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OPINIÃO


Gustave Caillebotte, “Man on a Balcony”, 1880


Gustave Caillebotte, “Boulevard Seen from Above”, 1880


Edgar Degas, “Miss La La at the Cirque Fernando”, 1979


Edgar Degas, “The Ballet Scene from Meyerbeer’s Opera”, 1876


Gerhard Richter , “Overpainted Photographs” (série), 1987-89


Helen Chadwick, “Ego Geometria Sum”, 1982-84


Helen Chadwick, “Of Mutability”, 1986


Wolfgang Tillmans, “Lighter”, 2006

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O QUE HÁ DE QUEER EM QUEERMUSEU?

ALEXANDRA JOÃO MARTINS

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LUÍS RAPOSO

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A CASA DA HISTÓRIA EUROPEIA: AFINAL A MONTANHA NÃO PARIU UM RATO, MAS QUASE

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2017-07-29
QUER PASSAR A NOITE NO MUSEU?

LUÍS RAPOSO

2017-06-30
PATRIMÓNIO CULTURAL E MUSEUS: O QUE ESTÁ POR DETRÁS DOS “CASOS”

MARZIA BRUNO

2017-05-31
UM LAMPEJO DE LIBERDADE

SERGIO PARREIRA

2017-04-26
ENTREVISTA COM AMANDA COULSON, DIRETORA ARTÍSTICA DA VOLTA FEIRA DE ARTE

LUÍS RAPOSO

2017-03-30
A TRAGICOMÉDIA DA DESCENTRALIZAÇÃO, OU DE COMO SE ARRISCA ESTRAGAR UMA BOA IDEIA

SÉRGIO PARREIRA

2017-03-03
ARTE POLÍTICA E DE PROTESTO | THE TRUMP EFFECT

LUÍS RAPOSO

2017-01-31
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL - PARTE 2: O CURTO PRAZO

LUÍS RAPOSO

2017-01-13
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL – PARTE 1: O LONGO PRAZO

SERGIO PARREIRA

2016-12-13
A “ENTREGA” DA OBRA DE ARTE

ANA CRISTINA LEITE

2016-11-08
A MINHA VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO...OU COISAS DO CORAÇÃO

NATÁLIA VILARINHO

2016-10-03
ATLAS DE GALANTE E BORRALHO EM LOULÉ

MARIA LIND

2016-08-31
NAZGOL ANSARINIA – OS CONTRASTES E AS CONTRADIÇÕES DA VIDA NA TEERÃO CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2016-06-23
“RESPONSABILIDADE SOCIAL”, INVESTIMENTO EM ARTE E MUSEUS: OS PONTOS NOS IS

TERESA DUARTE MARTINHO

2016-05-12
ARTE, AMOR E CRISE NA LONDRES VITORIANA. O LIVRO ADOECER, DE HÉLIA CORREIA

LUÍS RAPOSO

2016-04-12
AINDA OS PREÇOS DE ENTRADA EM MUSEUS E MONUMENTOS DE SINTRA E BELÉM-AJUDA: OS DADOS E UMA PROPOSTA PARA O FUTURO

DÁRIA SALGADO

2016-03-18
A PAISAGEM COMO SUPORTE DE REPRESENTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA NA OBRA DE ANDREI TARKOVSKY

VICTOR PINTO DA FONSECA

2016-02-16
CORAÇÃO REVELADOR

MIRIAN TAVARES

2016-01-06
ABSOLUTELY

CONSTANÇA BABO

2015-11-28
A PROCURA DE FELICIDADE DE WOLFGANG TILLMANS

INÊS VALLE

2015-10-31
A VERDADEIRA MUDANÇA ACABA DE COMEÇAR | UMA ENTREVISTA COM O GALERISTA ZIMBABUEANO JIMMY SARUCHERA PELA CURADORA INDEPENDENTE INÊS VALLE

MARIBEL MENDES SOBREIRA

2015-09-17
PARA UMA CONCEPÇÃO DA ARTE SEGUNDO MARKUS GABRIEL

RENATO RODRIGUES DA SILVA

2015-07-22
O CONCRETISMO E O NEOCONCRETISMO NO BRASIL: ELEMENTOS PARA REFLEXÃO CRÍTICA

LUÍS RAPOSO

2015-07-02
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 2: O PRESENTE/FUTURO

