 2024. Foto: Andrea Rossetti

 

Numa grande tela, uma longa animação dá-nos a ver espécies encantadas e encantadoras. O negro, a luminescência; cores e tentáculos vão dançando. Tudo oscila, desliza. Dois grandes sofás que antes do toque se aparentam a sólidas rochas estratificadas, permitem que o corpo relaxe e descanse, e desfrute da faixa sonora para ir deslizando para esta realidade paralela, de onde são soprados feitiços. De quando em vez uma voz, muito baixa e incompreensível, acentua a sensação de que estamos a ser enfeitiçados ou de que, não sendo sobre nós aplicada, uma força maior e mais antiga se manifesta por ali.

 

Josèfa Ntjam, swell of spæc(i)es, 2024. Vista da instalação na Accademia di Belle Arti di Venezia. Evento Colateral da 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia 2024. Comissariada por LAS Art Foundation. Cortesia da artista; LAS Art Foundation. © ADAGP, Paris, 2024. Foto: Andrea Rossetti

 

No espaço fora do ecrã, duas grandes esculturas bioluminescentes lembram-me caravelas portuguesas. Uma das faixas de sons que se ouvem provém da escultura, de dentro da copa na qual nos podemos abrigar, como se entrássemos também na animação, na oscilação dos corpos híbridos. Diz-nos das suas posições quanto ao universo, sobre os problemas do mar, tenta-nos à fusão com a sua própria identidade. Alicia-nos com o que se irá tornar um dia, o dia que alimentará outros seres. Mistura-nos as construções temporais e providencia-nos de imagens de tudo o que vê. Depois, parte pelo espaço para se tornar uma outra coisa; transformam-se as relações do espaço; das narrativas; dos sons; das sugestões criadas por todos os estímulos.

 

Josèfa Ntjam, swell of spæc(i)es, 2024. Vista da instalação na Accademia di Belle Arti di Venezia. Evento Colateral da 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia 2024. Comissariada por LAS Art Foundation. Cortesia da artista; LAS Art Foundation. © ADAGP, Paris, 2024. Foto: Andrea Rossetti



A animação é longa e diversa, mas faz-nos passar por várias estações do começo; a dramaturgia do filme é alimentada pela interpretação dos mitos de Amma e Nommo, parte da cultura Dogon, e por uma história Huaorani, de uma cobra que se alimenta de estrelas para criar toda a flora, água e vida marinha. Naturalmente que só tenho a informação da base de construção da própria mitologia do filme porque me dão acesso à mesma, mas a compreensão anterior a este acesso torna evidente a continuidade cíclica que, a cada momento retorna a novos modos da criação de um novo; da planta ao animal, do céu à terra.

Um pouco alucinogénia e ácida na sua forma, nesta sequência de imagens, texturas e cores encadeadas no som fazem a passagem do ambiente marítimo ao espacial onde pedras e bichos imaginários, cobras, ténias, corais e algas, uma fauna-flora reunida em novos corpos, circulam. Visões espaciais da terra ou de um outro planeta sem continentes como se entrássemos na mistura infernal do paraíso atravessando planos de água gasosa e aterrássemos em praias onde conchas modelam o território. Onde conchas são o território sem qualquer outra camada.

 

Josèfa Ntjam, swell of spæc(i)es, 2024. Vista da instalação na Accademia di Belle Arti di Venezia. Evento Colateral da 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia 2024. Comissariada por LAS Art Foundation. Cortesia da artista; LAS Art Foundation. © ADAGP, Paris, 2024. Foto: Andrea Rossetti

 

As co-constituições são recorrentes. Uma pitada de apocalipse encantado, como um sonho ou uma profecia não romantizada da ruína, mas do tomar da ruína pelo não humano e as potências que daí se podem pensar.

Este é um projecto comissariado por LAS Art Foundation, fundação que apresenta como sua missão “a exploração das possibilidades do amanhã, através do trabalho visionário com artistas, pensadores e instituições para desenvolver projectos e experiências inovadoras” e que tem como foco o apoio e incentivo à exploração das intersecções entre arte, ciência e tecnologia.

