Links


ARTES PERFORMATIVAS


TIMBER TIMBRE € A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL

RICARDO ESCARDUÇA

2017-06-20



 

 

Em tempos globais de aceleração do tempo e do espaço que tornam evidentes a uns quão próximos estão dos outros, é o contacto estes uns e outros, que se julgavam fixados em si mesmos separados por enormes distâncias no mapa e no relógio, que lhes revela afinal a proximidade da existência mútua. É a diluição e transgressão destas fronteiras entre uns e outros que, fazendo convergir reciprocamente a diversidade inclusiva da alteridade, conduz à hibridização das suas naturezas.

É o que os canadianos Timber Timbre acabam de fazer com “Sincerely, Future Pollution”, o seu mais recente trabalho, colocado no mercado em 7 de Abril pela berlinense City Slang Records – que dá residência a nomes de génio cujo mood anda perto de Timber Timbre como Lambchop ou Tindersticks, apesar da extraordinária sonoridade individualizada de cada um, e à talvez mais distante mas igualmente distinta e épica música de Anna Von Hausswolff, entre outros.

Em “Sincerely, Future Pollution”, Timber Timbre olham para o lado e recebem, absorvem e dão em troca. Hibridizam-se. “Velvet Gloves & Spit”, logo a abrir o álbum, é o exemplo acabado.

 

 

Desde 2005 a reivindicar um espaço próprio ocupado com um mérito cuja elegância das subtilezas pode passar despercebida por uma mais superficial e descuidada apalpadela, o ambiente sonoro dos cinco álbuns anteriores é individualizado e característico de Timber Timbre, ainda que evolutivo. Nos dois álbuns anteriores, “Creep On Creepin´ On” em 2011 e “Hot Dreams” em 2014, cunham uma alma exploradora do rock entre o country, o folk e o blues contemporâneos, todos eles actualizados pela incontornável carga noire e gótica cujo volume, ao qual nos convertemos com prazer ébrio e nos capturam ao sugerir o esvaziamento de inúmeras imagens mentais de paisagens amplas e espaçosas mas sombrias e dramáticas, tão introspectivas e melancólicas quão sinistras e intimidantes.

Ao sexto LP, o sangue temperamental de Timber Timbre continua a ferver neste lume de chama branda mas incandescente que caracteriza a sua sonoridade. Porém, o desvio de direcção do olhar e o salto da fronteira são, em 2017, incomparavelmente mais notáveis do que em anos passados.

A anterior imagem de marca acústica das guitarras de cordas de metal e das guitarras eléctricas, ainda que ampliadas por efeitos da pedaleira, do peso melódico do baixo, de outros variados instrumentos de cordas desde o violino ao bandolim, da percussão da bateria e outros instrumentos de vibração, dos ocasionais instrumentos de sopro e teclados dos álbuns anteriores, é não apagada por inteiro mas largamente sobreposta pela pegada do primeiro passo no terreno da electrónica e das várias camadas dos seus sintetizadores, do baixo agora ainda mais pesado, das suas drum-machines e outras máquinas e efeitos que tais.

 

 

Mais do que o salto da fronteira entre o orgânico e o mecânico, Timber Timbre deixam um pé em cada lado da linha de fronteira. Se, por um lado, a propriedade geradora de imagens mentais da música de Timber Timbre, da qual escorrem paisagens diluídas que vagueiam pela memória do tempo sugeridas pelo rock de natureza folk, country e blues nos álbuns anteriores, conduz-nos em “Sincerely, Future Pollution” para o espaço contemporâneo industrial e plastificado em resultado das máquinas deste rock de carácter electrónico, por outro lado, mantém-se entre o passado e o presente a sonoridade emocionalmente monocromática e desconfortavelmente apaixonante evocativa da lugubridade e da escuridão de lugares ermos a que, sem esquizofrenia de contradição, nos rendemos sem resistência. “Sincerely, Future Pollution” muda quase tudo apenas para voltar ao mesmo:
abandonamos a lama apenas para nos enfiarmos no esgoto.

