Links

OPINIÃO


Giacinto Mondaini, XIX Bienal de Veneza, 1934


Imagem da entrada do palácio onde decorre a Documenta de Kassel


Fumio Nanjo, curador da Bienal de Singapura 2006, co-curador da Trienal Ásia Pacífico 1999, membro do comité de selecção da Bienal de Sydney 2000, co-director artístico da Trienal de Yokohama (2001).


Jennifer Wen Ma, “Alms”. Bienal de Singapura 2006. St. Joseph´s Church


Jesper Just, “True Love is Yet to Come”, 2005. Still. Cortesia: Artista e PERFORMA. A PERFORMA Commission for PERFORMA05


Jesper Just, “True Love is Yet to Come”, 2005. Still. Cortesia: Artista e PERFORMA. A PERFORMA Commission for PERFORMA05


Jesper Just, “True Love is Yet to Come”, 2005. Still. Cortesia: Artista e PERFORMA. A PERFORMA Commission for PERFORMA05


Jesper Just, “True Love is Yet to Come”, 2005. Still. Cortesia: Artista e PERFORMA. A PERFORMA Commission for PERFORMA05


Francis Alys, “Rehearsal II”, 2005, Performance still. Cortesia: Artista e PERFORMA. Fotografia: Paula Court. A PERFORMA Commission for PERFORMA05


Carey Young, “Consideration”, 2005. Vista da Instalação da Paula Cooper Gallery. Cortesia: Artista. Fotografia: Paula Court. Co-apresentada por Paula Cooper Gallery e PERFORMA para PERFORMA05


Marina Abramovic, “The House with the Ocean View”, Nov. 15 – Dez. 21. 2002. Sean Kelly Gallery, Nova Iorque

Outros artigos:

CRISTINA FILIPE

2024-11-25
FLORA CALDENSE. UMA COLABORAÇÃO PÓSTUMA DE MARTA GALVÃO LUCAS COM AVELINO SOARES BELO, JOSÉ BELO, JOSEF FÜLLER E JOSÉ LOURENÇO

CATARINA REAL

2024-10-22
JULIEN CREUZET NO PAVILHÃO DE FRANÇA

HELENA OSÓRIO

2024-09-20
XXIII BIAC: OS ARTISTAS PREMIADOS, AS OBRAS MAIS POLÉMICAS E OUTRAS REVELAÇÕES

MADALENA FOLGADO

2024-08-17
RÉMIGES CANSADAS OU A CORDA-CORDIS

CATARINA REAL

2024-07-17
PAVILHÃO DO ZIMBABUÉ NA BIENAL DE VENEZA

FREDERICO VICENTE

2024-05-28
MARINA TABASSUM: MODOS E MEIOS PARA UMA PRÁTICA CONSEQUENTE

PEDRO CABRAL SANTO

2024-04-20
NO TIME TO DIE

MARC LENOT

2024-03-17
WE TEACH LIFE, SIR.

LIZ VAHIA

2024-01-23
À ESPERA DE SER ALGUMA COISA

CONSTANÇA BABO

2023-12-20
ENTRE ÓTICA E MOVIMENTO, A PARTIR DA COLEÇÃO DA TATE MODERN, NO ATKINSON MUSEUM

INÊS FERREIRA-NORMAN

2023-11-13
DO FASCÍNIO DO TEMPO: A MORTE VIVA DO SOLO E DAS ÁRVORES, O CICLO DA LINGUAGEM E DO SILÊNCIO

SANDRA SILVA

2023-10-09
PENSAR O SILÊNCIO: JULIA DUPONT E WANDERSON ALVES

MARC LENOT

2023-09-07
EXISTE UM SURREALISMO FEMININO?

LIZ VAHIA

2023-08-04
DO OURO AOS DEUSES, DA MATÉRIA À ARTE

ELISA MELONI

2023-07-04
AQUELA LUZ QUE VEM DA HOLANDA

CATARINA REAL

2023-05-31
ANGUESÂNGUE, DE DANIEL LIMA

MIRIAN TAVARES

2023-04-25
TERRITÓRIOS INVISÍVEIS – EXPOSIÇÃO DE MANUEL BAPTISTA

MADALENA FOLGADO

2023-03-24
AS ALTER-NATIVAS DO BAIRRO DO GONÇALO M. TAVARES

RUI MOURÃO

2023-02-20
“TRANSFAKE”? IDENTIDADE E ALTERIDADE NA BUSCA DE VERDADES NA ARTE

DASHA BIRUKOVA

2023-01-20
A NARRATIVA VELADA DAS SENSAÇÕES: ‘A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU’ DE JOÃO PEDRO RODRIGUES E JOÃO RUI GUERRA DA MATA

JOANA CONSIGLIERI

2022-12-18
RUI CHAFES, DESABRIGO

MARC LENOT

2022-11-17
MUNCH EM DIÁLOGO

CATARINA REAL

2022-10-08
APONTAMENTOS A PARTIR DE, SOB E SOBRE O DUELO DE INÊS VIEGAS OLIVEIRA

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-08-29
DESLOCAMENTOS DA REPRODUTIBILIDADE NA ARTE: AINDA DUCHAMP

FILIPA ALMEIDA

2022-07-29
A VIDA É DEMASIADO PRECIOSA PARA SER ESBANJADA NUM MUNDO DESENCANTADO

JOSÉ DE NORDENFLYCHT CONCHA

2022-06-30
CECILIA VICUÑA. SEIS NOTAS PARA UM BLOG

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-05-29
MARCEL DUCHAMP CURADOR E O MAM-SP

MARC LENOT

2022-04-29
TAKING OFF. HENRY MY NEIGHBOR (MARIKEN WESSELS)

TITOS PELEMBE

2022-03-29
(DES) COLONIZAR A ARTE DA PERFORMANCE

MADALENA FOLGADO

2022-02-25
'O QUE CALQUEI?' SOBRE A EXPOSIÇÃO UM MÊS ACORDADO DE ALEXANDRE ESTRELA

CATARINA REAL

2022-01-23
O PINTOR E O PINTAR / A PINTURA E ...

