Links


ARTES PERFORMATIVAS


PATTEN € A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO

RICARDO ESCARDUÇA

2016-11-02



 

Não é uma fuga. É uma experimentação, uma descoberta. De coisas que temos mas não nos apercebemos que temos, ou de coisas que não temos mas descobrimos, e passamos a ter. Num enquadramento acrescentado, seria interessante juntarmos uma parafernália de ventosas, de cabos, de processadores e de displays, e vermos o mapa da quantidade e da diversidade de luzinhas fixas e intermitentes que são acesas no nosso cérebro em resultado das descargas eléctricas provocadas cá dentro. Ou seria interessante desenharmos a mancha das substâncias químicas, daquelas acabadas em “ina”, que o cérebro produz. Mas, carreguemos no play e fiquemos connosco próprios. Fiquemo-nos pela sensação, pela percepção. As que resultam da experiência sensorial.

Se somos aquilo que dizemos, que cremos, que sentimos e que fazemos, se o que somos é criado na nossa mente pelas nossas reflexões, se as nossas reflexões são provocadas pelo que experimentamos, então o que somos será, em grande parte, resultado das experiências sensoriais acumuladas. Das impressões dos sentidos. Por exemplo, aquelas experimentadas ao carregar no play - um processo cognitivo desencadeado pela experiência artística.

E, ao carregar no play, nessa experiência sensorial, podemos ficar em terra, ou com água pela cintura mas pé firme assente no chão. Que reflexões iremos extrair dessas sensações que não alargam o que dizemos, o que cremos, o que sentimos e o que fazemos? Certamente o desfrute continuado e repetido do que somos. O que não é de menos, e de que não há razão para desvalorizar ou de que fugir.

Mas temos aquela nossa característica: a curiosidade. Podemo-nos provocar e experimentar fora de pé, fora do chão firme. Para ver o que dá. Sem fugir a nada, mas acrescentando algo mais.

A experiência de novas impressões dos sentidos que conduzem a novas sensações, e a alterações da nossa percepção. Algo em que mergulhemos e em que nos percamos. Algo absolutamente realista, mas de realismos novos e diferentes. Realidades que parecem distantes mas estão prontas a ser descobertas. Algo meio encoberto e turvo, meio desviado e oblíquo. Algo desconhecido em que nos aventuremos e em que nos deixemos perder, empurrados pela curiosidade e pela imaginação para lá das restrições, das convicções ou das inibições prévias e familiares. Para lá do conforto. Um mundo interior desconhecido, tantas vezes cativante e convidativo quanto intimidante e arriscado, que nos altere e nos transporte para além do chão firme ou da terra seca mas no qual, uma vez chegados, uma vez percepcionados, uma vez reflectidos, nos sintamos seguros em terrenos novos e amplificados.

É neste acto de experiência artística que funde realidade, memória e imaginação, nesta porta que explora a relação entre o objecto artístico e o experimentador desse objeto e que abre estas novas dimensões, tornada ainda mais interessante porque a cada experimentador corresponde uma porta distinta para experiências distintas que desvendam dimensões distintas, que o duo franco-britânico patten se coloca com o conjunto dos seus três LP’s, encimado pelo álbum “Ψ” lançado em 16 de Setembro pela britânica Warp Records, lendária neste universo musical de experimentalismo electrónico. No trinómio pessoa criativa, processo criativo e produto criativo, é o produto que patten mais privilegiam: “The way something feels is more important than how it’s made”; ou também “The idea of openness, and finding ways to push through into interesting creative spaces, has always been a core part of what the project is and what we’re trying to do. We want to make things that invite a way of looking at things differently”; ou ainda “When you think about what music is, what is it? Is it the stuff – data? Is it what happens when the pianist plays a note; or is it the vibration of bones in people’s ears; or the way they think about music when they hear it? Or is it the memory, what the music evokes when it is no longer there?