A dinâmica pop rock não-dual da contemporaneidade electro e da tradição blues e folk que Timber Timbre fazem conviver em “Sincerely, Future Pollution” é um processo evolutivo em que os canadianos se aventuram em busca da sua auto-transformação e auto-experimentação. É a sua meta-música. Contudo, a sua consistência não é alvo de traição. “Sincerely, Future Pollution” mantém-se fiel aos dois cunhos identitários do percurso musical da banda.

De facto, independente das ferramentas empregues, a composição musical de Timber Timbre mantém a sua capacidade de nos sugar e surpreender, agora até mesmo mais que antes. Parecendo habitar cenograficamente o vocabulário imagético surreal e emocional por si mesma criado, cada faixa assume-se como um volume temperamental e sinistro recheado de texturas, recantos e reentrâncias que se desdobram e revelam sucessivamente por entre as sombras da paisagem sonora. Descompassos rítmicos e discordâncias tonais, pausas abruptas e repetições estendidas, sons sobrenaturais e efeitos anómalos, relativamente aos quais são inteiramente arguidas as longas secções exclusivamente instrumentais, combinam-se elegante e meticulosamente com recurso ao reverb dos riffs das guitarras, ao esmagador uso do baixo, às asfixiantes progressões ou estagnações melódicas dos sintetizadores e à lâmina da bateria electrónica que, não deixando de se esgueirar contida, corta crua e afiada. Sobreposta à sonoridade personalizada, agora reinventada, de Mathieu Charbonneau nos teclados e sintetizadores, de Simon Trottier cujas mãos alternam entre o baixo e a guitarra e os teclados, e do baterista convidado Olivier Fairfield, encaixa assinalavelmente o classicismo inconfundível da voz de Taylor Kirk, líder do trio na composição e escrita, que também pega na guitarra e no baixo. Como um contador de histórias do fantástico, Kirk quase não canta. Como se estivesse aprisionada e conseguindo a liberdade, a sua voz grave e pesada solta-se em lamúrios e murmúrios, quando não se limita a apenas a falar em sussurro, várias vezes voltando a ser entrincheirada nos efeitos do vocoder, contribuindo largamente para a atmosfera bizarra de desalento quase apocalíptico que nos envolve.

 

 

O novo capítulo do percurso que “Sincerely, Future Pollution” fica também marcado por uma clara diferença do propósito temático. Nos trabalhos precedentes, as baladas de ambiente contorcido recriam figurativamente imagens fantasmagóricas e demoníacas do sobrenatural em “Creep on Creepin´ On” ou do romance, voluptuosidade e prazeres da intimidade do amor correspondido ou do desgosto vivido na memória do mesmo amor perdido em “Hot Dreams”. Kirk sempre foi mais dado à sensibilidade pelo imaginário e pelo emocional. “Sincerely, Future Pollution” reserva algum espaço ainda para essa linha, ainda que sempre impregnada pela habitual sombra. “Velvet Glove & Spit”, como o próprio título da faixa sugere, demonstra-o em versos como “Our castle in the sand built too high too soon / And under waving palms and waving sales and waves / Goodbye / And I once saw the touch of your velvet hand upon my face / I recall velvet gloves and spit is your embrace”.

Porém, a dinâmica evolutiva de “Sincerely, Future Pollution” desvia o conteúdo lírico para a toxicidade e contaminação da obra da mão humana em dimensões mais palpáveis e materiais. O álbum aponta o dedo em revolta e denúncia do declínio social motivado pela degradação da acção política e pela obsessão por encenações de fachadas inchadas do que realmente somos alimentadas pelos media e pela tecnologia. Kirk confessa 2016, ano durante o qual “Sincerely, Future Pollution” foi criado, como um ano que o inquietou pelo embuste da falsa tranquilidade proclamada pelos discursos nacionalistas que se infiltraram nos territórios políticos da sociedade ocidental em ambos os lados do Atlântico enquanto o poder crítico da população agarrada às redes sociais é anestesiado por frivolidades egocêntricas de afirmação pessoal. Um dos auges da abordagem poética e lírica é atingido em “Western Questions”. A tonalidade mais melódica e porventura acolhedora, mas talvez irónica, da maior parte da faixa não leva ninguém ao engano; para nos deixar logo acordados para o surrealismo que Kirk vê ao seu redor, essa tonalidade musical é precedida pela abertura sonora da faixa, dramática e lancinante como a imagem de uma lâmina a cortar-nos o olho – demasiado abafada, falta talvez a bateria em crescendo e mais poderosa nesta abertura – enquanto mais à frente os versos se encarregam de nos criar as imagens do dilema contemporâneo de vaidade, ganância e discriminação em detrimento da dignidade humana: “I´m the hero of the human highway / I´m the savior of the atmosphere / Overdue by assassination, promoting racial vaccination and fear / … / Western questions, desperate elections, campaign Halloween / We relax with our love life published, slip into something obscene / We got slime and flamingos, take the number but please don´t forget about me”.