MIGUEL PINTO

2021-12-26
CORVOS E GIRASSÓIS: UM OLHAR PARA CEIJA STOJKA

POLLYANA QUINTELLA

2021-11-25
UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO CHILENA NA 34ª BIENAL DE SÃO PAULO

JOANA CONSIGLIERI

2021-10-29
MULHERES NA ARTE – NUM ATELIÊ QUE SEJA SÓ MEU

LIZ VAHIA

2021-09-30
A FICÇÃO PARA ALÉM DA HISTÓRIA: O COMPLEXO COLOSSO

PEDRO PORTUGAL

2021-08-17
PORQUE É QUE A ARTE PORTUGUESA FICOU TÃO PEQUENINA?

MARC LENOT

2021-07-08
VIAGENS COM UM FOTÓGRAFO (ALBERS, MULAS, BASILICO)

VICTOR PINTO DA FONSECA

2021-05-29
ZEUS E O MINISTÉRIO DA CULTURA

RODRIGO FONSECA

2021-04-26
UMA REFLEXÃO SOBRE IMPROVISAÇÃO TOMANDO COMO EXEMPLO A GRAND UNION

CAIO EDUARDO GABRIEL

2021-03-06
DESTERRAMENTOS E SEUS FLUXOS NA OBRA DE FELIPE BARBOSA

JOÃO MATEUS

2021-02-04
INSUFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. EM CONVERSA COM VÍTOR SILVA E DIANA GEIROTO.

FILOMENA SERRA

2020-12-31
SEED/SEMENTE DE ISABEL GARCIA

VICTOR PINTO DA FONSECA

2020-11-19
O SENTIMENTO É TUDO

PEDRO PORTUGAL

2020-10-17
OS ARTISTAS TAMBÉM MORREM

CATARINA REAL

2020-09-13
CAVAQUEAR SOBRE UM INQUÉRITO - SARA&ANDRÉ ‘INQUÉRITO A 471 ARTISTAS’ NA CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2020-08-07
MUSEUS, PATRIMÓNIO CULTURAL E “VISÃO ESTRATÉGICA”

PAULA PINTO

2020-07-19
BÁRBARA FONTE: NESTE CORPO NÃO HÁ POESIA

JULIA FLAMINGO

2020-06-22
O PROJETO INTERNACIONAL 4CS E COMO A ARTE PODE, MAIS DO QUE NUNCA, CRIAR NOVOS ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA

LUÍS RAPOSO

2020-06-01
OS EQUÍVOCOS DA MUSEOLOGIA E DA PATRIMONIOLOGIA

DONNY CORREIA

2020-05-19
ARTE E CINEMA EM WALTER HUGO KHOURI

CONSTANÇA BABO

2020-05-01
GALERISTAS EM EMERGÊNCIA - ENTREVISTA A JOÃO AZINHEIRO

PEDRO PORTUGAL

2020-04-07
SEXO, MENTIRAS E HISTÓRIA

VERA MATIAS

2020-03-05
CARLOS BUNGA: SOMETHING NECESSARY AND USEFUL

INÊS FERREIRA-NORMAN

2020-01-30
PORTUGAL PROGRESSIVO: ME TOO OU MEET WHO?

DONNY CORREIA

2019-12-27
RAFAEL FRANÇA: PANORAMA DE UMA VIDA-ARTE

NUNO LOURENÇO

2019-11-06
O CENTRO INTERPRETATIVO DO MUNDO RURAL E AS NATUREZAS-MORTAS DE SÉRGIO BRAZ D´ALMEIDA

INÊS FERREIRA-NORMAN

2019-10-05
PROBLEMAS NA ERA DA SMARTIFICAÇÃO: O ARQUIVO E A VIDA ARTÍSTICA E CULTURAL REGIONAL

CARLA CARBONE

2019-08-20
FERNANDO LEMOS DESIGNER

DONNY CORREIA

2019-07-18
ANA AMORIM: MAPAS MENTAIS DE UMA VIDA-OBRA

CARLA CARBONE

2019-06-02
JOÃO ONOFRE - ONCE IN A LIFETIME [REPEAT]