 

 

Catarina Real
(1992, Barcelos) Trabalha na intersecção entre a prática artística e a investigação teórica no campos expandidos da pintura, escrita e coreografia, maioritariamente em projectos colaborativos de longa duração, que se debruçam sobre o questionamento de como podemos viver melhor colectivamente. É doutoranda do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho com uma investigação que cruza arte, amor e capital. Encontra-se em desenvolvimento da Terapia da Cor, prática aplicada entre teoria da cor, arte postal e intuição coreográfica. Mantém uma prática de comentário - nas vertentes de textos de reflexão, textos introdutórios a exposições, entrevistas e moderação de conversas - às obras e processos realizados pelos artistas na sua faixa geracional, com a intenção de contribuir para um ambiente salutar de crítica e criação colectiva e comunitária.
Foi artista residente na Residency Unlimited, Nova York, com apoio do Atelier-Museu Júlio Pomar/EGEAC.

 


:::

 

Josèfa Ntjam
swell of spæc(i)es

20 April — 24 Novembro 2024
Accademia di Belle Arti di Venezia




Outros artigos:

2024-11-30


FRANCIS ALYS: RICOCHETES
 

2024-10-21


AO SER NINGUÉM, DUVALL TORNOU-SE TODAS. I AM NO ONE, DE NÁDIA DUVALL, NOS GIARDINI, BIENAL DE VENEZA 2024
 

2024-09-18


JOSÈFA NTJAM : SWELL OF SPÆC(I)ES
 

2024-08-13


A PROPÓSITO DE ZÉNITE
 

2024-06-20


ONDE ESTÁ O PESSOA?
 

2024-05-17


ΛƬSUMOЯI, DE CATARINA MIRANDA
 

2024-03-24


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
 

2024-02-26


A RESISTÊNCIA TEMPORAL, A PRODUÇÃO CORPORAL E AS DINÂMICAS DE LUTA NA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2023-12-15


CAFE ZERO BY SOREN AAGAARD, PERFORMA - BIENAL DE ARTES PERFORMATIVAS
 

2023-11-13


SOBRE O PROTEGER E O SUPLICAR – “OS PROTEGIDOS” DE ELFRIEDE JELINEK
 

2023-10-31


O REGRESSO DE CLÁUDIA DIAS. UM CICLO DE CRIAÇÃO DE 10 ANOS A EMERGIR DA COLEÇÃO DE LIVROS DO SEU PAI
 

2023-09-12


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
 

2023-08-10


CINEMA INSUFLÁVEL: ENTREVISTA A SÉRGIO MARQUES
 

2023-07-10


DEPOIS DE METADE DOS MINUTOS - ENTREVISTA A ÂNGELA ROCHA
 

2023-05-20


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
 

2023-05-03


UMA TERRA QUE TREME E UM MAR QUE GEME
 

2023-03-23


SOBRE A PARTILHA DO PROCESSO CRIATIVO
 

2023-02-22


ALVALADE CINECLUBE: A PROGRAMAÇÃO QUE FALTAVA À CIDADE
 

2023-01-11


'CONTRA O MEDO' EM 2023 - ENTREVISTA COM TEATROMOSCA
 

2022-12-06


SAIR DE CENA – UMA REFLEXÃO SOBRE VINTE ANOS DE TRABALHO
 

2022-11-06


SAMOTRACIAS: ENTREVISTA A CAROLINA SANTOS, LETÍCIA BLANC E ULIMA ORTIZ
 

2022-10-07


ENTREVISTA A EUNICE GONÇALVES DUARTE
 

2022-09-07


PORÉM AINDA. — SOBRE QUASE UM PRAZER DE GONÇALO DUARTE
 

2022-08-01


O FUTURO EM MODO SILENCIOSO. SOBRE HUMANIDADE E TECNOLOGIA EM SILENT RUNNING (1972)
 

2022-06-29


A IMPORTÂNCIA DE SER VELVET GOLDMINE
 

2022-05-31


OS ESQUILOS PARA AS NOZES
 

2022-04-28


À VOLTA DA 'META-PERSONAGEM' DE ORGIA DE PASOLINI. ENTREVISTA A IVANA SEHIC
 

2022-03-31


PAISAGENS TRANSDISCIPLINARES: ENTREVISTA A GRAÇA P. CORRÊA
 

2022-02-27


POÉTICA E POLÍTICA (VÍDEOS DE FRANCIS ALŸS)
 

2022-01-27


ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
 

2021-12-28


KILIG: UMA NARRATIVA INSPIRADA PELO LOST IN TRANSLATION DE ANDRÉ CARVALHO
 

2021-11-25


FESTIVAL EUFÉMIA: MULHERES, TEATRO E IDENTIDADES
 

2021-10-25


ENTREVISTA A GUILHERME GOMES, CO-CRIADOR DO ESPECTÁCULO SILÊNCIO
 

2021-09-19


ALBUQUERQUE MENDES: CORPO DE PERFORMANCE
 

2021-08-08


ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S)
 