 

 

Aqui e ali, não deixamos de ficar com um amargo de boca. “Grifting” é um desses casos. Ao contrário do que acontece nos trabalhos de 2011 e 2014, o equilíbrio e coerência globais do álbum são claramente manchados por esta evocação do funky dream-pop dos anos 80 que não só não encontra sintonia com as faixas mais revelantes do resto do álbum como ela própria não nos desperta qualquer estímulo musical que consiga fixar-se na memória. Acentuando a incoerência desta experiência, a letra mantém o teor crítico: “Faking it to make it / Never give, but take it / Building trust through kindness / To exploit the finest / Walls and bridges burning” – mas a maior ligeireza, quase indulgente, do ambiente sonoro faz escapar por entre os dedos o valor do seu conteúdo. “Grifting” é espelho da intenção de Timber Timbre à partida para “Sincerely, Future Pollution” em produzir um álbum mais dançável quando comparado com o percurso anterior. Por mais valiosa que seja a insatisfação com o conforto que conduz à experimentação, é a prova de que deve ser respeitada a natureza das coisas. Timber Timbre não sabem abandonar a sombra, e nós não temos nada contra isso.

Estes amargos de boca são, porventura, resultado da abordagem criativa de Timber Timbre a este álbum. Sem partilharem o gosto pela pop electrónica, “Sincerely, Future Pollution” é também o veículo para sair dos habituais padrões da zona de conforto e explorar outros géneros, estilos e sonoridades numa saudável busca pela inovação e evolução. Alguns tiros saem ao lado, é inevitável. Mas louva-se a coragem da aventura, mais a mais porque a maior parte dos tiros é notavelmente certeira.

Nesta atitude experimental, a visão dos arranjos musicais foi deixada menos planeada que nos trabalhos anteriores. O processo criativo de Kirk, que imaginava e definia os arranjos até aos detalhes com pouca ou nenhuma participação dos companheiros previamente à entrada no estúdio, é deixada agora não só mais permeável à participação de Charbonneau e Trottier como exposta à imprevisibilidade artística em fase de ensaios e gravação. É esta imprevisibilidade que foi sabiamente explorada pelo trio quando confrontados com a variedade de ferramentas electrónicas musicais nas quais ainda não haviam pousado as mãos.

Sem prejuízo dos naturais lapsos, aceitáveis a quem se arrisca em territórios não familiares, várias faixas em “Sincerely, Future Pollution” são efectivamente distintas e de elevada qualidade, demarcando uma notável evolução face ao seu passado. Podendo revelar-se mais desafiante aos fãs que prescindem soltar-se das amarras mais puristas ao rock folk e blues, basta dar algum tempo a “Sincerely, Future Pollution” para que se revele distintamente compensador. Este é um álbum de mérito. Agora que descobriram como criar rock e blues com sintetizadores, a ousadia musical experimental mas fiel à personalidade distintiva da banda enquanto hábeis artistas criadores de imagens e atmosferas, que são tão mais belas quão mais sombrias, e a sua arte colocada ao serviço da intervenção comunitária elevam este trabalho ao lugar cimeiro face aos predecessores na carreira de Timber Timbre.