LAURA CASTRO

2019-04-16
FORA DA CIDADE. ARTE E ARQUITECTURA E LUGAR

ISABEL COSTA

2019-03-09
CURADORIA DA MEMÓRIA: HANS ULRICH OBRIST INTERVIEW PROJECT

BEATRIZ COELHO

2018-12-22
JOSEP MAYNOU - ENTREVISTA

CONSTANÇA BABO

2018-11-17
CHRISTIAN BOLTANSKI NO FÓRUM DO FUTURO

KATY STEWART

2018-10-16
ENTRE A MEMÓRIA E O SEU APAGAMENTO: O GRANDE KILAPY DE ZÉZÉ GAMBOA E O LEGADO DO COLONIALISMO PORTUGUÊS

HELENA OSÓRIO

2018-09-13
JORGE LIMA BARRETO: CRIADOR DO CONCEITO DE MÚSICA MINIMALISTA REPETITIVA

CONSTANÇA BABO

2018-07-29
VER AS VOZES DOS ARTISTAS NO METRO DO PORTO, COM CURADORIA DE MIGUEL VON HAFE PÉREZ

JOANA CONSIGLIERI

2018-06-14
EXPANSÃO DA ARTE POR LISBOA, DUAS VISÕES DE FEIRAS DE ARTE: ARCOLISBOA E JUSTLX - FEIRAS INTERNACIONAIS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

RUI MATOSO

2018-05-12
E AGORA, O QUE FAZEMOS COM ISTO?

HELENA OSÓRIO

2018-03-30
PARTE II - A FAMOSA RAINHA NZINGA (OU NJINGA) – TÃO AMADA, QUANTO TEMIDA E ODIADA, EM ÁFRICA E NO MUNDO

HELENA OSÓRIO

2018-02-28
PARTE I - A RAINHA NZINGA E O TRAJE NA PERSPECTIVA DE GRACINDA CANDEIAS: 21 OBRAS DOADAS AO CONSULADO-GERAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA NO PORTO. POLÉMICAS DO SÉCULO XVII À ATUALIDADE

MARIA VLACHOU

2018-01-25
CAN WE LISTEN? (PODEMOS OUVIR?)

FERNANDA BELIZÁRIO E RITA ALCAIRE

2017-12-23
O QUE HÁ DE QUEER EM QUEERMUSEU?

ALEXANDRA JOÃO MARTINS

2017-11-11
O QUE PODE O CINEMA?

LUÍS RAPOSO

2017-10-08
A CASA DA HISTÓRIA EUROPEIA: AFINAL A MONTANHA NÃO PARIU UM RATO, MAS QUASE

MARC LENOT

2017-09-03
CORPOS RECOMPOSTOS

MARC LENOT

2017-07-29
QUER PASSAR A NOITE NO MUSEU?

LUÍS RAPOSO

2017-06-30
PATRIMÓNIO CULTURAL E MUSEUS: O QUE ESTÁ POR DETRÁS DOS “CASOS”

MARZIA BRUNO

2017-05-31
UM LAMPEJO DE LIBERDADE

SERGIO PARREIRA

2017-04-26
ENTREVISTA COM AMANDA COULSON, DIRETORA ARTÍSTICA DA VOLTA FEIRA DE ARTE

LUÍS RAPOSO

2017-03-30
A TRAGICOMÉDIA DA DESCENTRALIZAÇÃO, OU DE COMO SE ARRISCA ESTRAGAR UMA BOA IDEIA

SÉRGIO PARREIRA

2017-03-03
ARTE POLÍTICA E DE PROTESTO | THE TRUMP EFFECT

LUÍS RAPOSO

2017-01-31
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL - PARTE 2: O CURTO PRAZO

LUÍS RAPOSO

2017-01-13
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL – PARTE 1: O LONGO PRAZO

SERGIO PARREIRA

2016-12-13
A “ENTREGA” DA OBRA DE ARTE

ANA CRISTINA LEITE

2016-11-08
A MINHA VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO...OU COISAS DO CORAÇÃO

NATÁLIA VILARINHO

2016-10-03
ATLAS DE GALANTE E BORRALHO EM LOULÉ

MARIA LIND

2016-08-31
NAZGOL ANSARINIA – OS CONTRASTES E AS CONTRADIÇÕES DA VIDA NA TEERÃO CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2016-06-23
“RESPONSABILIDADE SOCIAL”, INVESTIMENTO EM ARTE E MUSEUS: OS PONTOS NOS IS

TERESA DUARTE MARTINHO

2016-05-12
ARTE, AMOR E CRISE NA LONDRES VITORIANA. O LIVRO ADOECER, DE HÉLIA CORREIA

LUÍS RAPOSO

2016-04-12
AINDA OS PREÇOS DE ENTRADA EM MUSEUS E MONUMENTOS DE SINTRA E BELÉM-AJUDA: OS DADOS E UMA PROPOSTA PARA O FUTURO

DÁRIA SALGADO

2016-03-18
A PAISAGEM COMO SUPORTE DE REPRESENTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA NA OBRA DE ANDREI TARKOVSKY

VICTOR PINTO DA FONSECA

2016-02-16
CORAÇÃO REVELADOR

MIRIAN TAVARES

2016-01-06
ABSOLUTELY

CONSTANÇA BABO

2015-11-28
A PROCURA DE FELICIDADE DE WOLFGANG TILLMANS

INÊS VALLE

2015-10-31
A VERDADEIRA MUDANÇA ACABA DE COMEÇAR | UMA ENTREVISTA COM O GALERISTA ZIMBABUEANO JIMMY SARUCHERA PELA CURADORA INDEPENDENTE INÊS VALLE