2021-07-06


AURORA NEGRA
 

2021-05-26


A CONFUSÃO DE SE SER NÓMADA EM NOMADLAND
 

2021-04-30


LODO
 

2021-03-24


A INSUSTENTÁVEL ORIGINALIDADE DOS GROWLERS
 

2021-02-22


O ESTRANHO CASO DE DEVLIN
 

2021-01-20


O MONSTRO DOS PUSCIFER
 

2020-12-20


LOURENÇO CRESPO
 

2020-11-18


O RETORNO DE UM DYLAN À PARTE
 

2020-10-15


EMA THOMAS
 

2020-09-14


DREAMIN’ WILD
 

2020-08-07


GABRIEL FERRANDINI
 

2020-07-15


UMA LIVRE ASSOCIAÇÃO DO HERE COME THE WARM JETS
 

2020-06-17


O CLASSICISMO DE NORMAN FUCKING ROCKWELL!
 

2019-07-31


R.I.P HAYMAN: DREAMS OF INDIA AND CHINA
 

2019-06-12


O PUNK QUER-SE FEIO - G.G. ALLIN: UMA ABJECÇÃO ANÁRQUICA
 

2019-02-19


COSEY FANNI TUTTI – “TUTTI”
 

2019-01-17


LIGHTS ON MOSCOW – Aorta Songs Part I
 

2018-11-30


LLAMA VIRGEM – “desconseguiste?”
 

2018-10-29


SRSQ – “UNREALITY”
 

2018-09-25


LIARS – “1/1”
 

2018-07-25


LEBANON HANOVER - “LET THEM BE ALIEN”
 

2018-06-24


LOMA – “LOMA”
 

2018-05-23


SUUNS – “FELT”
 

2018-04-22


LOLINA – THE SMOKE
 

2018-03-17


ANNA VON HAUSSWOLFF - DEAD MAGIC
 

2018-01-28


COUCOU CHLOÉ
 

2017-12-22


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”
 

2017-11-12


HAARVÖL | ENTREVISTA
 

2017-10-07


GHOSTPOET – “DARK DAYS + CANAPÉS”
 

2017-09-02


TATRAN – “EYES, “NO SIDES” E O RESTO
 

2017-07-20


SUGESTÕES ADICIONAIS A MEIO DE 2017
 

2017-06-20


TIMBER TIMBRE – A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL
 

2017-05-17


KARRIEM RIGGINS: EXPERIÊNCIAS E IDEIAS SOBRE RITMO E HARMONIAS
 

2017-04-17


PONTIAK – UM PASSO EM FRENTE
 

2017-03-13


TRISTESSE CONTEMPORAINE – SEM ILUSÕES NEM DESILUSÕES
 

2017-02-10


A PROJECTION – OBJECTOS DE HOJE, SÍMBOLOS DE ONTEM
 

2017-01-13


AGORA QUE 2016 TERMINOU
 

2016-12-13


THE PARKINSONS – QUINZE ANOS PUNK
 

2016-11-02


patten – A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO
 

2016-10-03


GONJASUFI – DESCIDA À CAVE REAL E PSICOLÓGICA
 

2016-08-29


AGORA QUE 2016 VAI A MEIO
 

2016-07-27


ODONIS ODONIS – A QUESTÃO TECNOLÓGICA
 

2016-06-27


GAIKA – ENTRE POLÍTICA E MÚSICA
 

2016-05-25


PUBLIC MEMORY – A TRANSFORMAÇÃO PASSO A PASSO
 

2016-04-23


JOHN CALE – O REECONTRO COM O PASSADO EM MAIS UMA FACE DO POLIMORFISMO
 

2016-03-22


SAUL WILLIAMS – A FORÇA E A ARTE DA PALAVRA ALIADA À MÚSICA
 

2016-02-11


BIANCA CASADY & THE C.I.A – SINGULARES EXPERIMENTALISMO E IMAGINÁRIO
 

2015-12-29


AGORA QUE 2015 TERMINOU
 

2015-12-15


LANTERNS ON THE LAKE – SOBRE FORÇA E FRAGILIDADE
 

2015-11-11


BLUE DAISY – UM VÓRTEX DE OBSCURA REALIDADE E HONESTA REVOLTA
 

2015-10-06


MORLY – EM REDOR DE REVOLUÇÕES, REFORMULAÇÕES E REINVENÇÕES
 

2015-09-04


ABRA – PONTO DE EXCLAMAÇÃO, PONTO DE EXCLAMAÇÃO!! PONTO DE INTERROGAÇÃO?...
 