 

 

 

Tracklist “Sincerely, Future Pollution”

1. Velvet Gloves & Spit
2. Grifting
3. Skin Tone
4. Moment
5. Sewer Blues
6. Western Questions
7. Sincerely, Future Pollution
8. Bleu Nuit
9. Floating Cathedral




Outros artigos:

2024-11-30


FRANCIS ALYS: RICOCHETES
 

2024-10-21


AO SER NINGUÉM, DUVALL TORNOU-SE TODAS. I AM NO ONE, DE NÁDIA DUVALL, NOS GIARDINI, BIENAL DE VENEZA 2024
 

2024-09-18


JOSÈFA NTJAM : SWELL OF SPÆC(I)ES
 

2024-08-13


A PROPÓSITO DE ZÉNITE
 

2024-06-20


ONDE ESTÁ O PESSOA?
 

2024-05-17


ΛƬSUMOЯI, DE CATARINA MIRANDA
 

2024-03-24


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
 

2024-02-26


A RESISTÊNCIA TEMPORAL, A PRODUÇÃO CORPORAL E AS DINÂMICAS DE LUTA NA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2023-12-15


CAFE ZERO BY SOREN AAGAARD, PERFORMA - BIENAL DE ARTES PERFORMATIVAS
 

2023-11-13


SOBRE O PROTEGER E O SUPLICAR – “OS PROTEGIDOS” DE ELFRIEDE JELINEK
 

2023-10-31


O REGRESSO DE CLÁUDIA DIAS. UM CICLO DE CRIAÇÃO DE 10 ANOS A EMERGIR DA COLEÇÃO DE LIVROS DO SEU PAI
 

2023-09-12


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
 

2023-08-10


CINEMA INSUFLÁVEL: ENTREVISTA A SÉRGIO MARQUES
 

2023-07-10


DEPOIS DE METADE DOS MINUTOS - ENTREVISTA A ÂNGELA ROCHA
 

2023-05-20


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
 

2023-05-03


UMA TERRA QUE TREME E UM MAR QUE GEME
 

2023-03-23


SOBRE A PARTILHA DO PROCESSO CRIATIVO
 

2023-02-22


ALVALADE CINECLUBE: A PROGRAMAÇÃO QUE FALTAVA À CIDADE
 

2023-01-11


'CONTRA O MEDO' EM 2023 - ENTREVISTA COM TEATROMOSCA
 

2022-12-06


SAIR DE CENA – UMA REFLEXÃO SOBRE VINTE ANOS DE TRABALHO
 

2022-11-06


SAMOTRACIAS: ENTREVISTA A CAROLINA SANTOS, LETÍCIA BLANC E ULIMA ORTIZ
 

2022-10-07


ENTREVISTA A EUNICE GONÇALVES DUARTE
 

2022-09-07


PORÉM AINDA. — SOBRE QUASE UM PRAZER DE GONÇALO DUARTE
 

2022-08-01


O FUTURO EM MODO SILENCIOSO. SOBRE HUMANIDADE E TECNOLOGIA EM SILENT RUNNING (1972)
 

2022-06-29


A IMPORTÂNCIA DE SER VELVET GOLDMINE
 

2022-05-31


OS ESQUILOS PARA AS NOZES
 

2022-04-28


À VOLTA DA 'META-PERSONAGEM' DE ORGIA DE PASOLINI. ENTREVISTA A IVANA SEHIC
 

2022-03-31


PAISAGENS TRANSDISCIPLINARES: ENTREVISTA A GRAÇA P. CORRÊA
 

2022-02-27


POÉTICA E POLÍTICA (VÍDEOS DE FRANCIS ALŸS)
 

2022-01-27


ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
 

2021-12-28


KILIG: UMA NARRATIVA INSPIRADA PELO LOST IN TRANSLATION DE ANDRÉ CARVALHO
 

2021-11-25


FESTIVAL EUFÉMIA: MULHERES, TEATRO E IDENTIDADES
 

2021-10-25


ENTREVISTA A GUILHERME GOMES, CO-CRIADOR DO ESPECTÁCULO SILÊNCIO
 

2021-09-19


ALBUQUERQUE MENDES: CORPO DE PERFORMANCE
 

2021-08-08


ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S)
 