MARIBEL MENDES SOBREIRA

2015-09-17
PARA UMA CONCEPÇÃO DA ARTE SEGUNDO MARKUS GABRIEL

RENATO RODRIGUES DA SILVA

2015-07-22
O CONCRETISMO E O NEOCONCRETISMO NO BRASIL: ELEMENTOS PARA REFLEXÃO CRÍTICA

LUÍS RAPOSO

2015-07-02
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 2: O PRESENTE/FUTURO

LUÍS RAPOSO

2015-06-17
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 1: O PASSADO/PRESENTE

ALBERTO MORENO

2015-05-13
OS CORVOS OLHAM-NOS

Ana Cristina Alves

2015-04-12
PSICOLOGIA DA ARTE – ENTREVISTA A ANTÓNIO MANUEL DUARTE

J.J. Charlesworth

2015-03-12
COMO NÃO FAZER ARTE PÚBLICA

JOSÉ RAPOSO

2015-02-02
FILMES DE ARTISTA: O ESPECTRO DA NARRATIVA ENTRE O CINEMA E A GALERIA.

MARIA LIND

2015-01-05
UM PARQUE DE DIVERSÕES EM PARIS RELEMBRA UM CONTO DE FADAS CLÁSSICO

Martim Enes Dias

2014-12-05
O PRINCÍPIO DO FUNDAMENTO: A BIENAL DE VENEZA EM 2014

MARIA LIND

2014-11-11
O TRIUNFO DOS NERDS

Jonathan T.D. Neil

2014-10-07
A ARTE É BOA OU APENAS VALIOSA?

José Raposo

2014-09-08
RUMORES DE UMA REVOLUÇÃO: O CÓDIGO ENQUANTO MEIO.

Mike Watson

2014-08-04
Em louvor da beleza

Ana Catarino

2014-06-28
Project Herácles, quando arte e política se encontram no Parlamento Europeu

Luís Raposo

2014-05-27
Ingressos em museus e monumentos: desvario e miopia

Filipa Coimbra

2014-05-06
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 2

Filipa Coimbra

2014-04-15
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 1

Rita Xavier Monteiro

2014-02-25
O AGORA QUE É LÁ

Aimee Lin

2014-01-15
ZENG FANZHI

FILIPE PINTO

2013-12-20
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 4 de 4)

FILIPE PINTO

2013-11-28
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 3 de 4)

FILIPE PINTO

2013-10-25
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 2 de 4)

FILIPE PINTO

2013-09-16
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 1 de 4)

JULIANA MORAES

2013-08-12
O LUGAR DA ARTE: O “CASTELO”, O LABIRINTO E A SOLEIRA

JUAN CANELA

2013-07-11
PERFORMING VENICE

JOSÉ GOMES PINTO (ECATI/ULHT)

2013-05-05
ARTE E INTERACTIVIDADE

PEDRO CABRAL SANTO

2013-04-11
A IMAGEM EM MOVIMENTO NO CONTEXTO ESPECÍFICO DAS ARTES PLÁSTICAS EM PORTUGAL

MARCELO FELIX

2013-01-08
O ESPAÇO E A ORLA. 50 ANOS DE ‘OS VERDES ANOS’

NUNO MATOS DUARTE

2012-12-11
SOBRE A PERTINÊNCIA DAS PRÁTICAS CONCEPTUAIS NA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA

FILIPE PINTO

2012-11-05
ASSEMBLAGE TROCKEL

MIGUEL RODRIGUES

2012-10-07
BIRD

JOSÉ BÁRTOLO

2012-09-21
CHEGOU A HORA DOS DESIGNERS

PEDRO PORTUGAL

2012-09-07
PORQUE É QUE OS ARTISTAS DIZEM MAL UNS DOS OUTROS + L’AFFAIRE VASCONCELOS

PEDRO PORTUGAL

2012-08-06
NO PRINCÍPIO ERA A VERBA

ANA SENA

2012-07-09
AS ARTES E A CRISE ECONÓMICA

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-06-12
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (II)

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-05-21
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (I)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2012-03-19
A JANELA DAS POSSIBILIDADES. EM TORNO DA SÉRIE TELEVISION PORTRAITS (1986–) DE PAUL GRAHAM.

FILIPE PINTO

2012-01-16
A AUTORIDADE DO AUTOR - A PARTIR DO TRABALHO DE DORIS SALCEDO (SOBRE VAZIO, SILÊNCIO, MUDEZ)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2011-12-07
LOUISE LAWLER. QUALQUER COISA ACERCA DO MUNDO DA ARTE, MAS NÃO RECORDO EXACTAMENTE O QUÊ.