LUÍS RAPOSO

2015-06-17
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 1: O PASSADO/PRESENTE

ALBERTO MORENO

2015-05-13
OS CORVOS OLHAM-NOS

Ana Cristina Alves

2015-04-12
PSICOLOGIA DA ARTE – ENTREVISTA A ANTÓNIO MANUEL DUARTE

J.J. Charlesworth

2015-03-12
COMO NÃO FAZER ARTE PÚBLICA

JOSÉ RAPOSO

2015-02-02
FILMES DE ARTISTA: O ESPECTRO DA NARRATIVA ENTRE O CINEMA E A GALERIA.

MARIA LIND

2015-01-05
UM PARQUE DE DIVERSÕES EM PARIS RELEMBRA UM CONTO DE FADAS CLÁSSICO

Martim Enes Dias

2014-12-05
O PRINCÍPIO DO FUNDAMENTO: A BIENAL DE VENEZA EM 2014

MARIA LIND

2014-11-11
O TRIUNFO DOS NERDS

Jonathan T.D. Neil

2014-10-07
A ARTE É BOA OU APENAS VALIOSA?

José Raposo

2014-09-08
RUMORES DE UMA REVOLUÇÃO: O CÓDIGO ENQUANTO MEIO.

Mike Watson

2014-08-04
Em louvor da beleza

Ana Catarino

2014-06-28
Project Herácles, quando arte e política se encontram no Parlamento Europeu

Luís Raposo

2014-05-27
Ingressos em museus e monumentos: desvario e miopia

Filipa Coimbra

2014-05-06
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 2

Filipa Coimbra

2014-04-15
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 1

Rita Xavier Monteiro

2014-02-25
O AGORA QUE É LÁ

Aimee Lin

2014-01-15
ZENG FANZHI

FILIPE PINTO

2013-12-20
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 4 de 4)

FILIPE PINTO

2013-11-28
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 3 de 4)

FILIPE PINTO

2013-10-25
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 2 de 4)

FILIPE PINTO

2013-09-16
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 1 de 4)

JULIANA MORAES

2013-08-12
O LUGAR DA ARTE: O “CASTELO”, O LABIRINTO E A SOLEIRA

JUAN CANELA

2013-07-11
PERFORMING VENICE

JOSÉ GOMES PINTO (ECATI/ULHT)

2013-05-05
ARTE E INTERACTIVIDADE

PEDRO CABRAL SANTO

2013-04-11
A IMAGEM EM MOVIMENTO NO CONTEXTO ESPECÍFICO DAS ARTES PLÁSTICAS EM PORTUGAL

MARCELO FELIX

2013-01-08
O ESPAÇO E A ORLA. 50 ANOS DE ‘OS VERDES ANOS’

NUNO MATOS DUARTE

2012-12-11
SOBRE A PERTINÊNCIA DAS PRÁTICAS CONCEPTUAIS NA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA

FILIPE PINTO

2012-11-05
ASSEMBLAGE TROCKEL

MIGUEL RODRIGUES

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BIRD

JOSÉ BÁRTOLO

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CHEGOU A HORA DOS DESIGNERS

PEDRO PORTUGAL

2012-09-07
PORQUE É QUE OS ARTISTAS DIZEM MAL UNS DOS OUTROS + L’AFFAIRE VASCONCELOS

PEDRO PORTUGAL

2012-08-06
NO PRINCÍPIO ERA A VERBA

ANA SENA

2012-07-09
AS ARTES E A CRISE ECONÓMICA

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-06-12
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (II)

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-05-21
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (I)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2012-03-19
A JANELA DAS POSSIBILIDADES. EM TORNO DA SÉRIE TELEVISION PORTRAITS (1986–) DE PAUL GRAHAM.