2021-07-06


AURORA NEGRA
 

2021-05-26


A CONFUSÃO DE SE SER NÓMADA EM NOMADLAND
 

2021-04-30


LODO
 

2021-03-24


A INSUSTENTÁVEL ORIGINALIDADE DOS GROWLERS
 

2021-02-22


O ESTRANHO CASO DE DEVLIN
 

2021-01-20


O MONSTRO DOS PUSCIFER
 

2020-12-20


LOURENÇO CRESPO
 

2020-11-18


O RETORNO DE UM DYLAN À PARTE
 

2020-10-15


EMA THOMAS
 

2020-09-14


DREAMIN’ WILD
 

2020-08-07


GABRIEL FERRANDINI
 

2020-07-15


UMA LIVRE ASSOCIAÇÃO DO HERE COME THE WARM JETS
 

2020-06-17


O CLASSICISMO DE NORMAN FUCKING ROCKWELL!
 

2019-07-31


R.I.P HAYMAN: DREAMS OF INDIA AND CHINA
 

2019-06-12


O PUNK QUER-SE FEIO - G.G. ALLIN: UMA ABJECÇÃO ANÁRQUICA
 

2019-02-19


COSEY FANNI TUTTI – “TUTTI”
 

2019-01-17


LIGHTS ON MOSCOW – Aorta Songs Part I
 

2018-11-30


LLAMA VIRGEM – “desconseguiste?”
 

2018-10-29


SRSQ – “UNREALITY”
 

2018-09-25


LIARS – “1/1”
 

2018-07-25


LEBANON HANOVER - “LET THEM BE ALIEN”
 

2018-06-24


LOMA – “LOMA”
 

2018-05-23


SUUNS – “FELT”
 

2018-04-22


LOLINA – THE SMOKE
 

2018-03-17


ANNA VON HAUSSWOLFF - DEAD MAGIC
 

2018-01-28


COUCOU CHLOÉ
 

2017-12-22


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”
 

2017-11-12


HAARVÖL | ENTREVISTA
 

2017-10-07


GHOSTPOET – “DARK DAYS + CANAPÉS”
 

2017-09-02


TATRAN – “EYES, “NO SIDES” E O RESTO
 

2017-07-20


SUGESTÕES ADICIONAIS A MEIO DE 2017
 

2017-06-20


TIMBER TIMBRE – A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL
 

2017-05-17


KARRIEM RIGGINS: EXPERIÊNCIAS E IDEIAS SOBRE RITMO E HARMONIAS
 

2017-04-17


PONTIAK – UM PASSO EM FRENTE
 

2017-03-13


TRISTESSE CONTEMPORAINE – SEM ILUSÕES NEM DESILUSÕES
 

2017-02-10


A PROJECTION – OBJECTOS DE HOJE, SÍMBOLOS DE ONTEM
 

2017-01-13


AGORA QUE 2016 TERMINOU
 

2016-12-13


THE PARKINSONS – QUINZE ANOS PUNK
 

2016-11-02


patten – A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO
 

2016-10-03


GONJASUFI – DESCIDA À CAVE REAL E PSICOLÓGICA
 

2016-08-29


AGORA QUE 2016 VAI A MEIO
 

2016-07-27


ODONIS ODONIS – A QUESTÃO TECNOLÓGICA
 

2016-06-27


GAIKA – ENTRE POLÍTICA E MÚSICA
 

2016-05-25


PUBLIC MEMORY – A TRANSFORMAÇÃO PASSO A PASSO
 

2016-04-23


JOHN CALE – O REECONTRO COM O PASSADO EM MAIS UMA FACE DO POLIMORFISMO
 

2016-03-22


SAUL WILLIAMS – A FORÇA E A ARTE DA PALAVRA ALIADA À MÚSICA
 

2016-02-11


BIANCA CASADY & THE C.I.A – SINGULARES EXPERIMENTALISMO E IMAGINÁRIO
 

2015-12-29


AGORA QUE 2015 TERMINOU
 

2015-12-15


LANTERNS ON THE LAKE – SOBRE FORÇA E FRAGILIDADE
 

2015-11-11


BLUE DAISY – UM VÓRTEX DE OBSCURA REALIDADE E HONESTA REVOLTA
 

2015-10-06


MORLY – EM REDOR DE REVOLUÇÕES, REFORMULAÇÕES E REINVENÇÕES
 

2015-09-04


ABRA – PONTO DE EXCLAMAÇÃO, PONTO DE EXCLAMAÇÃO!! PONTO DE INTERROGAÇÃO?...
 