ANANDA CARVALHO

2011-10-12
RE-CONFIGURAÇÕES NO SISTEMA DA ARTE CONTEMPORÂNEA - RELATO DA CONFERÊNCIA DE ROSALIND KRAUSS NO III SIMPÓSIO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO PAÇO DAS ARTES

MARIANA PESTANA

2011-09-23
ARQUITECTURA COMISSÁRIA: TODOS A BORDO # THE AUCTION ROOM

FILIPE PINTO

2011-07-27
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (2.ª parte)

FILIPE PINTO

2011-07-08
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (1ª parte)

ROSANA SANCIN

2011-06-14
54ª BIENAL DE VENEZA: ILLUMInations

SOFIA NUNES

2011-05-17
GEDI SIBONY

SOFIA NUNES

2011-04-18
A AUTONOMIA IMPRÓPRIA DA ARTE EM JACQUES RANCIÈRE

PATRÍCIA REIS

2011-03-09
IMAGE IN SCIENCE AND ART

BÁRBARA VALENTINA

2011-02-01
WALTER BENJAMIN. O LUGAR POLÍTICO DA ARTE

UM LIVRO DE NELSON BRISSAC

2011-01-12
PAISAGENS CRÍTICAS

FILIPE PINTO

2010-11-25
TRINTA NOTAS PARA UMA APROXIMAÇÃO A JACQUES RANCIÈRE

PAULA JANUÁRIO

2010-11-08
NÃO SÓ ALGUNS SÃO CHAMADOS MAS TODA A GENTE

SHAHEEN MERALI

2010-10-13
O INFINITO PROBLEMA DO GOSTO

PEDRO PORTUGAL

2010-09-22
ARTE PÚBLICA: UM VÍCIO PRIVADO

FILIPE PINTO

2010-06-09
A PROPÓSITO DE LA CIENAGA DE LUCRECIA MARTEL (Sobre Tempo, Solidão e Cinema)

TERESA CASTRO

2010-04-30
MARK LEWIS E A MORTE DO CINEMA

FILIPE PINTO

2010-03-08
PARA UMA CRÍTICA DA INTERRUPÇÃO

SUSANA MOUZINHO

2010-02-15
DAVID CLAERBOUT. PERSISTÊNCIA DO TEMPO

SOFIA NUNES

2010-01-13
O CASO DE JOS DE GRUYTER E HARALD THYS

ISABEL NOGUEIRA

2009-10-26
ANOS 70 – ATRAVESSAR FRONTEIRAS

LUÍSA SANTOS

2009-09-21
OS PRÉMIOS E A ASSINATURA INDEX:

CAROLINA RITO

2009-08-22
A NATUREZA DO CONTEXTO

LÍGIA AFONSO

2009-08-03
DE QUEM FALAMOS QUANDO FALAMOS DE VENEZA?

LUÍSA SANTOS

2009-07-10
A PROPÓSITO DO OBJECTO FOTOGRÁFICO

LUÍSA SANTOS

2009-06-24
O LIVRO COMO MEIO

EMANUEL CAMEIRA

2009-05-31
LA SPÉCIALISATION DE LA SENSIBILITÉ À L’ ÉTAT DE MATIÈRE PREMIÈRE EN SENSIBILITÉ PICTURALE STABILISÉE

ROSANA SANCIN

2009-05-23
RE.ACT FEMINISM_Liubliana

IVO MESQUITA E ANA PAULA COHEN

2009-05-03
RELATÓRIO DA CURADORIA DA 28ª BIENAL DE SÃO PAULO

EMANUEL CAMEIRA

2009-04-15
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE TEHCHING HSIEH? *

MARTA MESTRE

2009-03-24
ARTE CONTEMPORÂNEA NOS CAMARÕES

MARTA TRAQUINO

2009-03-04
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA III_A ARTE COMO UM ESTADO DE ENCONTRO

PEDRO DOS REIS

2009-02-18
O “ANO DO BOI” – PREVISÕES E REFLEXÕES NO CONTEXTO ARTÍSTICO

MARTA TRAQUINO

2009-02-02
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA II_DO ESPAÇO AO LUGAR: FLUXUS

PEDRO PORTUGAL

2009-01-08
PORQUÊ CONSTRUIR NOVAS ESCOLAS DE ARTE?

MARTA TRAQUINO

2008-12-18
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA I

SANDRA LOURENÇO

2008-12-02
HONG KONG A DÉJÀ DISPARU?

PEDRO DOS REIS

2008-10-31
ARTE POLÍTICA E TELEPRESENÇA

PEDRO DOS REIS

2008-10-15
A ARTE NA ERA DA TECNOLOGIA MÓVEL

SUSANA POMBA

2008-09-30
SOMOS TODOS RAVERS

COLECTIVO

2008-09-01
O NADA COMO TEMA PARA REFLEXÃO

PEDRO PORTUGAL

2008-08-04
BI DA CULTURA. Ou, que farei com esta cultura?

PAULO REIS

2008-07-16
V BIENAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE | PARTILHAR TERRITÓRIOS

PEDRO DOS REIS

2008-06-18
LISBOA – CULTURE FOR LIFE

PEDRO PORTUGAL

2008-05-16
SOBRE A ARTICIDADE (ou os artistas dentro da cidade)

JOSÉ MANUEL BÁRTOLO

2008-05-05
O QUE PODEM AS IDEIAS? REFLEXÕES SOBRE OS PERSONAL VIEWS

PAULA TAVARES

2008-04-22
BREVE CARTOGRAFIA DAS CORRENTES DESCONSTRUTIVISTAS FEMINISTAS

PEDRO DOS REIS

2008-04-04
IOWA: UMA SELECÇÃO IMPROVÁVEL, NUM LUGAR INVULGAR

CATARINA ROSENDO

2008-03-31
ROGÉRIO RIBEIRO (1930-2008): O PINTOR QUE ABRIU AO TEXTO

JOANA LUCAS

2008-02-18
RUY DUARTE DE CARVALHO: pela miscigenação das artes

DANIELA LABRA

2008-01-16
O MEIO DA ARTE NO BRASIL: um Lugar Nenhum em Algum Lugar

LÍGIA AFONSO

2007-12-24
SÃO PAULO JÁ ESTÁ A ARDER?