FILIPE PINTO

2012-01-16
A AUTORIDADE DO AUTOR - A PARTIR DO TRABALHO DE DORIS SALCEDO (SOBRE VAZIO, SILÊNCIO, MUDEZ)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2011-12-07
LOUISE LAWLER. QUALQUER COISA ACERCA DO MUNDO DA ARTE, MAS NÃO RECORDO EXACTAMENTE O QUÊ.

ANANDA CARVALHO

2011-10-12
RE-CONFIGURAÇÕES NO SISTEMA DA ARTE CONTEMPORÂNEA - RELATO DA CONFERÊNCIA DE ROSALIND KRAUSS NO III SIMPÓSIO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO PAÇO DAS ARTES

MARIANA PESTANA

2011-09-23
ARQUITECTURA COMISSÁRIA: TODOS A BORDO # THE AUCTION ROOM

FILIPE PINTO

2011-07-27
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (2.ª parte)

FILIPE PINTO

2011-07-08
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (1ª parte)

ROSANA SANCIN

2011-06-14
54ª BIENAL DE VENEZA: ILLUMInations

SOFIA NUNES

2011-05-17
GEDI SIBONY

SOFIA NUNES

2011-04-18
A AUTONOMIA IMPRÓPRIA DA ARTE EM JACQUES RANCIÈRE

PATRÍCIA REIS

2011-03-09
IMAGE IN SCIENCE AND ART

BÁRBARA VALENTINA

2011-02-01
WALTER BENJAMIN. O LUGAR POLÍTICO DA ARTE

UM LIVRO DE NELSON BRISSAC

2011-01-12
PAISAGENS CRÍTICAS

FILIPE PINTO

2010-11-25
TRINTA NOTAS PARA UMA APROXIMAÇÃO A JACQUES RANCIÈRE

PAULA JANUÁRIO

2010-11-08
NÃO SÓ ALGUNS SÃO CHAMADOS MAS TODA A GENTE

SHAHEEN MERALI

2010-10-13
O INFINITO PROBLEMA DO GOSTO

PEDRO PORTUGAL

2010-09-22
ARTE PÚBLICA: UM VÍCIO PRIVADO

FILIPE PINTO

2010-06-09
A PROPÓSITO DE LA CIENAGA DE LUCRECIA MARTEL (Sobre Tempo, Solidão e Cinema)

TERESA CASTRO

2010-04-30
MARK LEWIS E A MORTE DO CINEMA

FILIPE PINTO

2010-03-08
PARA UMA CRÍTICA DA INTERRUPÇÃO

SUSANA MOUZINHO

2010-02-15
DAVID CLAERBOUT. PERSISTÊNCIA DO TEMPO

SOFIA NUNES

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O CASO DE JOS DE GRUYTER E HARALD THYS

ISABEL NOGUEIRA

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ANOS 70 – ATRAVESSAR FRONTEIRAS

LUÍSA SANTOS

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OS PRÉMIOS E A ASSINATURA INDEX:

CAROLINA RITO

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A NATUREZA DO CONTEXTO

LÍGIA AFONSO

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DE QUEM FALAMOS QUANDO FALAMOS DE VENEZA?

LUÍSA SANTOS

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O LIVRO COMO MEIO

EMANUEL CAMEIRA

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ROSANA SANCIN

2009-05-23
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IVO MESQUITA E ANA PAULA COHEN

2009-05-03
RELATÓRIO DA CURADORIA DA 28ª BIENAL DE SÃO PAULO

EMANUEL CAMEIRA

2009-04-15
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE TEHCHING HSIEH? *

MARTA MESTRE

2009-03-24
ARTE CONTEMPORÂNEA NOS CAMARÕES

MARTA TRAQUINO

2009-03-04
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA III_A ARTE COMO UM ESTADO DE ENCONTRO

PEDRO DOS REIS

2009-02-18
O “ANO DO BOI” – PREVISÕES E REFLEXÕES NO CONTEXTO ARTÍSTICO

MARTA TRAQUINO

2009-02-02
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA II_DO ESPAÇO AO LUGAR: FLUXUS

PEDRO PORTUGAL

2009-01-08
PORQUÊ CONSTRUIR NOVAS ESCOLAS DE ARTE?

MARTA TRAQUINO

2008-12-18
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA I

SANDRA LOURENÇO

2008-12-02
HONG KONG A DÉJÀ DISPARU?