 

 

O duo visionário e de olhos sempre postos no caminho futuro formado pelo londrino D e pela parisiense A – misteriosos, não se fazem conhecer por outra forma que não estas maiúsculas – posiciona-se na linha da frente do experimentalismo e da inovação da música electrónica. Descartando-se de excessos desnecessários e inúteis, e apesar das múltiplas influências que se fazem sentir, patten conseguem paradoxalmente esculpir um volume sonoro coeso e consistente cuja substância está nos abundantes e distintos pequenos detalhes que meticulosamente recortam e colam, que retalham e cosem – um temperamento peculiar e personalizado que aumenta a imersão da experiência sensorial a patamares mais profundos. Em “Ψ”, tal como em trabalhos anteriores, o duo continua a apresentar um minimalismo conceptual e abstracto que desconstrói as normas e géneros musicais muito ao estilo da experimentação individual da IDM que vai absorver sonoridades ao industrial, ao glitch, ao bassline, ao techno mas também ao r&b e o pop actual. Numa ode à música electrónica, o resultado enigmático funde timbres rítmicos aleatórios, percussões metálicas erráticas e samplers atonais que parecem desordenados com o beat padrão de drum-machines numa miscelânea rítmica bem conseguida que sustenta e abre espaços amplos para a evolução suave e macia de melodias de teclados sintetizados, uns apontamentos orquestrados que surgem esporádicos e, acima de tudo, os vocais quase sempre desempenhados por A, novidade em “Ψ” pois este é o primeiro trabalho de patten em que A participa, e quase novidade por inteiro em patten, já que, nos dois LP’s anteriores, são raras as ocasiões em que D usa a sua voz. Os vocais de A trazem um ínfimo vislumbre mais humano e convencional, mas é um distante vislumbre – perturbadora e inquietante, a voz é muitas vezes deformada e distorcida, persistente no seu tom uniforme e invariável em círculos elípticos, colocada de forma fragmentada sobre a música quase transformando-se em spoken-word de percepção difícil ou impossível, e apenas o recurso ao conteúdo impresso que o álbum traz permite entender a temática que incide nas questões, receios e dúvidas associadas à descoberta pessoal.

 

 

Se “Ψ” corresponde a um marco no percurso de patten devido à reunião de D e A, esse marco é muito mais realçado pela pluralidade do projecto.

Por um lado, “Ψ” assume um carácter de diálogo entre o duo e o seu público: as faixas que compõem o álbum foram previamente exibidas em inúmeras live-performances nas quais o duo foi testando e experimentando pequenas variações – um hi-hat com timbre mais metálico, um beat com volume mais alto, uma melodia com textura mais macia, mais sample menos sample. Tudo gera uma acção-reacção com o público. Um par de cientistas no seu laboratório experimental variando as misturas dos componentes nos seus tubos de ensaio em tempo real. E o regresso ao estúdio, tomando depois decisões entre ambos para produzir o resultado final. A dicotomia estúdio vs performance, composição vs improvisação. A dicotomia à qual, para patten, se sobrepõe a relevância da experiência própria e a experiência do público; novamente: “The way something feels is more important than how it’s made”. O resultado é que o álbum funciona tão bem em plena pista de dança por debaixo de um sound-system à séria como em casa com um par de belos headphones que faça jus à sofisticação musical de “Ψ”.

Mas, acima de tudo, a experiência sensorial associada a “Ψ” que patten pretendem assume um carácter sinestésico, neste caso: patten não se limitam a servir música para os ouvidos. Já foram promovidas performances, e muitas mais estão previstas, em que bem mais que a experiência sensorial auditiva é activada. As live-performances planeadas englobam toda uma experiência de som, luz e imagem trazida por projecções de imagem, projecções 3d, iluminação, programação, objectos expostos, DJing, música ao vivo e o que mais lhes saia da cartola. Um convite a olhar para as coisas de forma diferente – a forma como cada um deles, e de nós, está em constante mudança, tal como as coisas que nos rodeiam. Um convite para uma nova experiência dos sentidos, para novas reflexões e para novas percepções das coisas. O projecto resulta do colectivo artístico 555-5555 que patten criaram e integram juntamente com artistas de outras formas de expressão e onde vão buscar esta pluralidade. O objectivo é invocar tantas emoções cruas, primárias, primitivas, pré-linguísticas, quanto o possível. Ir ao âmago. Uma performance mimética dos tempos modernos, diríamos.



 

patten recusam a inércia e a cristalização artísticas e o seu percurso anterior demonstra-o. “GLAQJO XAACSSO”, datado de 2011 e anterior à relação de patten com a Warp, conduz a abstracção conceptual electrónica para um atraente ambiente paralelo e surreal de delírios tão fluidos e orgânicos quão alucinatórios e estonteantes. “GLAQJO XAACSSO” é uma dimensão paralela e imaterial que, podendo parecer asfixiante e enclausurante, é afinal ampla e espaçosa. “Estoile Naiant”, de 2014 e já com o selo da Warp apostado aponta numa direcção mais programada, mais complexizada, mais mecanizada, de certa forma diminuindo alguns dos prazeres extraídos e trazidos pelo trabalho de 2011.