JOSÉ LUIS BREA

2007-12-05
A TAREFA DA CRÍTICA (EM SETE TESES)

SÍLVIA GUERRA

2007-11-11
ARTE IBÉRICA OU O SÍNDROME DO COLECCIONADOR LOCAL

SANDRA VIEIRA JURGENS

2007-11-01
10ª BIENAL DE ISTAMBUL

TERESA CASTRO

2007-10-16
PARA ALÉM DE PARIS

MARCELO FELIX

2007-09-20
TRANSNATURAL. Da Vida dos Impérios, da Vida das Imagens

LÍGIA AFONSO

2007-09-04
skulptur projekte münster 07

JOSÉ BÁRTOLO

2007-08-20
100 POSTERS PARA UM SÉCULO

SOFIA PONTE

2007-08-02
SOBRE UM ESTADO DE TRANSIÇÃO

INÊS MOREIRA

2007-07-02
GATHERING: REECONTRAR MODOS DE ENCONTRO

FILIPA RAMOS

2007-06-14
A Arte, a Guerra e a Subjectividade – um passeio pelos Giardini e Arsenal na 52ª BIENAL DE VENEZA

SÍLVIA GUERRA

2007-06-01
MAC/VAL: Zones de Productivités Concertées. # 3 Entreprises singulières

NUNO CRESPO

2007-05-02
SEXO, SANGUE E MORTE

HELENA BARRANHA

2007-04-17
O edifício como “BLOCKBUSTER”. O protagonismo da arquitectura nos museus de arte contemporânea

RUI PEDRO FONSECA

2007-04-03
A ARTE NO MERCADO – SEUS DISCURSOS COMO UTOPIA

ALBERTO GUERREIRO

2007-03-16
Gestão de Museus em Portugal [2]

ANTÓNIO PRETO

2007-02-28
ENTRE O SPLEEN MODERNO E A CRISE DA MODERNIDADE

ALBERTO GUERREIRO

2007-02-15
Gestão de Museus em Portugal [1]

JOSÉ BÁRTOLO

2007-01-29
CULTURA DIGITAL E CRIAÇÃO ARTÍSTICA

MARCELO FELIX

2007-01-16
O TEMPO DE UM ÍCONE CINEMATOGRÁFICO

PEDRO PORTUGAL

2007-01-03
Artória - ARS LONGA VITA BREVIS

ANTÓNIO PRETO

2006-12-15
CORRESPONDÊNCIAS: Aproximações contemporâneas a uma “iconologia do intervalo”

ROGER MEINTJES

2006-11-16
MANUTENÇÃO DE MEMÓRIA: Alguns pensamentos sobre Memória Pública – Berlim, Lajedos e Lisboa.

ANTÓNIO PRETO

2006-10-18
AS IMAGENS DO QUOTIDIANO OU DE COMO O REALISMO É UMA FRAUDE

JOSÉ BÁRTOLO

2006-10-01
O ESTADO DO DESIGN. Reflexões sobre teoria do design em Portugal

JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO

2006-09-18
IMAGENS DA FOTOGRAFIA

INÊS MOREIRA

2006-09-04
ELLIPSE FOUNDATION - NOTAS SOBRE O ART CENTRE

MARCELO FELIX

2006-08-17
BAS JAN ADER, TRINTA ANOS SOBRE O ÚLTIMO TRAJECTO

JORGE DIAS

2006-08-01
UM PERCURSO POR SEGUIR

SÍLVIA GUERRA

2006-07-14
A MOLDURA DO CINEASTA

AIDA CASTRO

2006-06-30
BIO-MUSEU: UMA CONDIÇÃO, NO MÍNIMO, TRIPLOMÓRFICA

COLECTIVO*

2006-06-14
NEM TUDO SÃO ROSEIRAS

LÍGIA AFONSO

2006-05-17
VICTOR PALLA (1922 - 2006)

JOÃO SILVÉRIO

2006-04-12
VIENA, 22 a 26 de Março de 2006


PARA UMA GEOSOFIA DAS EXPOSIÇÕES GLOBAIS. CONTRA O SAFARI CULTURAL



LUÍSA ESPECIAL

2006-11-03




Num momento de grande fervor pelo imediato e pelo culto do espectáculo, as bienais e feiras de arte são um trunfo para os interessados pelas questões da arte mais atentos: através destas é possível tomar contacto com as novidades do mundo da arte (obras, artistas, comissários), avaliar as cotações de mercado dos novos artistas, rever as posições dos veteranos e assistir aos eventos paralelos (conferências, concertos, performances). São, em igual medida, um trunfo para os artistas: é lá que são caçados pelos curadores, galeristas e coleccionadores e é lá que os contactos ao mais alto nível se tecem. Com a internacionalização das carreiras, é nas feiras e nas bienais que os curadores fazem o trabalho que tem vindo a substituir as visitas aos ateliers dos artistas. O problema é que desta forma se corre o risco de os curadores, qual tribo nómada, passarem a fazer a sua pesquisa exclusivamente a partir do que vêm nas feiras.