2015-08-05


BILAL – A BANDEIRA EMPUNHADA POR QUEM SABE QUEM É
 

2015-07-05


ANNABEL (LEE) – NA PRESENÇA SUPERIOR DA PROFUNDIDADE E DA EXCELÊNCIA
 

2015-06-03


ZIMOWA – A SURPREENDENTE ORIGEM DO FUTURO
 

2015-05-04


FRANCESCA BELMONTE – A EMERGÊNCIA DE UMA ALMA VELHA JOVEM
 

2015-04-06


CHOCOLAT – A RELEVANTE EXTRAVAGÂNCIA DO VERDADEIRO ROCK
 

2015-03-03


DELHIA DE FRANCE, PENTATONES E O LIRISMO NA ERA ELECTRÓNICA
 

2015-02-02


TĀLĀ – VOLTA AO MUNDO EM DOIS EP’S
 

2014-12-30


SILK RHODES - Viagem no Tempo
 

2014-12-02


ARCA – O SURREALISMO FUTURISTA
 

2014-10-30


MONEY – É TEMPO DE PARAR
 

2014-09-30


MOTHXR – O PRAZER DA SIMPLICIDADE
 

2014-08-21


CARLA BOZULICH E NÓS, SOZINHOS NUMA SALA SOTURNA
 

2014-07-14


SHAMIR: MULTI-CAMADA AOS 19
 

2014-06-18


COURTNEY BARNETT
 

2014-05-19


KENDRA MORRIS
 

2014-04-15


!VON CALHAU!
 

2014-03-18


VANCE JOY
 

2014-02-17


FKA Twigs
 

2014-01-15


SKY FERREIRA – MORE THAN MY IMAGE
 

2013-09-24


ENTRE O MAL E A INOCÊNCIA: RUTH WHITE E AS SUAS FLOWERS OF EVIL
 

2013-07-05


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)
 

2013-06-03


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 1)
 

2013-04-03


BERNARDO DEVLIN: SEGREDO EXÓTICO
 

2013-02-05


TOD DOCKSTADER: O HOMEM QUE VIA O SOM
 

2012-11-27


TROPA MACACA: O SOM DO MISTÉRIO
 

2012-10-19


RECOLLECTION GRM: DAS MÁQUINAS E DOS HOMENS
 

2012-09-10


BRANCHES: DOS AFECTOS E DAS MEMÓRIAS
 

2012-07-19


DEVON FOLKLORE TAPES (II): SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM DAVID CHATTON BARKER
 

2012-06-11


DEVON FOLKLORE TAPES - PESQUISAS DE CAMPO, FANTASMAS FOLCLÓRICOS E LANÇAMENTOS EM CASSETE
 

2012-04-11


FC JUDD: AMADOR DA ELETRÓNICA
 

2012-02-06


SPETTRO FAMILY: OCULTISMO PSICADÉLICO ITALIANO
 

2011-11-25


ONEOHTRIX POINT NEVER: DA IMPLOSÃO DOS FANTASMAS
 

2011-10-06


O SOM E O SENTIDO – PÁGINAS DA MEMÓRIA DO RADIOPHONIC WORKSHOP
 

2011-09-01


ZOMBY. PARA LÁ DO DUBSTEP
 

2011-07-08


ASTROBOY: SONHOS ANALÓGICOS MADE IN PORTUGAL
 

2011-06-02


DELIA DERBYSHIRE: O SOM E A MATEMÁTICA
 

2011-05-06


DAPHNE ORAM: PIONEIRA ELECTRÓNICA E INVENTORA DO FUTURO
 

2011-03-29


TERREIRO DAS BRUXAS: ELECTRÓNICA FANTASMAGÓRICA, WITCH HOUSE E MATER SUSPIRIA VISION
 

2010-09-04


ARTE E INOVAÇÃO: A ELECTRODIVA PAMELA Z
 

2010-06-28


YOKO PLASTIC ONO BAND – BETWEEN MY HEAD AND THE SKY: MÚLTIPLA FANTASIA EM MÚLTIPLOS ESTILOS