PEDRO DOS REIS

2008-10-31
ARTE POLÍTICA E TELEPRESENÇA

PEDRO DOS REIS

2008-10-15
A ARTE NA ERA DA TECNOLOGIA MÓVEL

SUSANA POMBA

2008-09-30
SOMOS TODOS RAVERS

COLECTIVO

2008-09-01
O NADA COMO TEMA PARA REFLEXÃO

PEDRO PORTUGAL

2008-08-04
BI DA CULTURA. Ou, que farei com esta cultura?

PAULO REIS

2008-07-16
V BIENAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE | PARTILHAR TERRITÓRIOS

PEDRO DOS REIS

2008-06-18
LISBOA – CULTURE FOR LIFE

PEDRO PORTUGAL

2008-05-16
SOBRE A ARTICIDADE (ou os artistas dentro da cidade)

JOSÉ MANUEL BÁRTOLO

2008-05-05
O QUE PODEM AS IDEIAS? REFLEXÕES SOBRE OS PERSONAL VIEWS

PAULA TAVARES

2008-04-22
BREVE CARTOGRAFIA DAS CORRENTES DESCONSTRUTIVISTAS FEMINISTAS

PEDRO DOS REIS

2008-04-04
IOWA: UMA SELECÇÃO IMPROVÁVEL, NUM LUGAR INVULGAR

CATARINA ROSENDO

2008-03-31
ROGÉRIO RIBEIRO (1930-2008): O PINTOR QUE ABRIU AO TEXTO

JOANA LUCAS

2008-02-18
RUY DUARTE DE CARVALHO: pela miscigenação das artes

DANIELA LABRA

2008-01-16
O MEIO DA ARTE NO BRASIL: um Lugar Nenhum em Algum Lugar

LÍGIA AFONSO

2007-12-24
SÃO PAULO JÁ ESTÁ A ARDER?

JOSÉ LUIS BREA

2007-12-05
A TAREFA DA CRÍTICA (EM SETE TESES)

SÍLVIA GUERRA

2007-11-11
ARTE IBÉRICA OU O SÍNDROME DO COLECCIONADOR LOCAL

SANDRA VIEIRA JURGENS

2007-11-01
10ª BIENAL DE ISTAMBUL

TERESA CASTRO

2007-10-16
PARA ALÉM DE PARIS

MARCELO FELIX

2007-09-20
TRANSNATURAL. Da Vida dos Impérios, da Vida das Imagens

LÍGIA AFONSO

2007-09-04
skulptur projekte münster 07

JOSÉ BÁRTOLO

2007-08-20
100 POSTERS PARA UM SÉCULO

SOFIA PONTE

2007-08-02
SOBRE UM ESTADO DE TRANSIÇÃO

INÊS MOREIRA

2007-07-02
GATHERING: REECONTRAR MODOS DE ENCONTRO

FILIPA RAMOS

2007-06-14
A Arte, a Guerra e a Subjectividade – um passeio pelos Giardini e Arsenal na 52ª BIENAL DE VENEZA

SÍLVIA GUERRA

2007-06-01
MAC/VAL: Zones de Productivités Concertées. # 3 Entreprises singulières

NUNO CRESPO

2007-05-02
SEXO, SANGUE E MORTE

HELENA BARRANHA

2007-04-17
O edifício como “BLOCKBUSTER”. O protagonismo da arquitectura nos museus de arte contemporânea

RUI PEDRO FONSECA

2007-04-03
A ARTE NO MERCADO – SEUS DISCURSOS COMO UTOPIA

ALBERTO GUERREIRO

2007-03-16
Gestão de Museus em Portugal [2]

ANTÓNIO PRETO

2007-02-28
ENTRE O SPLEEN MODERNO E A CRISE DA MODERNIDADE

ALBERTO GUERREIRO

2007-02-15
Gestão de Museus em Portugal [1]

JOSÉ BÁRTOLO

2007-01-29
CULTURA DIGITAL E CRIAÇÃO ARTÍSTICA

MARCELO FELIX

2007-01-16
O TEMPO DE UM ÍCONE CINEMATOGRÁFICO

PEDRO PORTUGAL

2007-01-03
Artória - ARS LONGA VITA BREVIS

ANTÓNIO PRETO

2006-12-15
CORRESPONDÊNCIAS: Aproximações contemporâneas a uma “iconologia do intervalo”

ROGER MEINTJES

2006-11-16
MANUTENÇÃO DE MEMÓRIA: Alguns pensamentos sobre Memória Pública – Berlim, Lajedos e Lisboa.