Estes eventos são um concentrado de glamour, que alguns chamam ironicamente de vanity fairs em vez de art fairs (1), e que cada vez mais tendem a atravessar os quatro cantos do mundo. É aí onde todos os artistas querem estar, onde todos os curadores devem estar e nas quais o visitante comum não tem meios para poder estar. Sendo iniciativas de cariz essencialmente económico são animadas, na teoria, por artistas e comissários e, na prática, por vendedores e compradores. Não são, por conseguinte, o cenário ideal para contemplar as obras de arte no sentido museológico mas sim para observar o que ditam as leis do mercado da arte em dado momento. O aparecimento ou desaparecimento destas, as suas oscilações, correspondem às oscilações do mercado da arte.

Para um visitante desprevenido, nas feiras, a ausência de um fio condutor que ligue as obras de arte soará a uma mera indexação de artistas. No caso das bienais o facto de se procurar que exista uma ligação entre as peças exibidas trata-se de uma luta por manter uma identidade coerente. Ambos os casos são exemplo de contextos de grande escala superpovoados e que são a encenação perfeita para a crítica: centenas de obras equivalem a centenas de escolhas de um comissariado individual ou de grupo reduzido sobre um panorama à escala global. Para as cidades acolhedoras o lucro pode ser imenso: a nível do turismo, do comércio, da projecção de uma imagem externa sólida, e, strictu sensu para a dinamização do circuito das artes.

A efemeridade destes acontecimentos acentua o factor de histeria que precipita multidões num dado espaço de uma dada cidade numa determinada altura do ano. A geografia e o cronograma das bienais tradicionais são bem conhecidos por quem se movimenta nestes circuitos. A rivalidade mantém-se entre a veterana Bienal de Veneza (desde 1895) e a sólida Documenta (desde 1955), que se realiza de cinco em cinco anos. Estas foram criadas com objectivos distintos e a sua esfera de inserção nas cidades que as albergam são igualmente diferenciadas: Veneza é uma cidade com uma animação cultural de proa (apesar da Bienal ser criticada por não ter ligação à cidade) e Kassel tem por propósito fundamental a realização da Documenta. Também em termos económicos os pontos de partida são distintos: Veneza em 2003 teve cinco milhões e meio de euros de orçamento, metade do orçamento da bienal alemã. Em termos de planificação, em Veneza a margem de preparação foram, no mesmo ano, dezoito meses, enquanto que em Kassel são habitualmente cinco anos. Destas assimetrias resultam, naturalmente, outras assimetrias.

O papel das bienais periféricas da década de 90 é exaltado por Hans-Ulrich Obrist (2) por terem ajudado uma nova geração de artistas provenientes de diferentes backgrounds culturais a ganharem visibilidade internacional. Para além disso, o sucesso de algumas destas exposições fora dos centros levou à construção de estruturas permanentes dedicadas à actividade expositiva nesses locais. A este quadro têm-se vindo a somar tantas dezenas de outras de bienais e de feiras, perfazendo actualmente muitas dezenas. A chamada “exposição global” tem vindo a ser debatida pela questão dos centros e das periferias, e pelo repto de dar visibilidade não só à arte Eurocêntrica. Deste espírito nasceram a já mítica exposição “Magiciens de la Terre” em 1989 no Centro Pompidou comissariada por Jean Hubert Martin, apontada como ponto de partida para abordar a questão da globalização como mote das exposições de grande escala. Seguiram-se, entre outras, as Documenta 10 e 11, a primeira que abordava a globalização sob o ponto de vista das questões urbanas e a segunda, comissariada por Okwui Enwezor. Esta última acentuou o valor do local e da diferença e teve cinco plataformas de debates (Lagos, Santa Lucia, Berlim, Nova Dehli e Viena) que culminaram em Kassel. Nesta busca do “outro”, corre-se o risco de cair em terrenos ardilosos: na questão do “safari cultural” (3), na necessidade de cumprir uma fachada politicamente correcta de harmonia entre as nações de um mundo mais ou menos globalizado.

No presente, existem bienais com orientações diversas como a Manifesta, que não tem cidade fixa e que se realiza desde 1996, a Bienal de Liverpool, que ainda que europeia selecciona frequentemente curadores de diversas proveniências (este ano Gerardo Mosquero de Havana e Manray Hsu de Taiwan), as bienais de Berlim, de Moscovo, de Lyon, de Santa Fé, de Joanesburgo, de Tirana, de Istambul (desde 1987), de Singapura, de Xangai (desde 1996), de Dacar, de Luanda, do Cairo, de Havana (que na edição de 1991 se concentrou na arte de países do Terceiro Mundo), a Bienal de Sydney (desde 1973) e as Trienais de Fukuoka Asia Pacific, Yokohama e Nova Deli (desde 1968), Beijing, Singapura, Gwangju, entre tantas outras.