 

 

Em “Ψ”, patten voltam a acertar no alvo, ainda mais certeiros que em 2011. O seu ímpeto experimental e inovador mantém-se, o objectivo continua a ser a nova experiência que conduz a novo pensamento e a novo conhecimento. Mas o foco está agora mais refinado: as faixas estão menos cheias de tudo o que não é necessário. Entre o imediatismo das melodias e dos ritmos mais padronizados que cativam no primeiro contacto e as texturas e camadas sonoras que apenas se vão descobrindo pouco a pouco, tudo está mais sucinto e deixa mais espaço para que a experiência individual evolua, tão variada quão variado o espectro de experimentadores que se aventurem num álbum futurista e personalizado, tão simples quão complexo, que só se revela e se dá após nós próprios nos darmos a ele, mas que nos compensa por isso.


Tracklist:

1. Locq
2. Sonne
3. Dialler
4. Used 2 B
5. True Hold
6. Pixação
7. Blade
8. Epsilon
9. The Opaque
10. Cache
11. Yyang
12. 51-61-6




Outros artigos:

2024-10-21


AO SER NINGUÉM, DUVALL TORNOU-SE TODAS. I AM NO ONE, DE NÁDIA DUVALL, NOS GIARDINI, BIENAL DE VENEZA 2024
 

2024-09-18


JOSÈFA NTJAM : SWELL OF SPÆC(I)ES
 

2024-08-13


A PROPÓSITO DE ZÉNITE
 

2024-06-20


ONDE ESTÁ O PESSOA?
 

2024-05-17


ΛƬSUMOЯI, DE CATARINA MIRANDA
 

2024-03-24


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
 

2024-02-26


A RESISTÊNCIA TEMPORAL, A PRODUÇÃO CORPORAL E AS DINÂMICAS DE LUTA NA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2023-12-15


CAFE ZERO BY SOREN AAGAARD, PERFORMA - BIENAL DE ARTES PERFORMATIVAS
 

2023-11-13


SOBRE O PROTEGER E O SUPLICAR – “OS PROTEGIDOS” DE ELFRIEDE JELINEK
 

2023-10-31


O REGRESSO DE CLÁUDIA DIAS. UM CICLO DE CRIAÇÃO DE 10 ANOS A EMERGIR DA COLEÇÃO DE LIVROS DO SEU PAI
 

2023-09-12


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
 

2023-08-10


CINEMA INSUFLÁVEL: ENTREVISTA A SÉRGIO MARQUES
 

2023-07-10


DEPOIS DE METADE DOS MINUTOS - ENTREVISTA A ÂNGELA ROCHA
 

2023-05-20


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
 

2023-05-03


UMA TERRA QUE TREME E UM MAR QUE GEME
 

2023-03-23


SOBRE A PARTILHA DO PROCESSO CRIATIVO
 

2023-02-22


ALVALADE CINECLUBE: A PROGRAMAÇÃO QUE FALTAVA À CIDADE
 

2023-01-11


'CONTRA O MEDO' EM 2023 - ENTREVISTA COM TEATROMOSCA
 

2022-12-06


SAIR DE CENA – UMA REFLEXÃO SOBRE VINTE ANOS DE TRABALHO
 

2022-11-06


SAMOTRACIAS: ENTREVISTA A CAROLINA SANTOS, LETÍCIA BLANC E ULIMA ORTIZ
 

2022-10-07


ENTREVISTA A EUNICE GONÇALVES DUARTE
 

2022-09-07


PORÉM AINDA. — SOBRE QUASE UM PRAZER DE GONÇALO DUARTE
 

2022-08-01


O FUTURO EM MODO SILENCIOSO. SOBRE HUMANIDADE E TECNOLOGIA EM SILENT RUNNING (1972)
 

2022-06-29


A IMPORTÂNCIA DE SER VELVET GOLDMINE
 

2022-05-31


OS ESQUILOS PARA AS NOZES
 

2022-04-28


À VOLTA DA 'META-PERSONAGEM' DE ORGIA DE PASOLINI. ENTREVISTA A IVANA SEHIC
 

2022-03-31


PAISAGENS TRANSDISCIPLINARES: ENTREVISTA A GRAÇA P. CORRÊA
 

2022-02-27


POÉTICA E POLÍTICA (VÍDEOS DE FRANCIS ALŸS)
 