LUÍSA ESPECIAL

2006-11-03
PARA UMA GEOSOFIA DAS EXPOSIÇÕES GLOBAIS. Contra o safari cultural

ANTÓNIO PRETO

2006-10-18
AS IMAGENS DO QUOTIDIANO OU DE COMO O REALISMO É UMA FRAUDE

JOSÉ BÁRTOLO

2006-10-01
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A PROPÓSITO DO OBJECTO FOTOGRÁFICO



LUÍSA SANTOS

2009-07-10




“Reality changes, in order to represent it, modes of representation must also change.” (1)
Bertolt Brecht


A exposição “The Photographic Object”, patente até ao passado dia 14 de Junho na Photographers’ Gallery, em Londres, levanta questões pertinentes na era actual em que a fotografia se torna acessível mas também banal e em que todos somos fotógrafos. Mostrando as capacidades e a essência da matéria, questiona a possibilidade real desta banalização.

Um ponto importante no debate sobre a fotografia contemporânea, “The Photographic Object” explora a ideia da obsessão do artista pelo material, pela forma mais do que pelo conteúdo. Ou, de outra maneira, a forma torna-se conteúdo. Os artistas presentes na exposição divergem em épocas, métodos e ideias: Maurizio Anzeri (Itália, n. 1969), Walead Beshty (Reino Unido, n. 1976), Annette Kelm (Alemanha, n. 1975), Gerhard Richter (Alemanha, n. 1932), Alina
Szapocznikow (Polónia, 1926-1973), Wolfgang Tillmans (Alemanha, n. 1968), Andy Warhol (EUA, 1928 - 1987) e Catherine Yass (Reino Unido, n. 1963). Os artistas estão unidos por um grupo de trabalhos em que expressaram uma angústia obsessiva pelo meio fotográfico, em percebê-lo, transcendê-lo e interpretá-lo.

Se por um lado, a exposição pretende fazer pensar na materialidade da fotografia, o fascínio que esta provoca nos artistas, por outro lado, vai mais longe e é uma reflexão sobre o seu oposto: a imaterialidade a que a fotografia digital nos habituou. Uma das questões que levanta, e essencial ao debate sobre a matéria da fotografia, é a história da interdisciplinaridade da fotografia.

Desde o seu início, a fotografia tem tido uma relação ambivalente e recíproca com outras formas de arte. Surpreendentemente cedo, artistas não-fotógrafos começaram a incorporar técnicas características da fotografia aos seus trabalhos. O pintor Francês Gustave Caillebotte, por exemplo, usava ângulos picados típicos de fotografia. Em “Man on a Balcony” (1880), o pintor convida o observador a partilhar a varanda com o sujeito da pintura de onde podia ver a cidade de baixo e atingir uma distância razoável de visão. Outras pinturas como “Boulevard Seen from Above” (1880), usam um ponto de fuga ainda mais alto.

Em contraste, Edgar Degas, o pintor mais frequentemente citado pelo uso de efeitos conseguidos em fotografia, fez uso de pontos de vista muito baixos como na sua obra de 1879, “Miss La La at the Cirque Fernando”. Muitas das suas pinturas são notáveis pela inovação composicional e o cortar de figuras e objectos à margem da moldura, como em snapshots. Em “The Ballet Scene from Meyerbeer\'s Opera” (1876), Degas consegue capturar o movimento do salto no ar através do corte das figuras de modo a que as pernas estejam para lá da moldura.

Paralelamente, os primeiros fotógrafos basearam-se na história da pintura para explorar e desenvolver uma linguagem visual, citando géneros como a natureza morta e a paisagem. O movimento Pictorialista, iniciado em cerca de 1880, defendia que a fotografia artística deveria ter um aspecto pictórico tendo habitualmente resultados com referências formais ao Impressionismo.