O conceito geopolítico mantém-se como tópico de aceso debate no seio das bienais, tanto nas publicações, como em performances e conferências (4), mas também noutros campos da prática artística como na programação: a esse respeito lembramos que a vindoura 27ª Bienal de São Paulo excluiu da sua programação as denominadas Representações Nacionais, medida que reflecte um desejo de maior autonomia face às escolhas dos artistas fora de uma matriz estritamente geográfica. Da mesma forma, na aquisição de uma nova colecção, já não se pode ignorar esta evidência. Basta atentarmos no texto de Manuel E. González e de Alexandre Melo na abertura do catálogo da Ellipse Foundation: “The Collection is global in principle, neither excluding nor favouring any particular cultural area of specific location, any particular cultural or geographical area. Devoted as it is to multiple differences and intensive aesthetic arguments, there are no geographical quotas. It pays homage to diversity as the lodestar of contemporary art, honouring openness of spirit and multi-culturalism in broad-ranging forms” (5). Se estes valiosos propósitos são ou não cumpridos na organização das bienais, das ferias, das colecções institucionais, é algo a que devemos estar vigilantes, para que sob a máscara discursiva não se iluda a visão da realidade.

O recente caso de Miami Basel é o exemplo de uma localidade com grandes meios financeiros e infra-estruturas sólidas como um aeroporto internacional, um grande porto, uma capacidade hoteleira de destaque, uma cena artística viva, coleccionadores empreendedores e um espaço expositivo situado perto da praia. Mas quanto a esta perspectiva geopolítica, note-se que no ano de 2003 metade das galerias representadas era americana. Também nos Estados Unidos, mas na outra costa, apontamos a PERFORMA, que se estreou em Novembro de 2005. Tem por palco a cidade de Nova Iorque e entrou directamente para o calendário das grandes bienais. Numa cena artística nova-iorquina ainda abatida pelos acontecimentos de 2001, esta bienal foi louvada como momento de união. Trata-se de um novo tipo de bienal à escala mundial, alicerçado na performance e extensível às áreas que esse conceito dilatado engloba, como a música, a dança, o cinema. Assim, o subtítulo da bienal é genericamente designado de Primeira Bienal das novas Artes Visuais. Esta bienal nasce com um objectivo muito claro: traçar uma revisão da História da Arte do século XX e recolocar a performance na génese da arte contemporânea e dos trabalhos de artistas como Yves Klein, Marcel Duchamp, Rebecca Horn e Marina Abramovic. Na sua passagem por Portugal no início deste mês, a historiadora de arte e curadora RoseLee Goldberg, directora deste evento, aproveitou a ocasião para promover a PERFORMA. Com esta acção, RoseLee Goldberg afirma procurar não só ressuscitar a memória das performances como também o espírito a que se dispunha um espectador de uma performance nos anos 70, que por vezes duravam muitas horas (e por vezes apenas uns minutos como na emblemática peça “Shoot” de Chris Burden, que dura o tempo do disparo de uma bala de uma pistola). Desse estado de espírito de disponibilidade fala a performance de Marina Abramovic, “The House with the Ocean View” (2003), que durou doze dias e as noites correspondentes, e que viveu da presença do espectador na galeria e do contacto visual daquele com a artista. A artista participou em 2005 e voltará a participar na edição de 2007 com outras peças que não a referida. Essa sua ênfase na presença física é também uma das linhas de apresentação da PERFORMA.

E uma vez que iniciámos com as perspectivas acerca do que representam genericamente as bienais e feiras de arte para os curadores, galeristas e coleccionadores, transcrevemos aqui, para finalizar, um excerto do relato calamitoso da experiência da artista Martha Rosler nas suas participações em exposições de grande escala: “My experience in Documenta had already prepared me to know that these shows have something in common with childbirth. No matter how often you are warned, you can never be prepared for the enormity of the labor” (6).


Luísa Especial
Investigadora na área da arte contemporânea



NOTAS
(1) Richard Flood, director do centro de exposições do New Museum of Contemporary Art, Nova Iorque. Apreciação feita durante o debate “The Global Proliferation of Private Museums and its Implications”, 14/10/2006 na Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva promovido pela Ellipse Foundation.
(2) Tim Griffin (introd.), James Meyer et alii, “ Global Tendencies: Globalism and the Large-Scale Exihibition” in Jack Bankowsky (ed.), Artforum, XLII, nº3, November 2003, p. 162.
(3) Expressão utilizada por Francesco Bonami, na qual um curador se passeia pelo mundo em busca do seu artista exótico, como se este se tratasse de um souvenir contemporâneo. Em Tim Griffin (introd.), James Meyer et alii, op.cit. , p. 162.
(4) Ver programa de debates organizado pela ArteCapital para a Arte Lisboa 2006, no qual Isabel Carlos irá moderar o debate acerca do tema Trabalhar a dicotomia periferia-centro.
(5)Ellipse´s Elipsis, Manuel E. González e Alexandre Melo no livro publicado pela Ellipse Foundation por ocasião da exposição inaugural “Open House”.
(6)Tim Griffin (introd.), James Meyer et alii, op.cit. , p. 155.



Sites de algumas bienais menos conhecidas:

Bienal de Dakar
www.dakart.org

Bienal de Beijing
www.bjbiennale.com.cn/english/introduction.asp

Bienal de Lyon
www.biennale-de-lyon.org/bac2005/angl

Bienal de Gwangju
www.gwangju-biennale.org/eng/news/news_view.asp?n=77

Bienal de Singapura
www.singaporebiennale.org/

Bienal de Xangai
www.shanghaibiennale.org/english/homepage.html

Bienal de Istanbul
www.iksv.org/bienal/english/index.asp

Bienal de Tirana
www.ganahl.info/tirana.html

Bienal de Havana
http://www.bienalhabana.cult.cu/

PERFORMA
www.performa-arts.org/