2015-08-05


BILAL – A BANDEIRA EMPUNHADA POR QUEM SABE QUEM É
 

2015-07-05


ANNABEL (LEE) – NA PRESENÇA SUPERIOR DA PROFUNDIDADE E DA EXCELÊNCIA
 

2015-06-03


ZIMOWA – A SURPREENDENTE ORIGEM DO FUTURO
 

2015-05-04


FRANCESCA BELMONTE – A EMERGÊNCIA DE UMA ALMA VELHA JOVEM
 

2015-04-06


CHOCOLAT – A RELEVANTE EXTRAVAGÂNCIA DO VERDADEIRO ROCK
 

2015-03-03


DELHIA DE FRANCE, PENTATONES E O LIRISMO NA ERA ELECTRÓNICA
 

2015-02-02


TĀLĀ – VOLTA AO MUNDO EM DOIS EP’S
 

2014-12-30


SILK RHODES - Viagem no Tempo
 

2014-12-02


ARCA – O SURREALISMO FUTURISTA
 

2014-10-30


MONEY – É TEMPO DE PARAR
 

2014-09-30


MOTHXR – O PRAZER DA SIMPLICIDADE
 

2014-08-21


CARLA BOZULICH E NÓS, SOZINHOS NUMA SALA SOTURNA
 

2014-07-14


SHAMIR: MULTI-CAMADA AOS 19
 

2014-06-18


COURTNEY BARNETT
 

2014-05-19


KENDRA MORRIS
 

2014-04-15


!VON CALHAU!
 

2014-03-18


VANCE JOY
 

2014-02-17


FKA Twigs
 

2014-01-15


SKY FERREIRA – MORE THAN MY IMAGE
 

2013-09-24


ENTRE O MAL E A INOCÊNCIA: RUTH WHITE E AS SUAS FLOWERS OF EVIL
 

2013-07-05


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)
 

2013-06-03


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 1)
 

2013-04-03


BERNARDO DEVLIN: SEGREDO EXÓTICO
 

2013-02-05


TOD DOCKSTADER: O HOMEM QUE VIA O SOM
 

2012-11-27


TROPA MACACA: O SOM DO MISTÉRIO
 

2012-10-19


RECOLLECTION GRM: DAS MÁQUINAS E DOS HOMENS
 

2012-09-10


BRANCHES: DOS AFECTOS E DAS MEMÓRIAS
 

2012-07-19


DEVON FOLKLORE TAPES (II): SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM DAVID CHATTON BARKER
 

2012-06-11


DEVON FOLKLORE TAPES - PESQUISAS DE CAMPO, FANTASMAS FOLCLÓRICOS E LANÇAMENTOS EM CASSETE
 

2012-04-11


FC JUDD: AMADOR DA ELETRÓNICA
 

2012-02-06


SPETTRO FAMILY: OCULTISMO PSICADÉLICO ITALIANO
 

2011-11-25


ONEOHTRIX POINT NEVER: DA IMPLOSÃO DOS FANTASMAS
 

2011-10-06


O SOM E O SENTIDO – PÁGINAS DA MEMÓRIA DO RADIOPHONIC WORKSHOP
 

2011-09-01


ZOMBY. PARA LÁ DO DUBSTEP
 

2011-07-08


ASTROBOY: SONHOS ANALÓGICOS MADE IN PORTUGAL
 

2011-06-02


DELIA DERBYSHIRE: O SOM E A MATEMÁTICA
 

2011-05-06


DAPHNE ORAM: PIONEIRA ELECTRÓNICA E INVENTORA DO FUTURO
 

2011-03-29


TERREIRO DAS BRUXAS: ELECTRÓNICA FANTASMAGÓRICA, WITCH HOUSE E MATER SUSPIRIA VISION
 

2010-09-04


ARTE E INOVAÇÃO: A ELECTRODIVA PAMELA Z
 

2010-06-28


YOKO PLASTIC ONO BAND – BETWEEN MY HEAD AND THE SKY: MÚLTIPLA FANTASIA EM MÚLTIPLOS ESTILOS