2022-01-27


ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
 

2021-12-28


KILIG: UMA NARRATIVA INSPIRADA PELO LOST IN TRANSLATION DE ANDRÉ CARVALHO
 

2021-11-25


FESTIVAL EUFÉMIA: MULHERES, TEATRO E IDENTIDADES
 

2021-10-25


ENTREVISTA A GUILHERME GOMES, CO-CRIADOR DO ESPECTÁCULO SILÊNCIO
 

2021-09-19


ALBUQUERQUE MENDES: CORPO DE PERFORMANCE
 

2021-08-08


ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S)
 

2021-07-06


AURORA NEGRA
 

2021-05-26


A CONFUSÃO DE SE SER NÓMADA EM NOMADLAND
 

2021-04-30


LODO
 

2021-03-24


A INSUSTENTÁVEL ORIGINALIDADE DOS GROWLERS
 

2021-02-22


O ESTRANHO CASO DE DEVLIN
 

2021-01-20


O MONSTRO DOS PUSCIFER
 

2020-12-20


LOURENÇO CRESPO
 

2020-11-18


O RETORNO DE UM DYLAN À PARTE
 

2020-10-15


EMA THOMAS
 

2020-09-14


DREAMIN’ WILD
 

2020-08-07


GABRIEL FERRANDINI
 

2020-07-15


UMA LIVRE ASSOCIAÇÃO DO HERE COME THE WARM JETS
 

2020-06-17


O CLASSICISMO DE NORMAN FUCKING ROCKWELL!
 

2019-07-31


R.I.P HAYMAN: DREAMS OF INDIA AND CHINA
 

2019-06-12


O PUNK QUER-SE FEIO - G.G. ALLIN: UMA ABJECÇÃO ANÁRQUICA
 

2019-02-19


COSEY FANNI TUTTI – “TUTTI”
 

2019-01-17


LIGHTS ON MOSCOW – Aorta Songs Part I
 

2018-11-30


LLAMA VIRGEM – “desconseguiste?”
 

2018-10-29


SRSQ – “UNREALITY”
 

2018-09-25


LIARS – “1/1”
 

2018-07-25


LEBANON HANOVER - “LET THEM BE ALIEN”
 

2018-06-24


LOMA – “LOMA”
 

2018-05-23


SUUNS – “FELT”
 

2018-04-22


LOLINA – THE SMOKE
 

2018-03-17


ANNA VON HAUSSWOLFF - DEAD MAGIC
 

2018-01-28


COUCOU CHLOÉ
 

2017-12-22


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”
 

2017-11-12


HAARVÖL | ENTREVISTA
 

2017-10-07


GHOSTPOET – “DARK DAYS + CANAPÉS”
 

2017-09-02


TATRAN – “EYES, “NO SIDES” E O RESTO
 

2017-07-20


SUGESTÕES ADICIONAIS A MEIO DE 2017
 

2017-06-20


TIMBER TIMBRE – A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL
 

2017-05-17


KARRIEM RIGGINS: EXPERIÊNCIAS E IDEIAS SOBRE RITMO E HARMONIAS
 

2017-04-17


PONTIAK – UM PASSO EM FRENTE
 

2017-03-13


TRISTESSE CONTEMPORAINE – SEM ILUSÕES NEM DESILUSÕES
 

2017-02-10


A PROJECTION – OBJECTOS DE HOJE, SÍMBOLOS DE ONTEM
 

2017-01-13


AGORA QUE 2016 TERMINOU
 

2016-12-13


THE PARKINSONS – QUINZE ANOS PUNK
 

2016-11-02


patten – A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO
 

2016-10-03


GONJASUFI – DESCIDA À CAVE REAL E PSICOLÓGICA
 

2016-08-29


AGORA QUE 2016 VAI A MEIO
 

2016-07-27


ODONIS ODONIS – A QUESTÃO TECNOLÓGICA
 

2016-06-27


GAIKA – ENTRE POLÍTICA E MÚSICA
 

2016-05-25


PUBLIC MEMORY – A TRANSFORMAÇÃO PASSO A PASSO
 

2016-04-23


JOHN CALE – O REECONTRO COM O PASSADO EM MAIS UMA FACE DO POLIMORFISMO
 

2016-03-22


SAUL WILLIAMS – A FORÇA E A ARTE DA PALAVRA ALIADA À MÚSICA
 

2016-02-11


BIANCA CASADY & THE C.I.A – SINGULARES EXPERIMENTALISMO E IMAGINÁRIO
 

2015-12-29


AGORA QUE 2015 TERMINOU
 

2015-12-15


LANTERNS ON THE LAKE – SOBRE FORÇA E FRAGILIDADE
 

2015-11-11


BLUE DAISY – UM VÓRTEX DE OBSCURA REALIDADE E HONESTA REVOLTA
 

2015-10-06


MORLY – EM REDOR DE REVOLUÇÕES, REFORMULAÇÕES E REINVENÇÕES
 

2015-09-04


ABRA – PONTO DE EXCLAMAÇÃO, PONTO DE EXCLAMAÇÃO!! PONTO DE INTERROGAÇÃO?...
 