Em meados do século XX, o fotógrafo Americano Aaron Siskind mostrou a influência de Expressionistas Abstractos como Franz Kline e Robert Motherwell. Nas suas fotografias de padrões e marcas em paredes, Siskind reflectiu o sentido do gesto e abstracção inerentes à pintura. “Overpainted Photographs” (1987-9), o trabalho de Gerhard Richter escolhido pela Photographers’ Gallery para “The Photographic Object”, mostra uma tensão entre textura de tinta e o que, à primeira vista, são fotografias tipicamente turísticas de Itália. Pintou formas abstractas nas fotografias, criando uma sensação de movimento e velocidade a imagens que, de outro modo, seriam estáticas (Arno em Florença ou dois turistas a posar em Veneza, por exemplo). Acrescenta textura a um meio que, à partida, não o transmite – em especial na era digital da fotografia. O mundo pelos olhos de Richter é reminiscente da ideia de Calvino que o que é agora visto como “artificial” é, com efeito, a ideia de um estado real do lugar. A implicação comum é a questão da relação entre verdade e artifício, reprodução e autenticidade, que são questões intrínsecas ao uso da fotografia como meio de representação.

De um modo diferente, gesto e forma também estavam presentes na fotografia não-abstracta, em trabalhos de fotógrafos como Louis Faurer, Robert Frank e outros da New York School da década de 50. Contudo, por esta altura, o gesto era já um fenómeno muito explorado no domínio da fotografia – desde os estudos do final do século XIX de Muybridge tanto de animais como de pessoas em movimento (como vimos ser usado por Degas) às preocupações de Cartier-Bresson com a coreografia das pessoas nas suas fotografias de rua. Nos anos 60 e 70, Gary Winogrand, claramente inspirado por Cartier-Bresson e Robert Frank, usou estratégias para fotografar figuras em movimento. As suas lentes grande angulares permitiam-lhe fotografar a figura inteira de uma distância usada normalmente para focar caras, de um modo que dava uma franca liberdade composicional.

A escultura e a fotografia também tiveram uma relação criativa desde as primeiras fotografias de Brancusi no seu estúdio aos trabalhos conceptuais e performativos das décadas de 60 e 70 exemplificados por artistas como Richard Long, Keith Arnatt e Victor Burgin. Nos anos 80 muitos artistas produziram uma grande variedade de formas entre a escultura e a fotografia. De lembrar os objectos híbridos, entre a bi e a tridimensionalidade de Helen Chadwick e de Hermione Wiltshire. Trabalhos pioneiros em instalação como o “Ego Geometria Sum” (1982-4) and “Of Mutability” (1986) de Helen Chadwick deixaram um legado. No mesmo período, Christian Boltanski desenvolvia instalações site-specific usando um vocabulário agora comum de objectos encontrados em composições complexas. Na exposição “The Photographic Object”, a série “Lighter” (2006) de Wolfgang Tillmans transforma fotografias impressas em esculturas pelas dobras e criando novas divisões de cor. A escultura e a fotografia encenada estiveram várias vezes relacionadas ao longo da história da arte. Para muitos artistas dos anos 70, esta relação cresceu do uso da fotografia enquanto documento de trabalho tridimensional ou performativo. Fazer trabalho específico para a câmara implica uma mudança radical na fisicalidade do objecto exposto: experienciamo-lo quando já não está lá.

Com base na história da pintura, construindo uma imagem por múltiplos fragmentos, fragmentando uma imagem até ao limite da sua identidade enquanto fotografia, usando o gesto como intervenção num espaço ou na própria imagem – estes são apenas alguns dos métodos usados por fotógrafos contemporâneos para comunicar ideias e momentos de mundos reais e imaginados. O que une muitos destes métodos é a percepção do papel da interrupção e do movimento no espaço conceptual da imagem.


Luísa Santos



NOTA
(1) Christa Knellwolf (ed.), The Cambridge History of Literary Criticism, (Cambridge University Press, 2001), p. 94.