2015-08-05


BILAL – A BANDEIRA EMPUNHADA POR QUEM SABE QUEM É
 

2015-07-05


ANNABEL (LEE) – NA PRESENÇA SUPERIOR DA PROFUNDIDADE E DA EXCELÊNCIA
 

2015-06-03


ZIMOWA – A SURPREENDENTE ORIGEM DO FUTURO
 

2015-05-04


FRANCESCA BELMONTE – A EMERGÊNCIA DE UMA ALMA VELHA JOVEM
 

2015-04-06


CHOCOLAT – A RELEVANTE EXTRAVAGÂNCIA DO VERDADEIRO ROCK
 

2015-03-03


DELHIA DE FRANCE, PENTATONES E O LIRISMO NA ERA ELECTRÓNICA
 

2015-02-02


TĀLĀ – VOLTA AO MUNDO EM DOIS EP’S
 

2014-12-30


SILK RHODES - Viagem no Tempo
 

2014-12-02


ARCA – O SURREALISMO FUTURISTA
 

2014-10-30


MONEY – É TEMPO DE PARAR
 

2014-09-30


MOTHXR – O PRAZER DA SIMPLICIDADE
 

2014-08-21


CARLA BOZULICH E NÓS, SOZINHOS NUMA SALA SOTURNA
 

2014-07-14


SHAMIR: MULTI-CAMADA AOS 19
 

2014-06-18


COURTNEY BARNETT
 

2014-05-19


KENDRA MORRIS
 

2014-04-15


!VON CALHAU!
 

2014-03-18


VANCE JOY
 

2014-02-17


FKA Twigs
 

2014-01-15


SKY FERREIRA – MORE THAN MY IMAGE
 

2013-09-24


ENTRE O MAL E A INOCÊNCIA: RUTH WHITE E AS SUAS FLOWERS OF EVIL
 

2013-07-05


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)
 

2013-06-03


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 1)
 

2013-04-03


BERNARDO DEVLIN: SEGREDO EXÓTICO
 

2013-02-05


TOD DOCKSTADER: O HOMEM QUE VIA O SOM
 

2012-11-27


TROPA MACACA: O SOM DO MISTÉRIO
 

2012-10-19


RECOLLECTION GRM: DAS MÁQUINAS E DOS HOMENS
 

2012-09-10


BRANCHES: DOS AFECTOS E DAS MEMÓRIAS
 

2012-07-19


DEVON FOLKLORE TAPES (II): SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM DAVID CHATTON BARKER
 

2012-06-11


DEVON FOLKLORE TAPES - PESQUISAS DE CAMPO, FANTASMAS FOLCLÓRICOS E LANÇAMENTOS EM CASSETE
 

2012-04-11


FC JUDD: AMADOR DA ELETRÓNICA
 

2012-02-06


SPETTRO FAMILY: OCULTISMO PSICADÉLICO ITALIANO
 

2011-11-25


ONEOHTRIX POINT NEVER: DA IMPLOSÃO DOS FANTASMAS
 

2011-10-06


O SOM E O SENTIDO – PÁGINAS DA MEMÓRIA DO RADIOPHONIC WORKSHOP
 

2011-09-01


ZOMBY. PARA LÁ DO DUBSTEP
 

2011-07-08


ASTROBOY: SONHOS ANALÓGICOS MADE IN PORTUGAL
 

2011-06-02


DELIA DERBYSHIRE: O SOM E A MATEMÁTICA
 

2011-05-06


DAPHNE ORAM: PIONEIRA ELECTRÓNICA E INVENTORA DO FUTURO
 

2011-03-29


TERREIRO DAS BRUXAS: ELECTRÓNICA FANTASMAGÓRICA, WITCH HOUSE E MATER SUSPIRIA VISION
 

2010-09-04


ARTE E INOVAÇÃO: A ELECTRODIVA PAMELA Z
 

2010-06-28


YOKO PLASTIC ONO BAND – BETWEEN MY HEAD AND THE SKY: MÚLTIPLA FANTASIA EM MÚLTIPLOS ESTILOS